História Rewrite The Stars - Never Tear Us Apart

STORYBROOKE

Regina desembarca sem nenhuma vontade de estar nesse lugar, que lhe roubou anos de felicidade e toda sua juventude, lhe deixando uma vida cheia de segredos, mentiras e muita dor. Se tornou uma mulher totalmente diferente da menina que fora na adolescência, hoje só se recorda de dias sombrios, não via a hora de resolver tudo rapidamente e ir embora desse lugar.

- Eu amei essa cidade, é bem rústica e moderna ao mesmo tempo. - Comenta Emma á retirando de seus pensamentos.

O carro da família já estava a espera, de longe se vê o brasão da família de enfeite no carro de luxo preto. O motorista é Archie Hopper, toda sua família já havia trabalhado com os Mills, pelo visto chegou sua vez. - Bem vinda de volta senhorita Mills. - Com toda educação, ele abre a porta de trás do automóvel. Sem nenhuma palavra ou mudança de feição séria a morena entra no carro e apenas solto um longo suspiro olhando pela janela.

- Prazer, me chamo Emma Swan. - Emma cumprimenta o motorista. É... ela adora se misturar. - Archie é muito educado, a cumprimenta apertando-lhe, sem demora todos estão dentro do automóvel e seguem para a mansão Mills.
 

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O único som que se escutava era dos passáros, na cozinha um cheiro de café fresco maravilhoso, com torradas quentinhas com a manteiga derretendo dando água na boca. A mesa simples, mas bem arrumada com bolo de milho cremoso, o tal café, as torradas e suco de laranja natural.

- Nossaaa... Que cheiro maravilhoso pai. - Allison abraça a cintura do pai que estava na pia lhe dando um beijo no meio das costas, logo o soltando para se sentar.

- Tudo pro primeiro dia de residência da minha futura médica. - Robin se virá beijando a cabeça da filha, logo seca as mãos e se senta ao lado dela. - Esta ansiosa?

Ela sorri concordando com a cabeça enquanto se serve suco. - Demais, ontem foi dia de buscar o uniforme e todos estão comentando da chegada da Sra. Mills. - Allison da uma dentada na torrada olhando o pai.

- Pois é... - Robin suspira se servindo café dando de ombros tomando a xícara na mão. - Trabalhar com o Sr. Mills todos esses anos foi muito bom, espero que a filha dele seja tão agradável assim.

- Bom... - Allison leva a mão na boca engolindo o restante da torrada. - O senhor é irresistível, todo mundo trabalha bem com você. - Ela termina e toma todo suco.

- Ta puxando saco do chef é? - Robin da uma breve risada e ao levar o café na boca, faz uma careta quase cuspindo café de volta. - Droga! Acho que esse pó ta estragado.

- Podemos ir na Dinda Zelena antes de irmos para o hospital. - Allison se levanta levando a louça na pia.

- Perfeito! - Robin faz o mesmo com sua louça guardando o restante da comida. - Vamos logo porque ainda hoje tenho reunião para conhecer a nova patroa.

- Ok pai! - Allison pega sua bolsa e junto ao seu pai, seguem para o carro.
 

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Regina enfim chega em sua mansão, ao descer nota que está bem cuidada, uma coisa que sua mãe nunca foi, era ser desleixada. Escutava alguns murmúrios entre cochichos de Emma e o motorista.

- Venha logo. - Primeiras palavras ditas pela morena que entrou em sua antiga casa sendo recebida pela vovó Granny, não era vó dela, porém foi sua babá a vida toda e foi a única forma de carinho feminino que teve na casa, já que sua mãe era mais durona. - Ola vovó. 

- Ola menina, é bom ver você. Como está bonita. - A vovó lhe sorri feliz por revê-la.

- Estou... feliz, por ver você. - Regina não esboça nenhum sorriso, mas a toca no ombro afim de ser um pouco "amorosa". - Essa é

Emma, ela ficará comigo então por favor prepare um quarto de hóspedes. - Granny consente com a cabeça e sai andando com a loira faladeira.

Regina suspira fundo olhando cada canto do andar de baixo, sua mãe havia novamente reformado tudo, mas para ela tudo estava igual, seguiu para o quarto no fim do corredor em passos curtos onde escutava-se o bipe dos aparelhos médicos.

- Ela logo vai chegar aqui... - Comentava Cora olhando o jardim dos fundos pela janela.

- Ela nem devia voltar, o Rob...

- Ele não é mais que um funcionário Henry. - Cora corta grosseiramente o marido. - Ela é sua única herdeira, e o que aconteceu anos atrás ficou no passado, ela nem deve se lembrar.

- É porque só se lembra aquele que apanhou não é mamãe? - Regina diz com tom calmo, porém de forma irônica.

- Oh! Minha menina. - Henry sorry e com dificuldade ergue a mão em direção a filha que a agarra se sentando frente ao pai numa cadeira que estava perto da cama. - Fez boa viagem?

- Sim pai! O que aconteceu com o senhor? - Regina acaricia a mão do seu velho pai, ficou tanto tempo sem vê-lo que não se deu conta de como estava velho.

- Enfarte! - Cora responde andando perto do pé da cama com os braços cruzados. - O coração do seu pai está instável e ironicamente um dono de hospital, odeia hospitais.

Regina o olhou com ternura, ele sempre foi um bom pai, não fora presente, mas por sua vez, sempre a tratou com amor e carinho, agora era sua vez de retribuir. - Não se preocupe com o hospital papai, eu voltei para cuidar de tudo até você se sentir melhor. O senhor sempre trabalhou duro e agora que é um dos maiores hospitais do Canadá não vou deixar cair anos de dedicação.

Henry sorri emocionado com as palavras da filha. - Obrigado filha, sei que está em boas mãos, o médico que ficou resolvendo tudo na minha ausência é muito bom também, vocês vão se dar bem.

- Eu vou conhece-lo, já marquei uma reunião para hoje. - Regina se levanta soltando aos poucos a mão do pai, seu olhar encontra o olhar orgulhoso da mãe. - Minha amiga Emma veio comigo, é ótima médica e vai trabalhar comigo também. Agora eu preciso ir, marquei cedo essa reunião, quanto mais cedo me livro disso, mais cedo retorno, tomo um banho e descanso.

- Faça como achar melhor. - Cora responde com um tom de voz suave cheio de orgulho da filha.

Regina volta olhar seu pai e esboça uma breve sorriso apertando brevemente seu braço, ela o solta e sai do quarto, percebeu então, que nem ela e nem a mãe fizeram questão de um abraço, mas sempre foi assim a relação das duas, ela sabia que a mãe lhe amava e tinha extremo orgulho, o que já era muito em relação a meia irmã mais velha Zelena, na qual a mãe nem mencionava.

- Seu quarto de hóspedes é lindo, mas eu prefiro mesmo ir para um hotel. - Diz Emma descendo as escadas se encontrando com Regina que parava frente a porta. - Vou estar mais perto do centro.

- Faça como quiser. - Regina sai andando na frente seguindo até o carro. - Eu não faço questão nenhuma de sair de casa, eu realmente odeio esse lugar. - A morena desabafa sendo seguida por Emma. - Archie não retire as malas da senhorita Swan do carro, ela vai ficar em alguma pocilga para se misturar com o povo, já as minhas você retira quando voltarmos do hospital.

Emma deu uma breve risada tocando no ombro da amiga. - Você precisa se divertir mais sabia, sou sua única amiga Regina, nem eu sei como consegui esse feito, a coração negro ai precisa urgentemente de um namorado. - Emma apoia a mão na porta do carro aberta olhando a amiga.

Regina suspira fundo olhando todo jardim da frente de casa, voltando seu olhar para Emma. - Sabe porque sou sua amiga? - Regina a observa dar de ombros. - Eu também não sei, mas sou, quer continuar sendo? Guarde seus conselhos amorosos somente pra você. - Regina franze o cenho e abre a porta da frente, ela se senta e bate a porta com toda força.

Emma revira os olhos e diz entrando no automóvel: - Ok, mas eu quero um café de cidade, aqueles de maquininha, Archie nos leva no melhor que tiver.

O motorista segue rumo ao centro da cidade por um atalho pela estrada de terra.
 

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GREEN WITCH'S BAR

Zelena estava corrida naquela manhã recebendo suas mercadorias, seu bar era sempre lotado, pela manhã servia os melhores cafés, rosquinhas, panquecas... Os mais divinos pratos. Pela tarde era o almoço sensação da região, quanto a noite, era tomado por shows ao vivo, tequila e muita diversão, um local nada tradicional assim como a dona. - Eu vou lá atrás receber as bebidas você vai atendendo o pessoal tá Mulan?

- Sim senhora. 

- Zelena, pelo amor de Deus me fez ter uns 50 anos agora. - Zelena saiu rindo para trás do bar.

Regina entrou com Emma instante depois reparando no local um pouco cheio, era arrumado e bem decorado, super limpo e grande pra um bar. De fundo se ouvia a música "Never tear us apart" tocando numa vitrola. - Emma vamos pegar o café e sair daqui.

- Você tem alergia a pessoas? - Brincou a loira.

- Me irritam só isso. - Regina se aproximou do balcão e esperou Mulan vir até ela, o que nao demorou. 

- Bem vindo ao Green witch's bar, em que posso ajudar?

- Um capuccino com bastante creme por favor. - Emma pediu animada.

- Um café preto sem açúcar por favor. 

- E sem vida também. - Debochou Emma levando uma revirada de olhos da amiga.

Mulan era ágil, trabalhava no bar havia quase um ano, fazia os melhores cafés e drinks da região, rapidamente preparou os pedidos e as entregou. Regina retirou sua carteira da bolsa pagando a moça e sem demora foi se retirando do local com Emma pegando seu celular do bolso verificando suas mensagens.

- Vai ter show ao vivo aqui hoje, podíamos vir. - Emma comentou andando pela cansada olhando o cartaz do bar grudado na vitrine.

Regina trabalhava somente com sua audição ouvindo as besteiras de Emma e a música de fundo um pouco alta que vinha do bar, já que a visão estava toda nos emails em seu celular. - Ah! - Diz num tom de escárnio. - Claro que vamos... Nao seja ridícula Emma você diz ca...
Uma trombada forte faz Regina bater em algo firme derrubando todo seu café, como estava com braço de lado não se sujou muito, porém o homem da frente teve sua blusa toda manchada. - Mierda! - Regina sempre mudava o idioma quando ficava nervosa ou extremamente brava.

- Eu sinto mu...

- Idiota... - Disse em alto e bom som de olhar baixo mexendo a mão preguenta de café.

- Como é que é? - A voz do homem soou incrédulo.

- Você além de cego é surdo? - Regina recebe de Emma um papel que a loira retirou de sua bolsa. - 

- Mas essa é boa... eu até ia me desculpar, mas foi a senhora quem jogou café quente em mim e nem teve a decência de se desculpar. - Retrucou o homem.

 Regina esboçou um sorriso de desdém ainda limpando seus dedos, a morena tinha ranço de ficar suja. - Olha aqui... - Finalmente ela levantou o olhar, e percebeu na hora que devia ficar de cabeça baixa. O homem era lindo, loiro com alguns grisalhos que o deixavam charmoso, olhos azuis da cor do mar, a camisa definia bem seus músculos, ainda mais molhada do café, uma boca perfeita que ela não conseguia tirar os olhos.

Ele não fez diferente, que mulher bela. O cheiro do cabelo dela infiltrou suas narinas numa fragância quase que hipnotizante, olhos negros vibrantes, uma boca carnuda levando um batom vermelho lindo, ainda mais charmosa com aquela cicatriz. Sua postura se desarmou na hora em que seus olhos se cruzaram.

O tranze da morena foi cortado quando seu celular vibrou com mais uma mensagem da secretária: - Droga, vou me atrasar, sorte sua não ter sujado a minha roupa. - Regina passa por ele jogando copo vazio no lixo. - Vamos Emma. - A morena sai apressada até seu carro estacionado de costas.

- Desculpa minha amiga, ela geralmente... é bem pior. - Emma ri brevemente batendo leve no ombro dele.

- Só diga a ela... PARA TER MAIS CUIDADO. - Diz em alto e bom som para a morena que escuta e entra no carro batendo a porta. Logo Emma entra junto e assim seguem viagem.

- Que foi isso pai? - Allison chega atrás do pai com uma sacola nas mãos. - Eu vou no mercado e em minutos você se suja assim?

- Ah foi uma maluca, nem vou tomar café preciso ir pro hospital tomar um banho e trocar essa roupa, por sorte sempre deixo uma lá de reserva, vamos? Conheço um atalho. - Allison concorda com o pai e juntos seguem pro carro sem perder tempo.

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STORYBROOKE MEDICAL CENTER

Todos os chefes de setores já estão na sala de reunião quando Robin, chega sem camisa.

- Que diabos aconteceu com você? - Killian da risada do amigo.

- Uma maluca derrubou café em mim, nem se dignou a pedir desculpas, por sorte a diretora não chegou antes de mim, tomei um banho rápido e to esperando a Bella trazer minha blusa. - Responde Robin que passa a mão no cabelo enquanto ajeita seu relógio.

- Que situação ein meu amigo, sorte sua que todos aqui somos seus amigos. - Responde David tocando no ombro do amigo se sentando em seguida.

- Toma um café, não é como o da Z, mas é o da nossa máquina e não ta tão ruim. - Mary entrega o copo a Robin e se senta ao lado do marido David.

Robin vira tudo quase num gole só jogando o copo no lixo. Bella entra correndo na sala entregando a camisa passada pro irmão. - Aqui e vai logo porque ela já chegou aqui.

- Obrigado mana, tenta segurar ela o máximo que puder. 

- Ok. - Bella sai correndo da sala e da de cara com Regina saindo do elevador. A reconheceu de imediato, pois ambas estavam trocando mensagens sobre o hospital desde que a morena chegou e o RH passou o contato da secretária a ela.

- Bom dia. - Disse a morena sendo seguida por Emma até a entrada da sala, mesmo não estando ali todos esses anos, conhecia o hospital com a palma da mão, afinal, ela era a chefe. 

- B-Bom dia senhorita Mills. - Belle parou frente a porta. - Todos estão ansiosos com a sua chegada e...

- Sai da minha frente, meu tempo é valioso. - Ela gesticula com a mão para que Belle saia da frente, o que a mesma faz, não sem antes dar dois soquinhos na porta.

Regina estranha o comportamento da secretária e suspira fundo, que manhã corrida, agitada, tempestuosa e estranha ela estava tendo, seria possível piorar? Ao por a mão na maçaneta para empurrar, alguém no mesmo instante a puxou fazendo a morena usar a mão na primeira firmeza a sua frente, o peitoral definido foi o destino encontrado. Sentiu no mesmo instante duas mãos em sua cintura a segurando com firmeza. Ao ergue sua cabeça não podia acreditar... Aquele homem novamente? O mesmo do bar a quem ela deu um banho de café.

Sabia que devia sair dali, que devia soltar dele, seus lábios abriram mas nenhum som saiu, ele a olhava tão perto que seus olhos não sabiam se olhavam aqueles belos olhos negros ou aquela boca carnuda, ambas as respirações se alteraram tão profundamente que ambos se ouviam respirar, sensação que levou a morena engolir seco, uma sensação que ela não sentia a muito tempo...