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História Reverse Souls - Labirintos, Pesadelos, Promessas e Demônios. Pt3


Escrita por: ArthurL

Notas do Autor


É... Eu sei que atrasei. Culpe a minha cabeça que esta com tanto medo do que vai vir ano que vem que eu não tenho conseguido dormir, muito menos pensar ou escrever. E para piorar, eu tinha tirado a segunda para escrever. Mas nesse dia caiu um pé d'água e acabei sem luz. Ou seja nem Deus ajuda a por o incesto em dia...UFA... ULTIMA PARTE.... E pior que era para tudo isso ser um capitulo só...

Espero que gostem! e MUSIQUINHA. Everybody Knows- Sigrid

Capítulo 28 - Labirintos, Pesadelos, Promessas e Demônios. Pt3


Fanfic / Fanfiction Reverse Souls - Labirintos, Pesadelos, Promessas e Demônios. Pt3

No carro...

Stanford estava no banco de carona, ao lado de Soos que dirigia a limusine. Enquanto as duas garotas iam atrás. Pacífica estava sentada em frente à morena. A garota segurava em sua sai enquanto não tirava seus olhos furiosos de cima de Mabel. A morena estava tranquila, sem pesares em seu rosto. E pergunta como não tivesse feito nada:

-Por que esse olhar fulminante para cima de mim? Quer parar para mijar nas arvores?

Mas a loira não estava a fim de brincar.

-POR QUE SER TÃO BRUTA COM O DIPPER!? Tá eu sei que era para mantê-lo seguro em casa. Mas precisava de tudo isso!?

A morena respondeu com um sorriso e fez questão de dizer alto para todos ouvirem.

-Estamos falando do meu irmão... do Dipper. Do mago mais forte da terra. Acha mesmo que aquilo o machucou?

-Mas ele está fraco! Ele podia até ter quebrado algum osso.

-Você o subestima demais... Eu até estava pensando em voltar para prendê-lo com correntes.

-Você é tão fria às vezes...

Mabel debocha com um sorriso.

-Só agora percebeu querida? E sabe... Por falar em correntes. Eu estou pensando em comprar uma coleira para você. Que cor gostaria?

-Vá á merda com essas bobagens Mabel! Até parece que você não está preocupada com o Dipper!

-Talvez... Uma com mordaça seja mais apropriada...

Pacífica não conseguia se acalmar pela preocupação com Dipper. Mas Mabel percebe que talvez pudesse deixar as brincadeiras de lado por um momento. Vendo o rosto da loira, tão brava e até triste. A morena desviou seu olhar e retirando seu sorriso. Enquanto olhava á paisagem.

-Eu estou feliz...

Isso fez à loira se perder no dialogo.

-F-Feliz!? Com o que?

-Se ele acorda-se fraco, não teria conseguido nem sair da cama... O fato de ele até tentar me enforcar. Significa que ele está melhor...

-Mabel...

-Ele sabe que não teria chances contra mim... Mas ainda sim lutou. Ele só saiu com o orgulho ferido. E foi isso que o machucou mais... Disso eu tenho certeza.

Isso fez com que Pacífica revesse suas emoções sobre Mabel naquele momento. Mas, ainda sim não podia concordar com suas atitudes.

-Ainda sim... Não sente pena dele? Afinal á poucas horas antes daquilo você estava toda preocupada e chorand...

Mabel pareceu não gostar do tom de Pacífica. Olhando para o fundo dos olhos da loira. Tão azuis quanto os seus.

-Pena?... Pena se tem de algo ou alguém inferior... Pena se da á algo fraco e sem valor. Quando se tem pena de algo... Você assume que aquilo não irá mudar. E isso não é algo que eu possa sentir por ele.

-Mabel...

-Pena eu tenho de você, do Soos, de StanFord... ou qualquer coisa que possa assumir inferior a mim.

Mesmo com aquelas palavras, Pacífica conseguia sentir que ela estava mais cuspindo palavras sem pensar. Do que realmente por seus verdadeiros pensamentos para fora. Mas a loira teve de repensar sua logica. Sobre “pena”. Então decidiu acabar com aquela conversa.

-É parece que a velha Mabel voltou mesmo...

E isso fez aquele dialogo se encerrar entre as duas.  O silencio poderia durar, mas logos eles, estacionam em frente ao shopping da cidade. Onde desceram. Mabel não pareceu nada feliz com a escolha.

-Quer dizer que é aqui que você planeja perder seu tempo Stanford?

O velho desce do carro rindo. Parecendo que não se importava em nada com a opinião da garota.

-Não se preocupe minha jovem. Não ficaremos muito, só preciso de um pouco de um “ar de normalidade”. Seria bom se você respirasse esse ar também. Dizem que faz bem para egos inflados.

Mais uma cutucada no orgulho da morena. Ela apenas cravou as unhas em seu próprio braço, tentando não cair na armadilha do velho. Stanford sabia como atacar sutilmente e pegar em pontos doloridos. Pacífica apenas pode intervir, tentando quebrar o gelo.

-É...é... Por que não damos uma volta nas lojas? Acho que pode ser divertido... (Tenho de mantê-los ocupados para não se matarem... Droga... Mabel sem o Dipper pode explodir a qualquer segundo. Tenho de fazer esse papel).

Pacífica segurou pelo braço de Mabel.

-Que tal irmos ver uma loja de roupas?

Mabel revirou os olhos.

-É tudo que sabe fazer? Por acaso é um boneca? Parece que não tem outra ideia...

-Bom... se você quiser podemos fazer outra coisa. Alguma outra ideia?

-Bom...

-Nada de matar, esfaquear, torturar ou qualquer coisa maléfica.

Isso pareceu riscar todos os itens da lista de Mabel. Que parecia pensar sobre algo, mas nem de longe sabia o que fazer. Nada daquele mundo simples e banal lhe fazia algum conforto ou entusiasmo. Então pode apenas suspirar.

-Ahh... dane-se... Vamos ver a loja de roupas.

-Oba! Eu sei algumas coisas que ficaram ótimas em você!

Ela puxou Mabel, deixando Stanford para trás. O velho apenas acenou e disse.

-Nos vemos daqui uma hora na praça de alimentação!

E a garota apenas responde ao longe.

-OK!

Stanford olhava para elas sumindo em meio à multidão. Ele sorriu por alguns segundo com as garotas parecendo se “dar bem”. Mas seu sorriso diminui com um suspiro exausto.

-Ahh... A juventude é linda. E o amor mais ainda. Realmente é uma pena... Elas estarem em meu caminho. Do contrario. Gostaria de Vê-las crescer. Bom. Talvez ainda possa ver Pacífica. Mas, nunca se sabe. Melhor deixa-las aproveitar enquanto podem...

O velho olhava á sua volta, se prendendo nas novidades que brilhavam na vitrine. A mudança quase duas décadas fez em seu mundo. Onde computadores e máquinas modernas conversavam com o fútil e a inutilidade. Coisas toscas e sem uso, mas que ainda sim estavam por toda parte. Olhando loja por loja para saber o que havia perdido. E em que rumo o mundo havia tomado. Algo entre a paranoia e a insanidade.

-Parece um novo mundo... Nem mesmo parece o que eu conhecia.

Ele pega um pequeno brinquedo em um dos balcões.

-Essa coisa é para se girar no dedo? Que inútil...

 

Enquanto isso, Mabel era arrastada para as lojas, por Pacífica. Ela poderia simplesmente se cansar de tudo e desistir no meio do caminho. Mas toda vez que Pacífica virava sorrindo para ela, a mesma perdia suas forças. Não podendo contrariar os sentimentos da loira. Então engolia seu ego e se deixava arrastar para essas futilidades que não lhe faziam o gosto. Ela sempre se importou com roupas, mas não para ela, e sim para seu irmão. Tudo que ela comprava era simplesmente para ele tirar dela. Basicamente ela já imaginava como Dipper, tiraria, arrancaria, rasgaria sua roupa de seu corpo. Porem nesse momento. Suas emoções não tendiam para esse lado. Muito menos pensando em Dipper de tal forma carnal.

Então quando ela se viu em frente às roupas não tinha o que escolher. Seu gosto estava nublado e não sabia o que fazer. Nada parecia atraente para ela. Pacífica percebeu a falta de olhares dela.

-Tudo bem Mabel? Não gostou de nada?

A morena não sabia como responder. Parecia confusa naquele mar de cores e brilhos. Ela puxou um suéter da arara, era em um tom forte rosa, com uma estrela cadente com três faixas coloridas como a calda dela. Ela parecia encarar aquela peça com certa afinidade. Como se lhe fosse familiar. Até se perdendo em detalhes, mesmo sendo algo tão básico e parecendo ser caseiro. Apesar de que definitivamente, não fazia seu tipo.

-Uhhh... será que não tem algo aqui nessa loja que não pareça ter sido vomitado por um unicórnio?

-Jura que não gostou? Pareceu tão focada nesse suéter. Parece combinar com você!

A loira colocou o suéter em frente ao corpo da Morena.

-Veja! Por alguma razão, ele parece se encaixar com você!

Mabel olhou seriamente para Pacífica, enquanto colocava a peça de volta no lugar.

-Eu odeio rosa... Colorido e qualquer coisa que remeta a um mundo de LSD.

-Ok... Senhora preto absoluto. (Poderia chama-la de buraco negro. Mas certamente tendendo para outro lado...).  Vamos para uma loja mais “básica”. (Poxa essa era minha loja favorita...).

Elas passaram por lojas e lojas, Mabel parecia não gostar de nada do que via, nem mesmo se dava ao luxo de experimentar nada. Deixando Pacífica como a única a vestir seus desejos. A morena esperava em frente aos provadores.

-Uhhggg... Vai demorar muito?

-Só um minuto!

-Sinto que vou criar raízes na poltrona...

-Que exagerada... Ta ok. O que acha?

A loira saiu com um vestido roxo, de gala. Luvas purpuras, um cachecol de penas negras, e um salto alto preto. Algo que parecia ser refinado, da mais alta classe e certamente não era o caso dela. Deixando até Mabel assustada pela diferença que fez no pobre e desprovido corpo da loira.

-Olha só... Parece até que você é uma dama de verdade.

-Sabia que te deixaria de boca aberta.

A loira girava tenteando fazer gestos delicados, como os de uma princesa. Ou dar algum volume em seu corpo deficiente em curvas.  Mabel apenas observava a garota falhar miseravelmente sendo desajeitada e quase caindo por conta do salto que ela jamais dever ter posto um parecido antes.

-Então? Pode falar. Sou nascida para realeza não acha?

Mabel tentou esconder sua risada. Mas não conseguiu.

-Realeza das tabuas de passar talvez...

-Ei! Eles ainda vão crescer!

-Eu duvido muito... Acho que não tem salvação.

Pacífica cruzou os braços e virou-se, pensando mil vezes em suas palavras, mas deixa uma pequena frase escapar sem querer por seus lábios.

-Ao menos o Dipper disse que gosta...

Ela soube no mesmo segundo, que havia falado demais. Pois sua nuca gelou na hora, ela virou-se apavorada já pedindo desculpas.

-É-ÉÉ-é e-e-eu se-se-sei que falei demais Mabel. Me descul-

Mas ela congelou ao olhar para Mabel. Que possuía algo parecido com um ódio por baixo de um sorriso sínico.

-Então é assim?

Mabel foi se aproximando da garota, que só pode recuar para dentro do provador, o que não fazia diferença alguma, pois Mabel também entrou e fechando a cortina.

-M-Ma-Mabel!? O que vai fazer!?

-Parece que a cadela esta querendo marcar território não é mesmo?

A garota já não tinha mais para onde ir, havia encostado ao espelho no fundo do provador. Mesmo tentando desviar daqueles olhos azuis brilhantes. Ela não podia, pois dava de cara com o espelho. Mabel levou sua mão ao lado da cabeça dela, prendendo-a contra parede. Pacífica  sentia medo, também podia sentir o calor da respiração de Mabel. Seus lábios estavam tão próximos que quase a fazia perder a sanidade. Uma mistura de pavor e amor.  E seus pensamentos mal se organizavam. Mabel se aproximava cada vez mais e mais.

-Mabel!?

A loira já estava completamente vermelha. Já a morena estava com tudo sobre controle, não demonstrando nada além de seu sorriso e sua voz fria.

-Então... Quer me desafiar? Competir?

-N-n-não!

-Não? Pois foi o que me pareceu...

-Não eu...

-Olhe para você... Toda pomposa com essa roupa, só por que esta linda e parece realmente uma bela garota acha que esta no meu nível?

Pacífica começava a entrar em duvida. Se Mabel estava á elogiando ou a insultando com sarcasmo.

-Ééééé... obrigado?

-Hu... Você já sabe... que eu não tenho qualquer medo de competição. Você é nossa cadela. Não está nem sequer perto de competir comigo.

Mabel passou delicadamente as mãos pelo corpo da loira. Indo do busto até a parte de trás das coxas. Já deixando a garota arrepiada.

-M-Mabel!

-Você é tanto minha quanto dele... não se esqueça disso...

-M-Mabel...

Quando a loira estava quase desabando e quase pedindo para Mabel agarra-la, a morena se afastou, rindo. E ajeitando a roupa da mesma.

-Você não tem jeito mesmo... Seu vestido está todo torto..., e olha esse cabelo. Não prenda ele com uma roupa dessas. Não combina.

Pacífica não conseguia responder, seu coração entalou na garganta. Parecia uma magia de petrificação causada pelo profundo e tentador olhar da morena, mas era apenas seu corpo tremulo e seu cérebro processando as informações de seus sentimentos. Mabel termina de ajeitar à loira.

-O que foi congelou?

-É...eu... eu...

-Bom... Como eu disse. Esse vestido lhe caiu bem. Se quiser leva-lo. Coloque-o na minha conta. Quem sabe ele sirva para depois que tudo acabar. Podemos ir a algum lugar juntas.

-M-mas ele é caro!

-Não me importa. Esqueceu? Sou rica. Isso são trocados para mim.

Mabel saiu do provador, porem ainda não tinha acabado.

-Mas quer saber? Não sei se o gênero “princesinha” combina com você.

-Não? Então o que seria?

Mabel parou por alguns instantes e depois disse.

-Não sei... talvez o “alegre”...

-Alegre? Como assim?

Mas a morena saiu sem respondê-la.

-Hmm... bom... acho que vou levar então...

Mas a garota ainda teve que encostar-se à parede e sentar-se para parar de tremer depois do ocorrido. Ela só conseguia se lembrar dos lábios de Mabel tão próximos ao dela. Da respiração quente sobre a mesma. Levando suas mãos á seus cabelos, quase descabelando-se.

-Mas que droga! Eles têm os mesmos lábios... Por que tinham de ser gêmeos!? AAAAAHHHHHH! Por que eles me fazem me sentir assim!?

No fim a garota sai toda feliz com sua sacola embaixo do braço. As duas caminhavam mais um pouco, estava quase na hora de encontrar-se com Stanford, então já seguiam em direção á praça de alimentação. Mas passam em frente á uma loja de animais. Onde á vitrine era cheia de filhotinhos. Pacífica não aguentando, já se colou ao vidro, fazendo voz de criança para os animais. Os mesmos se aproximaram dela, parecendo que pediam para ser adotados.

-OHHHHHHWWWWWW! QUE FOFOS! QUERO ABRAÇA-LOS!

-Que barulheira... Sua voz me da enxaqueca. Vai assusta-los assim.

Mas foi quando Mabel se aproximou que os animais se afastaram, encolhendo-se ao fundo de seus quadrados de vidro, sentindo a aura negra que havia em torno da morena.

-Parece que não sou eu que os assustei...

Mabel virou o rosto cruzando os braços.

-Hu... Eles tem mais inteligência tendo medo de mim. Do que certas cadelas que me desafiam.

-Você não perde a chance não é?

-Obvio que não. Bom já que estamos aqui...

Mabel entrou na loja, Pacífica apenas observava do lado de fora, olhando pela vitrine. Sem poder escutar o que a morena falava lá dentro, mas acompanhava os movimentos dela. Mabel foi até um vendedor pedindo algo. O mesmo trás o que ela deseja e ela o compra.

-Serio... ?

A morena sai da loja com uma sacola de presente.

-Por que embrulhou para presente... ? Eu vi que você comprou uma coleira...

-Sempre é uma emoção diferente quando se tira o papel de presente.

-Eu não vou por isso!

-Isso é o que veremos...

Finalmente elas chegam á praça de alimentação, que ficava de frente para praça de cidade. Stanford chegou até elas.

-Desculpe a demora. Comprei tanta coisa que tive de pedir para o Soos estacionar ali na frente, para colocar as compras no carro.

Pacífica obviamente foi à única curiosa.

-O que tanto comprou! ?

-Bobagens. Coisas bobas, mas que me surpreenderam. Sabe. Homens nunca crescem. Apenas seus brinquedos crescem.

-(Que vago, mas acho que deve ter sido um monte de tranqueiras mesmo...)Bom... E o que fazemos agora?

-Podemos tomar um sorvete antes de ir. O calor esta de matar.

-Concordo!

E com isso Mabel foi sentar-se á uma mesa. Já estava de enxaqueca com tamanha perda de tempo. E seu corpo estava muito fraco, ela sentia seus membros pesarem e a falta de energia que á consumia. Ficar longe de seu irmão só á fazia ficar mais fraca.

Após alguns minutos, Pacífica vem correndo com dois sorvetes em suas mãos. A garota parecia animada sentando-se ao lado de Mabel.

-Eu peguei de morango e um de chocolate! Qual você quer?

Mabel apenas vira o rosto, mal humorada.

-Que perda de tempo...

-Não quer? Bom... acho que vou tomar os dois então.

Mas quando a garota ia lamber o de chocolate. O sorvete levitou e foi para mão da morena.

-Eu odeio rosa... e morango.

-Eu adoro ambos!

Enquanto isso Stanford tomava o seu, encostado no carro. E entrega um para Soos.

-Aqui Soos. O seu.

O corcunda, desacostumado com qualquer generosidade responde:

-O-oque!? N-não precisa senhor! Eu não mereço...

-Claro que merece! Tem trabalhado duro para nós á anos. Merece seus agrados. E um sorvete não mata ninguém.

O pobre empregado pega o sorvete com tanta felicidade e gratidão que parecia algo divino em suas mãos. Se lambuzando todo.

-O-obrigado senhor.

O velho se encosta novamente na limusine tendo como visão, á praça e as duas garotas sentadas á mesa.

-Quanta coisa nova. Achei que essa cidade não iria para frente nunca. Mas até que esta bem bonita.

O corcunda apreciava seu sorvete dado por seu senhor. E respondendo com toda alegria e gratidão.

-S-sim senhor! A cidade tem crescido bastante. Em parte pelas madeireiras que estão se instalando próximas.

-Hu... tenho de admitir. Não á lugar como nosso próprio lar...

Mabel e Pacífica terminavam seus sorvetes. Que acompanhavam perfeitamente com aquele sol de verão. A loira conseguia se desprender daquela realidade fria da mansão e aproveitar aquele momento. Com crianças e famílias se divertindo a sua volta. Passeando com seus cães, andando de bicicletas e curtindo o lindo dia. A saudade de uma vida comum sem: sombras, dor e mortes. Essa sensação de normalidade era algo muito forte em seu peito.

-Que dia lindo não é Mabel?

A morena á sua maneira, parecia apreciar a vista da praça cheia de pessoas felizes. Completamente diferente do que estava acostumada. Mas não respondeu nada para Pacífica.

-...

-Quem sabe depois de tudo isso acabar. Poderemos ter uma paz assim? Eu, você e o Dipper. O que acha?

Mabel encostou seu cotovelo na mesa e apoiou sua cabeça.

-É... passear com o cachorro em família não me parece tão ruim...

Pacífica revirou os olhos. E juntou sua cadeira ao lado de Mabel. Causando um pequeno desconforto na morena pela proximidade naquele calor. Porem ela não afasta a loira. Que feliz confirma.

-Isso já me parece um começo... Afinal eu já estava esperando um não. (Penso se conseguirei fazer aquilo que Ford disse. Será que vai funcionar? Nós três... Quer dizer... Agora pouco eu senti que seria estuprada... mas não é isso que eu quero. Quero algo feliz... E ela parece feliz... Ao modo dela... Ela não sorri. Mas certamente não está triste. E...e isso é algo positivo... E espera... isso pode se considerar um encontro!?).

O coração de Pacífica começou a bater mais forte com aquele pensamento. E suas bochechas coraram.

-(Droga! O que estou pensando!? Ela nem me enxerga assim... Mas seria tão bom... nós três... fazendo coisas simples e banais... Queria poder trazer eles para fora da mansão mais vezes... Passearmos... Andarmos de mãos dadas... Nos divertir. Fazer compras. Irmos em festas.  Tomar sorvete juntos, isso sempre da certo nos filmes! O clássico “tem sorvete na minha bochecha?”. Ai o outro limparia com um beijo! Hehehe... Ou talvez o menos forçado, como tomar milk-shake com canudo olhando um nos olhos do outro. Embora á três fique mais complicado eu acho... A não ser que eu fosse vesga... Poderíamos ir na piscina da cidade...).

A mente dela se trava na visão de Dipper de sunga e Mabel com um fino biquíni. Só fazendo a cabeça da loira se poluir com pensamentos carnais e fazendo-a corar ainda mais.

-(Droga, droga! Tenho de voltar há realidade! No que estou pensando!? Eu nem via a Mabel assim... apenas á alguns dias... Quer dizer... eu nem sabia que podia sentir isso por uma mulher... Mas... quando fui com ela naquele bordel... eu não senti nada... acho que não é por mulheres em si...).

A garota olhava para Mabel com admiração e fascinação. Seu coração realmente batia mais forte por ela. Parecia que a morena possuía uma aura em volta de si. Que trazia todos os sentimentos conturbados para sua cabeça e corpo.

-(Será que de tanto ficar com Will eu peguei a paixão dos Pines? Não, quer dizer... Só pelos dois... mas... por que? Por que eu estou tão fascinada por eles? Por que meus pensamentos se resumem á eles? Por que meu coração aponta tanto para eles? Por que eu sinto tanta dor ao vê-los tão mal? Por que eu me arrisco tanto... Por que eu os amo tanto!?)

A garota se perdia em seus pensamentos. E era a única que podia se responder.

-(Não tenho escolha eu acho...Já tomei minha decisão. E não voltarei atrás em minha palavra. Eu prometi para Mabel! Eu vou ajuda-los! Não importe que custe minha vida! Eu os ajudarei até o fim!). Até o fim!

A garota acabou falando a ultima parte de seu pensamento em voz alta. Devido ao seu animo e sua automotivação. A morena entediada apenas se virou e disse:

-Finalmente acabou seu monologo... Pensei que não iria se calar mais.

A loira se levantou e congelou no susto. Vermelha como uma pimenta.

-V-VOCÊ ESTAVA LENDO M-MINHA MENTE!?

-Talvez.

Pacífica bateu as mãos com força na mesa. Toda envergonhada pelo papel que havia feito.

-N-NINGUEM TE DISSE QUE É FALTA DE EDUCAÇÃO LER A MENTE DOS OUTROS SEM AUTORISAÇÃO!?

Mabel se levantou, balançando seus cabelos e dando com os ombros.

-Não me culpe. Você estava praticamente gritando mentalmente. Não tinha como não ouvir.

-M-MA-MAS-ISSO NÃO SE FAZ E-

-E Pacífica... Tem um pouco de sorvete em sua bochecha.

A morena segurou o rosto da loira pelo queixo e lhe deu um beijo na bochecha. Quase no canto do lábio.  Foi algo simples e rápido, mas o suficiente para quase fazer Pacífica desmaiar por seu coração bater tão forte a ponto de sair pela garganta. Mabel se virou, lambendo seus lábios, sem dizer uma única palavra além de:

-É... eu detesto morango...

A loira estava estagnada. Jamais esperaria aquilo. Ela levou lentamente sua mão até a marca de batom em sua bochecha.

-Mabel...

Ao longe, Stanford apenas fez um sinal de positivo. Ele havia visto tudo. Só aumentando ainda mais a vergonha de Pacífica. A garota estava quase flutuando nas nuvens. Parecia um sonho. Tinha de ser. Quando se quer Mabel faria algo tão... tão... amoroso. Nem mesmo com seu irmão ela era assim. E isso á fazia se perder em suas emoções, que fortemente mostravam seu calor por Mabel. Pois do contrario. Ela não estaria tão eufórica. E só é trazida de volta quando escuta a buzina da limusine e Stanford á chamando.

-Vamos! Esse sapo ainda não virou príncipe? Temos um ultimo lugar para ir antes de ver o portal!

Ela recobra sua consciência.

-T-ta bom eu-

Mas a garota para no meio do caminho. Fazendo Stanford estranhar.

-O que foi?

-Espera um pouco. Eu já volto!

A garota correu para o meio das lojas, não levando mais de cinco minutos, voltando com mais uma sacola. Dessa vez de presente. Ao entrar no carro, Mabel já indaga:

-Por que á demora? O que comprou?

-É segredo.

-Hu... tanto faz...

Pacífica não escondia seu sorriso, e assim eles partem para seu ultimo ponto.

 

Voltando á mansão. Dipper e Will estavam no quarto mais fundo da mansão. Um lugar todo destruído que parecia ainda estar em construção, pois á maior parte ainda era uma caverna. Aqui era o lugar onde ele treinava.

Will estava relutante ao seu lado.

-Mestre... Mabel pediu para você não usar seus poderes... Melhor escuta-la... O senhor esta encurtando demais suas vidas... Podem acabar nem chegando ao seu aniversári-

O moreno apenas o encarou cortando sua frase.

-Não me interrompa... Se não pretende me ajudar. Saia do meu caminho.

O garoto sorria com seu sorriso sínico. Abrindo e fechando suas mãos. Repetidas vezes, sentindo a dor das queimaduras, parecendo que seus ossos estavam corroídos e sua pele parecia que iria rasgar a qualquer segundo.

-Hu... Mabel acha mesmo que estou tão fraco... que pena... Esperava mais consideração dela.

Os olhos do moreno arderam. Como jamais antes feito. Suas mãos resplandeceram em uma chama dourada. E os ferimentos de seu braço se curaram praticamente na hora. Will aflito tenta impedi-lo.

-M-mestre! Não está exagerando!?

-Exagerar? Meu caro Will... Eu nem comecei...

Um circulo de chamas circundava o garoto, ele sentia a magia passar por suas veias. Que ardiam como se queimassem por debaixo de sua pele. Como se ele queimasse de dentro para fora. Aparecendo como luzes, pulsando para fora, quase rasgando sua pele. Ele gritava de dor.

-AAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHH! Isso! Mais! Mais!

Deixando o demônio mais assustado.

-P-por favor mestre! Pare! Você vai acabar se matando!

Will tentava se aproximar, mas á onda de magia o empurrava para longe.

-Mestre...

A voz de Dipper saia grossa e com um eco magico, de sua boca saia um gélido vapor como se por dentro fosse feito de gelo.

-Quer me parar Will? Venha então... Venha se acha que pode...

Os braços do garoto começaram a descascar. E sua pele a cair. Como se desintegrassem em pleno ar. E por embaixo estava completamente negro. Como uma segunda pele. Will ao ver aquilo fiou aterrorizado.

-Dipper! Você está passando dos limites! Você está vi-

Mas em um piscar de olhos. Dipper deu um grande soco na barriga de Will que foi atirado com força contra á parede, rachando-a com o impacto.

-Vamos Will. Para o bem de todos. Lute comigo... Ou deixe tudo arder em chamas...

Dipper grudou no pescoço de Will, forçando o ainda mais contra a parede. Seus rostos estavam muito próximos. Dipper o provocava, fazendo seus olhos arderem ainda mais.

-Vamos... lute...

O demônio viu que não tinha opção. O olho dele se tornou vermelho e sua voz se transformou em um urro demoníaco.

-Dippeeeeeerrrrrrr...

-Ótimo... Pensei que você não fosse entrar no papel.

Das costas de Will surgiram um par de braços que acertaram o peito de Dipper o empurrando para longe. Mas o moreno parou rapidamente em pleno ar, quase sem sentir dor alguma. Limpando o sangue em sua boca.

-E agora veremos...  Quem não consegue proteger mais nada...

Dipper flutuava em meio à sala e com um movimento de seus braços tudo ardeu em chamas....

 

 

De volta ao carro. Pacífica não conseguia nem olhar para Mabel, muito menos puxar assunto com ela. Tudo que pensava era no beijo, e isso não a ajudava a pensar direito. Então para tentar desviar seus pensamentos ela fava com Stanford.

-E-então Ford... Onde estamos indo?

-Para sua casa.

-O-o que!?

-Quero ver a Priscilla. Pelos velhos tempos.

-M-mas... ela...

-Não vai se lembrar de mim. Eu sei... Mas, se eu puder apenas vê-la... já será o suficiente...

Stanford parecia calmo, pensativo e convicto do que queria.

-Ford...

-É uma pena tudo que aconteceu com ela... Queria poder ter voltado mais cedo para ajuda-la. Queria... poder... poder fazer mais por ela.

A garota decide reconforta-lo com um sorriso.

-Não se preocupe. Você pode ajuda-la daqui em diante.

Ele respondeu com um suspiro e um sorriso animador.

-É você tem razão... nunca é tarde demais.

Após alguns minutos eles chegam á cabana do mistério. Stanford estranha logo ao descer do carro.

-“Cabana do mistério” ?

A Mabel e Pacífica descem do carro, a loira logo se junta á ele.

-É! Bud transformou a casa em um ponto turístico. Ela faz bastante sucesso com bugigangas e coisas misteriosas que atraem turistas. O lema é “Nossa esse mistério é tão bom que meu dinheiro sumiu!” hehehe.

-Hehehe... que bobagem. E quem é Bud?

-A bom... Bud é o marido da minha mãe. Ela se casou com ele uns cinco anos atrás.

-Entendo.

-Ele também é pai do Gideon. Que é meu irmão de consideração. Bom... mas acho melhor apresenta-los. É mais fácil de conhecer.

A loira puxou Stanford pela mão até á entrada. Mas á alguns metros da casa, o velho foi parado, como se Batesse em uma parede. Fazendo-o cair para trás.

-AI!

-O que foi!? O que é isso!?

Uma redoma azul, cheia de escrituras antigas e runas. Surgiu em volta da casa. A morena também tentou se aproximar, mas também não conseguia atravessar. E teve de admitir.

-Parece que finalmente Gideon fez algo útil... Ele fez uma barreira de magia. Igual Mcgucket havia feito.

-Uma barreira?

-Sim. Nem eu nem Stanford conseguiremos passar.

-Droga e agora?

O velho se levantou, limpando suas roupas de sujeira. Admirado com aquela barreira.

-Incrível...

Uma voz surgiu de dentro da casa. Uma voz ranheta e séria.

-Então vocês vieram?

Era Gideon. Ele estava com suas mãos no bolso do casaco. Mabel percebia claramente pelo volume nas calças do garoto além do suor e aflição no rosto dele, que ele escondia uma arma. Pacífica vai até seu irmão.

-Gi! Você realmente fez isso!?

-Fiz. Se de todo o mundo acabar. Ao menos aqui estarei seguro deles.

O garoto parecia mais maduro. Mais convicto de suas palavras e de sua capacidade. Obviamente a arma e a barreira lhe davam a coragem que ele nunca foi de ter.  Ele encarava Mabel sem piscar. Sua rivalidade com ela era quase tão forte quanto com Dipper. Mas o velho ao lado também chamava á atenção.

-Então esse é o...

-Pines, Stanford Pines. Prazer em conhecê-lo garoto.

Stanford estica a mão em cumprimento. Mas Gideon não faz nem questão de se aproximar para fora da barreira. Deixando a loira brava.

-Gi! Não seja mal educado!

-E eu lá vou cumprimentar um demônio?

-Ele não é um demônio!

-Acorda Pací... Todos os Pines são. Se você quer ajuda-los. Já disse o problema é seu. Só deixe minha família fora disso.

-Nossa família!

-Que seja. Você parece preferir eles á sua própria mãe de sangue.

-Pare de agir como uma criança. Está com ciúmes?

-Deixa quieto. Apenas não vou os deixar entrar.

O garoto sentou-se ao sofá do lado de fora. Retirando do seu bolso esquerdo uma lata de refrigerante gelado, virando o liquido em sua garganta sem tirar os olhos da morena. Como um cão de guarda protegendo sua casa das pessoas más á sua volta. O que na verdade era ridículo. Pois ninguém tinha medo daquele pequeno homenzinho.

-Muito amedrontador você.

Disse a morena em deboche. Ele tomou um gole calmamente e apenas respondeu.

-Com essa sua cara de zumbi. Você parece muito forte também...

A morena sentiu uma pontada em seu orgulho. Da mais dolorida, pois aquele pequeno inseto não era nada além de um grão de poeira para ela pisar. Mas estava mais que obvio sua fraqueza.

-Seu...

O garoto voltou à mão para seu bolso que possuía um volume. Pacífica rapidamente ia intervir. Mas Stanford foi mais rápido.

-Realmente você fez um grande trabalho aqui!

Tentando quebrar o gelo e mudar o assunto. O velho admirava aquela barreira.

-É uma barreira impressionante mesmo! Eu que fiz a receita dela. Uma receita “anti-magica”. Mercúrio, pedra lunar, alguns metais pesados e cabelos de unicórnios. Estava em meu diário. O numero um eu acho...

Gideon não podia deixar de se gabar.

-O que estava com Mcgucket. Foi no esconderijo dele que aprendi a fazer essa barreira. Foi fácil aprender.

-Entendo. Meus parabéns garoto. Você me fez um grande favor!

Gideon estranhava tamanha gentileza e a falta de maldade na voz do velho. Desprendendo-o do estereotipo psicopata daquela família.

-Favor?

-É! Eu estava preocupado com a segurança da Priscilla. Mas pelo visto. Ela esta em boas mãos. E segura atrás dessa barreira. Ótimo trabalho.

O garoto quase chega á corar por elogios inesperados. E de um homem mais velho. Onde isso fazia o peso das palavras parecerem mais importantes. Ele levou a mão que estava em seu bolso para trás da cabeça, se gabando.

-É-é não foi nada. Foi bem fácil fazer isso.

-Já é um grande feito meu rapaz. Sinto que você seria um ótimo aprendiz.

-Nossa... Obrigado... Eu acho.

Gideon havia se esquecido completamente que falava com um Pines. Mabel quase ria pela ingenuidade do garoto em baixar á guarda tão rápido. Pacífica não acreditava. Era como se Stanford tivesse domado o pequeno leão de chácara.

-Então... se não podemos entrar... quer que eu chame minha mãe aqui fora?

O velho apenas gesticulou.

-Não precisa... Eu já consigo ver ela daqui, pela janela... Ela realmente se tornou uma mulher linda...

Pela janela ele conseguia ver a mãe de casa sentada na poltrona assistindo algum filme com o som da tv bem alto. O velho parecia feliz ao vê-la. E Pacífica sente isso, se aproximando dele.

-Tem certeza que não quer que eu á chame?

Ele olhava com certa ternura e recordar suas memorias com ela. A única que sobrava de seu passado.

-Não... Estou bem assim. É melhor para ela não ter mais lembranças de mim.

-Por que?

-Se ela quis esquecer. Deve ser melhor assim.

-Bom... falando assim. Acho que você pode estar certo.

O dialogo não pode ir muito longe pois Mabel já estava impaciente, voltando para o carro.

-Se já terminaram o “encontro familiar”. Vamos logo! Estamos perdendo tempo d-

Mas a morena sente um soco em seu peito, vindo de dentro para fora, e ela caiu ao chão em câmera lenta sem resistência. Pacífica é a primeira a acudi-la.

-MABEL!?

Stanford e Gideon ficam atrás olhando. Pacífica tentava levanta-la.

-O que houve Mabel!?

 Mabel tremia, mas não conseguia responder, pois sentia algo vindo de sua garganta, e ela não consegue segurar, vomitando sangue em cima da loira. Deixando ainda mais apavorada. Clamando por ajuda.

-FORD! TEM ALGO ACONTECENDO COM ELA!

O velho rapidamente vai até elas, Gideon por sua curiosidade chega até sair da barreira para ver o sofrimento da garota.

Mabel começou a gritar de dor e desespero. Ela empurrou Pacífica, e caiu sobre seu próprio sangue.

-AAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!

Pacífica tentava acudi-la, mas Mabel não dava resposta além de seus urros de dor.

-O QUE ESTA ACONTECENDO COM ELA FORD!?

A morena levantou suas mãos tremulas para o céu. A pele de seus dedos se desprendia, mostrando a pele negra por debaixo. E entre as duas peles sangue escorriam por elas. Deixando até Stanford assustado e sem reação. A garota sentia como se queimasse, era como se suas mãos estivessem sendo colocadas em uma caldeira. A garota chegava a chorar de dor e tossir mais sangue para o alto. Pacífica começava a chorar pela agonia de sua amada, segurando a mão de Mabel, como se fosse fazer alguma diferença.

-MABEL! POR FAVOR! O QUE ESTA HAVENDO!?

Mas em meio a um ultimo grito, ela para, fechando seus olhos e desmaiando. Pacífica começa á entrar em desespero, sacudindo a morena. E checando o peito dela para escutar as batidas do coração.

-MABEL! ? MABEL! ? Acorda Mabel! Não... não... NÃO MORRA! NÃ-

Stanford leva a mão sobre o ombro da loira.

-Acalme-se... Ela não esta morta...

O velho segurou no pulso dela para olhar a ponta dos dedos da garota. Deles saiam uma fumaça que era o sangue evaporando. Pacífica não conseguia conter seu medo ou entender o que era aquilo.

-O que aconteceu com ela?

O velho não estava mais com sua feição calma e gentil, respondeu seriamente.

-Só pode ser o Dipper.

-O que!? Por que ele faria isso!?

-Ele deve ter exagerado... Droga... Não tenho escolha.

Gideon logo atrás não sabia o que fazer. Ao mesmo tempo em que estava perdido ao ver a morena quase morta á sua frente, sentia uma pressão em seu peito. Talvez aquilo fosse uma chance. Um sinal. Uma tentação vinha de seu bolso. Sua mão começou a se mover sozinha. Podia dar um fim em metade de seus problemas, podia acabar com a dor e sofrimento futuros. E terminar com aquilo que podia ser o fim de tudo. Ele segura o revolver em seu bolso, Mas voltando novamente seu rosto para frente, olhando para Pacífica vendo o desespero da garota por Mabel, ele sentia pena dela e ao mesmo tempo ódio. Não conseguia acreditar que ela se importava com essa família de demônios. Mais ainda torcia para ela não perceber e não entrar na frente.

Sua mente gritava “ATIRE! Atire! Se vingue! Acabe com isso! É o melhor para todos!”. Seu corpo tremia pela possibilidade. Mas ao mesmo tempo em que sentia que podia fazer um grande estrago na vida de seu maior rival. Podia sentir o medo e a fúria de Dipper que com certeza cairia sobre ele da maneira mais infernal possível.

Ainda sim ansiava por aquilo. Ele estava para retirar a arma de seu bolso, quando é trazido de volta por Stanford.

-Gideon.

Isso o faz se desprender de seu frenesi e retirar a mão do bolso.

-S-sim!?

Stanford segura Mabel em seu colo e a levanta.

-Cuide da Priscilla. Ok?

-S-sim... é claro.

 O adolescente sentia o olhar do velho. Era como se Stanford tivesse lido suas intenções.

-Pacífica... Temos de voltar para mansão.

-S-sim!

O velho carrega a garota até o carro e Pacífica entra logo em seguida, fechando a porta e partindo com velocidade. Lá dentro a inquietação da loira tomava o carro.

-POR QUE! ? Por que Dipper faria isso! O coração dela esta quase parando!

Stanford não conseguia achar uma resposta satisfatória, mas certamente ele estava preocupado. E seu rosto deixava isso claro.

-Eu não sei... Mas iremos descobrir.

 

Ao chegarem à mansão.

Stanford entra com Mabel em seu colo, do outro lado do hall principal estava Will, que havia acabado de sair do subterrâneo com Dipper em seu colo. Na mesma situação, Porem no caso de Dipper. Os braços dele estavam completamente negros. Pacífica já leva suas mãos a boca, para não gritar mais.

O velho suspira e se aproxima do demônio.

-Achei que você tinha recebido uma ordem de Mabel... De não usar seus poderes...

O demônio, sem demonstrar qualquer emoção responde:

-Não tive escolha, uma ordem após a outra. Tem o mesmo peso. Se você fala “não pode” Depois “Pode”, eu tenho de obedecer a ordem mais nova.

-Droga... E o que o garoto tanto fez para acontecer isso?

-Lamento mestre, mas não lhe posso revelar nada de outros mestres. Regras.

Stanford claramente não gostou de tal resposta insatisfatória e até derrespeitosa.

-Pois bem... Vamos leva-los para o quarto e-

Um movimento fino e frágil começava a vir do corpo da morena, trazendo a atenção de todos.  Ela tentava erguer o braço. Stanford rapidamente diz.

-Não se mova... cada movimento pode custar sua vida...

Mas ela não lhe dá ouvidos, ela estende sua mão até o rosto de seu irmão. Levantando-a e deixando-a cair, parecendo o que seria um tapa, mas não teve a mínima força para ser considerado um. Os olhos dela foram se fechando enquanto uma lagrima escorria.

-Dipper... seu... grande idiota...

E com isso o velho suspira.

-Vamos leva-los para o quarto...

Lá, eles colocaram os gêmeos na cama. Pacífica tentava conter-se.

-O que faremos!?

O velho fechou os olhos e juntou as palmas de suas mãos.

-Will. Eu darei uma parte. Um quarto para cada.

E o demônio respondeu com naturalidade.

-Certo...

Os olhos de Stanford acenderam e de sua mão surgiu uma esfera de energia azulada, rodeada por uma chama dourada. Essa mesma esfera se dividiu, se tornado duas, E assim cada uma repousa sobre o peito dos gêmeos.

-O que é isso?

Pacífica não conseguia ficar sem se preocupar.

-Estou dando minha energia vital para eles.

-E isso vai funcionar?

-Sim. Mas não é muito. Talvez dê apenas uma semana, duas no máximo.

A pele dos gêmeos que havia queimado começava a regenerar á medida que as chamas entravam no corpo deles. Apesar de Dipper estar mais ferido, as feridas dele se curam mais rápido.

-Esta funcionando!

Disse a garota animada. O velho finalmente pode expor um sorriso.

-Sim. Felizmente.

Quando ele terminou, quase foi ao chão, se não fosse por Will que o segurou.

-Você esta bem mestre?

-Sim... Mas não é algo que eu possa fazer de novo...

Will colocou Stanford sentado em uma cadeira ao lado da cama. O velho apoiou-se como se tivesse quase todas suas forças perdidas. Pacífica chorava e em um movimento rápido, abraçou Stanford, demonstrando sua gratidão.

-Você conseguiu!

O velho sente uma leve dor por sua exaustão. Mas acaricia a garota.

-Calma, ficará tudo bem.

Ela se afastou, secando suas lagrimas.

-Você acha que isso nos dará tempo?

-Claro... Isso é. Se Dipper não fizer mais dessas loucuras...

-Entendo.

-Ei lhes dei energia vital. Não magica. Se Dipper tentar usar seus poderes de novo. Eles morreram com certeza...

-Não podemos deix-

-Não irei deixa-lo sozinho novamente. Fique tranquila.

-Ufa... obrigada.

-Não me agradeça. Fiz, por que tinha de ser feito... Agora não podemos ter nenhum imprevisto. Terei de concertar o portal o mais rápido possível.

-Imprevisto...

A garota parecia que iria deixar algo escapar, mas engoliu para si. Porem Stanford não era burro.

-O que foi?

-Nada...

Stanford apoia-se no braço da cadeira, deixando seu lado gentil aflorar.

-Vamos. Pode me contar. Sabe que pode confiar em mim.

-Bom.. é... desculpe... mas...

-É segredo certo? Hmmm acho que terei de respeitar...e...

Mas ele congela. Por um segundo, seu rosto ficou pálido e sua expressão passou para espanto. A garota iria perguntar o que havia acontecido, mas o velho rapidamente se levanta, segurando a garota pelos braços, erguendo-a no ar e chacoalhando-a enquanto gritava.

-O QUE QUER DIZER COM O ANIVERSARIO DELES CHEGANDO!?

A garota ficou aterrorizada, e abalada. O rosto do velho transmitia medo e raiva. Ele suava de desespero. Estava claro o que havia acontecido.

-V-você leu minha mente?

Até Will havia ficado sem reação. E aquela cena permanece por alguns segundos. Com a garota sem poder tocar o chão. Até que o velho percebe o que havia feito e lentamente a coloca no chão.

-Me desculpe... desculpe mesmo...

Ele voltou a se sentar, mais abalado do que antes. Parecia exaurido e quebrado. A garota ainda perturbada pela ação dele antes. Demora a fazer contato novamente. Com medo de ver aqueles olhos e aquela voz assustadora novamente. Ele parecia mais abalado do que nunca, levando suas mãos para seus cabelos grisalhos.

-Não tenho escolha...

-O que foi?

O velho se levantou da cadeira. Mais convicto do que nunca.

-Pací... Venha comigo... Terei de fazer o plano B.

-Plano B?

-Eu te explico no caminho... Vamos.

-Mas e eles?

-Não devem acordar até amanhã. E não podemos mais perder tempo...

A garota então segue o velho, só podendo pedir para o demônio.

-Will por favor...

-Não se preocupe... eu cuidarei deles.

Eles trocaram leve esboços de sorrisos e a garota se vai com o velho, deixando o demônio ao lado dos gêmeos. Will estava preocupado. Com todos.

-Plano B?... Parece que todos estão arriscando tudo em uma única cartada...

 

 

O moreno abriu lentamente seus olhos, calmo, como se estivesse acordando de uma bela noite.

-Então... Estou aqui novamente?

Ele estava de pé, olhando a sua volta. Para ele o lugar já era mais que familiar. O “vazio”, em volta do garoto havia apenas uma imensidão branca. E nada mais do que isso.

-Eu devo ter desmaiado novamente.

Permanecia sério e calmo. Já estava mais que acostumado com aquela paisagem vazia. Apenas respirou fundo e sentou-se no nada.

-Bom... O que me resta agora é esperar...

O nada o rodeava, não havia som, brisa ou quaisquer identificações visuais. Quase como se o universo não existisse.

-Acho que realmente não tenho desejos ou memorias para gerar um sonho... nem me lembro do ultimo que tive. Deve se fazer uns cinco ou seis anos que venho parar nesse lugar quando fecho meus olhos.

Acostumado com aquilo, o garoto deita-se para ver se o tempo passa mais rápido, tentando dormir em seus próprios sonhos, mas era impossível de realizar tal feito, então só podia olhar o branco á sua volta.

-Será que Mabel consegue sonhar? Espero que sim...

Não havia percepção de tempo, ele nem mesmo podia contar as batidas de seu coração. Pois ele não batia em seu peito. Sua magia não funcionava e suas emoções pareciam desligar naquele lugar. O garoto pensava em tantas coisas, Mabel, Pacífica, Will, Stanford. Mas nem um pensamento lhe causava paixão, estranheza, raiva ou qualquer fenômeno em seu cérebro ou corpo. Apenas eram “pensamentos”.

-Bom espera que tenha dado certo e que Stanford tenha caido... E que eu não tenha morrido de vez... Embora, não deva ser uma coisa tão ruim... Ao menos Mabel seria livr-

Mas uma sensação incomum o faz parar seu monologo. O ar de uma presença, junto á uma respiração. O garoto levantou-se para ver o que lhe interrompia.

-Estanho essa é a primeira vez que...

Os olhos dele pousaram sobre uma figura antiga de suas memorias. Uma silhueta que lhe trazia um sentimento. Algo que até então não podia sentir nesse lugar.

-Mabel...

Á alguns metros do garoto. Esta sua irmã. Mas não á de hoje. E sim uma pequena Mabel, com seus prováveis oito anos. Vestida com um macacão feito de trapos e uma blusa azul toda encardida, os olhos dela estavam castanhos. A cor natural daquela herança de família. A pequena garota olhava para o moreno com curiosidade e com sua voz inocente e doce.

-Você é meu irmão?

Disse a menina curiosa. O garoto ao ouvir aquela doce e frágil voz, pode sentir um pulsar em seu peito, obrigando-o á se aproximar.

-Sim... Sou eu Mabel... Seu irmão... Dipper.

Ele já estava bem em frente á ela. Obrigando á levantar sua cabeça para olha-lo nos olhos.

-E você mesmo o Dipper?

Ele agacha-se para eles ficarem na mesma altura, abrindo um leve sorriso e colocando a mão sobre os cabelos dela. Aquela visão, aquela pequena garota, era o único tesouro em sua vida, era a única coisa por que ele ainda lutava. A única coisa naquele imenso vazio de sua mente.

-Sim sou eu. Olha!

Ele levantou sua franja, mostrando a marca de nascença em sua testa. Algo que só ele poderia ter.

-Então é você mesmo... Você é o Dipper...

A garota abaixou sua cabeça, parecendo decepcionada, deixando seus cabelos cobrirem seu rosto.

-Mabel?

-Então porque... ? Por que?

-“Por que” O que?

Ela levantou o rosto novamente, estava cheia de sangue, com sua testa cortada e faltando alguns dentes em sua boca.

-Então por que não me protegeu dos valentões Dipper?

O garoto levou um susto, pulando para trás, rastejando-se para se afastar daquela visão.

-Ma-Mabel...

Seus olhos estavam arregalados, e seu suor estava frio.

-Por que Dipper? Por que deixou eles me machucarem? Pensei que você me protegeria...

O garoto puxou todo ar de seus pulmões para gritar sua resposta, mas algo puxou suas forças, o congelando novamente, e esse algo foi uma voz, vindo agora de trás do garoto. Dizendo novamente seu nome.

-Dipper...

Ele tenta relutar, mas acaba se virando para olhar, agora era outra Mabel, com seus treze anos. Os olhos dela estavam azuis, a garota parecia com estremas olheiras e marcas de choro e, além disso, ela estava nua. De cabeça baixa.

-Mabel...

A voz dessa estava muito mais fraca e falha, pois ela soluçava com o choro.

-Pens-sei que você sempre estaria comigo Di-Dipper... Pensei que me estaria ao meu lado...

Da sombra daquela Mabel, saiam mãos, negras. Rodeando o corpo da pequena adolescente, como cobras, apertando-a e molestando-a. E ao lado da garota havia uma silhueta negra, uma sombra com apenas um olho azulado. A sombra de um demônio. Que havia roubado algo da garota. Havia roubado sua inocência, sua felicidade... sua mente... A garota voltava a chorar.

-P-por que me deixou sozinha Dipper?

O garoto não conseguia responder, não em voz alta, ele não conseguia nem se mover. Apenas murmurava para si mesmo. Engolindo o pouco de força que tinha ele conseguiu proferir algumas palavras para tentar justificar-se.

-E-eu não sabia... Pensei... pensei que Will seria... eu confiei nele...

Então mais uma voz surgiu, agora a sua direita.

-Por que você é fraco!

Ele olhou em direção á essa voz. Era a Mabel do presente. Com suas típicas roupas turquesa e pretas. A garota estava de braços cruzados, olhando para ele de cima, como se ele fosse um reles inseto ou menor que isso. Os olhos dela ardiam ainda mais fortes e o esquerdo ainda mais.

A garota tinha uma imensa energia magica á sua volta, pesando sua presença, quase como se o corpo do moreno fosse esmagado contra o chão por essa força. Ela possuía um rosto de ódio e repudio ao garoto. A voz dessa Mabel era imponente, severa e carregada com raiva e amargor.

-Você confiou no Will por que você foi fraco... E ainda é... Olhe para você... não conseguiu protege-las uma vez se quer...

O garoto se viu entre as três versões de sua irmã. Uma pequena Mabel toda ferida, derramando seu sangue. Uma media Mabel molestada, que derramava suas lagrimas. E a sua atual Mabel, derramando ódio e poder. Elas se aproximavam dele. A voz do dele estava fraca e falha, seu coração voltou a bater, apenas para lhe causar desespero e agonia. Com uma profunda dor em seu peito e engasgo em sua garganta.

-E-eu tentei protege-las! Eu tent-

Apenas a mais velha respondeu.

-Você falhou. Não importa o quanto tentou... Você as decepcionou. Você deixou isso acontecer á elas. Deixou-as sofrer. Você é uma falha... um erro...

Ele começou a derramar suas lagrimas e puxar forças para gritar suas desculpas.

-EU VOU PROTEJE-LAS! VOU SAVA-LAS!

-Proteger? Salvar? Não seja tolo... Agora já é tarde para isso... O que adianta proteger cacos quebrados e espalhados pelo chão?  Você acha que pode concertar um espelho quebrado? Apenas desista.

-NÃO! EU NÃO VOU DESISTIR!

As outras duas Mabels começaram a se aproximar mais. Repetindo suas frases, ecoando ao fundo, na mente do moreno. “Por que nos deixou? Por que não nos protegeu? Você não nos ama?”. Varias e varias vezes, forçando-o a encolher-se e levar á mão em sua cabeça para tentar fazer a dor passar, tentar deixar de ouvir aquelas vozes. Mas nada disso funcionava, ele apenas não podia mais olha-las, fechando seus olhos enquanto chorava.

-E-eu amo! E-EU VOU PROTEJE-LAS! EU SEREI FORTE!

Mas a mais velha não o deixava.

-Pare de chorar... Você é apenas um trágico desperdício de nós. Mas agora... Você já não é mais nada para nós. Nosso pai tinha razão, talvez se eu fosse filha única. Nada disso teria acontecido... Você é penas um inseto mentiroso. Você nem nos ama mais.

-EU AMO!

-Você prefere aquela cadela ao invés de nós.

-Não! E-eu não á amo a esse ponto!

-Não? Então porque não fala á verdade?

-Eu estou falando! TODA Á VERDADE!

-Mentiroso...

Dipper apertava seus punhos com força contra o chão. Ele não conseguia parar de chorar perante elas.

-Eu vou protegê-las... Eu vou...

-Isso novamente... ? Eu já disse. É tarde para isso. Apenas aceite e diga logo seu adeus...

-NUNCA!

Elas chegam até ele, às pequenas Mabels o abraçam. Isso faz o garoto se acalmar. Seu coração volta a não bater mais. Elas o acariciavam. Dizendo palavras de consolação. A menor disse:

-Esta tudo bem maninho... Vamos para casa...

E a adolescente:

-Vamos parar...

Uma ultima lagrima sai dos olhos de Dipper, ele não conseguia se mover mais após o abraço das duas.

-Mabel...

Enquanto a mais velha continuava o encarando e julgando-o.

 -Eu tenho pena de você Dipper. Descanse... Eu cuidarei das coisas agora...

Ela virou-se, dando as costas para o garoto. Mas ele respondeu, com uma voz fraca.

-Não...

Ela parou, virando para ele novamente. As pequenas Mabels o abraçavam ainda mais forte. E diziam:

-Não se mexa muito maninho...

-Fique conosco...

Mas ele continuou.

-Não... não...

A mais velha se aproximou.

-Apenas aceite...

-Não... Não!

-Desista...

-Não!

Ela sorriu e disse:

-Não vai desistir? Então deixe tudo arder em chamas...

-NÃO!

E com esse ultimo grito Dipper explodiu um mar de chamas douradas á sua volta. As três Mabels foram carbonizadas na hora. Rapidamente os ossos delas viraram cinzas e a imensidão branca se tornou um mar de chamas.  Dipper exausto e ofegante se apoiou ao chão. O olho direito dele ardia no tom azulado.

-Eu vou te salvar Mabel... Nem que isso faça o mundo virar cinzas...

Ele levantou-se, parecia revigorado naquele mar de chamas. A sua frente, uma das chamas, toma a forma de uma garota, uma garota loira de olhos azuis. Pacífica. Ela olhava para ele, com medo. A voz dela saia em tom magico.

-Dipper... ?

Os punhos do garoto se fecharam. E a silhueta da garota desaparece em meio as chamas... E tudo é consumido pelo fogo... Enquanto ele diz:

-Eu vou protegê-la. Não importa o que eu tenha de fazer...

 

Fim da parte 28...

Continua...


Notas Finais


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