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História Retales de mi vida - Surpresas


Escrita por: didilicia

Capítulo 36 - Surpresas


POV ÁLVARO 

 

Ela adentrou o galpão e caminhou lentamente até o balcão, passou a mão sobre o mármore empoeirado e continuou a caminhar, deslizava os dedos aleatoriamente por cadeiras e caixotes empilhados no meio do caminho, e então,ultrapassou a cortina de plástico e continuou em direção ao que futuramente seria o salão principal. 

 

Assim que desapareceu no breu, eu a segui, chegando a ela, que já estava sentada sobre um monte de sacos de cimento, com as mãos apoiadas no monte e a silhueta poetica na escuridão.

 

Me aproximei e parei à sua frente, com a intenção de levanta-la e carrega-la no colo para algum lugar mais...propício. Mas assim que parei, seu corpo deslizou com o impulso das mãos e ela se ajoelhou, abrindo meu zíper com os olhos brilhantes como os de um gato, fixados em mim. 

 

Passei a mão em seus cabelos e com ela no controle de meu corpo, suspirei ao sentir seus lábios. Os dedos escorregavam pela lateral de minhas coxas, tentando me arranhar com as unhas curtas e seu empenho em me dar prazer parecia mais intenso que nunca.

 

-Nao...Espera!

 

Pedi a ela com muito esforço e autocontrole. Parei alguns segundos para respirar e tentar dizer a meu corpo que o prazer dela era mais importante que o meu, e então a olhei. O olhar ansioso, com ares quase ingênuos, embora há poucos segundos havia me tido completamente dominado. 

 

Fui ao chão com Ela, pouco me importava a poeira e o desconforto, tê-la vulnerável daquela forma, tao entregue quanto Eu,  a tornava mais sensual que nunca. 

 

Com os joelhos cheios de poeira, ela sentou com as costas apoiadas no monte de sacas e me livrando das calças de vez, sentei ao seu lado, segurando-a pela nuca e lhe dando beijos muito suaves pelas maçãs do rosto, mordendo levemente seu queixo proeminente, seu pescoço longo e elegante, até cravar os dentes em seu busto, ouvindo um gemido dengoso, saltado de seus lábios como um susto.

 

Deslizei a mão pela parte interna de sua coxa e puxando a calcinha de lado, penetrei meus dedos na umidade exagerada entre suas pernas. Ela arqueou a coluna e enquanto meus dedos a estimulavam, seus quadris dançavam no chão. 

 

Ela, com a cabeça pendida para trás e olhos fechados, me provocou instintos dominantes e por fim, me posicionei entre suas pernas, segurando-a num abraço apertado. Suas pernas me pressionavam firmemente e suas mãos entrelaçadas em meu pescoço vez ou outra me tiravam o ar.

 

Foi quando segurou meu rosto e olhando em meus olhos perguntou:

 

-Gostas assim?

- Sim...Sabes que sim...

 

E continuei as investidas, afundando o rosto em seus cabelos,ouvindo-a gemer. Me empurrou o peito e deu sua volta dominadora sobre meu corpo, sentando e encaixando-se em mim, soltando o corpo, complemente fogosa. Enquanto seus quadris rebolavam e suas mãos pousavam  sobre meu peito, ouvi novamente sua voz rouca murmurar ao meu ouvido:

 

-Só eu te deixo assim, não é? 

- Sim...

-Me queres?

- Sim...

-O quanto?

-Muito! Te quero Muito!

-Me mostra o quanto...

 

Joguei-me por cima de seu corpo e sob suas súplicas, a tomei com total intensidade, enrolando seus cabelos em meus punhos e cravando os dentes em seu pescoço. Itziar entreabriu os lábios e senti o choque por seu corpo, contraindo-se em espasmos por baixo do meu. Não muitos segundos depois, sua reação levou -me ao ápice também e descansei sobre seu peito. Estávamos os dois,desfalecidos, exaustos e completamente decadentes no chão empoeirado do galpão,mas para nós, aquele esconderijo,naquele momento era o próprio paraíso.

 

 

 

 

 

 

POV ITZIAR

 

Ouvi ele gargalhar em meu peito, com a cabeça ainda apoiada sobre mim. 

 

“Que?”, acariciei seus cabelos e o fiz olhar pra mim. 

 

“És completamente louca”

 

“louca por quê?”

 

“Me arrastas para este galpão e fazes amor comigo no chão empoeirado. Nunca pensaria em tal coisa…”

 

“Ah não pensarias…?”, nos ajeitamos sentando no chão de frente um para o outro, muito juntos. Nossas pernas se entrelaçavam e nossos corpos semi nus a contra luz refletiam a sombra no chão. “Não finjas  porque tu também não és muito normal”, eu disse e Sorri, acariciando  seu braço, passando a seguir a fazer carinhos nos pelos de sua barba. O olhava com atenção, agora seria. Notei que ele esperava qualquer coisa enquanto me olhava com olhar sereno. 

 

Finalmente olhando meu joelho, ele disse. “Não está doendo?”. Passei a olhar o arranhado, consequência das estripulias pelo chão e que agora sangrava um pouco. “Agora que falastes… sim. Dói”. Ele acariciou em volta do ferimento e fez uma cara de pena. 

 

“Eu não sei o que dizer”, falei. 

 

“Sobre o que?”, questionou confuso. 

 

“Sobre tudo que se passou hoje. Aquela conversa maluca sobre pertencimento e ciúmes”. 

 

“Não sentes?”

 

Inclinei a cabeça de lado e o olhei. “Sinto. Mas é bobagem. Eu sei”, olhei novamente diretamente para ele. “Por vezes desejo ter o controle outra vez e quero me proteger de ti”

 

Ele levou uma mecha do meu cabelo para trás de minha orelha. “Não faças isso. Entre nós dois esses artifícios não são necessários. Quero ser totalmente aberto a ti”. 

 

“Devolva minha alma e minha paz, Álvaro”,  ele me beijou e finalmente consegui sorri. Nos abraçamos e ficamos em silêncio desconstruindo nossos medos e barreiras, dividindo aquele momento no meio daquele lugar em construção. 

 

POV ÁLVARO 

 

Depois de deixar Itziar em seu apartamento, dirigi de volta para casa. Duas e meia da manhã e eu não sentia sono, não sentia os efeitos da bebida em meu corpo. Abri a porta e encontrei blanca em casa, meio adormecida no sofá com a televisão ligada. Havia voltado antes de surpresa e então entendi porque ela havia ligado logo cedo. Ela despertou e levantou assim que girei a chave. 

 

“Blanca! Que fazes hoje aqui?”

 

“Aonde estavas?”. Ela chegou perto para um beijo mas recuou. “Bebestes?”

 

“Sim”, decidi não mentir, era evidente. 

 

“Dissestes que estavas cuidando de negócios do pub, mas estavas bebendo! Com quem? Pedro outra vez?”, seu tom de voz era sarcástico e se elevava gradativamente. Gaguejei numa tentativa de concatenar as mentiras que viriam. 

 

“Fui ao galpão e por lá mesmo bebi um pouco” 

 

“Estas com cheiro de perfume barato! Quem é ela?! Quem é ela Álvaro?”

 

 


Notas Finais


Todos vivos?

Ah ! Queríamos agradecer a quem indica a fanfic para outros leitores e quem comenta e faz elogios. Obrigada💚


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