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História Retales de mi vida - Novos sentimentos


Escrita por: didilicia

Notas do Autor


Eu espero que estejam todos com os exames cardiológicos em dia.

Capítulo 18 - Novos sentimentos


POV ÁLVARO 

 

Ela entrou na frente, sorridente e meio atrapalhada com o molho de chaves. Fiquei pensando de onde diabos seriam todas aquelas chaves, mas seu sorriso distraiu meu questionamento inútil. Esbarrei a testa num desses filtros de sonho no alto da porta - Claro que ela tem Isso!- e segui lentamente até o centro da pequena sala com as poltronas de estampa floral e o tapete caramelo felpudo entre elas. Itziar fechou a porta e parou à minha frente liberando um suspiro relaxado e soltando a bolsa na mesinha. 

 

-Quer beber algo?

-Que tens aí?

-Cerveja, acho que ainda devo ter um pouco de conhaque, vinho...

-Um vinho seria maravilhoso.

-Pois sim. Vinho então!

-bem...

 

E tirando o casaco verde com bordados de crochê, ela virou as costas, caminhando em direção à cozinha. Que combinação estranha usava, tive grande vontade de rir de seu fantástico senso de moda, pois sendo eu casado com uma estilista, havia adquirido a mania infernal de analisar o estilo das pessoas. 

 

Ela usava um suéter marrom claramente desgastado e uma minissaia magenta que mais parecia ter saído do armário de uma colegial dos anos 90. Sua meia calça era grossa e escura e em seus pés, o mesmo coturno que tantas vezes a via usando. Graciosa - pensei com um riso estúpido nos lábios - Mas minha análise tola e inocente logo parou ao notar a curva saliente que a sainha fazia em suas nádegas. 

 

Meu corpo reagiu imediatamente à visão de Itziar abaixada enquanto praticamente metade de seu corpo entrava no armário em busca das taças. A saia nao cobria o suficiente, alguém precisava alerta-la sobre aquilo, pensei rindo, mas naquele instante, a visão era mais do que agradável, pois com seus modos de moleque,ela deixava a curvatura do bumbum à mostra e parecia totalmente ingênua ao fato. Pude ver a pele nua de suas coxas através da meia calça fumê e apenas quis toma-la para mim ali, pressionada contra a pia. 

 

Resolvi me arriscar, e num movimento brusco, imprensei seu corpo assim que levantou com as taças na mão,fazendo-a derrubar uma delas dentro da pia, assustada.

 

-Por Deus, olha o que fizeste! (Ela deu a bronca em meio a uma risada)

 

Não respondi nada,apenas tomei a outra taça de sua mão, colocando-a próxima à bancada lateral, e segurando suas duas mãos sobre a pia, deslizei os lábios por sua nuca, agarrando seu pescoço em seguida e virando seu rosto em minha direção, para um beijo cheio de malícia. Em minha mente, meu desejo estava mais do que claro, bastava fazê-la render-se a ele.

 

Enchi a palma da mão com um dos lados de suas nádegas e ouvi o suspiro alto dela. Apertei com firmeza enquanto meus dentes arranhavam levemente seu pescoço e entao, deixando as delicadezas de lado, levantei sua saia e rasguei a meia calça. Notei seu susto, seguido de um riso gostoso e continuei a acaricia-la.

 

Afastei a lingerie de lado, não, ela nao usava renda, sua lingerie nao parecia ter saído de um catálogo de modelos, usava uma calcinha de algodão verde escura, que certamente parecia confortável, e esse visual despojado e nada ensaiado a deixava mais sensual ainda. Ela era toda Ela, crua e bruta, da sexualidade mais pura possível, sem enfeites e sem artifícios extravagantes, ela era bela e natural, como eu jamais havia visto.

 

Senti a carne nas mãos, estava úmida, e cada vez que deslizava o dedo entre suas pernas, ela suspirava baixinho curvando a coluna. Segui uma trilha de beijos úmidos por suas costas, levantando seu suéter e cheguei ao glorioso monte de pele firme e voluptuosa, beijando como quem beija lábios. Notei-a empinando o bumbum, talvez mesmo que inconscientemente, mas aproveitei a excitação que ela demonstrava para tentar satisfazer meu desejo, e levantando novamente, preparei-me para penetra-la. Notou minha intenção de imediato e soltou um "Não" abafado.   Levei minha mão ao seu abdômen e sussurrando em seu ouvido, perguntei:

 

-Nao? 

 

E lhe mordi o lóbulo tentando fazer com que o prazer a convencesse. E que vitorioso fui...

 

-Sim... (Ela finalmente murmurou)

 

E inclinando o corpo em minha direção, baixou a cabeça e apoiou-se firmemente na pia.

 

 

POV ITZIAR 

 

Senti ele me penetrar por trás  e um misto de dor e prazer tomou conta de mim. Ali, de pé no meio da minha cozinha, eu me deixava possuir de uma maneira tão íntima e selvagem. 

 

Ele tinha meu cabelo em sua mão e de vez em quando dava pequenos puxões na exata medida para me levar à loucura em adição aos movimentos que ele fazia as minhas costas. 

 

Cada vez mais dentro de mim. 

“Gostosa”

 

Ele sussurrou em meu ouvido enquanto as investidas tornavam-se cada vez mais intensas, e completou com um riso:

 

“Vais me deixar louco!”

 

Segurei a beirada da pia com firmeza e gemi sem me importar com vizinhos, pudores ou com o que ele pudesse achar. 

 

Soltando meus cabelos, ele levou uma mão a minha barriga e colocando a mão entre minhas coxas, passou a me estimular com os dedos. Uma sensação prazerosa  que me deixava sem ar, e eu queria mais, mais dele pra mim, mais daquele sentimento de aventura; um fogo que me consumia e me fazia sentir viva. 

 

Ele me virou de frente, e me pegou no colo, adentrando em direção ao meu quarto por instinto, porém  como se já soubesse de cor o caminho para lá; deitou-me a cama e sobre mim. Acariciou meu rosto tão delicado que reagi fechando os olhos por alguns segundos. Me dá medo quando ele se comporta assim com tanta delicadeza… medo de sentir mais que desejo e paixão de momento. 

 

Ele me olhava nos olhos, estudava meu rosto. “Me beija”, pedi. Não saberia como suportar a intensidade daqueles olhos por muito mais tempo. 

Sorrindo, ele obedeceu e sincronizamos nossas bocas e nossos corpos numa dança de movimentos que vínhamos aprendendo juntos. 

 

 

 

POV ÁLVARO 

 

Itziar parecia ainda mais bela ali na cama, de olhos fechados,lábios entreabertos,as bochechas coradas e o peito arfante...que visão! Poderia observa-la por horas, embora meu corpo impaciente estivesse exigindo mais. 

 

Passei a pensar no que aquele turbilhão de sensações significava...Não podia ser só desejo e isso era um problema enorme, pois naquele instante eu soube que estava apaixonado. Diabos! Estou apaixonado! Gritei em pensamento.  

 

Então ela levantou o corpo e comigo entre as pernas, sentindo o calor de suas coxas, passou a acariciar meu rosto, como quem tenta decifrar pensamentos. Os olhos atentos e as sobrancelhas movimentando-se formando pequenas rugas em sua testa, dando a ela uma expressão bonita de curiosidade infantil. Perguntou-me enfim:

 

-Estás Bem?

-Pois sim...Estava te admirando.

 

Ela gargalhou com a gengiva a mostra franzindo o nariz e me abraçou, cheirando meu pescoço como um animal farejador e em seguida,me olhou nos olhos,profundamente, atraindo meus lábios inconscientemente para os dela.

 

Que se dane- pensei- e quê? Estou apaixonado sim! Quem não estaria com aquela fêmea que exalava perfume de pele fresca e natural?! Quem não cairia de amores por aquela gargalhada vulgar e pelo modo hipnotizante como jogava os cabelos para trás? 

 

És um puto de um sortudo! Te deixa apaixonar, Álvaro,te deixa...

 

 

POV ITZIAR 

 

Voltamos pra a sala para finamente tomarmos o tal vinho. Nos acomodamos no chão, sobre o tapete,  sentados lado a lado com o sofá a nossas costas e duas taças nas mãos. 

 

Bebi um gole e o olhei de relance. Era estranho. Compartilhar tanta intimidade com alguém que você mal conhece. E como se tivesse os mesmos pensamentos na cabeça ele acariciou meu rosto e perguntou. 

 

-Como você era no colégio?

- Que?

 

Ele me olhava fixamente,sério, com uma expressão genuína de curiosidade. 

 

-Como você era? Nao sei, com 12, 13 anos...

-Tímida...Tinha vergonha de tudo...Acho que não fui a menina mais popular da escola...

 

Ele riu e pareceu desatento por alguns segundos, como se estivesse tentando me visualizar com meus 12 anos.

 

-As coisas mudam,não?

-Porque me pergunta isso?

-Nao sei...Queria saber como eras, que aparência tinhas, como te sentias...

 

Pude perceber seu desejo de nos aproximar numa intimidade que talvez não pudesse ser alcançada no pouco tempo que tínhamos...Não sabia o que se passava conosco, mas sabia que ali existia algum sentimento confuso e desesperado para ser compreendido.

 

-E tu?

 

Ele riu e bebeu um gole do vinho. -Eu sempre fui uma criança ativa, me metia em tudo, era um curioso! 

 

-Isso se vê... 

sorri.

 

E assim ficamos por mais algum tempo,conversando bobagens,tópicos inúteis,  dividindo curiosidades que a outras pessoas pouco importaria,mas que para nós dois significava uma vida reduzida ao mundo que havíamos criado ali, somente para nós, até o momento que nos  despedimos.

 

...

 



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