P.O.V. LOONIE
Depois daquela minha conversa com a Chara, eu fui até um portão que levava à superfície, por causa do tanto de tempo que fiquei no subsolo, meus olhos tinham que se acostumar com a forte claridade. Olhei para o céu, estava ocorrendo um pôr-do-sol magnífico, do morro que ficava a saída na caverna do subsolo podia ver uma linda paisagem. Lá de baixo, podia-se ver a minha vila e Alphys entregando as curas para os humanos, que pareciam tê-lá aceitado bem. Papyrus estava no mesmo morro que o meu, hipnotizado por aquele lindo por do sol....eu andei até do lado dele.
LOONIE- Pôr-do-sol lindo, ne?
PAPYRUS- Hm? Oh, eh mesmo, eh realmente encantador...
LOONIE- Vocês não saíam do subsolo por causa dos humanos?
PAPYRUS- É....nós somos bem poucos, caso ocorra uma guerra, com certeza iríamos perder....estávamos com muito medo.
LOONIE- entendi...
PAPYRUS *virando-se para mim*- Mas os monstros já estão se adaptando, logo, logo eles vêm para fazer um tratado...
LOONIE- Puxa, que legal!
Mal falamos já ouvimos uma grande movimentação vindo da praça da minha vila, os humanos rodeavam Alphys e batiam palmas de alegria, enquanto traziam pais, filhos, avôs, amigos...todos que estavam doentes, alguns magos ainda traziam feitiços que multiplicavam a cura.
LOONIE- Heh, se eu conhecesse a Alphys, saberia que nesse momento ela está MUITO nervosa.
PAPYRUS- Pois é....
Nós continuamos olhando o pôr-do-sol em silêncio, chegou uma hora que bateu uma brisa que fazia meus cabelos se mexerem, não estava muito frio ainda.
PAPYRUS- Hey Loonie...
LOONIE- hm?
PAPYRUS- Sobre aquilo que você disse, quando eu estava...morrendo...- eu olhei para ele - que você se importava bastante comigo, e que achava que eu não me importava com você, e tals...
LOONIE- Eu estava nervosa e desesperada, não queria te perder- eu olhei para baixo
PAPYRUS- Tudo bem....só quero que saiba que eu me importo realmente com você- ele colocou a sua mão no meu ombro- de verdade.
LOONIE- Parece que eu e você temos dificuldades em expressar o que sentimos um pelo outro- sorri de canto
PAPYRUS- Verdade...
Ouvimos um barulho de passos vindo aqui, olhei para trás e vi vários monstros saindo do subsolo com malas, bolsas, prontos para se mudar para a superfície. Toriel e Monster Kid vieram correndo na nossa direção, MK se apertou em mim como um abraço.
MK- LOONIE!! YOO!! SENTI SAUDADES, CARA!- ele me olhou com um sorriso bem fofo
LOONIE- Heheheh...eu também, seu pivetinho....- eu me agachei perto dele e dei um abraço, mas percebi que faltava alguma coisa- Hey, Monster Kid, onde está seu curativo?
MK- Oh, a Toriel cuidou direitinho de mim, a ferida se fechou!!- ele mostrou o lado do corpo que estava sem sangue e ferimentos - mas ainda dói se você encostar, mas agora já posso correr, ahahhahaaha!!
LOONIE *colocando a mão na cabeça do MK*- Heheh, que legal! Então porque não corre um pouco pela minha vila para conhecê-la?
MK- BELEZA!- então ele correu até o portão da vila, onde umas crianças humanas acabaram cumprimentando ele.
TORIEL *pegando nas minhas maos*- Muito, mas muito obrigada por ter ajudado a desenvolver a cura...
LOONIE- Já se sente melhor?
TORIEL- Sim! O Monster Kid também- ela olhou para ele no portão, e ficou com uma expressão triste- eu nao...não vou suportar a morte do meu filho....já não suporto a do meu marido....todos sabemos que ele foi ruim no seu reinado...m-mas - lágrimas escorreram do seu rosto, eu a abracei para confortá-la.
LOONIE- Não se preocupe...você vai superar isso...
TORIEL *limpando as lágrimas*- Vai ser difícil....mas serei forte- ela deu um sorriso forçado, depois foi de encontro com o Monster Kid.
MK- Sra. Dreemur, sabe onde está a Undyne?- Toriel levou ele para dentro da vila.
Depois de um tempo, a grande multidão de monstros havia saído, Alphys correu para a nossa direção.
ALPHYS *ofegante*- Uff....os humanos....aceitaram a cura muito bem- ela sorriu e arrumou os óculos
PAPYRUS- Que bom...
ALPHYS- Eles também aceitaram os monstros, Loonie, graças a você, os humanos e monstros podem viver em paz- ela me deu um abraço, e eu retribuí- eles também me fizeram de professora de ciências e biologia da melhor universidade daqui!! Não é demais???
LOONIE- Isso é muito legal, Alphys!
ALPHYS- Só queria que Undyne estivesse aqui para ver tudo isso- ela ficou com uma expressão triste, mas depois se ajeitou e olhou para a gente- Bom, eu vou para a vila! Vocês vem também?
PAPYRUS- Não, não...
LOONIE- Vai indo! Te vejo depois!- ela assentiu com a cabeça e correu para a vila, onde alguns adolescentes ficaram perto dela perguntando coisas aleatórias
O Sol se escondia mais ainda atrás das árvores, o céu começou a ficar mais azul, se eu for chutar um horário, seriam umas 18:40... Um vento gelado correu pelo monte, já dava para ver a Lua e as luzes da vila iam ligando pouco a pouco.
PAPYRUS- Não tá com frio não, né?
LOONIE- Não...To de boas...
PAPYRUS- Hm....- ele olhou para o resto do Sol e depois para mim, com uma expressão neutra- Sabe que isso não vai durar para sempre ,né?
Quando ele falou isso, meu coração apertou, pior que era verdade. Essa linha do tempo é corrompida, e as coisas não podem continuar assim, o único jeito seria RESETANDO...
LOONIE- Sei....
PAPYRUS- Olha...sabe que você não precisa fazer isso se não q....
LOONIE- Papyrus, a Undyne morreu por causa disso, o Asgore também, o Sans morreu....Papy, seu irmão!! Vai querer ficar a vida toda sem ele?
Papyrus ficou quieto...depois ele olhou para mim com uma expressão um pouco mais triste
PAPYRUS- Desculpa...só achei que fosse muita pressão para você.
Depois de um tempo, ficou completamente de noite, dava para ouvir o barulho de uma festa vindo da câmara. As corujas podiam ser ouvidas de longe também.
LOONIE- Papyrus, ainda está com seu livro aí?
PAPYRUS *mostrando o livro das Linhas do Tempo*- Sim, ainda está aqui, por que?
LOONIE- Só queria saber...como faz para se lembrar de uma linha do tempo?
PAPYRUS- Ah, é fácil...- ele folheou algumas páginas mostrando para mim- pode ver que o livro nem é tão cheio de cálculos assim...metade dele eh só de desenhos da Frisk ou piadas do Sans...
LOONIE- Achei que fosse mais complicado- Papyrus assentiu com a cabeça.
PAPYRUS- É...eu também achei....mas você queria saber como se faz para lembrar das linhas, certo?- ele fechou o livro e depois o guardou- é simples, é só me concentrar bastante no que eu quero me lembrar...
LOONIE- Ah tá....
PAPYRUS- Vou me concentrar em você....- senti minhas bochechas queimarem
Nós ficamos em silêncio por mais um tempo, eu mexi no meu pingente, sempre faço isso quando estou nervosa, senti a mão do Papyrus pegar na minha.
PAPYRUS- Vamos?
LOONIE- ...vamos.
Com o poder da minha determinação, levei nós dois até a mesma sala escura, onde pairava no ar os mesmos botões, RESETAR e CONTINUAR.
PAPYRUS- a escolha é sua...- ele ainda continuava segurando na minha mão...
Com um enorme aperto no coração, estendi minha mão pro botão.
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