1. Spirit Fanfics >
  2. Revenge Girl >
  3. Baby Shower

História Revenge Girl - Baby Shower


Escrita por: MandsChan

Notas do Autor


Como prometido, o primeiro de muitos dessa quarentena <3

Leiam tudo de novo se precisar, se não lembrarem onde parou a história.

E já sabem né? #stayhome #staysafe

<3

Capítulo 90 - Baby Shower


- E o que seria isso aqui? – perguntei atônita pra peça rosa bebê repleta de lacinhos e borboletas esticada na frente de meu corpo.

- Seu avental antirradiação horas. – Fenmei respondeu. – A gente sabe muito bem que você não para de trabalhar nunca, mesmo em casa fica na frente desse computador. – arregalei os olhos analisando a curiosa peça.

- Mas gente, eu não trabalho com raio x não. – Fuutie revirou os olhos.

- Nem me venha com desculpas. Toda grávida chinesa que se preze usa, Sakura. Principalmente as que trabalham com computador. Você só deu azar que essa coisa horrível foi a Fanrei que escolheu.

- Borboletas e laços são lindos! – ouvi a calma chinesa cantarolar do outro lado da sala.

- Mais brega impossível! – Fenmei rebateu.

- Querida, abra o meu presente agora, deixe que falem sozinhas. – Shiefa apareceu em meu campo de visão sorrindo.

Meu deus do céu, dentro da caixa tinha mais uma simpatia para grávidas!

Sacrifício? Tortura?

As tagarelas chinesas realmente estavam enlouquecendo meu dia. Mas eu não estava irritada e tão pouco detestando a experiência. Esse chá de bebê chinês improvisado estava muito divertido. E ver a cara apreensiva de Shaoran tentando “entrar no papel”, valia demais.

Em pensar que este tempo todo... Ele não disse nada sobre o término. Nada sobre Amanda ou Josh.

Pare de alimentar falsas esperanças Sakura!

Não se dê o crédito. É óbvio que ele não soube lidar com o problema e preferiu escondê-lo, até ter uma brilhante ideia pra se salvar. Ele não deixou de contar sobre o rompimento porque ainda te ama.

Pare de sonhar.

- Ei Kinomoto, hora da vitamina. – Shao estendeu a mão para que eu me levantasse do sofá e seguimos para a cozinha, deixando as chinesas eufóricas mergulhadas nas dezenas de embalagens de presentes na sala. De longe só conseguia escutar suas vozes.

“Borboletas são bregas demais” - Fenmei insistiu.

“Você não consegue entender a complexidade da natureza” – Fanrei rebateu, calma.

“Parecem duas crianças!” – Shiefa advertiu.

“Mas onde é o banheiro daqui hein? Tô apertada desde que cheguei”. - Fuutie resmungou.

- Sobrevivendo? – Shao questionou me entregando o comprimido e um copo de água. Arqueei a sobrancelha cética. – Eu sei, eu sei, tenho muito o que explicar.

- Então seja breve, elas não vão aguentar ficar sozinhas por muito tempo. – adverti-o. Ele suspirou.

- Apesar da Meiling me encher o saco praticamente todos os dias, eu... Simplesmente não consegui dizer a minha família que tínhamos rompido. – larguei o copo na mesa e segurei sua mão.

- Eu sei que sua família é difícil Shao, informar um término de um relacionamento implicaria em Jiang possivelmente ter que voltar a ser sua pretendente, fora a impaciência dos anciãos em relação às suas inúmeras quebras de protocolo. Mas eu, mais do que nunca, aprendi que esconder algo de alguém não é nada além de egoísmo. Podemos colocar inúmeros motivos, mas no fundo, só tomamos essas atitudes pensando em nós mesmos. – Shao suspirou fundo e me puxou para um abraço apertado.

- Mas é exatamente isso. – disse baixinho, afagando meus cabelos. – Você ainda colocou os problemas que eu causaria aos outros contando a verdade. Mas do fundo do meu coração, eu não pensei em nenhum deles. Nem no clã, ou na vida de Jiang que poderia ser destruída. Não pensei em tradições ou protocolos. Eu só não contei porque... Eu não queria aceitar que era o fim. – não contive um tremor pelo corpo em resposta. Ele então se afastou do abraço e me encarou nos olhos. – Eu sabia que no momento em que eu contasse a eles, tudo estaria acabado. E no fundo, era do que eu mais tinha medo no mundo.

Senti um leve desconforto em minha barriga e tive certeza de que nada tinha a ver com a gravidez. Eram as famosas borboletas no estômago, voando de um lado para o outro, me fazendo arrepiar inteira.

- Sei que não é justo com você. Sei que teremos que explicar depois do nascimento do bebê do porquê não haverá casamento. É que... Eu só... Se elas descobrirem agora farão um escândalo. – suspirei.

- Deixe como está. A encenação continua. – sorri em apoio. – Até porque, eu não quero e nem preciso discutir a guarda do meu filho enquanto nem o tenho ainda em meus braços. – Shao apoiou as duas mãos em meus ombros e aprofundou seu olhar no meu.

- Eu jamais permitirei que tomem nosso filho de você. – sorri confiante.

- Agora eu sei disso. – ele sorriu em resposta.

- He-heeem – ouvimos um pigarro forçado vindo em direção da porta da cozinha. Fuutie apareceu de repente. - Desculpa atrapalhar o casal ternurinha, mas você vem comigo! - a chinesinha agarrou meu pulso e começou a me arrastar pela casa. – Onde é seu quarto? – apontei para a porta em sua frente. Entramos no cômodo e ela trancou a porta em seguida. Franzi a testa estranhando e Fuutie suspirou cansada. – Enfim privacidade! Aquela mulherada não cala a boca! – não contive uma risada, afinal, a chinesa mais tagarela que eu conhecia era ela.

- O que foi hein? Mais alguma simpatia maluca com que eu tenha que me preocupar? – questionei brincando. Ela deu risada.

- Que nada. Quero falar duas coisinhas com você. – assenti para que continuasse. – A primeira é que eu queria dar isso aqui pra você, com privacidade. - ela então me deu uma caixa pequena que eu nem tinha reparado que carregava consigo. Abri o embrulho e me admirei com a beleza do objeto.

- O que é? – disse pegando o colar em minhas mãos.

- Este é o colar do imperador. Ele pertenceu a um imperador muito importante da China que presenteou o primeiro líder do Clã Li na história. Ele vem passando então de geração em geração na família, para cada herdeiro homem. – assenti prestando atenção na história. Nunca vi Fuutie tão séria e compenetrada explicando algo. – Cada bebê que nasce na família principal, a nossa, sendo menino ou menina, usa o colar no dia de apresentação ao Clã, mas depois ele é guardado com o Líder do Clã, no caso minha mãe.

- Mas eu achei que Shaoran...

- Isso, isso! Xiaolang assumiu esse posto agora, mas eu pensei que... Por seu bebê estar chegando, e ainda por cima ser menino... Esse colar já pertence a ele. E deve ser guardado por você. – a chinesa me entregou a bela peça antiga e rústica repleta de detalhes incríveis nas correntes grossas de ouro e nos adornos em esmeralda e diamantes.

- Nossa Fuutie... Eu... Nem sei o que dizer. – sorri emocionada. Olhei então minha mão direita que continha novamente o antigo anel de noivado. – Não parece fazer par? – questionei curiosa. Ela assentiu.

- Na verdade eles são um par, mas isso é assunto pra outra história. A segunda coisa que eu quero tratar com você, na verdade são explicações.

- Como?

- Pode me achar engraçada e avoada, mas sou muito observadora Sakura. Quero saber o porquê desse teatro todo. – engoli seco. – Por que você e Xiaolang estão fingindo estar juntos? E mais importante, o que aconteceu para estarem separados?

Narrador Desconhecido

- COMO ASSIM FUGIU? Vocês são pagos PRA QUÊ? – berrei descontrolada. Não era possível tanta coisa dar errado de uma vez só!

- Calma ô. Mas cê tá brava? – ele riu debochado do outro lado da linha – Não disse que era uma notícia ruim e outra boa? – desgraçado.

- Fala logo caralho. Eu não estou pra brincadeiras. – disse ríspida. Ouvi outra risadinha de escárnio.

- É o seguinte. Ela fugiu, mas a gente prendeu ela de novo né. Tá achando que não podemos com uma magricela metida a besta? – revirei os olhos sem paciência.

- Se fugiu e prendeu de novo, por que estou perdendo meu tempo com essa ligação?

- É que a gente pegou ela quando já estava num orelhão. O Bigode viu lá e segundo ele tava desativado. Mas eu sou lá trouxa de confiar no Bigode? Mudamos de casinha pra não dar B.O. e precisamos de grana pra compras e claro, um aumento. Aquela merreca já não me serve mais, tá ficando muito arriscada essa história. - bufei irritada.

- Vocês são inacreditáveis. Inúteis! Arriscado por que? Ficam vendo TV o dia todo! – resmunguei.

- O moleque está na nossa cola. – senti meus pelos da nuca arrepiarem.

- Achei que já tinha pedido pra vocês lidarem com esse problema. – disse cerrando os dentes.

- O moleque é esperto. Apanhou pouco e bateu muito. A polícia não tá envolvida, mas é questão de tempo. Por isso eu quero grana. Se a casa cair eu pico a mula. – bufei indignada.

- E tem coragem de falar isso na minha cara? - ele gargalhou do outro lado da linha.

- Sinceridade é um dos meus fortes. – revirei os olhos.

- Não vai ter mais dinheiro em envelope, o cara da grana daí me disse que acabou meu cash, vai ter que ser depósito. Se eu me foder por conta de rastreio de conta no futuro você vai junto.

- Só envia babe. – suspirei fundo encarando o quarto em que me encontrava. Apertado, escuro, fedendo. Toda a minha grana estava sendo investida neste plano. Tinha que dar certo.

- Por um momento, eu realmente achei que você me daria uma boa notícia. – disse depois de apertar o “confirmar transferência” em meu aplicativo bancário.

- Mas eu dei. Eu só não disse que a notícia era boa pra você, boneca.


Notas Finais


o.o


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...