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História Reviving Feelings - Se for um sonho, que eu não acorde


Escrita por: SatsukiMari

Notas do Autor


Ai genten, cá estou eu de volta e devo dizer que estou muito animada com minhas fics desde que voltei. Confesso que a a pausa me fez muito bem no requisito criatividade e ideias, sei que para quem acompanha é ruim a espera, também sou leitora e dessas que quase infarta quando a fic pausa em um capítulo que te deixa de cabelo em pé AHUSAHSUAH, mas sério gente, tô com inúmeras ideias e acho que vou conseguir adiantar muuuuitos capítulos esses dias hehehe
Enfim, se esbaldem na minha criatividade, depois venham me amar ou me odiar nos comentários, já estou preparada HAHAHAHH
brincadeiras a parte (ou não) boa leitura para vcs!

Capítulo 28 - Se for um sonho, que eu não acorde


– Mas que merda, Sasuke! – Sakura esbraveja enquanto arrastava o Uchiha para dentro de sua casa. A dificuldade era grande, devido ao tamanho e peso do rapaz que mal conseguia se manter de pé, mesmo com o apoio que recebia. – Pra que foi beber tanto?

– Porque você é irritante! – Ela rolou os olhos com a resposta irritadiça do rapaz. – Você, Sakura, você! Que merda, mulher! Por que está aqui? Cadê o Naruto?

– O Naruto está feliz na casa dele com a Hinata, graças mim que me ofereci gentilmente para trazer você em casa depois de ter bebido tanto, assim seu amigo não te odiaria por empatar a foda dele.

– Foder? Eu quero. – O Uchiha abriu um sorriso divertido, aninhando-se um pouco mais no corpo de Sakura.

– Vai ficar pra outro dia. – Sakura soltou uma gargalhada. – Primeiro porque as pretendentes que tinha provavelmente desistiram de você depois que saiu gritando pela festa que amava o Naruto, segundo porque você não consegue nem ficar de pé. Deita ai. – Atirou Sasuke sobre sua cama, que deixou seu corpo se espalhar pelo tecido macio e fofo. Respirou aliviada quando todo aquele peso já não estava mais sobre seus ombros.

– Tá’ tudo rodando. – Sasuke soltou uma gargalhada alta, que provocou a mesma reação em Sakura. – Você também está vendo isso?

– Pode apostar que sim. – Ela dizia entre os risos. Para Sakura, presenciar tal cena era bastante divertido, principalmente quando o protagonista era Sasuke, o inventor da seriedade e indiferença. – E você precisa de um banho frito, vá para o chuveiro que eu vou preparar um café forte para você.

– Não quer me ajudar com isso? – Ele utilizava um tom visivelmente embriagado e sedutor, que arrancou um riso divertido de Sakura.

– Pode apostar que não.

– Então ao menos me ajude com essa roupa, porque está difícil tirar. – Ele resmungava enquanto tentava a todo custo desatar os botões de sua camisa.

– Não faz isso, vai rasgar. – Ela repreendeu o rapaz. Rolou os olhos e soltou um longo suspiro. – Deixa que eu faço.

Delicadamente e ao mesmo tempo rapidamente, desabotoou a camiseta molhada que cobria o corpo de Sasuke, em seguida auxiliou-o em sua retirada. Removeu os sapatos em seus pés e o guiou até o banheiro de seu quarto.

– Daqui pra frente você se vira sozinho. Deixa a água fria cair na sua cabeça até se sentir mais lúcido. Se achar que não consegue tirar a calça agora, melhor ficar com ela mesmo, já esta tudo molhado de qualquer jeito. – Sakura suspirou pesadamente. – Eu volto logo.

Esteve tão ocupada em guiar Sasuke até o banho que acabou esquecendo um pouco de si. Sequer havia removido os saltos que usava, e foi apenas lembrar-se disso que sentiu seus pés e suas pernas doerem. Descartou as sandálias em algum canto da casa do Uchiha e buscou por algo confortável para calçar. Sorriu alegremente ao encontrar um par de pantufas dentro de um closet que parecia abrigar coisas que sequer eram usadas, devido ao forte cheiro de poeira do local.

Dirigiu-se à cozinha e vasculhou os armários em busca de algo que pudesse auxiliá-la na produção do café, e se deparou com três equipamentos diferentes que lhe permitiria fazê-lo. Optou pelo tradicional café feito a base do pó por ter um sabor e concentração mais forte que os demais. Não economizou na quantidade do ingrediente, e enquanto a água não atingia a temperatura adequada, vasculhou mais um pouco os pertences do Uchiha em busca de algo para comer.

Esteve tão entretida durante a noite que havia esquecido de comer algo, e depois, todo o trabalho de arrastar tanto peso até aquela casa exigiria uma quantidade ainda maior de energia, que só poderia resultar em uma grande fome como consequência.

Sorriu agradecia ao encontrar uma fatia de bolo confeitado e um resto de refrigerante na geladeira, que acabaram salvando sua noite. E ao terminar sua refeição, a água já estava preparada e Sakura pode finalizar a produção de seu café.

Depositou todo o liquido em uma garrafa térmica que organizou em uma bandeja com uma xícara para que o mesmo fosse levado até Sasuke, e ao chegar em seu quarto, se deparou com a figura parcialmente desmaiada sobre sua cama, vestindo apenas uma bermuda de moletom. Sorriu aliviada ao ver que ele havia sobrevivido ao banho sem necessitar de ajuda.

– Acorda e bebe um pouco de café, se não vai acordar com muita ressaca amanhã. – Ela anunciou sua entrada no quarto.

– Não quero. – Sua expressão era carrancuda. – Eu só quero dormir agora.

– Eu não vou te impedir de dormir, então relaxe. – Ela rolou os olhos e bufou. – Eu só acho que é melhor beber um pouco de café para não ter a pior ressaca de sua vida.

Sasuke resmungou algumas palavras que Sakura não foi capaz de compreender, mas que acreditava serem palavrões. Ainda estando um pouco tonto, levantou-se com alguma dificuldade, sendo socorrido pela garota, que o apoiou para que se sentasse sobre a cama.

– Me dê. – Ele estendeu a mão. Sakura rolou os olhos entregou a xícara com o líquido quente para o rapaz. – Que merda, isso está horrível. – Ele fez uma careta ao bebericar o café.

– Não é para ser saboroso ou coisa do tipo, é para tratar sua ressaca antecipadamente. – Ela respondeu de forma ríspida. – Então beba isso logo porque vai precisar de pelo menos mais umas duas dessas.

– Mas que droga. – Ele resmungou. – Nem fodendo que vou beber mais duas xícaras desse negócio horrível que você fez.

– Problema seu. – Sakura deu de ombros. – Não serei eu a acordar com o cérebro fritando amanhã mesmo, então faça como quiser.

– Ei... – Sasuke falou em um tom de voz mais dócil. – Você não deveria falar assim comigo.

– E o que você espera que eu faça? – Ela respondeu irritadiça, em seguida bufou. – Você está agindo como uma criança, Sasuke.

– Desculpe. – Ele suspirou. – Eu só estou irritado porque sei que fiz besteira hoje.

– Pode apostar que fez. – Ela rolou os olhos. – O que diabos deu em você pra agir daquele jeito com o Lee e depois encher e cara desse jeito?

– Eu estava irritado com aquele cara. – Ele bebericou o café e fez uma careta.

– Eu não sei por qual razão você estaria irritado com ele.

– Eu não fico confortável quando vejo algum homem perto de você.

– Como e que é? – Sakura franziu o cenho. – Mas que história é essa, Sasuke? Pelo amor de deus, não vem me dizer que isso tudo é por medo do que aconteceu...

– Não é só isso. – Ele bufou, antes de beber mais um gole do café, no qual já se adaptara ao sabor. – Eu só não gosto, porque ele parece um idiota.

– Adivinha quem está parecendo um idiota agora? – Sakura direcionou um olhar de reprovação para o Uchiha, que suspirou pesadamente antes de direcionar um olhar piedoso para a garota.

– Eu não queria te irritar, nem ficar bêbado, nem passar vexame, mas eu me deixei levar pela raiva e fiz besteira. – A forma com falou soou tão sincera que roubou alguns minutos da atenção de Sakura.

– E eu continuo aqui tentando entender o que deu em você para agir daquele jeito, Sasuke. – Sakura suspirou. – Está acontecendo alguma coisa que você não quer me contar? – A rosada sentou-se ao lado do rapaz em sua cama na tentativa de travar um diálogo consistente, mesmo que ele ainda estivesse sob um estado de embriaguez que pudesse dificultar um pouco as coisas.

– E nunca vai entender, se depender de mim. – Ele deu uma risada seca, fazendo a garota suspirar mais algumas vezes em busca de paciência.

– Qual é o seu problema, Sasuke? – Ela perguntou irritada.

– Eu estou bêbado. – Ele deu o último gole em seu café, e voltou a encher novamente sua xícara com o líquido.

– Quer saber? – Ela suspirou algumas vezes antes de voltar a se pronunciar. – Melhor eu ir embora. Você já está melhor, não precisa mais da minha ajuda.

Sakura deu as costas para o Uchiha e caminhou em passos pesados pelo quarto em direção à porta, mas logo cessou sua retirada quando sentiu uma mão segurar seu braço.

– Sakura. – Sasuke a encarava com um olhar entristecido. – Você quer mesmo ir?

– Meu deus, você está muito bêbado. – Ela rolou os olhos e riu. – Eu deveria filmar você para te zoar amanhã.

– Então você quer fazer algo para filmar? – Sasuke abriu um sorriso ladino enquanto encara Sakura, que corou de imediato com o comentário malicioso do rapaz.

– Vai à merda, Sasuke. – Ela bufou. – E eu não vou embora. Vou pegar alguma roupa sua emprestada e vou dormir no quarto ao lado. Você não está bem e não é boa coisa deixar você sozinho aqui nesse estado.

– Se quiser pode dormir aqui também ,tem muito espaço na minha cama. – Ele falou debochado, provocando uma careta na garota.

– Não, obrigada. – Ela sorriu amarelo. – Agora se me dá licença.

Sakura dirigiu-se até o closet do Uchiha e procurou por algum moletom que lhe servisse como vestido. Apanhou as peças de roupa que mais lhe agradou e rapidamente se retirou do quarto de Sasuke, deixando-o ali sozinho ainda embriagado com um sorriso satisfeito no rosto.

Ao chegar em um dos quartos de hóspedes, suspirou aliviada ao fechar a porta atrás de si. Era fato que não consideraria tudo que o rapaz havia dito por não estar em sã consciência, mas era impossível negar que toda aquela aproximação, somada as palavras maliciosas e a ausência de roupa eram uma combinação perfeita para tirar qualquer mulher da linha. E não era de hoje que o rapaz lhe provocava essas sensações estranhas.

Decidiu tomar um banho com a intenção de dispersar os pensamentos impróprios. Graças ao clima quente daquela noite, não foi difícil para Sakura encarara um banho gelado, e após fazê-lo, secou os fios curtos e se vestiu, ajeitando a cama para que finalmente pudesse dormir.

Mas isso não aconteceu. Mesmo que seu corpo estivesse cansado, ansiando por algumas horas de repouso, a mente de Sakura permanecia ligada de forma que não lhe permitia cochilar. Após mudar a posição diversas vezes, suspirou pesadamente irritadiça com aquilo. Provavelmente não conseguiria dormir tão fácil e as coisas seriam muito piores no dia seguinte, pois sempre que sua insônia atacava as dores de cabeça se faziam presentes.

Começou a pensar sobre sua vida, sobre como tudo havia mudado desde a viagem que fizera ao lado de suas amigas, das novas amizades que havia feito, além da aproximação de Sasuke e da presente participação em sua vida. Foi impossível não lembrar-se do único beijo que haviam trocado quando ainda estavam no Brasil. Sakura sorriu, sorriu porque aquela fora uma boa lembrança, mesmo que tivesse ocorrido em uma situação não tão boa, mas fora algo que havia mexido com ela e desde então não conseguia mais ver o amigo da mesma forma.

Depois do beijo, por mais que Sasuke tivesse feito insinuações aleatórias, ele nada tentou e nada aconteceu. Todas as preocupações de ambos era com a segurança de Sakura e com a ausência de Sasori em sua vida. Nunca pararam para pensar em outras coisas relacionadas que não fosse isso, e aquilo acabou decepcionando um pouco. E se para Sasuke ela fosse apenas uma pessoa que ele sentia necessidade de proteger? E se nem mesmo como uma amiga próxima ele a visse?

Foi impossível para a garota não sentir-se um pouco desanimada e insegura com toda aquela situação. Sentiu-se inferior demais para despertar o interesse de alguém como Sasuke, e mesmo que pensar sobre isso lhe deixasse bastante chateada, jamais daria o braço a torcer e não demonstraria isso para ele. Não queria dar motivos para correr o risco de virar o deboche do mês.

Afundou o rosto sobre o travesseiro para que se entregasse em mais uma tentativa falha de dormir. Sabia que já havia se passado muito tempo desde que chegaram na casa de Sasuke, mas não tinha noção de quanto tempo estava pensativa sobre sua vida e sua suposta relação com o Uchiha.

No fim, o sono foi vencido pelo cansaço. Após um longo tempo relutando para que conseguisse dormir, Sakura sentiu sua mente se desligando aos poucos, assim como suas pálpebras começavam a pesar.

Mas isso não durou muito. Enquanto começava a pegar no sono, ouviu a porta do quarto se abrindo e alguns passos que pareciam se aproximar um pouco mais da cama onde estava. Não se deu ao trabalho de abrir os olhos para descobrir se era um sonho ou não, mas sentiu-se na obrigação de despertar quando sentiu a cama se mover.

– Sakura? – A voz grave ecoou em um tom baixo. – Está dormindo?

– Sim. – Ela respondeu indiferente. – Você deveria fazer o mesmo, porra.

– Se está dormindo como consegue me responder? – Sasuke rolou os olhos e riu. – Esquece, pergunta idiota. Mas se quer saber, não consigo dormir por sua culpa. Você me entupiu de café.

– Eu te dei uma xícara, você bebeu mais porque quis. – Sakura resmungou baixo.

– Agora isso não importa mais, o que está feio, está feito. – Sasuke suspiro e deixou que seu corpo caísse sobre a cama.

– Inacreditável. – Sakura soltou uma risada debochada. – Você fica tão filosófico quando está bêbado.

– E você é sempre tão sarcástica assim?

– Na maioria das vezes que estou tentando dormir e alguém não deixa.

– E isso acontece com muita frequência? – Sasuke franziu o cenho.

– É a primeira vez, para falar a verdade. – Sakura suspirou e virou o corpo na direção do Uchiha. – O que você quer?

– Conversar. – A voz de Sasuke era quase inaudível.

– Sobre...?

– Eu estava com ciúmes. – Sasuke mostrou um bico tão fofo, que se Sakura não estivesse tão sonolenta e ao mesmo tempo tão chocada com a revelação do rapaz, teria lhe apertado nas bochechas. – Eu não gostei daquele cara com as sobrancelhas estranhas e não fiquei contente em ver vocês conversando tanto.

– E desde quando você tem que gostar de quem eu converso ou deixo de conversar? – Sakura respondeu irritadiça. – Isso não é seu problema, Sasuke.

– Me desculpe. – Ele desviou o olhar, enquanto o bico fofo permanecia ali. – Eu não consegui me controlar, eu fiquei incomodado, fiquei com medo, sei lá, foi um misto de coisas que eu não sei explicar.

– Por que você teria medo? – Sakura franziu o cenho. – Não havia com o quê se preocupar. Lee é uma pessoa agradável e educada, não havia razão para isso.

– Aposto que Sasori também era uma pessoa legal quando o conheceu.

Um silêncio se instalou pelo quarto por alguns segundos, e tudo que se conseguia ouvir era o som do ar condicionado. A ausência de vozes pelo local era algo que incomodava a ambos, mas era difícil encontrar palavras para dar continuidade aquela conversa, até que Sasuke disse o que lhe pareceu ser o mais adequado.

– Desculpe... – Ele falou baixinho. – Não deveria ter falado nisso.

– Não deveria mesmo. – Sakura suspirou pesadamente. – Mas não significa que esteja errado.

– Mas você não deve pensar no que vai acontecer futuramente quando começar a se relacionar com alguém. Você precisa ter cautela, mas não pode ser neurótica. E quem está assim sou eu, então é melhor não dar mais minha opinião.

– E quem disse que eu estou interessada no Lee? – Sakura rolou os olhos. – Eu só achei ele legal, e tivemos uma conversa interessante, nada além disso.

– Vocês pareciam estar se dando tão bem, que foi impossível não pensar... – Sasuke não foi capaz de terminar suas palavras.

– Você não tem que pensar nessas coisas. – Sakura o interrompeu. – Isso é problema meu, eu já disse.

– Você tem razão. – Sasuke respondeu de uma maneira mais fria. – Não temos absolutamente nada, não tem por que eu ficar me preocupando com a sua vida pessoal.

– Você está um bêbado muito estranho. – Sakura analisava o Uchiha que matinha a expressão emburrada, mas de uma forma muito infantil. – Aonde você quer chegar com tudo isso?

– Você quer mesmo saber? – Sasuke encarou Sakura de maneira séria. Aproximou-se um pouco mais da garota, surpreendendo-a.

– Não posso negar que estou curiosa. – Ela devolveu o olhar analítico do Uchiha.

Mais uma vez, o silêncio se fez presente no quarto. Os dois permaneceram ali por um tempo que pareceu eterno, enquanto tudo que faziam era trocar olhares, como se estivessem conversando por telepatia. Até que finalmente, Sasuke decidiu tomar uma atitude.

Ele não disse mais nada, apenas aproximou-se um pouco mais de Sakura, e selou seus lábios no dela. O beijo foi lento, caloroso e muito bem retribuído. Com o contato, ambos sentiram que desejavam aquilo da mesma forma há muito tempo. O beijo se intensificou, e o contato dos lábios apenas aumentava, assim como a sincronia dos movimentos de suas línguas, até que Sakura o afastou Sasuke de uma maneira um tanto indelicada.

– Mas o que foi isso? – Sasuke ficou um tanto perplexo com a atitude da rosada.

– Você está bêbado, então isso não é uma boa ideia. – Por mais que estivesse agindo a contragosto, a consciência de Sakura dizia que não seria certo continuar com aquilo se uma das partes não estivesse lúcida o suficiente.

– Eu estou. – Sasuke suspirou. – Mas eu já estou bastante lúcido das minhas ideias, o que significa que eu estou aqui porque eu quero estar aqui, e se eu estivesse completamente são eu jamais faria isso porque sou muito orgulhoso e você sabe disso.

– Você definitivamente ainda está muito bêbado. – Sakura não foi capaz de conter o riso.

– Então, melhor você se aproveitar de mim agora. – Ele abriu um sorriso malicioso e iniciou uma série de beijos pelo pescoço da garota.

– Eu não tenho interesse em ficar com alguém que está comigo por que está bêbado. – Sakura afastou Sasuke de seu corpo e lhe deu as costas. – Melhor eu tentar dormir, e o mesmo vale para você.

– Puta merda, Sakura. – Sasuke bufou. – Será que é tão difícil para você entender que eu quero isso são, bêbado, doente, saudável? Eu não preciso estar bêbado par querer ficar com você!

Sakura direcionou um olhar atento para Sasuke, o mesmo se aproveitou da situação para que pudesse argumentar da maneira que achasse melhor.

– Presta atenção. – Ele se aproximou um pouco mais da garota, depositando seu tosto ao lado do ombro dela, de forma que conseguisse inalar o cheiro adocicado do shampoo de morango utilizado por Sakura. – Eu gosto de você.

– Você é tão fofo. – Sakura rolou os olhos e soltou um riso. – Não esperaria menos de você.

– Eu digo que gosto de você é assim que retribui? – Sasuke voltou a fazer o bico fofo e infantil que Sakura tanto gostava. – Agora sim eu acho melhor eu sair daqui.

– Não. – A rosada segurou seu braço de forma a impedi-lo de sair.  Era óbvia a diferença absurda de força entre os dois, e se ele quisesse mesmo sair dali, como o mínimo de esforço, se soltaria, mas ele não fez nada disso. – Fique.

– Tem certeza disso? – Sasuke franziu o cenho.

– Se você não quiser, pode ir para o seu quarto. – Sakura deu de ombros, fazendo o Uchiha rolar os olhos.

– Você fala sobre mim, mas já se olhou no espelho? – Ele voltou a se deitar ao lado da garota. – Tão fria e calculista.

– Se for para me ofender também, pode sair. – Sakura fez uma careta, arrancando uma gargalhada de Sasuke.

– Você está me expulsando da minha casa? – Ele riu ainda mais ao ouvi-la resmungar alguns palavrões. – Eu não vou te ofender, vou te beijar.

E antes que ela pudesse responder, sentiu os lábios do Uchiha encontrarem os seus novamente, em um beijo intenso que exalava desejo, de ambas as partes. Antes mesmo que pudessem se dar conta do que estavam acontecendo, suas roupas já se encontravam espalhadas por todo o quarto e nenhum dos dois fazia a menor questão de abafar qualquer um dos gemidos altos que proferiram.

**

Sakura resmungou algumas palavras que nem mesmo ela fora capaz de compreender quando o clarão do dia atingiu seu rosto. Sempre gostou de passar sua noite na escuridão e dormir em um local mais claro lhe deixava incomodada.

Bufou irritada por ser acordada de forma não natural e fechou os olhos novamente na tentativa de recuperar as horas de sono que estava prestes a perder.

– Francamente, se não quer dormir ao menos faça silêncio e não atrapalhe quem quer. – A voz que ecoou próximo demais alertou Sakura para uma das milhares de coisas que se passavam sua mente.

Virou-se para o lado e viu Sasuke com uma expressão de poucos amigos lhe encarando fixamente.

– Ai meu Deus! – Sakura afundou o rosto no travesseiro ao notar que ambos estavam nus.

– Você só pode estar maluca. – Sasuke rolou os olhos. – Foi você que provocou isso tudo, e agora está se fazendo de desentendida? E olha que quem estava bêbado ontem a noite era eu.

– Eu acabei de acordar, ainda não estou assimilando as coisas direito. – Ela dizia ainda com o rosto em seu travesseiro.

– Bom, você consegue fazer isso sozinha ou precisa da minha ajuda? – Sasuke bufou. – Assim eu poderia aproveitar mais algumas horas para dormir.

– Me ajude. – Ela encarou Sasuke com um olhar piedoso, fazendo o rapaz rir. – Por mais que eu pense, o que está na minha mente parece apenas um sonho muito realista.

– Isso não é um sonho, Sakura. – Sasuke deu uma risada. – Nós fizemos tudo que você acredita que foi um sonho, e a culpa é apenas sua.

**

Apesar de as grandes cortinas bloquearem a luz do sol, uma parte da luminosidade da manhã adentrou no grande quarto de Naruto, e isso foi o suficiente para que o rapaz finalmente despertasse de seu sono. Abriu os olhos lentamente enquanto se espreguiçava sobre a cama. Aos poucos, algumas lembranças sobre a noite anterior inundaram sua mente, e logo ele imaginou que estivesse sonhando – o melhor sonho de sua vida, diga-se de passagem – e abriu um sorriso, mas um choque tomou seu corpo ao sentir que estava completamente nu e bastante “animado”. Estranhou a atitude, pois não tinha o hábito de dormir sem roupa, então o perfume que tanto amava inundou suas narinas, obrigando-o a finalmente abrir seus olhos.

Naruto então percebeu que não estava sonhando, todos os flashs da noite anterior eram reais. Hinata havia mesmo dormido ali, ao contrário seu perfume não estaria tão presente entre os lençóis de sua cama, mas o que lhe causou uma pequena apreensão foi à ausência da garota. Levantou-se rapidamente e vestiu uma cueca e uma bermuda, foi em direção ao banheiro a sua procura, mas também não a encontrou. Ao abrir a porta do quarto, sentiu um delicioso cheiro de café, então um forte alívio seguido de um sorriso satisfeito se abriu quanto a encontrou em sua cozinha.

– Bom dia. – Hinata sorriu ao ver Naruto. A garota vestia o mesmo moletom que lhe fora emprestado na noite anterior, os longos cabelos negros se faziam presos em um coque alto. Mais uma vez Naruto se perdeu admirando a beleza da garota que se fazia presente diante de seus olhos. Estava completamente maravilhado com o quão bela era Hinata. – Acordei um pouco antes de você e tomei a liberdade de preparar nosso café da manhã.

– Minha casa é a sua casa. Sinta-se a vontade para fazer o que bem desejar aqui. – Naruto caminhou em direção a Hinata, abraçando-a por trás enquanto ela preparava algo no fogão. – Eu quase tive um troço quando acordei e não vi você no quarto, pensei que havia fugido de mim. – Depositou um beijo em seu pescoço, arrancando um riso baixo na garota.

– Eu não vou a lugar nenhum. – Ele se virou na direção de Naruto, entrelaçando seus braços em volta do pescoço descoberto do rapaz. – Não depois da noite maravilhosa que tivemos. – Depositou um beijo em seus lábios.

– Quer dizer que se a noite tivesse sido ruim, você teria fugido? – Naruto franziu o cenho, arrancando uma gargalhada de Hinata.

– Francamente, não vejo como nossa noite poderia ter sido ruim. – Ela acariciou o rosto de Naruto, que se entregou por completo ao toque delicado de seus dedos. – Eu também te amo.

Os olhos de Naruto se abriram em um choque, e ao encontrar os de Hinata, seus orbes perolados transmitiam uma intensidade tão grande, que fez cada parte do corpo do rapaz estremecer. Sem dizer uma palavra, Naruto juntou Hinata ao seu corpo, iniciando um beijo intenso.

Seus lábios se moviam de maneira devoradora, e ao mesmo tempo em uma perfeita sincronia. Por mais que tivessem acabado de despertar de uma longa e intensa noite de prazer, o beijo se fazia como se houvessem anos que não se tocavam. As mãos de Naruto deslizavam de maneira devoradora pelo corpo de Hinata, e ao se posicionarem sobre suas nádegas, ergueu o corpo pequeno e leve da garota, que entendeu o recado e logo entrelaçou suas pernas na cintura de Naruto, que caminhou e depositou o corpo de Hinata sobre um dos balcões da cozinha.

Os beijos e os toques se intensificavam cada vez mais, a liberdade e a intimidade dos dois era ainda maior, e como consequência disso, já não havia mais a necessidade de se pedir autorização para que pudessem explorar o corpo um do outro. Naruto já não se segurava mais, e de acordo com seus instintos, tocava o corpo de Hinata, provocando-lhe uma excitação cada vez maior.

– As panquecas vão queimar. – Ela sussurrou entre os gemidos, enquanto ele distribuía beijos por seu pescoço.

– Não tem problema. – Ele respondeu sem cessar os toques. – Podemos fazer outra, ou apenas pedir alguma comida.  – Hinata soltou um riso baixo e apenas assentiu, dando autorização para que Naruto prosseguisse com os toques.

Então o som de um molho de chaves se chochando e girando na fechadura da porta ecoou por toda extensão da grande sala conjugada com a cozinha. Naruto cessou os toques e rolou os olhos, em seguida bufou antes de dizer.

– Eu não acredito que o Erro Sannin chegou justamente agora! – Ele fez uma careta, arrancando um riso de Hinata. – Eu pensei que esse velho fosse ficar nos EUA pelo menos mais uma semana.

– Ei, não diga isso! – Hinata deu um tapa de leve no ombro de Naruto. – Ele ter chegado é algo bom, assim você não fica tão sozinho.

– Eu sei, mas... – Naruto fez um bico. – Ele poderia ter esperado mais algumas horas para chegar, ou ao menos ter ligado, assim eu diria para ele vir mais tarde.

– Não seja assim. – Hinata ficou de pé ao lado de Naruto. – Por que não vamos até lá cumprimenta-lo? Melhor, vá na frente e eu vou vestir minhas roupas, acho que não será educado da minha parte aparecer assim na frente dele.

– Vou ser obrigado a concordar, aquele velho é um grande tarado e não é uma boa ideia se exibir assim na frente dele. – Hinata soltou um riso das palavras de Naruto, mas em uma fração de segundos, seu riso foi substituído por uma expressão séria.

Assim como Hinata, Naruto também ficou sério repentinamente. Sentiu sua pele gelar e suas mãos soarem frio. Estava visivelmente pálido e em choque, assim como Hinata e a pessoa diante de seus olhos.

Naruto estava errado quando deduziu que Jiraya havia chegado sem avisar e antes do combinado. A verdade era que, após o fim de seu relacionamento, ele se manteve tão firme no propósito de não falar com sua ex, que acabou se esquecendo de alguns pequenos detalhes importantes sobre sua antiga relação.

Shion possuía uma cópia das chaves da casa de Naruto, e por alguma razão desconhecida, havia escolhido aquela manhã para lhe fazer uma visita surpresa.


Notas Finais


O que dizer sobre esse final e esse fantasma que resolveu aparecer JUSTO agora?
Volto com todas essas explicações no próximo capítulo, daqui a 15 dias.
E como disse nas notas iniciais, caso eu consiga escrever alguns capítulos (isso também vai depender do meu tempo) nas próximas att eu já devo voltar a postar semanalmente!
Enfim, um beijo e até a próxima att :*


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