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História Revenge Girl - Meias verdades, decisões completas


Escrita por: MandsChan

Notas do Autor


Amorecos, long time no see hun?
A vida neste começo de ano não está fácil, além dos problemas que já dividi com vocês, agora tive problemas técnicos e surtei achando que tinha perdido a Revenge T.T Mas tudo foi contornado, segue o bonde!

Outro capítulo está vindo logo MENOS, preciso logo chegar em uma parte da história, que com a minha demora em postar está demorando MUITO a chegar!

Espero que a continuação do capítulo anterior esteja a altura das expectativas gerais eeee, não poderia deixar passar em branco a minha felicidade em voltar aqui e ver a fic com quase 100 favoritos <3 Obrigada a todos vocês!

Não esqueçam de me contar o que estão achando :*

ps: QUEM JÁ TÁ ACOMPANHANDO CLEAR CARD E AMANDO? O/

Capítulo 81 - Meias verdades, decisões completas


Caí sobre o corpo nu de minha namorada, na cama, acariciando-o ao máximo. Desci os beijos por seu pescoço, onde pude sentir os pelos dali arrepiarem.

Era bom saber que eu podia causar todas aquelas sensações em outra pessoa. Que outra também se rendia aos meus beijos e carícias. Isso deveria ser o suficiente para me proporcionar prazer também, certo?

Bom, não foi por todo este tempo, mas hoje tinha que ser.

Senti suas mãos delicadas apertarem minha bunda por cima da calça e rapidamente irem para dentro de minha camisa. Logo senti suas unhas arranharem minhas costas, enquanto ela soltava um gemido de prazer quando deixei um chupão em seu pescoço.

Rapidamente, ela inverteu as posições e agora estava em cima de mim. Sentada, uma perna de cada lado de meu corpo. Seus dedos ávidos foram para o centro de minha camisa, arrancando-a, estourando os botões.

- Não sabe o quanto esperei por isso. – ela disse sedutora, enquanto eu terminava de me livrar de minha camisa.

Seus lábios foram para meu pescoço e suas unhas arranhavam meu peitoral. Abracei-a forte enquanto a pressionava mais contra meu peito. Empurrei-a levemente para o lado, sem diminuir a distância entre nós, entrelaçando suas pernas com as minhas, enquanto trocávamos um beijo urgente.

O corpo de Amanda estava febril, podia sentir o seu desejo emanar de sua pele. Ela queria muito aquilo e eu estava com uma vontade ainda maior de dar o que ela tanto buscava. Precisava me libertar.

Emaranhados um no outro, minhas mãos subiam e desciam pelo seu corpo nu. Minha mão direita tomou rumo de sua coxa, com destino a sua parte mais íntima e sensível. Apartei o beijo na intenção de olhá-la fundo nos olhos para vê-la emanar prazer e quando o fiz, não pude acreditar.

- Shao... – ela gemina meu nome, com os olhos baixos, quase fechados, parecia em transe. O problema é que não era mais Amanda em minha frente e sim... Sakura.

As esmeraldas verdes, quase ofuscadas pelas pálpebras semicerradas ainda brilhavam de luxúria. Balancei a cabeça para ver se voltava à realidade e isso não aconteceu. Quem eu enxergava ali na minha frente era Kinomoto. Passei os olhos por seu corpo... Era ele mesmo. O corpo que me enlouquecia.

Mas que diabos!?

Pisquei algumas vezes e vagarosamente a imagem de Sakura foi sumindo, dando lugar a uma Amanda de olhar confuso.

- O que foi? – ela questionou acariciando minha nuca, tentando se aproximar mais o seu rosto do meu.

Recuei.

- Eu... Tenho que ir. – disse com a irritação visível em minha voz. Separei-me de Amanda bruscamente e saí do quarto, enquanto ela gritava para que eu voltasse.

Estava de sapatos e calça, mas sem camisa. Passando pela sala, peguei um moletom que estava jogado no sofá e marchei completamente transtornado porta a fora.

Tinha acontecido de novo. A mesma coisa de sempre! Toda vez que eu tentava ficar com Amanda, aquela mulher invadia meus pensamentos! Malditos olhos verdes, malditos!

Bati a porta com força e fui em direção aos elevadores, no fim do corredor. Mas então, parei abruptamente, como se meus pés tivessem cimentados no chão.

O que eu estava fazendo afinal? Para onde estava indo? Não importa. Poderia fugir para qualquer lugar, estar com qualquer pessoa, esse sentimento horrível vai me seguir onde for.

Essa raiva, mágoa, tristeza... Ódio.

Apertei os punhos com força enquanto abaixava minha cabeça e encarava o chão, sentindo meus olhos arderem. Eu precisava socar algo.

Treinar seria a melhor opção então?

De repente, dois pés cobertos por uma sapatilha que eu já tinha visto mais cedo apareceram em meu campo de visão. Levantei os olhos e encontrei parado na minha frente o fantasma de quem eu tanto queria fugir.

Sakura estava com o vestido de mais cedo, porém sem o casaco, este repousava em seus braços, junto com várias sacolas de compras. Passei os olhos rapidamente por seu rosto, com semblante preocupado, para não me demorar muito em suas esmeraldas e me perder.

Logo meu olhar foi puxado como um ímã para sua barriga e meu estômago revirou em resposta.

Sakura Narrando

Encontrar com Shaoran sem camisa no meio do corredor realmente não era algo que eu esperava ver hoje, ou na verdade, em qualquer outro dia.

Não posso negar que meu corpo entrou em estado de alerta. Podia culpar os hormônios, mas tenho que admitir, em qualquer situação eu reagiria de maneira eufórica ao dar de cara com aquele corpo que sempre me atrairá absurdamente.

O turbilhão de acontecimentos que tinham ocorrido entre nós hoje, a dança, os beijos, as descobertas e claro, as minhas mentiras, ainda rondavam minha mente, e devo admitir que o sentimento de culpa me corroía agora, ao encontra-lo completamente perdido, no meio do corredor, com a dor estampada em seu rosto.

Abri a boca para falar algo, enquanto dava um passo em sua direção, mas Shaoran foi mais rápido. Deu passos apressados na direção oposta, esbarrando em meu ombro e me deixando sem palavras no meio do corredor. Eu podia ter me virado, corrido atrás... Mas achei que só poderia piorar as coisas.

Esperei alguns segundos e segui para a porta o apartamento dos meus japoneses favoritos. Tirei a chave do bolso e destranquei-o, sem esquecer de respirar fundo antes. Apesar de tudo, eu tinha que seguir com o meu objetivo da noite: revelar a minha gravidez para todos.

- Achei que tinha esquecido de mim! – Tomoyo gritou euforicamente ao me ver entrar pela porta. Logo veio em minha direção e me tomou num abraço apertado. Larguei as sacolas e o casaco que carregava no chão. – O que está fazendo sem casaco? – a japonesa, super observadora questionou. Suspirei.

- Eu te amo muito Tomy, e como todos os outros aniversários da sua vida, aqui estou eu, presente. – minha voz começou a embargar. Droga de hormônios! – Me perdoe por roubar o seu dia com as minhas confusões. – a japonesa então, sem deixar de me abraçar, afastou seu rosto de meu ombro, para me encarar nos olhos.

- Ele descobriu, não foi? – assenti com a cabeça.

- Feliz aniversário. – beijei sua bochecha e me abaixei no chão para lhe entregar a sacola de seu presente. – Aqui dentro está o de Shaoran também. Eu... Acho que ele não vem. – Tomoyo pegou o embrulho e passou a mão delicadamente pela lateral de meu rosto.

- Boa sorte querida. – disse docemente e se afastou. Agora não tinham sacolas, casacos, ou o corpo de Tomy para disfarçar. Agora ali estava eu, com o vestidinho listrado que mostrava claramente o estado em que me encontrava.

Logo os olhares de Eriol, Hiro e Meiling se viraram na minha direção, com a intenção de me cumprimentar, porém, o susto dos três, mas principalmente do casal de namorados, emudeceu a reunião.

Eriol olhou rapidamente para Tomoyo, alarmado, e a japonesa apenas assentiu, com um singelo sorriso nos lábios. Aposto que somente com este olhar, os dois já tinham compartilhado todos os pensamentos possíveis e imagináveis sobre a situação.

- Sakura. – Mei foi a primeira que conseguiu se pronunciar, mesmo que num tom baixo. Hiro parecia congelado.

- Eu não queria causar uma cena, ou no caso, roubar a cena no aniversário da Tomy, mas aconteceram umas coisas hoje que me fizeram ter certeza de que eu não podia mais esconder isso de vocês. Hiro, Mei, eu estou grávida. – disse num tom surpreendentemente calmo. Achei que iria surtar.

- Pera aí. – Hiro começou a raciocinar. – Isso quer dizer que... Esses dois já sabiam? – meu primo tinha um tom de indignação enquanto apontava para o casal de japoneses.

- Que absurdo! – Mei gritou. – Oh meu Deus! E Xiaolang?! – suspirei.

- Esse foi o motivo de vocês dois não saberem de nada. Não me odeiem, Tomy e Eriol estavam comigo no hospital quando eu descobri, eu não preferi eles a vocês! Mas Mei, entenda, eu sei que você iria correndo contar a Shaoran e Hiro contaria a Mei, o que levaria ao mesmo fim, e eu não queria que ele soubesse. – todos me olhavam atentos, e estava muito difícil decifrar os pensamentos dos meus amigos com os semblantes tão confusos.

De repente, Meiling puxou Hiro pela mão e os dois foram ao meu encontro, me abraçando em seguida.

- Oh Sakura! – a chinesa disse em meio ao abraço. – Eu passando por aquele chilique, quando Hiro sumiu, te falei mil coisas e você, grávida! – sorri compassiva em resposta.

- Pequena, não vou fingir que não fiquei magoado em ser o “último a saber”, mas de verdade, nada disso importa agora. – Hiro então separou o abraço, assim como Mei, e tomou meu rosto entre suas mãos. – Você e Shaoran vão ser pais! Vocês conseguiram. – e me mandou um de seus mais belos sorrisos, um sincero e puro, sem nenhuma ironia, ou brincadeira, comuns do velho Hiro.

Sorri amarelo.

- Bem... Sobre isso...

- Ele já sabe, não é? Você está contando pra gente, porque Xiaolang já sabe, certo? – Mei questionou. Assenti em resposta.

- O problema é que... Ele não é o pai.

Meiling e Hiro arregalaram os olhos, enquanto Eriol se engasgou bruscamente com a bebida e Tomoyo foi correndo ajuda-lo. Já até imagino o que se passa na cabeça desses dois japoneses, mas me entendo com eles depois.

- QUÊ? – Hiro gritou de repente, então pareceu ter um estalo. – Ah não. Não me diga que aquele...

- Sim. Josh é o pai.

As tosses de Eriol ficaram mais fortes e Tomoyo começou a arrastá-lo para o quarto. A palidez tomou de repente o rosto de meu primo, que se retirou bruscamente para o banheiro, afirmando estar com náuseas. Meiling era a única ali, ainda na minha frente, com o olhar profundo, porém vazio. Parecia estar perdida em pensamentos.

- Eu preciso ir. – ela disse depois de alguns instantes, se apressando para a porta.

- Ele não está em casa. – disse, já sabendo quem ela iria encontrar. – Esbarrei com ele no corredor, agora há pouco. Sem camisa e completamente perdido. Ele precisa de você Mei. – a chinesa assentiu e saiu porta a fora.

Suspirei. Tinha conseguido me livrar daquele segredo. Ou pelo menos, da metade dele.

Ouvi passos de salto se aproximarem de mim, e logo Tomoyo surgiu em meu campo de visão novamente.

- Mas que porra foi essa Kinomoto?

Shaoran narrando

Não sei há quanto tempo eu estava sentado naquele corredor. As costas apoiadas na parede, a cabeça repousada pra cima, os olhos fechados. Volta e meia ouvia o barulho do elevador e o cochicho de pessoas que provavelmente se assustavam ao encontrar um cara, refletindo seminu, no corredor.

Senti então, alguém se aproximar e sentar-se ao meu lado. Não precisei abrir os olhos para reconhecer quem era a pessoa que rapidamente tomou minhas mãos com as suas e deitou sua cabeça em meu ombro.

- Já sabe de tudo, aposto. – disse sem abrir meus olhos.

- Você também. – Mei disse enquanto acariciava as costas de minhas mãos com os polegares. – Vou querer saber porque tá nesse estado no meio do corredor?

- Não.

- Mas eu já sei. Você surtou com a notícia, tentou de novo ficar com aquela... Mulher. – ela hesitou ao ofender Amanda. – Não conseguiu e para brindar com chave de ouro, ainda encontrou a Sakura. – suspirei. Eu era tão óbvio assim?

- Eu sei que quer fazer eu me sentir melhor, mas eu quero ficar sozinho. – disse afastando suas mãos das minhas. Mas é claro que ela não deu a mínima e continuou ali, com a cabeça encostada em meu ombro.

- Eu consigo sentir a raiva fervendo em suas veias. Você está muito quente. Mas pense pelo lado bom: acabou. – abri os olhos rapidamente e virei-me na direção de Meiling que foi obrigada a levantar a cabeça e encarar-me nos olhos. – Chega de dor, de ressentimento, mágoa. Ela seguiu em frente Xiao, e você também deveria.

- E você acha que eu já não tentei? – meu tom de voz saiu um pouco mais exaltado do que planejava. Minha prima revirou os olhos.

- Não com ELA obviamente! Seguir em frente não quer dizer necessariamente se envolver com outra pessoa, mas sim deixar para trás aquela que fazia parte de sua vida e embarcar numa nova aventura, seja ela qual for.

- Não me venha com esses conselhos de livros de auto-ajuda de quinta categoria. Ela não seguiu em frente Meiling, eu sei disso. – suspirei. – Eu senti. – a chinesa me olhou confusa.

- Do que está falando?

- Ela não contou os detalhes de como eu descobri, contou? – minha prima negou com a cabeça. – Estávamos aos beijos essa tarde, no meio de uma praça, dançando a música do nosso noivado. Então eu passei a mão pela lateral da barriga dela e vi que ela estava... - não completei a frase. – Isso parece seguir em frente pra você? Porque pra mim, não pareceu.

- Pra nenhum dos dois, pelo jeito. – bufei.

- Quer falar de sentimentos? Vou dizer então, o que eu tô sentindo. Parece que minha vida está sendo roubada, por outra pessoa. Aquele... Cara. Está morando com ela, logo vai casar com ela, vai ter um filho com ela! E eu aqui, vendo a minha vida ser vivida por outra pessoa! – tenho que admitir que tirar aquilo do meu peito, a mais pura verdade, me aliviou, no fim das contas. Meiling tinha um semblante sereno no rosto.

- Xiao... Foi você quem terminou tudo. – senti uma pontada em meu peito. – Você a deixou. Não pode esperar que a vida de Sakura congele só porque você saiu dela. – agora foi a vez de Meiling de soltar um longo suspiro. – E olha que ela ficou congelada por um bom tempo. – soltei uma risada de escárnio.

- Ela transou com o cara cinco minutos depois que a gente terminou.

- Aposto que estava completamente bêbada e fora de si. Foi assim que passou várias semanas, noite após noite no bar. – ergui a sobrancelha em curiosidade.

- Ela bebia, mesmo estando grávida?

- Eu não sei. Não sei de nada praticamente. Sakura chegou na festa mostrando aquela barriguinha para todos, contou algo por cima e cinco minutos depois eu já estava aqui, procurando por você. – Meiling tomou minha mão com a sua novamente. – Ela me disse para te procurar. – revirei os olhos.

- Não pedi nada. – minha prima então aprofundou seu olhar no meu, e eu percebi que ela queria falar algo sério.

- Está na hora da família saber, não acha? – deixei minha cabeça repousar na parede novamente e fechei os olhos. – Não sei como você ainda não contou nada a eles, nada sobre o término de vocês. Já fazem quase quatro meses e a China ainda está na espera do herdeiro. Por que não contou nada a eles? - abri os olhos e me virei para Meiling novamente.

- Jura que nada passa por sua cabeça? Não conhece os malucos da família Li? Jiang já deve estar longe, quando eu der a notícia que rompi com Sakura, vai ser um caos. Vão tentar arranjar qualquer uma as pressas para ser a mãe de meu filho e eu... Não queria mais ninguém. Queria que fosse ela.

- Eu acho que é mais do que isso. Mais do que todos os problemas da família. Você sabe que tem algo a mais. – porque Meiling parecia conseguir me ler por completo? Era tão transparente assim?

- Comunicar minha família é uma sentença. A sentença do fim. – e então os doces olhos castanho-avermelhados de minha prima, pareceram derreter-se de tanta ternura.

- Acabou, Xiaolang. Infelizmente, acabou. – suspirei novamente e de repente a vontade que eu tinha de socar algo, tinha se dissipado, como fumaça no ar.

Meiling sempre fora minha confidente, desde crianças, apesar das personalidades completamente diferentes, sempre nos completamos, de alguma maneira.

Após essa breve reflexão, tinha tomado uma decisão: assim que pudesse, retornaria à China, sem avisar, e contaria a verdade para todos. O que viria a partir daí? Teria de enfrentar.

Aposto que qualquer coisa que venha de minha família seria infinitamente melhor do que ver a mulher, que apesar de tudo, eu entendi que sempre vou amar, construir uma vida com outra pessoa.


Notas Finais


Por que esses dois são tão complicados?


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