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História Ressentimento - Que? O que deu?


Escrita por: M-Botelho

Notas do Autor


Eu volteeeeeeeeeeei!
Voltarei sempre. Não esqueci da Analu mas já estão acostumados comigo não é? Quando eu me empolgo com uma eu gosto de postar vários capítulos, portando +1 Mimi pra vocês ❤❤❤❤

Capítulo 68 - Que? O que deu?


Fanfic / Fanfiction Ressentimento - Que? O que deu?

Algumas horas depois...

—Milena... Mih... Ô Milena!- abri os olhos quando senti Lucas me balançar. —Chegamos, dorminhoca!

—Onde estamos?- perguntei ainda meio desnorteada.

—Portugal!- desembarcamos e fonos direto para o hotel, estava cansada, o corpo doía. —Toma um banho para relaxar o corpo, vamos tomar café e depois se você quiser podemos ir conhecer a cidade, ou, você pode dormir se quiser!

—Fico com a segunda opção!-, falei bocejando, já era de manhã pois o vôo atrasou e chegamos mais tarde do que o previsto. Tomei banho e fomos encontrar com a equipe, Gustavo me fez rir durante o café da manhã todo.

Depois de finalmente apresentada á todos e comido bastante, resolvi ir para o hotel, Lucas iria ao local do show para passar o som e eu preferi ficar em no quarto. Fechei a cortina e dormi como se não houvesse o amanhã... Quando acordei já estava anoitecendo, sentei na cama e esfreguei os olhos, eu e Lucas optamos por dormir em quartos diferentes, pois eu não queria atrapalhar caso ele quisesse levar alguma mulher. Ouvi batidas na porta e me levantei para abrir, por falar nele, ele estava todo arrumado, o cabelo perfeitamente alinhado, estava realmente lindo e muito cheiroso.

—Você não vai se arrumar?- perguntou confuso.

—Sabe o que é?- perguntei sem jeito. —Você se importa se eu não for hoje?

—Poxa Milena, achei que quisesse assistir meu primeiro show fora do Brasil!- ele disse indignado.

—Eu vou assistir todos, só me dê hoje como folga!- brinquei. —Não fica chateado Lucas, esse fuso horário me deixou bastante cansada e você sabe, meu emocional está um pouco abalado também...

—Tudo bem, eu entendo... Mas, só hoje em?- perguntou bagunçando meus cabelos. —Mi, por favor não saia daqui sozinha...

—Não se preocupe, eu nem estou afim de sair do quarto mesmo, vou pedir algo para comer e vou assistir televisão.

—Descansa que amanhã levantaremos cedo para passear!- assenti. —Quer que traga alguma coisa para você?- neguei. —Então tudo bem, já vou indo!- me abraçou e beijou a testa.

—Ei, boa sorte, vocês vão arrasar!- eu disse o abraçando de novo e me erguendo para beijá-lo na bochecha.

Depois que ele saiu, liguei a televisão e me joguei novamente na cama, olhei para o teto, não conseguiria dormir, mas também não estava com ânimo para sair hoje. Andei por cada canto do cômodo, observando tudo, parei na minha mala e me lembrei dos presentes, tentei não me importar, queria abrir todos somente no meu aniversário, que seria em poucos dias.


POV HENRIQUE

—Eu sabia véi!- falei já sentindo as lágrimas descerem. —Sabia que algo iria acontecer, eu estava com um pressentimento ruim, sabia que não ia dar tempo!

—Henrique, não temos culpa!- Juliano disse e de fato ele tinha razão, Goiânia estava chovendo muito e não conseguimos voltar. —Se acalme!

—Você fala isso porque sabe que quando voltar, Lola vai estar te esperando. Eu perdi a chance de reverter tudo, maldito contrato!- praguejei. —Ainda não acredito que vim aqui só para assinar um contrato...

—Reclamar agora não vai adiantar!- falou. —Não tinha como ninguém assinar por nós!

—Mas tinha como a gente assinar amanhã!- falei com raiva. —Um dia a mais não ia mudar muita coisa, você sabe que sempre sou responsável com essas coisas, sempre faço tudo no dia e na hora certa mas, porra, justamente quando eu mais precisei eu não pude adiar...

—Emil não tem culpa, ele só está fazendo o papel dele, esse contrato tinha que ser assinado e entregue. Agora, ficar chorando pelo leite derramado também não dá, né?

(…)

Na manhã seguinte nós conseguimos voltar, iriamos ficar apenas mais alguns dias em Palmas pois voltaríamos a fazer shows e, depois só retornaremos nas folgas, que, por agora ainda demoraria um pouco. Meu pai foi buscar a gente no aeroporto, ele nos contou como foi a partida dá Milena, quando ele disse que ela foi mesmo eu não segurei as lágrimas, eu chorei. Não me importei se meu pai e meu irmão estivessem ao meu lado, não me importei com nada, só desabei, o carro estava num maldito silêncio.

Quando cheguei em casa, corri para os braços da minha mãe. Feito uma criança que perdeu seu doce preferido, chorei novamente. Ela me consolou, pediu para me acalmar e disse que Milena me esperou até os últimos segundos, foi embora um pouco decepcionada por não me ver, meu coração se apertou imaginando. Era para tudo ter dado certo, se eu tivesse voltado á tempo, tudo tinha dado certo e ela estaria nos meus braços, voltaria a ser minha. Pelo menos espero que ela tenha levado a carta...

—Lola, me ajuda aqui com o bolo?- Minha mãe gritou da cozinha e rapidamente ela levantou para ir ajudar. Juliano estava no banheiro. O celular dela estava desbloqueado em cima do sofá, havia apitado e eu fiquei tentado a ver se era Milena, abri a página de conversas mesmo sabendo que não deveria fazer isso. Havia mensagem do Lucas, logo imaginei que fosse Milena.

Whatsapp on

Luquinha: Estou sem coragem para fazer!

Lola: fazer o que? -perguntei, queria ver se conseguia arrancar dela.

Luquinha: o exame amiga, tô com medo do resultado.

Lola: Você já marcou?

Luquinha: Lucas conseguiu marcar, vai ser amanhã, ás 14h00..

Lola: Como se sente?

Luquinha: Com medo, muito medo.

Lola: Sabe que independente desse resultado, você não está sozinha.

Luquinha: obrigada, Amiga! Te mando o resultado assim que sair.

Lola: tudo bem. Você está gostando daí? Tá se divertindo?

Juliano entrou na sala e me deu um susto. Logo em seguida percebeu o que eu estava fazendo e negou com a cabeça sentando ao meu lado e lendo a conversa.

Luquinha: Ah, estou sim. Você sabe eu sempre quis viajar pelo mundo!

Lola: hum... Mas você não respondeu a minha pergunta

Luquinha: Na medida do possível, eu diria. Só fiquei decepcionada, você sabe.

Lola: Por quê?

Luquinha: Esperei por ele, mas me enganei mais uma vez!- senti meu coração doer, ela estava falando de mim.

Lola: E você ficaria se ele tivesse ido?

Luquinha: Você sabe que sim! Mas, ele não veio e é isso, vida que segue.

Lola: Pelo visto você não leu a carta!

Luquinha: Você leu?

Lola: Não, claro que não. Mas ele me pediu para te entregar caso ele não chegasse no aeroporto á tempo.

Luquinha: Eu não sei se quero ler, estou com medo do que posso encontrar. Não abri nenhum presente até agora, só vou abrir no meu aniversário!

Lola: Leia... Pelo desespero que ele estava quando me entregou, ele queria muito que você lesse.

Luquinha: Amiga, já sei o resultado.

Lola: Que? O que deu?

Luquinha: Eu não estou grávida!

Whatsapp off


—O QUE VOCÊS ESTÃO FAZENDO?-Lola gritou e eu nem se quer respondi, estava totalmente perplexo, desnorteado. —Não acredito que... Ai meu Deus!- ela disse após ler a última frase.

—O que aconteceu?- Juliano perguntou para mim e eu continuava imóvel processando a informação.

Grávida. Milena poderia estar grávida! No momento eu não sabia o que sentir, esse filho era meu? Ou do Lucas? Meus pensamentos estavam me matando, a última noite nossa eu me lembro muito bem que não usamos camisinha, e eu também não me lembro de ter comprado a pílula, mas, por outro lado ela e Lucas também já haviam dormido juntos, será que eles haviam transado? Afinal eles são namorados agora, não me surpreenderia. Porra, se esse filho for do Lucas ele tem sorte, e aí sim eu a perdi de vez! Mas parando para pensar, ela não está grávida, isso significa que eu ainda tenho chances.

Ser pai, tá aí uma coisa que eu nunca parei para pensar. Eu amo crianças e ficaria louco se tivesse um xerox meu correndo pela casa, mas, espero que meus filhos seja tão doce quanto a Milena, é claro que é com ela que eu pretendo formar minha família. Só de pensar na possibilidade dela achar que está esperando um filho meu, abri um sorriso, tentando imaginar ela barrigudinha e eu fazendo todas as suas vontades.

—Henrique... – ouvi uma voz longe

—Ele está assim já fazem cinco minutos.

—Ei meu filho, me responde!- tentava dizer algo mas não conseguia, até que sinto meu rosto ser molhado fazendo com que eu saísse do transe em que eu estava. —Graças a Deus!- minha mãe disse me abraçando.

—Milena... Estava...

—Não, Henrique, ela não estava. Ela pensou que estivesse, estava suspeitando mas já disse que não resta mais dúvidas!- Lola disse. —Não gostei nada do que fizeram, e, não quero que isso aconteça novamente, estamos entendidos?- eu e Juliano assentimos.

—Era para ser meu, não é?- Perguntei quebrando novamente o silêncio

—Com toda a certeza, sim. – sorriu e eu também.


POV MILENA

Estava conversando com a Lola pela celular do Lucas, isso me fez lembrar que eu deveria comprar um para mim. Enquanto a respondia senti um incomodo no pé da barriga, o suficiente para saber que era cólica, ao mesmo instante fui ao banheiro para ter certeza, e ao fazer xixi constatei que minha menstruação havia descido e senti um alívio, não que eu não quisesse ser mãe, mas não tenho condições para criar um filho agora e não iria querer viver dependendo do Henrique, isto é, se ele fosse querer assumir o filho.

Depois de trocar mais algumas palavras com Lola, eu tomei banho e me deitei, no primeiro dia era sempre assim, eu ficava péssima, fraca e não conseguia comer muito. Não demorou muito para que Lucas chegassem todo animado por essa noite eu ir ao seu shows mas seu sorriso desapareceu logo quando me viu.

—Meu Deus, Milena!- ele se aproximou. —O que você tem? Tá branca igual um papel!- pegou uma água no frigobar e me entregou. —Tá passando mal?

—Cólica, muita cólica!- concluí. —Pega uma blusa de moleton para mim ..

—Tá maluca, tá calor e...

—Lucas, pega a porcaria da blusa logo! Ai.- respirei fundo sentindo as fincadas, ele arregalou os olhos e fez o que pedi, peguei a blusa e enrolei em minha barriga, esquentando ela por completa.

—Vou pedir para trazer um chá, você trouxe remédio?- ele perguntou e eu assenti apontando para minha bolsa, ele pegou e trouxe-a para mim. —Isso significa que você não está grávida, né?

—Não, não estou grávida!- concluí após beber o remédio.



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