História Return - 19. Intensos.

BRIDGET HUNTER

Aquele filme estava ficando chato. Quero dizer, era um filme bastante engraçado, porém o Justin estava tão sério que deixava um clima tenso ali. Era sábado à noite, passamos a semana sem nos falarmos, a última vez foi por mensagem no dia em que a Morgana estava se sentindo mal e acabamos combinando de ter um tempo hoje. Ele também estava ocupado organizando as coisas do seu livro, que ele não queria publicar por agora, pelo pouco que ouvi do assunto entendi isso. Engraçado como escritores tratam seus livros como filhos, ao menos Justin Bieber é assim.

Sorri travessa, fingindo inocentemente passar minha mão pela coxa dele, eu estava com as costas encostada no peito dele, então não tinha como ver sua expressão naquele momento, mas Bieber não pareceu notar minhas reais intenções. Sua mão esquerda sobre minha barriga ficou quietinha. Eu subi mais minha mão, até ficar muito próximo do seu pau, próximo mesmo, quase tocando-o. Raspei minha mão nele por cima da sua calça, Justin não moveu um músculo sequer, eu fiquei naquela brincadeirinha por algum tempo, como se minha mão ficar praticamente segurandoo seu pau fosse algo sem segundas intenções, e não via nenhuma reação dele, respiração acelerada, nem nada. Frustrada, pois o Bieber não tinha caído no meu jogo, me levantei do sofá indo em direção ao banheiro de hóspedes no andar de cima. Precisava passar uma água no rosto. Se ele não se afetou em nada com o que eu estava fazendo, pois bem, me encontrava bastante afetada. Saí de perto dele sem dar qualquer explicação.

Entrei no banheiro, ligando a torneira e passando água no rosto, quando levantei e encarei o espelho a minha frente fechando a água, tomei um susto ao ver o Justin ali.

— Você quer me matar do coração? — perguntei, colocando a mão do peito, fiz que iria girar, mas ele não deixou, me segurando e curvando sobre a pia de mármore. — Justin!

— Acha que não fiquei excitado? — Eu entendi muito bem o que ele queria dizer e sorri suavemente. Era a intenção mesmo, porém Bieber parecia não ter sido atingido, equívoco meu. Não respondi, o vestido foi levantando e minha calcinha abaixada. Seus dedos estavam na minha boceta me estimulando, não havia delicadeza ali e sinceramente nunca desejei tanto que alguém fosse rude no sexo como naquele momento.

Por que infernos ele tinha que ser tão bom? Bieber estava fazendo daquela parte do meu corpo seu brinquedinho particular, comecei a gemer baixinho sentindo meu rosto ser pressionado contra a pia e o estímulo dele não parava um minuto sequer. Até que ouvi um zíper ser aberto e logo após me senti completamente preenchida por ele, toda sua extensão dentro de mim, expandindo para conseguir aguenta-lo totalmente. Naqueles momentos é que se pensa, tomar anticoncepcionais foi a melhor escolha que fiz, apesar de que nesses momentos você só pensa em gozar bastante, melando todo o pau dele.

— B-bieber — gemi, sabendo que aquilo o atiça.

Dito e feito, Justin saia e entrava em mim com tanta pressão que minhas paredes pareciam que não iriam aguentar de tanto prazer. Mas eu queria contato visual, gozar bastante olhando em seus olhos. Seus urros me fizeram perder as estribeiras e segurar na pia com mais força, já não sentia minhas pernas mais, derretidas.

Os movimentos frenéticos, os gemidos e palavras obscenas distorcidas... Tudo foi juntando até que em um momento o seu jato veio grosso dentro de mim, me preenchendo por completo. E não demorou para minhas pernas desfalecerem junto com o orgasmo intenso que aplacou meu corpo. Justin me segurou pela cintura, fazendo eu ficar frente a frente com ele, nossos corpos colados. Eu estava tão suada quanto ele.

— Vou te levar pro quarto — Bieber sussurrou, me pegando no colo. Eu não me opus, pelo contrário, aceitei de bom grado. Não estava em condições de caminhar com o corpo mole daquela forma.

Justin me deitou na cama, deitando por cima de mim. Seu rosto se enterrou em meu pescoço, cheirando a região, suas mãos acariciaram meus ombros, descendo até pegar minhas mãos colocando a cima da minha cabeça.

— O que te irritou? — perguntei, sabendo que todo aquele momento intenso e rápido não foi ocasionado apenas porque eu estava o tentando. Justin respirou fundo, senti sua fungada na minha clavícula antes de seus olhos intensamente castanhos ficarem frente a frente com os meus.

— Eu estava mais frustrado que irritado — pronunciou, eu o encarei sem entender aonde ele queria chegar. — Te convidei para vir aqui e você disse que não podia eu só... — arregalei os olhos derrubando ele de cima de mim.

— Você só pode estar brincando — murmurei me sentando, o olhando como se ele fosse de outro planeta. Aquilo só poderia der uma brincadeira.

— Vai chegar um momento em que você não vai estar mais disponível, não vai querer isso que a gente tem e desde aquele dia eu só penso nisso e está me frustrando. — Suas mãos rapidamente foram para o seu cabelo, puxando-o.

— Justin! Quem formulou o tipo de coisa que temos foi você... Vai chegar um momento em que isso — apontei para nós dois — não será mais agradável pra você e não o contrário — falei me afastando ainda mais dele. Ouvi seu suspiro alto, mas não o olhei.

— Você quer dizer o que com isso? — Senti seu corpo se aproximando, mas eu apenas queria me afastar. — Bridget... Você está se apaixonando?

A forma cuidadosa que ele perguntou parecia que Justin estava se referindo a algo de vida ou morte. E eu sabia que estávamos caminhando para onde eu temia, mas já era esperado.

— É meio impossível não se apaixonar por você — falei, escolhendo bem as palavras.

Sabia muito bem que entrei naquilo gostando dele mais do que o se esperava. Eu já era apaixonada por ele, se misturou com desejo com o passar do tempo e o reencontro. Por algum tempo estive momentaneamente cega achando ser só desejo de mulher por um homem, mas ainda havia as ilusões de menina ali, misturadas e me deixando confusa. Queria ter permanecido confusa, ser lúcida as vezes não é a melhor opção, quando se tem.

— Eu...

— Acho melhor eu ir indo — falei, me levantando, porém não tive tempo de realmente sair da cama. Seu corpo caiu com tudo sobre o meu, me fazendo deitar novamente.

— Dormi aqui. — Eu não entendi se aquilo foi um convite ou uma convicção saindo de seus lábios. Mas eu só queria chorar e sumir dali. Porém quando senti seus dedos passeando pela minha bochecha foi que percebi que as lágrimas já desciam. — O certo seria eu deixar você ir... enterrar tudo. Mas não dá pra fazer isso, não consigo. 

Bieber me puxou para um abraço, fazendo meu rosto enterrar na sua blusa. Eu simplesmente deixei elas virem. Querendo ou não, havia acabado de me declarar para ele, isso estava me deixando enclausurada. Não por ele não ter dito o mesmo ou retribuido as palavras, entretando por saber que eu havia me colocado literalmente em suas mãos e deixado claro quem tinha total controle sobre meu coração, mente e corpo.

Apenas me deixei relaxar em seus braços, na sua cama. Dormindo ali, ouvindo o som que vinha do seu coração.