Reino de Áquila
O reino amanhecia ensolarado com poucas nuvens, um otimo dia para se passear pelos campos floridos.
Como em mais uma noite o rei não havia dormido no castelo.
A rainha Charlotte nunca se acostumou com tamanho desrespeito, mas agora ela não se importava tanto quanto antes.
Ela começou a focar a sua atenção a coisas realmente importantes, como os seus filhos e seu reino.
É a rainha, que leva o reino praticamente nas costas enquanto seu marido leva a fama e uma vida devassa.
Neste momento o rei estava acordando na cama de sua amante, vulgo Alice Prado, uma conjuradora do fogo, a garota infelizmente é muito bonita e aparenta ter menos idade do que realmente tem.
- Você entendeu o que deve fazer?- Perguntou o rei se vestindo.
- Entendi ''Vossa Majestade'', devo ir ao reino ''vizinho'' e tentar encontrar a princesa.
- E depois?
- Mata-la.
- Muito bem, enquanto esta garota estiver viva Simon não vai conseguir dominar os poderes por completo, e se ele não conseguir que o anel de Áquila se transforme no cajado, todos saberão a verdade, que a garota sobreviveu.
Depois de se vestir o rei partiu para para o castelo.
A familia O'Connel é formada pelo rei Michael, a rainha Charlotte, o principe herdeiro Simon que atualmente esta casado com Chloé que é uma conjuradora da água, e Hugo que se casou a pouco tempo com Dominique que também é uma conjuradora da água. Os demais são conjuradores do Sol reluzente. Nessa familia ainda existe a princesa, a primeira filha do casal, mas devido a complicações no parto, a garotinha veio a morrer, pelo menos é isso que se conta.
A rainha se sente culpada pelo ocorrido, se culpa por não ter conseguido deixar sua filha viva.
- Vamos Simon, voce consegue.- Falou Charlotte incentivando o filho a criar uma esfera de luz e fogo.
- Mãe estamos sentados aqui a um bom tempo e tudo que consigo fazer é criar uma simples esfera de luz. Já pensou que eu posso não ser o primogenito? e que minha irmã pode estar viva?
- Meu querido, é muito importante ter foco, por isso estamos aqui sentados tentando criar coisas com os nossos poderes através da mente. E sobre sua irmã, eu penso nela todos os dias, como ela seria hoje em dia. - Ela falou triste, quase chorando.
Simon se levantou e foi de encontro com a mãe e lhe deu um abraço. No exato momento o rei entrou na sala.
- É por isso que voce não se desenvolve, fica se escondendo atras da saia da mamãe.- Simon se desvenciliou da mãe e ficou de pé
- Não fale assim com ele Michael.- Disse Charlotte pondo-se de pé.
- Não precisa se preocupar mãe, já me acostumei ao desprezo do meu pai.
- Não se preocupe, logo logo você será meu motivo de orgulho.
Depois de Simon sair Charlotte começou perguntando:
- Que história é essa do Simon virar seu motivo de orgulho?
- Você sempre fala que eu devo ser mais atencioso com eles e quando sou você reclama deveria se decidir. - Falou ficando de frente com a esposa.
- Você sempre faz as coisas de caso pensado.
- Existe outro modo de fazer as coisas?!- Já estava com uma curta distancia entre eles.
- Vi que chamou uma nova bruxa, você não tem piedade das bruxas tão pouco da pessoa que esta a aprisionar os poderes.- Falou ficando um pouco mais distante do marido.
- Não se preocupe com tanto, é uma pessoa que não merece nem o ar que respira.
- Eu já falei e irei falar novamente, se essa suposta pessoa for um filho seu, mesmo que seja bastardo, eu o aceitarei, e ajudarei a controlar os poderes. Eu sei como é dificil ter os poderes aprisionados, e passar uma semana inteira sentindo os danos colaterais.
- Voce é um anjo, eu tenho plena consciência que não te mereço, e nunca irei merecer, mas quero que saiba que eu te admiro muito como rainha.- Falou lhe dando um beijo depois com as mãos nas bochechas dela ele continuou- Mas, eu não tenho um filho bastardo tão pouco aguentaria uma filha mulher.
Charlotte deu um tapa na cara do rei. Ele apenas colocou a mão no local e sorriu sarcastico.
- Se um dia eu descobrir que você escondeu ou matou a minha filha eu lhe matarei com minhas proprias mãos.- Ela ia saindo e voltou e concluiu- O mesmo digo se você se quer machucar os meus filhos.
Ela saiu e deixou seu marido na sala sozinho.
Já de noite ele resolveu que dormiria em casa, então ele ficou a vagar pelo escritório enquanto a esposa terminava de se aprontar para dormir.
No quarto Maria Martini,uma dominadora da terra, a empregada pessoal da rainha ajudava a mesma a pentear seus logos cabelos castanho claro.
- Vossa majestade, se me permite perguntar, para que serve essas bruxas que o rei contrata todos os anos? E por que elas morrem logo depois de terminar o feitiço? Elas não duram nem uma semana.- Perguntou Maria curiosa. Maria era descendente do reino de Monteriggoni.
- Não tem problema perguntar Maria, elas servem para conjurar um feitiço de magia negra. Basicamente, a bruxa passa uma semana trancafiando o poder de alguém. Pelo menos nesse caso é para isso que serve a bruxa, mas é claro que elas tem outras utilidades. Elas morrem em simbolo de sacrificio assim que o feitiço acaba.
Não entendo essas pessoas abominam as bruxas, mas quando precisam são as primeiras a serem chamadas.
- Em quem o rei faz isso?- Pelo visto Maria acordou inspirada hoje.
- Infelizmente eu não sei.- Respondeu a rainha tranquila.
- Corre risco de ser a princesa ou um filho bastardo com o poder de vocês ?
-Não pode ser um filho bastardo porque teria que ser nosso filho pra garantir os poderes do Sol, enquanto a minha filha, prefiro pensar que ele não iria tão longe.
- Como assim o poder do Sol? É o que o principe Simon tanto pratica?
- Sim, é ele. O poder do Sol Reluzente. Como é muito dificio achar alguém com o mesmo poder, pois é um poder raro, acharam que seria melhor quando não achasse alguém igual achasse um parecido, que seria um conjurador do fogo, começou com a minha avó, dai por diante.
- Mas os principes não se casaram com conjuradoras do Sol.
- Eu prefiro que eles sejam felizes a seguir uma linhagem, eles se escolheram, o amor venceu.
Depois de muitas perguntas impertinentes, Maria se foi. A rainha já pronta para dormir ia se deitar quando o marido chegou. Eles dormiram juntos, como um casal. Ela o amava e isso talvez fosse a sua ruina.
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