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  3. Capítulo 3

História Rewriting the stars - Capítulo 3


Escrita por: FuckingSwen

Notas do Autor


Olá! Eu demorei, mas voltei ehehehe
Bom, este é o ultimo cap e quero agradecer a quem favoritou, comentou e se divertiu com a história, significa muito para mim!
Espero que gostem desse cap!

Boa leitura!

Capítulo 3 - Capítulo 3


EMMA’S POV

Regina me levou para o calabouço há alguns minutos apenas para bancar a farsa que estávamos mantendo depois do que tínhamos feito. Certamente que ela tinha uma reputação a zelar e eu claramente não queria lidar com nada disso nesse momento, eu ainda tinha que salvar o relacionamento dos meus pais e isso era problema o suficiente para minha cabeça. Disfarçadamente, ela deixou uma chave comigo, uma que abriria o cadeado da cela e então eu poderia partir.

Mesmo que sabendo que tinha que voltar, uma parte de mim queria ficar. Era como se eu tivesse que me despedir realmente dela e enfrentar algo totalmente desconhecido quando eu voltasse e, sinceramente, eu não sei se eu estou pronta para isso, para ver ela escolhendo outro, para ver ela seguindo em frente e não se importar com tudo o que aconteceu conosco aqui. Me partiria em milhões de pedaços e eu não poderia sequer demonstrar ou chorar.

Ao olhar para o lado, percebi que havia outra mulher na cela e ela parecia cansada e assustada. Ela queria fugir dali, queria encontrar o marido e queria encontrar o filho, no entanto não sabia mais se eles estavam vivos. Eu não podia a deixar ali, não podia deixar que ela fosse executada por um motivo banal. Foi então que Regina retornou até a cela, no calabouço do castelo.

─ O caminho está livre e você já pode partir ─ sua voz transparecia um pouco da sua tristeza, mas ela não perdia a compostura.

─ Tudo bem ─ suspirei e segurei em sua mão, sem me importar com a moça ao lado que nos encarava sem entender ─ posso levar ela comigo? ─ apontei para a moça e a rainha franziu o cenho.

─ Porque quer levar ela contigo? Ela nem é importante ─ comentou desdenhando ─ e não posso deixar que ela pense que a rainha amoleceu...

─ Eu dou um jeito nisso, prometo a você ─ segurei mais firme em sua mão.

─ Tudo bem então, mas quero dizer que caso eu cruze com ela novamente na floresta, não prometo que vou manter sua vida…

─ Pode confiar em mim, eu não vou deixar ela abrir o bico ─ sorri e ela suspirou de forma triste.

─ Acho que você deve ir ─ enfim falou ─ devem estar esperando por você.

─ Ei, eu vou dar um jeito de te encontrar e voltar, tudo bem?

─ Não prometa o que não pode cumprir, Emma.

─ Eu não estou prometendo, eu estou cumprindo a partir de agora o que estou dizendo ─ sem mais delongas, eu a beijei rapidamente e chamei a moça para partir comigo. Regina sumiu em sua fumaça roxa.

Corri sem olhar para frente e com a mente totalmente em confusão.

─ Swan, o que está fazendo? ─ Killian resmungou após trombarmos fortemente e cairmos no chão.

─ Eu estou me salvando, oras ─ respondi irritada.

─ Você está é me impedindo de fazer um resgate belíssimo ─ confessou.

─ Eu não preciso de ninguém para me salvar, Killian.

Voltamos a correr para fora do castelo, mas então tudo desandou e da pior forma possível.

***

Voltamos para Storybrooke como se nada tivesse acontecido. Mas aconteceram muitas coisas que me fizeram repensar sobre tudo o que eu realmente achava sobre cada um ali. Regina tinha tanto ódio pela minha mãe que foi capaz de matá-la na minha frente, na verdade, ela não sabia que ela era minha mãe, não sabia também que eu estava assistindo e minha mãe não morreu de verdade, ela conseguiu escapar usando um pó de fada e se transformando em inseto.

Sendo realmente sincera, vê-la ali queimando na fogueira, sem eu poder fazer nada e pensando na possibilidade de nunca mais a encontrar, partiu meu coração de uma forma irrevogavelmente dolorosa. Isso me fez pensar apenas no fato de que eu a amava tanto que nem me dava conta disso, eu percebi que eu queria estar com ela, com meu pai, com meu irmão e com a minha família. Principalmente com Regina.

Antes de irmos embora, a mulher que eu trouxe comigo deu um pouco de problema, mas nada que um soco não tenha resolvido. Killian estava mais estranho do que nunca e me olhava de forma intensa e descabida. Eu sabia que ele estava apaixonado por mim, sabia que ele queria algo sério, todavia eu jamais conseguiria passar de alguns beijos com ele e agora muito menos. Depois de beijar Regina, de saber o que ele realmente era e de ver que ele não aceitava a mulher que também era mãe do meu filho, eu realmente não queria o ter por perto, porém tentaria passar isso de forma mais calma e branda, afinal eu não o queria machucar.

─ Você pode olhar essa louca enquanto eu vou até o Granny’s? ─ perguntei ao Killian quando caímos no chão, novamente, após atravessarmos o portal.

─ Espera, Swan ─ ele segurou em meu braço ─ você vai mesmo ir embora?

─ Não ─ respondi sorrindo ─, mas eu preciso falar com meus pais e preciso mostrar o livro a eles ─ indiquei o livro "Once Upon a Time" que continuava em meus braços.

─ Vai ser interessante eles verem que você pode acompanhar tudo de perto e que inclusive ajudou sua mãe a roubar o anel ─ comentou rindo e eu concordei.

─ Um anel com uma história e tanto, não acha?

─ Você nem sabe, mas seu pai disse que existe uma profecia nesse anel que sua mãe usa ─ Killian sorriu, porém eu franzi o cenho sem entender.

─ Como assim? Que profecia? ─ perguntei.

─ Ele disse que sua avó quem entregou esse anel a ele há tempos atrás, mas que ele sempre leva a pessoa ao seu verdadeiro amor ─ comentou ─ o anel sempre vai te mostrar a pessoa que você realmente ama. Não acha isso interessante?

─ Espera… o quê?

─ Quando sua mãe roubou o anel, ele a levou a encontrar seu pai ─ ele me explicou ─ talvez o anel tenha até levado ao seu amor verdadeiro também, afinal você estava com ele… ─ eu sabia o que ele queria dizer. Mas Killian não era meu amor verdadeiro.

Não respondi e voltei a andar, sem me importar com Killian. A única coisa que me veio a cabeça foi: assim que eu encontrei o anel, assim que eu coloquei minhas mãos nele, eu encontrei Regina. Eu a vi na minha frente e ele estava comigo quanto nós nos beijamos naquele momento. Espera, isso não pode significar o que eu estou pensado, pode? O anel não poderia me mostrar que ela era realmente meu amor verdadeiro? Minha cabeça latejou ao processar tantas perguntas ao mesmo tempo. Droga, eu não posso deixar isso assim.

Regina não pode ser o meu amor verdadeiro, por mais que o anel tenha feito eu me encontrar com ela naquela noite, por mais que essa profecia seja real…Mas e se for?

─ Eu preciso ir, Killian ─ comentei antes de começar a correr, me desvencilhando se sua mão.

Espero que Regina não esteja no Granny’s e que caso esteja, que Robin não esteja lá. Eu não saberia olhar em seus olhos e não me lembrar dos seus lábios nos meus, do seu corpo suado me abraçando e de suas palavras. Aquele olhar, aquele sorriso e tudo nela me faziam viajar, em poucos segundos, para o meu paraíso particular na terra. Eu não podia deixar ela saber que o anel, de certa forma, tinha algo a ver com tudo aquilo.

Corri até a lanchonete, onde eu sabia que meus pais estariam junto com Henry, e apenas ouvi Killian correndo atrás de mim com dificuldade por estar puxando a mulher estranha com ele. Entrei bufando e exasperada dentro do local e busquei pelos meus pais. Quando os encontrei, fiz a primeira coisa que me deu vontade.

Eu os abracei.

─ Filha! ─ meu pai me puxou para os seus braços, com todo cuidado, como sempre e beijou meus cabelos.

─ Onde você estava? Estávamos preocupados ─ minha mãe comentou sorrindo.

─ Eu amo vocês ─ falei rapidamente e eles se espantaram ─ eu só queria que vocês soubessem…

─ Nós também te amamos, Emma ─ meu pai respondeu sorrindo e minha mãe repetiu sua fala.

O mais tinha doído em mim, além de ter visto minha mãe quase morrer e ter que deixar Regina, sem saber se eu teria a chance de ficar com ela, foi o fato de que, quando eu vi que Branca estava viva, eu a abracei e ela não me reconheceu. Claro, ela não sabia que eu era sua filha e que tinha vindo do futuro, mas mesmo assim, a dor de ver em seus olhos que ela não me conhecia, não me amava e nem sequer se importava comigo doeu mais do que eu posso descrever.

─ Mãe ─ Henry me abraçou por detrás e eu o puxei para mim.

─ Ei, garoto ─ o apertei ─ senti sua falta.

─ Você ficou fora por apenas algumas horas ─ debochou. Eu amava esse garoto demais.

Observei Regina sentada perto do balcão e ela estava linda como sempre. Seu terno cinza estava impecável, seu cabelo bem escovado e seu batom vermelho intacto, muito diferente da Floresta Encantada, onde seus cabelos ondulados iam até a cintura e seus vestidos perfeitos apertavam suas curvas bem delineadas. Porém, nada disso diminuía sua beleza, nada disso a fazia ser menos do que ela havia se tornado. Ela sempre seria apenas Regina, para mim, independente de título ou aparência.

Deixei meus pais com Henry e caminhei até ela. No entanto, o pior aconteceu. A mulher que eu havia trazido comigo, entrou no Granny’s junto com Killian e, mais do que isso, ela olhou diretamente para Robin Hood, que estava com Roland em uma das mesas. Eles se conheciam e pior que isso, ela era mãe do menino e esposa do ladrão. O olhar da prefeita veio intenso na minha direção e ela estava, ao mesmo tempo, brava e decepcionada.

“Você é exatamente como sua mãe: nunca pensando nas consequências de seus atos”. Essas foram as palavras que fizeram meu mundo ruir em segundos.

***

Após vê-la sair do Granny’s, eu a segui até a prefeitura e cá estava eu, há meia hora tentando convencê-la de que eu não fazia ideia de que isso poderia ter acontecido. Eu ouvia seu choro do outro lado da porta, ouvia ela soluçar e meu coração se partir em um novo pedaço a cada vez que eu a ouvia suspirar. Como eu podia ter feito aquilo? Como eu podia ser tão burra? Droga, Emma! Porque você não consegue fazer as coisas direito e não interferir no que não é da sua conta? Merda!

Sentei do lado de fora da sala e me encostei na porta, cansada de tentar fazer Regina abrir a porta. O livro ainda continuava comigo e ainda continha a história dos meus pais, só que agora eu estava nele. Folheei o livro e encontrei eu e Killian desenhados ali, dançando no baile e sorrindo. Encontrei também eu vestida de camponesa, encontrei Regina vestida de rainha e… espera!

Meus olhos se arregalaram para aquela cena que estava desenhada na folha: era eu e Regina na taverna. Eu e ela, eu e ela conversando e rindo. Como? Folheei mais algumas páginas e encontrei um desenho meu ajoelhada ao chão, segurando o anel de pedra verde e apontando ele para a rainha, para Regina. E mais do que isso, encontrei nós duas no calabouço do seu castelo, eu, ela e Marian, esposa do tal ladrão de galinhas. Me lembrei desse exato momento e logo a resposta veio na minha mente: ela tinha permitido que eu levasse a mulher comigo.

Bingo!

─ Regina… ─ bati novamente na porta, ainda ajoelhada no chão.

─ Vá embora, Swan.

─ Eu preciso te mostrar algo, é realmente importante ─ ela suspirou do outro lado e soluçou.

─ Me deixe em paz, vá embora ─ ela estava sentada com as costas na porta, do outro lado.

─ Me dê essa última chance, por favor… ─ suspirei ─ depois disso, se quiser, eu vou embora… eu ─ bufei ao pensar nessa possibilidade ─ eu vou embora de Storybrooke…

Ouvi então o click da fechadura. Ela a tinha destrancado.

Entrei sorrateiramente e a encontrei sentada no sofá de tecido cinza. Porque ela tinha que ser tão linda?

─ O que quer? ─ ela não me olhou. Seu rosto estava manchado pelas lágrimas e eu podia ver que seus olhos estavam vermelhos.

─ Bom… ─ comecei. Caminhei até o seu lado e me sentei ─ quero que veja isto ─ abri o livro e mostrei a ela a taverna.

─ O que quer com isto? ─ ela bufou ainda sem paciência.

─ Olhe bem para essa imagem ─ apontei para a rainha que entrava na taverna.

─ Essa sou eu, mas o que isso tem a ver, senhorita Swan? ─ virei mais uma folha.

─ Você encontrou essa camponesa na taverna e olhe, você beberam juntas, conversaram e riram ─ comentei como se contasse uma história ─ essa camponesa sou eu, Regina…

Como se finalmente entendesse, Regina tomou o livro de minhas mãos e começou a passar as folhas. Lá estávamos eu e ela na taverna, eu e ela no castelo de Midas, eu e ela em seu castelo ─ óbvio que não documentaram nossa noite de sexo e eu fico bem feliz e aliviada com isso ─ e também tinha eu apontando o anel para ela, eu e ela em frente a cela, no local onde ela havia me permitido levar Marian comigo e onde eu, claramente dizia: “eu vou te encontrar, eu vou dar um jeito de voltar para você”. Havia uma imagem que eu ainda não tinha visto, na última folha daquela história.

Eu e Regina nos beijando. O nosso beijo estava ali, desenhado e documentado. Ela então me encarou.

─ Emma, o que significa isso? ─ seus olhos então encontraram os meus. Respirei fundo e tomei a coragem que eu não tinha.

─ Eu acabei caindo acidentalmente no portal do tempo da Zelena e fui parar na Floresta Encantada. Lá eu acabei fazendo merda, como eu sempre faço, mas você me conhece, sabe que se eu não fizer nenhuma cagada, não sou eu e juro que tentei não fazer nada, mas não…

─ Emma, respira ─ ela fechou minha boca com a mão e me encarou ─ eu sei que isso pode ter acontecido, porém não é desse fato que estou perguntando.

─ Não? ─ perguntei com a voz abafada pelos seus dedos.

─ Não, Swan… ─ ela suspirou ─ quero saber sobre esse beijo. Porque me beijou? E porque eu, como rainha má, deixei isso acontecer?

─ Aí você já quer demais, eu não sei o que se passou na sua cabeça naquela hora e não sei porque alguém como você, sendo rainha, prefeita, cozinheira ou o diabo que for, iria querer beijar alguém como eu ─ bufei ─, mas a verdade é que eu, Emma Swan, iria querer beijar qualquer versão de você. Fosse na Floresta Encantada, em Storybrooke ou até mesmo aqui, na prefeitura…

Os segundo mais longos de silêncio se passaram. Eu podia jurar que tinha durado anos e não quatro segundos.

─ Emma…

─ Não, deixa eu terminar, já que comecei ─ bufei e passei as mãos pelos meus cabelos. Me pus de pé e comecei a andar de um lado para o outro ─ desde que eu pisei os pés nessa cidade, eu tenho estado com você na minha cabeça. No início, eu não sabia o porquê, não sabia o que isso significava. Eu odiava você, de certa forma, e você me odiava, você era a rainha má para todo mundo, a mulher que acabou com a felicidade de todos, mas não para mim. Para mim você sempre foi apenas a Regina, a prefeita arrogante, incrivelmente sexy, inteligente e prepotente que eu aprendi a amar, que eu aprendi a respeitar e a aceitar ─ suspirei ─ eu tentei me apaixonar pelo Killian, pelo Graham, até tentei resgatar o amor que eu sentia pelo Neal, mesmo que eu nem saiba em que caralho de lugar ele esteja agora…

─ Emma…

─ Eu tentei Regina, eu tentei até mentir para mim mesma, dizendo que isso que eu sentia era mentira, que era engano e que nunca iria dar em nada. Eu estou tão confusa, preocupada e até com vergonha de estar aqui falando esse monte de besteira, mesmo sabendo que você vai me achar louca, pirada e que vai me dizer que ama o ladrão que mora no mato e nem deve tomar banho direito. Eu acabei destruindo tudo de novo, arruinei sua chance de um novo final feliz e me sinto um lixo nesse momento. Prometo que eu vou consertar tudo, eu… ─ Regina novamente tapou minha boca com a mão. Seu rosto estava consideravelmente próximo ao meu e eu pude sentir meu coração descompassar nas batidas.

Eu sou muito trouxa, muito mole. Como que ela tinha tanto domínio assim sobre o meu corpo? E seu perfume é maravilhoso, por sinal…

─ Da para você calar a boca? ─ ela me encarou e eu assenti ─ ótimo.

─ Regina…

─ Achei que ia calar a boca.

─ Desculpe, não está mais aqui quem falou.

─ Emma, eu estou chateada sim e triste. Eu pensei que estava começando do zero novamente, que eu poderia amar outra pessoa, porque machucava muito eu amar você e não poder dizer nada, afinal você era uma pessoa inacessível para mim, alguém que eu não deveria amar, alguém por quem eu jamais deveria ter me apaixonado. Afinal, quem aceitaria a rainha má apaixonada pela filha de sua ex maior inimiga? Quem iria aceitar que eu estaria me apaixonando por você? Quem, me diz?

─ Eu aceitaria numa boa.

─ Você era algo proibido para mim, Swan ─ ela confessou ─ eu não amo Robin, não tive tempo suficiente para desenvolver esse sentimento por ele ainda, mas acho que não terei mais…

─ Me perdoa, eu…

Ela então segurou em minhas mãos e sorriu. Porque eu a amava tanto, céus? Tudo nela fazia meu estômago remexer e meu coração correr dentro do meu peito. Por mais que ela me considerasse algo impossível, eu sempre a encarei como uma pessoa proibida para mim, como um amor platônico que jamais iria se realizar. E cá estávamos nós duas, dizendo que nos amávamos e que estávamos desistindo uma da outra apenas por medo. Não, eu não a perderia, não deixaria isso acontecer.

─ Eu prometi a uma rainha que voltaria e que a encontraria ─ segurei seu rosto em minhas mãos ─ e uma profecia me disse que ela era meu amor verdadeiro, mas quer saber de uma coisa? Eu pouco me importo com o que dizem, pouco me importo com o que uma profecia diz ou não sobre amor. Eu tenho você aqui e eu vejo tudo o que eu sou e sinto nos seus olhos. Não vou deixar você escapar.

Então eu a beijei, eu ainda segurava seu rosto nas minhas mãos, mas subitamente, ela se afastou de mim e seus olhos pareciam ter visto algo.

─ Eu… ─ ela encostou os dedos nos lábio e me encarou ─ eu me lembro…

─ Se lembra de quê?

─ De tudo, Emma. Me lembro da sua roupa na taverna, do seu vestido vermelho, do seu abraço, da sua mão segurando a minha, do cheiro doce do seu cabelo e… ─ ela sorriu de canto, como se tivesse se lembrado de algo proibido ─ me lembro de você no meu castelo, numa posição comprometedora e acorrentada… ─ senti minhas bochechas corarem fortemente. Se concentra, Swan!

─ E-eu… eu estou bem envergonhada nesse momento ─ pigarreei e ela riu.

─ Não sabia que gostava de ser presa, Swan ─ ela voltou a me encarar e seus olhos castanhos estavam em chamas. Caralho, Regina, me respeita!

─ Gosto de muitas coisas…

─ Eu gosto de você ─ ela sussurrou e meu corpo todo se arrepiou.

─ Me perdoa pelo o que eu fiz ─ repeti ao sentir ela roçar o nariz levemente em minha bochecha.

─ Me faça esquecer o que fez, Em-ma ─ ela pronunciou meu nome daquela forma que só ela sabia, como se saboreasse tudo o que eu tinha apenas dizendo aquilo.

Regina me beijou com urgência e segurou na barra da minha blusa. O seu gosto continuava o mesmo e a sensação de poder beijá-la, novamente, era incrível e única. Puxei seu corpo para mais próximo e segurei firme em sua cintura. Muitas coisas passavam pela minha cabeça, mas nenhuma delas permanecia por muito tempo, afinal eu estou ocupada demais para isso agora.

Rapidamente, Regina desceu minha jaqueta, a deixando no chão e puxou minha blusa para cima, me fazendo levantar o braço para que ela a tirasse. Meu corpo estremeceu ao sentir suas mãos quentes espalmar em minha barriga nua. Tentei focar minha mente e puxei seu blazer para baixo, o deixando cair amontoar junto com as minhas roupas. Nós nos afastamos para respirar e nos encaramos.

─ Anda logo com isso ─ ela falou arfando enquanto eu desabotoava sua camisa. Eu sorri para ela e puxei a gola da sua camisa, fazendo todos os botões arrebentarem e ela ficar com o sutiã a mostra ─ achei que nunca fosse fazer…

─ Digamos que era uma das minhas metas de vida. Estava no topo da minha lista... ─ murmurei antes de puxá-la novamente para um beijo. Eu a queria demais e parecia que meu corpo entendia bem essa necessidade.

Caminhamos de forma desajeitada até cairmos no sofá e rirmos. Eu me sentia realmente como uma adolescente virgem que está transando com a garota dos sonhos escondida dos pais dela. Ainda bem que ela não tem mais pais, eu não teria psicológico para enfrentar nenhum deles, principalmente porque ela era filha de Cora Mills e aquela mulher podia me incinerar apenas com os olhos. Eu prezo muito pela minha vida, se quer saber.

Regina, de forma apressada, desabotoou meu sutiã e o jogou no nosso pequeno monte de roupas. Suas mãos apertaram meus seios e eu gemi com vontade, sentindo o tesão me consumir.

─ Sempre sonhei em fazer isso na sua sala da prefeitura ─ confessei e ela riu.

─ Demorou demais, se quer saber ─ eu a encarei.

─ Não é todo dia que se perde o medo de uma rainha e realiza um fetiche desse ─ ela sorriu.

─ Que eu saiba, uma certa rainha ainda pode te acorrentar.

─ Mal posso esperar.

Ela arqueou as costas para que eu retirasse seu sutiã e eu logo abocanhei seu seio nu, a ouvindo arfar e gemer. Chupei seu mamilo, apertando o outro seio na mão enquanto ela embrenhava os dedos nos meus cabelos. Me levantei por alguns instantes, apenas para encontrar o fecho de sua saia e a tirar também. A visão era ainda mais incrível do que da última vez. Regina Mills apenas de calcinha e saltos no sofá da prefeitura.

─ O que foi? ─ ela me perguntou.

─ Nada.

Voltei a beijá-la e pressionei seu sexo, por cima do tecido, com a mão e ela suspirou. Eu friccionei o seu clitóris com o indicador, enfiando minha mão dentro de sua calcinha e aumentei os movimentos enquanto a ouvia gemer. Eu nunca me cansaria de ouvir sua respiração entrecortada e a encarar suada e com os cabelos desgrenhados. Regina era o tipo de mulher que fazia um coque frouxo, uma maquiagem leve e encontrava o amor da vida em uma cafeteria da Starbucks. Igualzinho nos livros de romance água com açúcar.

─ Emma…

─ Eu sei.

Interrompi nosso beijo e tirei sua última peça, me posicionando entre suas pernas, apoiando uma delas no encosto do sofá. O sorriso dela ela incrivelmente sexy e ela me encarava com atenção a cada movimento. Eu afastei seus grandes lábios e lambi, vagarosamente, cada parte úmida do seu sexo. Regina gemeu despudoradamente e contorceu o corpo. Suguei seu pequeno nervo tensionado e penetrei sua entrada com a língua.

Ela segurou firme em meus cabelos, remexeu o quadril em minha boca e eu parei o que estava fazendo, a fazendo gemer manhosa em desaprovação. Me levantei rapidamente e tirei minha calça jeans, junto com minha peça íntima. Regina me observava, mordendo levemente os lábio inferior e me fazendo ter os pensamentos mais impuros possíveis. Voltei a ficar sobre o seu corpo e a beijei.

─ Não vou aguentar muito tempo ─ ela murmurou com a voz rouca.

─ Eu sei…

Me posicionei em cima do seu colo e encostei meu sexo ao dela, senti cada parte de mim estremecer e minha pele arrepiar. Gemi sem vergonha quando comecei a me movimentar sobre ela, friccionando nossos sexos e aumentando os movimentos. Apoiei minhas mãos em seus seios enquanto ela segurava em minha cintura e fechava os olhos. Não me pergunte como eu sabia fazer aquilo, não ouse fazer essa pergunta.

Rebolei em cima dela, aumentando a cada vez que eu sentia o clímax se aproximar e os gemidos dela me deixavam totalmente em êxtase. Regina gemeu meu nome diversas vezes e alguns palavrões, exatamente como da outra vez. Eu amava esse lado despudorado dela e, confesso que queria saber mais disso. Não demorou muito para que os espamos tomassem conta de mim e meu suor escorresse pelo meu rosto.

─ Emma! ─ ela gritou ao atingir o orgasmo ─ porra…

Atingi meu orgasmo não muito depois dela. Deixei meu corpo cair sobre o dela e eu arfava cansada. Eu podia sentir o cheiro do seu perfume misturado com o cheiro de sexo. Era simplesmente um sonho estar ali, novamente, provando de cada pedaço dela e podendo olhar em seus olhos e encontrar apenas a verdade.

─ Cansada? ─ ela murmurou enquanto passava, lentamente, as mãos em meus cabelos. Eu estava com a cabeça deitada em seu peito e ainda tentava recuperar o fôlego.

─ Ainda não… ─ falei presunçosa.

─ Eu acho bom ─ ela riu baixo ─ eu quero que você se sente na minha cadeira ─ eu arqueei a sobrancelha e a encarei.

─ Ali? ─ eu apontei para a sua cadeira atrás da enorme mesa e ela assentiu.

─ Minhas vez de realizar um fetiche ─ meu corpo estremeceu. Eu caminhei até a cadeira e me sentei.

Regina se levantou, passando lentamente a língua pelos lábios e me beijando em seguida. Seu corpo nu era encantador e a ver totalmente a vontade ali me fazia perder o fôlego novamente. Ela então se ajoelhou a minha frente e me fitou.

─ Apoie uma de suas pernas aqui ─ ela ergueu minha perna direita e a colocou sobre o braço da cadeira.

─ O que voc… oh! Ca-caralho… ─ gemi alto ao sentir sua boca em meu sexo.

Ela me chupava e lambia com avidez, me penetrando com a língua e subindo de volta até meu clitóris e o sugando. Me segurei com força em um dos braços da cadeira e com a outra mão eu segurei em seus cabelos. Em todos os meus melhores sonhos eróticos, eu nunca seria capaz de me imaginar assim, transando na prefeitura e ainda por cima, na cadeira da prefeita e com a prefeita. Eu devia ter feito algo muito certo na minha vida para merecer algo desse tipo. Prometo nunca mais reclamar da minha vida.

─ Re-regina…

─ Mais alto ─ ela me penetrou com indicador e puxei seu cabelo com força, sentindo cada parte de mim querer explodir.

─ Regina! ─ ela o movimentava dentro de mim e logo introduziu o segundo dedo, me fazendo arquear as costas.

Voltou a chupar meu nervo e metia com força, sem parar e aumentado os movimentos de vai e vem. Eu sentia que logo iria me dividir em vários pedaços de tanto prazer.

─ E-eu…

Nada coerente saía da minha boca, não que quando eu esteja sóbria e normal saia, mas isso não vem ao caso. Senti novamente os espasmos e o clímax me arrebatou com força. Regina sorriu para mim enquanto eu arfava e tentava inutilmente respirar. Quem conseguia respirar com aquela mulher do lado?

─ Caralho, isso foi… u-a-u! ─ falei ainda suspirando. Ela riu e sentou em meu colo, me deixando envolver sua cintura com os braços.

Regina deitou a cabeça em meu ombro e respirou fundo.

─ Você reescreveu uma história inteirinha ─ ela comentou baixinho.

─ Se eu soubesse que precisava disso para tomar coragem e vir te dizer tudo isso, eu teria feito isso o mais cedo possível ─ rimos juntas.

─ Agora temos tudo no livro ─ ela suspirou ─ o que quis dizer com uma profecia?

─ O anel dos meus pais ─ ela me encarou ─ minha avó disse a ele que o anel sempre traria o amor verdadeiro, que sempre o conduziria a encontrar o amor verdadeiro, mas acontece que eu o encontrei primeiro que minha mãe e ele me levou até você, de uma forma bem estranha. Porém você apareceu e tudo me pareceu muito certo e ainda parece.

─ Emma, eu…

─ Eu amo você, Regina. E não tenho medo de dizer isso, mesmo que eu desconheça o que o futuro nos aguarda. Eu quero você e só você.

─ Eu sei que o que eu sinto também é amor e eu te digo, quantas vezes forem precisas, eu amo você, Emma. Mas você sabe que nada será facil daqui para frente. não sabe? Sabe que temos que reescrever toda a história daqui para frente, não sabe? ─ eu sorri para ela. Meu mundo todos estava ali, todo dentro daquela íris castanha mais escura que uma noite de lua nova.

─ Eu faria o que fosse preciso para escrever o que vier daqui para frente ─ eu dei um beijo de esquimó nela, como se pedisse silenciosamente para ela confiar em mim ─ mesmo que eu tivesse que reescrever toda a nossa história nas estrelas.

─ Você faria isso?

─ Todos os dias, até o fim da minha vida.

E então ela me beijou novamente e eu soube ali que, independente do que acontecesse, do que viesse, nossa história sempre existiria e sempre estaria escrito numa folha qualquer ou até mesmo numa estrela a milhões de quilômetros de nós.

"Você sabe que eu quero você, não é um segredo que eu tento esconder e eu sei que você me quer. Então não fique dizendo que nossas mãos estão atadas. Você afirma que não está nas cartas, mas o destino está puxando você a milhas de distância e fora do meu alcance. Mas você está aqui no meu coração, então quem pode me parar se eu decidir que você é o meu destino?

E se reescrevermos as estrelas? Diga que você foi feita para ser minha e nada poderia nos separar. Você seria quem eu estava destinada a encontrar. Cabe a você, e cabe a mim e ninguém pode dizer o que temos que ser. Então por que não reescrevemos as estrelas? Talvez o mundo possa ser nosso esta noite.

Você acha que é fácil, você acha que eu não quero correr para você, mas existem montanhas e há portas que não podemos atravessar. Eu sei que você está se perguntando o porquê, porque nós somos capazes de ser só você e eu dentro destas paredes, mas quando vamos lá fora, você vai acordar e ver que era impossível.

Ninguém pode reescrever as estrelas. Como você pode dizer que você vai ser minha? Tudo nos separa e eu não sou quem você estava destinado a encontrar. Não cabe a você, não cabe a mim quando todos nos dizem o que podemos ser. Como podemos reescrever as estrelas? Dizer que o mundo pode ser nosso esta noite?

Tudo que eu quero é voar com você, tudo que eu quero é cair com você. Então me dê tudo de si. Parece impossível, mas não é impossível.

É impossível? Diga, por favor, que é possível.

Como podemos reescrever as estrelas? Diga que você foi feita para ser minha e nada poderia nos separar. Porque você é quem eu estava destinada a encontrar. Cabe a você e cabe a mim. Ninguém pode dizer o que temos que ser Então, por que não reescrevemos as estrelas e mudamos o mundo para ser nosso? Você sabe que eu quero você, não é um segredo que eu tento esconder, mas eu não posso ter você…

Estamos fadadas a quebrar e as minhas mãos estão atadas…” Rewrite de stars - The Greatest Showman.

 


Notas Finais


Obrigada, novamente! E me perdoem os erros hehehe
Beijoxx


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