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História Reviravoltas Amorosas - O que é feito da doçura? Será dos sedativos?


Escrita por: Elisynoir

Notas do Autor


Oi gente!

Trouxe-vos mais um capítulo! Ando muito inspirada e estou a tentar recompensar-vos por todo o tempo em que não postei.

Espero que gostem. Boa leitura!

Capítulo 32 - O que é feito da doçura? Será dos sedativos?


No último capítulo...

Pov. Adrien

-Desculpe, eu só queria confirmar consigo em como a nossa suite foi invadida por uma garota que subornou um dos seus empregados.

-Meus jovens, eu confirmo completamente. Mas não se preocupem, pois a pessoa que vendeu a vossa privacidade já está em casa sem trabalho no meu estabelecimento. Desculpem mais uma vez. Nós iremos compensar-vos durante a vossa estadia connosco.

(...)

-A Sabrina e a Chloe enganaram-me. Eu já estava à espera de tudo da Chloe, mas a Sabrina? Nunca esperei que ela dissesse uma mentira daquelas. Ela sempre odiou mentiras e sempre foi a dona da verdade.

(...)

-Félix, qual é a tua ideia? Porque foste falar da aposta à frente dela? Tu sabes que é uma coisa sem importância e muito ignorante.

-Tens razão. O que queres que faça agora? Te peça desculpa? É que nem penses. – ele fez beicinho e olhos de gatinho e depois desatou às gargalhadas.

-Porque não paras de te rir? E porque me segues?

-São duas perguntas muito interessantes. Ela já estava à espera de uma coisa destas vinda de mim, mas e de ti, Adrien? Como achas que ela se sentiu quando ouviu que tu fizeste uma aposta sobre ela? Não achas que ela se sentiu atraiçoada e lhe passou pela cabeça que só és amigo dela para ganhares a aposta?

-Félix, tu deves estar habituado a que as pessoas pensem assim sobre ti, mas a Mari sabe que eu sempre fui amigo dela, muito antes da aposta. E tu, que mal a conheces, achas que podes dizer algo em relação aquilo que ela pensa ou diz ou sente?

(...)

A Chloe virou-se e sorriu ironicamente para a Marinette, que lhe fez uma cara de ódio.

Pouco tempo depois, a Chloe quis passar na nossa mesa por diversão enquanto a Sabrina vinha atrás dela carregada de bebidas e pratos com várias entradas e coisas estranhas.

Eu estava à espera de um comentário muito maldoso da Chloe, mas em vez disso, ela pregou uma rasteira na Sabrina, que deixou cair todas as coisas em cima da Marinette. Os copos partiram-se em mil pedaços e cortaram-na toda.

(...)

-Meninos, mantenham-se calmos. Nós vamos lidar bem com a situação. Voltem aos vossos lugares e retomem a vossa refeição. Félix, tu consegues trazer a Marinette até lá fora?

(...)

-Eu tenho de vê-la. – sussurrei saindo pela janela.

 

Pov. Marinette

Eu estava numa espécie de coma, pelo que tinha ouvido. Não sei o que se passava, pois eu conseguia pensar e ouvir tudo o que era dito à minha volta. Era como se estivesse acordada, mas com os olhos fechados.

(...)

-Ela vai precisar de uma transfusão de sangue. Tem algum parente aqui perto, ou alguém que tenha o mesmo tipo de sangue? – perguntou a enfermeira ao Félix.

-Não. Mas posso fazer os testes para saber se tenho o mesmo tipo sanguíneo que ela, se quiser.

-Não é necessário. Sabe qual é o seu tipo de sangue?

-O negativo. – eu nunca me tinha dado ao trabalho de decorar o meu tipo sanguíneo, mas quando saísse dali, podiam ter a certeza de que ia andar sempre com ele à mão.

-Perfeito. É o mesmo tipo de sangue que ela. Se estiver disposto a doar do seu sangue, nós agradecemos. O vosso tipo de sangue é um tipo muito raro nas redondezas e as nossas reservas nem sequer conseguem sustentar os pacientes que precisam.

-Sim, precisam do sangue agora, não é? Eu não cheguei a jantar, por isso é como se estivesse em jejum, não é?

-Já percebi que tem voto na matéria. Siga-me.

(...)

-Princesa? Oh como estava preocupado contigo. Nem sabes o quão difícil foi aguentar saber que estavas assim aqui. Desculpa não ter estado lá para te proteger.

Eu gritava por dentro que não fazia mal, e que estava muito feliz por ele estar ali, mas nenhum dos meus esforços deu resultado. Ele deu-me uma pequena festinha na cara e depois depositou um beijo na minha face.

Ouvi-o a suspirar e a sair com um breve adeus, quando alguém estava prestes a entrar no quarto.

Pov. Félix

Quando acabei de doar o meu sangue voltei para o quarto da Mari e adormeci ao pé dela. Estar mais perto dela sabia muito bem. Eu só queria que aquele pesadelo todo acabasse e pudéssemos sair dali.

Entretanto, comecei a pensar se não devia acabar com o meu plano, porque não sabia se ia conseguir voltar a olhar para a cara de estúpida da Chloe e também porque achava que já não devia ser preciso.

Mais um pouco e a Mari ia ser minha novamente. E finalmente seria escolhido por alguém ao invés do meu irmão.

 

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Dois dias depois...

Pov. Marinette

A cada dia que passava eu me sentia mais forte, até finalmente ter conseguido abrir os olhos.

O gatinho tinha-me vindo visitar todos os dias, e todos os dias, eu tinha tentado comunicar com ele, em vão. Começava a ter sérias dúvidas acerca dos meus sentimentos por ele. Não sabia o que devia fazer, e também não tinha muita vontade de perguntar à Tikki.

Voltando à sala, o Félix estava a dormir na poltrona ao lado da minha cama. A sua mão estava em cima da minha, e eu rapidamente a removi, fazendo um movimento um pouco brusco.

Felizmente, ele não acordou, e eu pude continuar a ter silêncio na sala. Eu estava ligada a uma máquina estranha, e isso não me agradou, pelo que arranquei os tubos com cuidado, para não arranjar problemas.

Mas a máquina começou a apitar por todos os lados e eu assustei-me, saltando da cama e acordando o Félix. Não sabia o que se estava a passa comigo, mas sentia-me um pouco diferente em relação a ele. E a tudo...

-Oh Mari, tu estás bem? Pensei que só fosses acordar amanhã ou depois. – disse ele avançando para mim, sem me dar nenhuma opção que não fosse dar-lhe um abraço.

-Olá Félix. – disse eu sem muita vontade de estar com ela. Preferia estar ali com muitas outras pessoas, mas tinha de me contentar com o facto de ser ele.

-Se estás a pensar onde está o Adrien, ele já deve vir a caminho. Está na vez dele de ficar contigo. – daquilo eu não estava à espera. Estava mais à espera dele se vangloriar por me ter salvo e ter trazido.

-Não era isso que eu estava a pensar, não te preocupes. Sabes, eu sei que estás aqui comigo há dois dias. Obrigada por teres ficado comigo durante este tempo todo.

-De nada. Mas espera lá! Como é que sabes o tempo que estiveste aqui e que eu estive sempre contigo?

-Eu meio que conseguia ouvir tudo aquilo que acontecia à minha volta. – fiquei feliz por ele não se ter declarado ou ter dito alguma coisa embaraçosa. Isso seria demasiado vergonhoso para mim.

Quando subi o meu olhar para o dele, ele estava com um vermelhinho nas maçãs do rosto. Perguntei-me se aquilo era ele a corar. Então, para o provocar, disse:

-Também conseguia sentir a tua mão, senhor Félix. – fiquei a ver a expressão dele que se alterou completamente.

Ele ficou totalmente vermelho e virou a cara. Eu ia começar a rir, mas o telemóvel dele começou a tocar. Ele teve uma grande sorte, porque eu ia continuar a bombardeá-lo.

-Alguém está a ligar-me. Eu tenho de atender, porque pode ser alguém a querer saber de ti. Ahh... Adeus! – ele escapuliu-se do quarto com uma rapidez veloz e nem me deu oportunidade de dizer nada.

Eu estava surpresa com este novo Félix. Ele era diferente do antigo. Nunca na vida o tinha visto a corar e a fugir de uma conversa embaraçosa. Ele sempre se tinha conseguido livrar de todos os embaraços com um sorriso confiante no rosto.

Se este era a nova pessoa em que ele se tinha tornado, eu gostava mais dele e até nem me importava de voltarmos a dar-nos como amigos. Dir-lho-ia quando ele voltasse.

Esperei-o durante uns vinte minutos, mas ele não apareceu.

Entretanto, apareceram uns quantos médicos, que me obrigaram a deitar na cama outra vez e por pouco que tinha de pôr os tubos outra vez.

Deitei-me a pensar no Félix. Seria possível ele ter mudado tanto em tão pouco tempo? Se o Adrien tinha conseguido, era possível também para o Félix.

Alguém bateu à porta e eu preparei-me para o meu discurso para o Félix. Já tinha pensado nele mentalmente, incluindo as paragens supostas que ia fazer para ele também poder falar.

-Podes entrar, Félix. Tenho uma coisa para te dizer. – o loiro entrou, mas em vez de ver olhos azuis, vi uns olhos verdes porque fora apaixonada outrora.

 

Pov. Adrien

Quando ouvi a voz dela, nem podia acreditar que já estava acordada. Não era suposto ser tão cedo. Mas ela é mais forte do que qualquer pessoa, o que deu para se perceber quando a Chloe lhe fez aquilo.

Tudo estava às mil maravilhas até ela dizer o nome do meu irmão. O que teria ela para lhe dizer. Eu sabia que não era bom o tempo que ele tinha passado aqui com ela, sozinhos.

Sem querer preocupá-la, fiz o meu sorriso mais amigável, mas por dentro estava cheio de ciúmes.

-Estavas à espera de outra pessoa? – perguntei meio na brincadeira.

-Não. Tu não és assim tão má pessoa para fazer companhia. – respondeu ela com o sentir de humor no máximo. Nunca a tinha visto assim. Deviam ser dos sedativos.

Eu nunca soube o que era estar magoado, sem contar com as vezes em que estava de Chat Noir.

Sentei-me na poltrona ao pé dela e preparei-me para lhe contar como tinham sido os dias na ausência dela. Os dias tinham prosseguido normalmente para todos, mas tinham perdido toda a diversão.

-O que aconteceu quando eu não estava? Aproveitaste estes dias? – perguntou ela com esperança na sua voz. Eu não a queria desiludir dizendo que não, mas também não queria dizer que sim, para ela não pensar que eu não tinha sentido a falta dela.

-Está a ser uma boa estadia, mas eu preferia mil vezes estar aqui no hospital contigo.

-Porque dizes isso? Tudo aqui me pareceu uma grande seca, nestes últimos dias. – aquilo pareceu-me estranho. Mas ela não tinha estado num coma?

-Como assim? O que queres dizer com isso?

-Eu conseguia ouvir tudo o que me diziam, mas não conseguia abrir os olhos e falar. Foi meio estranho. Recebi algumas visitas inesperadas, mas gostei delas todas.

Eu sabia que ela se devia estar a referir-se às visitas do Chat Noir, mas tentei não lhe mostrar a minha felicidade naquele momento.

-Visitas inesperadas? De quem? – tentei desenvolver o assunto. Talvez ela confiasse em mim para me dizer.

-Digamos que foi de um amigo muito especial para mim. Não conheces, por isso não te preocupes. – disse ela, cada vez mais baixo.

Os seus olhos estavam a começar a fechar-se e eu queria que ela tivesse o descanso necessário.

-Só mais uma coisa, Adrien. O que fizeram à Chloe? Se ninguém a matou ainda, eu vou matar quando sair daqui. – nunca pensei em ouvir tais palavras da boca dela, mas eram bem merecidas. Apesar de saber que ela não estava em si.

-Ela já teve as punições que mereceu. Eu por mim aplicava-lhe tudo até ao final da vida, mas acho que aquilo, na consciência dela, deve chegar.

-Se fosse por mim ela já estava morta. A sério, acho que não a consigo ver sem lhe tirar as tripas para fora. – Agora sim, a situação estava mesmo a sair do controlo. Onde estava a Mari, a pessoa doce e não vingativa?

- Eu não sei o que tinham os teus sedativos, mas não sei se serviram para te acalmar.

-Que piada! –respondeu ela como se o que eu disse fosse apenas uma coisa banal para a fazer rir. –Quando posso sair daqui?

-Pelo que o Félix me disse, se não demonstrares sinais de nada mal, podes sair hoje à tarde.

-Ainda bem. Eu quero ir para casa. Se não te importas, podes chamar o Félix aqui? –perguntou ela, suavemente, tentando não magoar-me. Só que era tarde de mais para isso.

-Claro. Eu volto já.

Saí do quarto com vontade de esmurrar o Félix. O que tinha a Mari? Porque preferia ela estar com o Félix? Tantas coisas que me passavam pela cabeça, para as quais eu não tinha resposta.

Quando finalmente avistei o Félix, ele olhou para mim com um ar superior. Eu estava irritado com ele, porque não me tinha deixado vir substituí-lo durante o tempo todo em que a Mari esteve aqui.

-Então, ela já adormeceu? – perguntou ele por fim. O meu olhar desviou-se um pouco do dele e isso fê-lo perceber. – Ou ela expulsou-te de lá?

-Não foi nada disso. Ela... pediu para te ver. – deixei sair eu, sem vontade nenhuma de ouvir os seus comentários maldosos.

-A sério? Não estava mesmo nada à espera! – disse ele caminhando devagar em direção ao quarto dela.

Eu virei-me para a mesma direção. Não queria que a Mari pensasse que eu me tinha ido embora.

Chegámos ao quarto e ela pediu para ficar a sós com ele. Isso partiu-me o coração. O que era mais importante para me quererem de fora do quarto? Pensei em encostar o ouvido à porta, mas estava abalado de mais.

Será que já não havia chance de ela me amar outra vez?

Pov. Félix

Entrei no quarto com calma. Qualquer coisa que ela me fosse dizer, já me devia ter passado pela cabeça. Fechei a porta e sentei-me à espera de que ela começasse o diálogo.

-Félix, vou deixar-me de rodeios. Se tu querias mais uma oportunidade para seres meu amigo, eu estou a dar-ta. Mas antes, quero que saibas que... – interrompi-a. Eu já sabia o que ela ia dizer.

-Que não vai passar apenas de uma amizade, e que não me vais dar mais uma oportunidade se eu errar. Eu já sei disso. – disse secamente. Não me agradava ser só amigo dela, eu queria ser muito mais. E ia ser. Muito brevemente.

-Não era isso que eu ia dizer, mas também se aplica ao caso.

-Mas Mari, nós já passámos por tanto. Não achas que eu mereço algo mais do que ser apenas teu amigo? – perguntei-lhe sem estar disposto a ouvir um não, é pena que eu já a conhecesse. Ela era difícil, o que me fez apaixonar por ela, foi isso.

-Não Félix. Porque nós passámos momentos muito bons. Mas também me fizeste passar por um dos meus piores, que nunca vou conseguir esquecer. Não te basta ser apenas meu amigo?

Aquela resposta era fácil de responder. Não, não bastava, mas se tudo corresse bem, ela seria mais que isso. E eu não a podia afastar neste momento, pelo contrário, tinha de me aproximar mais e mais.

-Sim, Mari. Para mim basta, desde que possa estar contigo.

-Ainda bem. Porque vou precisar da tua ajuda para fazer uma coisa. – todo aquele secretismo fez-me ficar curioso.

-Ajuda para quê? –perguntei. Tinha de ser algo mais para o perigoso, para ela não ter contado ao Adrien.

-Eu preciso de me vingar da Chloe. E preciso disso o mais rápido possível. Ideias?

Naquele momento surgiram-me milhões de ideias. Mas nenhuma era sobre como me vingar da Chloe, mas sim como a fazer apaixonar-se por mim

Sorri por fim e mostrei o meu sorriso mais vingativo.

-Claro que sim. Por onde devo começar?


Notas Finais


Espero que tenham gostado!
O que acham que tem a Mari?

Até ao próximo capítulo!


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