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História Resiliência - Acredite


Escrita por: Limanths

Notas do Autor


Notas finais

Capítulo 17 - Acredite



-- Você gosta dela, Luana? - Perguntou dirigindo. -- Dessa Maisa?

 

-- Gosto, vovó. - Sorrir. -- Ela joga muito futebol.

 

-- E você gosta dela por que ela sabe jogar futebol? - Rir. 

 

-- A mamãe nunca mais jogou comigo. - Disse triste. -- Ela só vive trabalhando. 

 

-- Heloisa não te leva mais no parque como fazia? 

 

-- Nunca mais levou. - Baixou a cabeça. -- Ela é muito ocupada. 

 

-- É, as vezes é complicado. - Tenta confortar. -- Eu posso brincar com você. Claro, se cê quiser. 

 

-- Vovó, a senhora odeia futebol. - Riram. -- Tudo bem. Será que minha mãe deixa eu brincar com a tia Maisa? 

 

         -- Num sei, meu amor. Talvez sim. 

 

-- Acho que a mamãe não gostou muito dela.

 

-- Por que você acha isso, Lua?  - Bianca indagou. -- Ela que te contou?

 


-- Eu percebi na praia, vovó. - Balançou a cabeça. -- Ela não gosta da tia Maisa. 

 


-- Você ta bem espertinha, hein. - Brincou. -- Já está até bancando a detetive 

 


-- Eu vejo as coisas, vó. - A olhou. -- Vocês acha que não. Mas eu vejo sim.

 


-- Eu imagino. - Não quis estender o assunto pra neta não se chatear mais.

 

                              ★

 


  Samantha estava deitada no sofá quando ouviu as chaves na porta.  Heloisa entrou e nada falou. Foi até a cozinha. Passou alguns minutos e fez um barulhão. Samantha correu pra ver o que tinha acontecido. 

 

-- O que foi isso?  - Chegou perto. Heloisa tinha derrubado uma garrafa de vidro com água. -- Você se machucou? 

 

-- Não! - Se afastou. -- Eu tô bem. Pode ir! Eu resolvo aqui. 

 

-- Eu te ajudo, Lica. - Tentou se aproximar. -- Não tem problema.

 

-- Samantha, pode  voltar a dormir. - Lavou o corte do dedo e sentiu o ardor. -- Caralho!

 

-- Quê? - Pegou sua mão. -- Você se cortou!

 

                    -- Não foi nada. 

 

-- Eu sei. Foi superficial. - Afirmou. -- Você precisa só estancar o sangue. 

 


-- Eu sei Samantha! - Falou ríspida. -- Não precisa tentar me ensinar. 

 

-- Calma. - Sentiu o cheiro forte de vodka. -- Você bebeu, Lica?

 

-- Não enche, Samantha. - Caminhou até a sala. -- Não fala nada!

 


-- Por que, Lica? - A Seguiu. -- Onde você tava?

 


-- Não é da sua conta! - Sentou no antebraço do sofá. -- Caralho! 

 

-- Não grita... - Pediu. -- Porque você grita tanto? Onde você tava Heloisa? 

 

-- O que você quer saber, Samantha? Vai, fala. - Se aproximou. -- Se eu bebi? Bebi mesmo. E muito por sinal!

 

              -- Você dirigiu assim? 

 

-- Mateus me trouxe. Não que isso seja da sua conta, lógico. 

 

-- Claro que é da minha conta. - Disse. -- Você chega nesse estado em casa e não quer que eu me preocupe?

 

-- Você quer converse? - Ergueu a sobrancelha. -- Então vamos! Sentar aí. - Indicou poltrona.

 

-- Não tem condições de conversamos agora. - Samantha se manteve em pé. -- Você está bebada e cheirando álcool puro.

 

              -- Você nunca reclamou. 

 

-- Você ta ficando louca? - Riu em total  descrença. -- Olha os absurdos que você esta me falando! Logo pra mim, que sofri horrores em relação a isso.

 

-- Me fala... - Pensou um pouco. -- Como foi beijar aquela garota? - Enrolou as palavras. 

 

-- Heloisa... Para! Eu já disse milhões de vezes que não teve nada.

 

-- E o sexo? - Fingiu não ouvir. -- Vocês transaram na viagem? Como foi?

 

-- Lica... - Sussurrou. -- Para de falar assim. 

 

-- Ah é? - Alisou seu braço. -- Por que eu deveria acreditar em você? 

 

-- Porque é a verdade, Lica! - Suplicou. -- Acredita em mim, amor. Eu nunca faria uma coisa dessas. Principalmente com você! Caralho! O que  eu preciso fazer pra acreditar em mim?

 


-- Tire a roupa.

 

-- Quê? - Perguntou confusa. -- Como assim? 

 

-- Tire a droga dessa roupa, Samantha! - Se exaltou. -- Agora! 

 


-- Eu não vou fazer isso! - Avisa se afastando. Heloisa segurou seus braços. -- Me solte, Lica!

 

-- Por que? Vai correr pra mamãe como sempre fez? - Falou com desdém. 

 


-- Por favor, Lica... - A olhou nos olhos. Sabia que aquela não era sua esposa. -- Você ta me machucando. Me solta...

 

Como se tivesse sido despertada de um transe, Heloisa largou seus braços e se afastou bruscamente. Nunca machucou Samantha. Não seria agora que machucaria. 

 

Samantha sabia que Lica nunca a tocaria sem sua permissão, ou muito menos, a agrediria. Heloisa parecia esta no automático. Samantha sabia que não adiantaria nada falar com ela nesse estado. 

 

-- Samantha, eu... - Gaguejou. -- Eu...n...

 

-- Vai tomar banho, Heloisa. - Falou sem olha-lá. -- Vai tomar um banho... - Um soluço escapou de seus lábios. -- Sai da minha frente, Lica! 

 

-- Desculpa, eu...eu não queria...Eu não queria te machucar! - Lágrimas desciam descontroladas. -- Me perdoa...

 

-- Você não machucou. - Garantiu. -- Você me assustou... - Sussurrou. -- Me deixa sozinha. 

 

-- Desculpa... - Limpou o rosto. -- Eu não queria. Desculpa.

 

Heloisa entrou debaixo do chuveiro e chorou. Chorava e tremia. Sentou no piso gelado e abraçou os próprios joelhos. Não conseguiu precisar por quanto tempo ficou naquela posição. Só levantou quando não sentia mais o próprio corpo. Era isso que ela queria. Fugir do próprio corpo.


 
                                            ★

 

No dia seguinte, Samantha acordou mais cedo. Limpou a cozinha e fez um café da manhã reforçado pra Heloisa. Decidiu que não passaria o dia com ela naquela casa. As duas precisava de um tempo e foi isso que fez. Ligou para Hugo, e marcaram um encontro na casa dele. 

 

       Tome café! Está forte. O remédio ta do seu lado, no criado mudo. Volto depois. - Samantha

 

                              ★

 

-- Nossa! Wow! - Hugo exclamou assim que deu de cara com sua amiga. -- Você ta parecendo um zumbi. 

 

-- Vai tripudiar mesmo? - Perguntou com a voz rouca pelo choro preso. -- Já não está ruim o bastante?

 

-- Oh, meu bem. Vem cá! - Puxou-a para um  abraço apertado. Samantha tremia em seus braços. -- Vai ficar tudo vem.

 

-- Eu não tenho mais tanta certeza, Hugo... - A voz saiu abafada contra o peito do rapaz. -- Por que tem que ser tudo tão difícil! - Era uma mais uma constatação do que uma indagação. 

 

-- Eu não sei, Sam. - Acariciava seus cabelos. -- Eu realmente não sei...

 

-- Eu a amo demais! caralho... - Sussurrou. -- Eu amo aquela, idiota. 

 

          -- Por que vocês não conversam? 

 

-- Você não a conhece? - Falou enquanto sentava no sofá. -- Ela é teimosa. Sempre foi...

 

               -- E ciumenta, né! 

 

-- Aquele dia, ela teve motivos. - A defendeu. -- Aquela louca tentou me beijar na maior cara de pau.

 

 -- E ela partiu pra cima dela. - Disse. -- Precisou de três seguranças pra tirar a Lica de cima da mulher. - Riram da lembrança. -- Agora parece ser diferente, amiga. 

 

-- Agora tudo é diferente. Tudo é motivo pra uma briga entre nós!


 
-- Vocês eram tão felizes. - Afirmou. -- Dava inveja em muito casalzinho por aí. 

 

-- Quando eu lembro disso, parece que aconteceu em outra vida. - Suspirou. -- Ela não vê que eu a amo demais? 

 

-- Você também não ver que ela te ama demais. - Ela fez uma expressão de dor teatral. Hugo sorriu. -- Ok! O que esta pensando em fazer?

 

                 -- Eu tô tão perdida...

 

-- Vocês não podem continuar assim. Não é saudável. 

 

-- Não é! Ela chegou bêbada ontem. - Contou. -- Foi agressiva. Me assustou...

 

-- Ela te bateu? - Perguntou assustado. 

 

-- Não! Eu não a reconheci... - Sussurrou. -- Como aqueles dias... Parecia uma repetição! Eu tive medo. - Chorou baixinho. -- Os olhos dela transbordava medo. Não era minha Lica ali...

 

-- Vocês precisam se resolver logo. Separar ou se a certar. - Falou de forma fria. -- Meios termos não dá. 

 

-- Não quero me afastar dela. - Encolheu os ombros. -- Não queria me separar...

 

-- Se for preciso, é isso que vai acontecer. - Segurou suas mãos. -- Eu vou esta aqui com você!

 

-- Eu te amo! - Sorriu. -- Eu tenho sorte de ter você e Guto na minha vida.

 

-- Eu sei. - Ri convencido. -- Café?

 

                 -- Estou sem fome...

 

-- Samantha Lambertini! - Advertiu. -- Vamos para mesa agora! 

 

-- Ta bom, pai! - Revira os olhos. Seu celular vibra. -- Ahh, não...

 

-- Que foi, Sam? - Se aproximou. -- É a Lica?

 

-- Não. - Sorri sem graça. -- Ela nunca deu o braço a torcer. - Sentou a mesa. -- É  Minha mãe.

 

-- Pela sua cara não deve ser coisa muito boa. 

 

-- Ela mandou eu ir lá na casa dela sem falta. - Pensou. -- Ela parecia séria no telefone. 

 

            -- Então não vai almoçar aqui? 

 

-- Não. Ela disse que tinha que ir antes do almoço. Ela falou que era um assunto sério.

 

-- Bianca e assunto sério na mesma frase? Duvido. - Sorriram. - Deve ser sobre seu problema em casa.

 

-- Provavelmente...Ela disse que Heloisa vai esta la também. 

 

-- Você ta com uma cara. - Analisa a mulher. -- O que foi?

 

                  -- Eu tô com medo...


Notas Finais


Peço que dêem um desconto pra, Lica!
E agora... Preparem os lencinhos ou não rs


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