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História Revival (Taekook/Vkook) - 18


Escrita por: hey_kook

Notas do Autor


AHH DESCULPA A DEMORAR, NÃO DESISTAM DE MIM.
Vou tentar não demorar mais.

Capítulo 18 - 18


Logo que entro no banheiro coemço a me despir, e ponho de lado as roupas encharcadas. No cômodo havia um grande espelho, o mesmo era sempre evitado por mim. Simplesmente não conseguia olhar para mim mesmo, porque toda a vez que via meu rosto, via também todos os meu erros. Por isso evitava aquele espelho ao máximo nesses últimos tempos.


A água escorria quente pelo meu corpo, diferente de minutos atrás, quando a chuva e o vento eram gelados. Fico parado por um tempo deixando a água cair em minha cabeça, passar pelos braços e pernas e chegar até meus pés, então o chão, e depois ir embora pelo ralo. Fico imaginando novamente a imagem de minha mãe, tento visualizar ela atendendo ao meu telefonama sentada no último lugar vago do ônibus. Toda a vez que pensava nela, as lágrimas enchiam meus olhos e tomavam conta de minha face. 


Puxo a toalha e seco meu rosto com certa força. Odiava chorar, me sentia uma vítima, algo que definitivamente não sou. Me enrolo na toalha e passo novamente pelo espelho sem direcionar os olhos.



Adentro no quarto, e encontro JungKook jogado em minha cama. Suas mãos e olhos estavam ocupados com o celular, tão distraído que nem mesmo notava minha presença. Tento não fazer barulho enquanto começo a me vestir, mas os olhos do mais novo logo notam-me. 


- Tae... - ele larga o celular rapidamente e vem em minha direção. O que ele estava fazendo? Suas mãos vão até meu rosto, seu toque me parecia muito delicado. - Você está bem? 


- O que quer dizer? - estava realmente confuso quanto à isso. Tão de repente ele avança em minha direção, e pergunta como estou?


- Seus olhos estão vermelhos. Você estava chorando? - ele solta meu rosto, e seus olhos estão muito atentos analisando à mim. 


- Ah, bem... - o que deveria falar para ele? - Apenas um pouco de sabonete que me fez lacrimejar.


- Hum. - Ele volta para a cama e não fala mais nada. Sabia que ele não havia caído naquilo, mas não poderia falar para ele. Ele volta a pegar o celular e para de prestar atenção em mim. - Você mente muito mal sabia? 


- Ei, está me chamando de mentiroso? - pego uma de minhas camisetas e jogo nele, e sua reação é apenas arquear uma das sobrancelhas.


- Se eu estiver, o que vai fazer em relação à isso? - ele fala sem tirar os olhos do celular. 


Vou até ele, e coloco meu corpo sobre o seu e ponho o seu celular de lado. Faço com que nossos rostos fiquem muito próximos, mas a expressão de Jungkook fica série de repente. Fico um pouco confuso quanto à isso, já que muitas vezes ele afasta meus toques, apesar de sempre fazer o mesmo comigo.


-Você acha que pode me punir? - Com um único movimento ele fica encima de mim, e agora seus lábios esboçavam um sorriso, um lindo e perfeito sorriso. Era impossível não beijar ele naquele momento. Selo seus lábios rapidamente, o que faz com que ele ria.


Ele logo saí do quarto e me deixa rindo como um idiota. Jungkook, o que exatamente está fazendo comigo?



Quando volto à sala o mais novo está jogando vídeo game junto à Yoongi, e Hoseok estava na cozinha tentando cozinhar algo.


- O que está fazendo? Vai atear fogo na casa? - falo logo que entro e o Hoseok acaba assustando-se, ele estava cortando alguns legumes para (tentar) fazer um sopa. 


- Ei, nunca falaram à você para não dar sustos enquanto uma pessoa está cortando cenouras? - ele larga a faca que estava em suas mãos e olha para os legumes picados em tamanhos diferentes sem nenhum padrão. - Aish, eu não sei mais como cortar legumes, a tanto tempo não faço isso.


- Ah, mas você nunca soube. Quando sua mãe pedia sua ajuda, ela sempre dispensava minutos depois. Aliás, sua comida é péssima, o arroz fica cru e os legumes cozidos demais. 


- Ah, você s tão mal agradecido. Estou cozinhando para você, e ainda tem a audácia de reclamar. - ele volta a picar os legumes mas agora com mais força nas mãos, para tentar demostrar sua falsa raiva. 


- Eu tenho muita sorte de ter um amigo como você. - apesar do tom debochado de minha voz, era a maior verdade do mundo. Eu deveria agradecer eternamente pela amizade que temos. Bagunço os cabelos de Hobi e deu à ele um abraço.


- Que lindo momento gay. - Yoongi entra na cozinha abrindo a geleira, e logo atrás vinha JungKook. O mais novo olha para ambos de nos dois abraçados, e logo desvia o olhar.


- Deveríamos ligar para os outros meninos, e chama-los para jantar. - Hoseok larga a faca e pega o celular, logo contactando o resto dos meninos.


- Você só está pensando nisso porque quer que o Jin cozinhe. - Yoongi da um cole em uma das cervejas que estavam na geladeira.


- Acredite, é melhor para a saúde de todos nós que Jin cozinhe. - Yoongi sorri quando joga uma lata de cerveja em minha direção. 


- Por quê estão tomando minha cerveja? - ele retira a lata das mãos de Yoongi e bebe um longo gole.


- Veja bem, moramos juntos. O que é seu é meu, e o que é meu é seu. - ele fala balançando os braços.


- Então acho que deveríamos compartilhar o Jimin também. - não consigo evitar o riso quanto Yoongi começava uma discussão com meu amigo. Logo noto que Jungkook não estava mais presente e vou até a sala.


O mais novo estava sentado no chão mexendo em seu celular, quando nota minha presença logo esconde o aparelho. Sento-me ao seu lado, e ofereço a bebida que tenho em mãos, mas ele apenas à recusa. "Eu não bebo" é o que ele diz. 


Lembro vagamente ele ter dito essas palavras, mas não lembro dele dizer o porque.


-Hum,  um menino de 19 anos que não bebe. Algum motivo para isso? - fico esperando sua resposta, mas ele parece ficar um pouco reflexivo, como se sua cabeça resgatasse alguma memória.


- Não exatamente. - depois de um certo tempo ele responde, mas não olhava em meus olhos. Sua resposta foi fria, poderia ser considerada até um pouco formal.


- Você deve ter ficado com uma grande ressaca, para não querer beber mais. 


- É... Algo assim. - Não havia muita confiança em suas palavras, e seus olhos eram fixos no chão. 


A chuva que caia podia ser escutada, mesmo dentro de casa e o vento assobiava nos telhados dos prédios. Esses sons só podiam ser escutados por causa do silêncio entre eu e Jungkook. Sua cabeça estava jogada para trás,  seus olhos fechados, e sua mão esquerda estava à poucos centímetros da minha. Qual seria sua reação ao meu toque naquele momento? 


Sua reação acabou sendo assustada, seus olhos abriram-se rapidamente e se fixaram em mim. Mas logo sua expressão se suaviza e ele assegura minha mão. Ele olha para nossas mãos e então olha para mim.


- Você é especial, não é? É diferente, certo? - o mais novo parecia fazer as perguntas mais para si, do que para mim. Por isso devido não as responder , ainda sim elas pairavam em minha mente. Se eu era diferente? De quem, exatamente?




Os meninos acabaram não vindo, já que a chuva estava muito forte. Consequência disso, tivemos que comer a sopa que Hoseok preparou,  e como de se esperar estava sem gosto, com legumes muito cozidos e arroz duro. 


Eu estava jogado em minha cama, ocupando praticamente todo o espaço. Meu olhar era fixo na porta do quarto, onde o mais novo passava nesse momento.  Após o banho seus cabelos escuros eram molhados, pequenas gotas de água ainda estavam em sua nuca e desciam rapidamente por suas costas nuas. Começo então a olhar para seu corpo, nos seus braços fortes com veias sobressaltadas, seus dedos longos e clavícula amostra. 


Olho atentamente para a maneira com que suas costas trabalham enquanto ele veste uma calça. Não queria encarar, mas seu corpo era tão lindo que já tinha se tornado inevitável não fazer isso.


Sem falar uma única palavra ele aperta o interruptor e a luz é apagada. A única coisa que poderia ser vista era o formato de seu corpo caminhando em minha direção. Eu ocupava praticamente todo o espaço existente na cama, mesmo assim ele deita-se e me envolve em um abraço. Algo parecia estar errado com ele, passo a mão sobre seus cabelo molhados, quanto ao mesmo tempo cobria ambos de nós dois  como edredom.


Em meu peito sentia algumas lágrimas do mais novo, ele me abraçava fortemente como se sua vida dependesse disso. O seu choro não era desesperado, nem ao menos havia soluços. Eram apenas lágrimas escorrendo em seu rosto. Aos poucos vou sentindo sua respiração ficar mais pesada, e as lágrimas cessarem. 


Continuo fazendo carinho em sua cabeça, mesmo depois dele adormecer. Sua pele tinha um cheio suave, cheirava a sabonete. Começo a pensar em como gostava de estar com ele, e em como queria fazer isso mais vezes. 


Penso em como queria ir ao cinema com ele, ou andar de mãos dadas na rua. Fazer coisas bobas como ir em playgrounds e tomar sorvete. Penso em como queria perturba-lo, e em como queria ele adormecendo em minha cama mais vezes.


Imagino um mundo paralelo onde eu sou o cara perfeito para ele, onde não fiz todas aquelas coisas. Nesse mundo minha mãe não está morando naquela casa, aquele homem (nesse mundo paralelo eu não o matei) está muito longe dela ou de mim. Em como minha mãe iria gostar do mais novo, e como eles passariam reclamando de minha infantilidade.


Será que estava mesmo apaixonado? A única certeza que tenho é que nunca, nunca mesmo em toda minha vida senti algo desta forma. Lembro-me da primeira vez que o vi, ele dançava no meio da praça, seu corpo era envolvido pela música. Naquele momento não fazia ideia de que iria ter aquele menino dormindo em meus braços.


Notas Finais


Quem quiser conversar cmg no twitter o meu é @babypsychopath


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