História Re:zero IF Soberba - Pétalas do amanhecer.

Estou na frente da Beatrice, ela continua lendo seu livro e parece me ignorar, eu dou um passo para frente e então a pequena me olha com um ar sério. 

Beatrice- Não estava aqui para ver como estava a sua Emília? Sugiro que saia daqui e vá procurar por ela já que está me incomodando e atrapalhando a minha leitura.  

Subaru- Bem creio que já tomei tempo demais de ti, vou indo...Você tem a mesma sede de conhecimento de uma bruxa. 

Beatrice- Você não diga que... 

Eu saio do cômodo onde estava, eu vou para o corredor e procuro pela Emília na mansão, de repente vejo o misterioso homem que havia me ajudado na floresta, e que também estava apoiando Emília na seleção real. 

Roswaal- Ora...Ora... Se não é o Subaru-kun, ou devo dizer o cavaleiro da Emília, você veio a procurar não é mesmo? O quarto dela fica na terceira porta neste corredor, procure se comportar Subaru-kun. 

Subaru- N-não sou esse tipo de homem, pode deixar! 

Eu me dirijo ao quarto de Emília sem perder tempo, não tem nada mais nesse mundo que eu queira mais do que saber se ela está bem nesse exato momento, na minha cabeça só consigo lembrar dela já sem vida, eu fico hesitante em entrar no quarto, paro diante a porta, mas em um impulso eu abro a porta e consigo ver ela olhando para o lado de fora da janela. A vista que tenho é bela, seus cabelos claros são sacodidos suavemente com a brisa, eu olhando a cena quase não consigo conter minhas lágrimas, eu entro no quarto e ela se vira para mim com uma expressão surpresa, aparentemente um pouco incomodada com a minha presença ali naquele momento. 

Subaru- E... Emília...Você está bem...está bem não é mesmo?  

Ela me olha com um ar preocupado, ela coloca sua destra sobre seus lábios pensativa e me olha com um ar doce e meigo, um ar que faria qualquer homem se apaixonar por ela, uma doçura indescritível. 

Emília- Subaru? É claro que estou bem, lembra que foi ontem a seleção real? Não aconteceu nada que merecesse sua preocupação. 

Eu seguro minhas lágrimas e abro um sorriso discreto em meu rosto, sinto que salvei ela e não apenas ela como também todas as pessoas da vila, agora nesse momento eu começo de fato a entender o quanto sou poderoso e o quanto posso fazer para mudar esse mundo antiquado e seus valores invertidos, o poder que não tive na vida anterior agora eu tenho e farei tudo, tudo para alcançar esse sonho. 

Subaru- Fico feliz que esteja bem Emília-tan!! Vim dar uma olhada afinal eu sou seu cavaleiro, o mais incrível e poderoso cavaleiro que poderia ter em Lugnica, hahahahaha. 

Emília fica com o rosto corado e se vira para o lado oposto ao que estou, parece até mesmo uma Tsundere ou algo assim, esse tipo de atitude dela que me faz ficar ainda mais apaixonado por ela, embora devo admitir que gostaria de ouvir ela dizendo um ‘’eu te amo’’. 

Emília- Nunca te pedi isso, não vá se arrepender dessa escolha, por estar apoiando alguém como eu...Eu não sou tão inteligente, não sou alguém bonita e também eu não tenho como te retribuir nada do que me fez, não com nada muito grande... 

Subaru- Nunca esperei recompensa alguma, desde que eu possa ser seu cavaleiro e possa andar ao seu lado, já irei ser o homem mais feliz de Lugnica, você é linda afinal é uma elfa e amo Elfos, do lugar de onde vim é considerado uma das coisas mais belas existentes! 

Emília fica em silêncio e esconde seu rosto, ela fica com o rosto completamente rubro, Puck aparece e me dá um pequeno peteleco brincalhão em minha cabeça, ele parece feliz e então ele me diz algumas coisas. 

Puck- Não ache que vou te ceder minha filha tão facilmente, mesmo que tenha dito belas palavras! 

Eu olho para ele e então começo a dar cócegas em sua barriga, a Emília nos olha e acaba dando algumas risadas das nossas bobices, o momento é tão bom como se nada mais de ruim tivesse acontecido, é como se agora eu tivesse superado todos os problemas e encontrado a paz, ao lado da pessoa mais bela e pura desse mundo. 

‘’Quero muito proteger esse sorriso, esse momento é precioso e para sempre guardarei em meu coração, Emília...’’ 

Puck- A propósito Subaru, obrigado por apoiar a Lia, ela estava meio nervosa com essa seleção real, ela tenta bancar a durona, mas no fundo é um bebê, não ouse tirar a inocência de minha filha! 

Subaru- Ohhh, não se preocupe, assumirei a responsabilidade caso eu o faça e claro apenas será feito o que estiver de acordo com a vontade dela! 

Puck- Ora seu rapaz levado!! 

Puck de brincadeira me dá algumas patadas em meu rosto como se estivesse ‘’lutando’’ comigo, mas de brincadeira, Emília nos olha e não consegue conter algumas gargalhadas, nos surpreendemos e a olhamos. 

Subaru- Ela é super fofa, não é? 

Puck- Concordo, afinal Lia é minha filha! 

Emília- Hahaha, vocês são engraçados, não consegui me segurar vendo vocês dois assim. 

Subaru- Hehe, tudo bem Emília-tan, seu sorriso é lindo, ver você assim aquece meu coração.  

Emília desvia um pouco seu olhar e começa a brincar com as pontinhas de seus cabelos, um gesto tipicamente feminino que claro em minha cultura é como um sinal de ‘’cara ela está super na sua’’, não eu dou um breve sorriso, estou aliviado que ela esteja bem. Alguém bate na porta interrompendo nosso momento, Emília volta suas atenções para a porta e se aproxima um pouco, entra a Ram, ela nos olha com um ar enigmático, é como se ela não tivesse nenhuma emoção em seu rosto sendo expressada, seu olhar é frio... 

Ram- Isso é hora de se visitar alguém? É bastante cedo ainda rapaz, e mais você não deveria ficar a sós com um homem em seu quarto Emília-sama, ele pode ser algum tipo de pervertido, ele pode acabar te agarrando e sabe... 

Emília pigarreia suavemente interrompendo a fala de Ram. 

Emília- Não dê mais detalhes por favor Ram, e além do mais sou uma praticante de artes espirituais, se ele tentar qualquer coisa eu sei me defender.  

Puck- Nem se atreva a ser safado com minha filha moleque!! 

Subaru- Sim senhor sogro não serei passado com sua filha! A menos que ela queira... 

Emília- Subaru... 

Subaru- Bem Emília já que está na hora de sua refeição a deixarei que coma em paz, irei resolver algumas coisas na cidade e logo mais tarde passarei aqui, certo? 

Emília- Certo Subaru, bem não sei o que te fez ficar tão preocupado, mas está tudo bem por aqui, se cuide Subaru. 

Me despeço da Emília, eu saio do quarto dela e passo novamente pelo corredor, Roswaal está parado lendo um livro espesso.  

Roswaal- Parece que se divertiu Subaru-kun, melhor mesmo afinal... 

Roswaal sai de perto deixando essa frase super estranha e enigmática no ar, sinto um forte arrepio na minha espinha, é como se fosse um mau agouro, será que ele está me avisando de forma indireta? Será aquele livro que ele segura um igual ao que estava com aquele Petelgeuse? 

‘’O que será que foi isso? Parece muito estranho, ele deve estar doido, não disse nada com nada, mas porque me sinto assim afinal...’’ 

Em algum lugar ainda em Lugnica... 

Felix Argyle e Crusch estão na sala de janta, Crush está bebendo uma taça de vinho e Felix um copo de leite morno, o rapaz afeminado olha para Crush, dá um gole em sua bebida e volta as atenções para ela outra vez. 

Felix- Fiquei sabendo através de boatos que Subaru aniquilou sozinho um bando de cultistas da bruxa, ele provavelmente é notoriamente forte senhorita Crusch. 

Crusch- Tem certeza de que são de fontes boas essas informações Felix? 

Félix- Bem segundo o que ouvi quem disse foi um mercador chamado Otto Suwen... 

Crusch acena positivamente para Félix, ela dá um breve e discreto sorriso, dá para notar em seus olhos um sentimento talvez de esperança ou até mesmo pode se dizer que de interesse. 

Crusch- Entendo, então ele pode ser a nossa esperança, e pensar que aquela besta já causou tantos estragos ao decorrer dos anos, sinto que devo ir falar com ele... 

Felix- Espero que ele nos ajude, estarei ao seu lado Crusch-Sama. 

Estou saindo da mansão Roswaal com calma, vejo Rem entrando pela mesma porta que irei sair, ela não diz nada e apenas acena para mim com sua cabeça e segue para sua rotina de empregada, aqui realmente é um lugar enorme, deve de dar muito trabalho para essas duas senhoritas. Continuo caminhando e abro a porta, estou muito feliz afinal acabei de ver a pessoa que mais queria ver bem nesse mundo ao qual fui invocado por acaso, fecho a porta antes de me afastar da mansão e ando até o pátio da mansão e ergo meus braços e grito com entusiasmo. 

Subaru- COMO É BOM ESTAR VIVO!! OBRIGADO MUNDO!! 

Quando noto que a Beatrice estava me observando da janela me sinto um pouco constrangido e então aceno com as mãos para ela, em resposta ela apenas dá as costas e fecha as cortinas, provavelmente ela não é muito sociável, ou não vá mesmo muito com a minha cara. No meio do caminho percebo alguém estranho vindo até mim, parece uma garota muito baixinha, ela se aproxima de mim rapidamente então aproxima seus lábios de meus ouvidos. 

Pandora- Se esqueceu de mim Subaru? Eu já estava com saudades, meu querido Subaru... 

Subaru- Porque você está aqui?! 

Pandora- Não faça tanto alarde Subaru...Ah sim, Subaru...Encontre...Encontre a chave para o selo, está com ela a filha da bruxa... 

Subaru- Não a chame assim! Ela sofre demais com isso, então... 

Pandora- Não se preocupe não farei mal algum, graças a ti a encontrei, no entanto, se quiser que eu não faça mal a ela, apenas faça ela abrir o selo, ela tem a chave, faça isso e deixarei vocês em paz... 

Subaru- Selo? O que esse selo representa pra ti afinal? 

Pandora- Não posso falar muito sobre Subaru, no entanto devo dizer que de lá sairá a ‘’salvação’’ de todos... 

A garota fala algumas coisas mais baixas que não consigo entender e some do nada, eu continuo caminhando pensando no que ela quis dizer afinal de contas, selo? Isso parece até mesmo falar de algo proibido ou quem sabe amaldiçoado, mas se ela nos deixar em paz talvez seja esse selo a chave para alcançar a vida que quero ao lado de Emília. Ainda é relativamente cedo, provavelmente agora sejam nove horas da manhã, eu pego meu celular para comprovar e realmente é esse horário marcado nele, embora eu não possa ter certeza se pode realmente estar correto já que estou em um outro mundo de fantasia. 

Chegando na vila vejo pouca movimentação, creio que na cidade as coisas estejam mais intensas, em passos rápidos procuro ir para a cidade, eu preciso achar algum lugar barato para comer já que o dinheiro que tenho está quase acabando. 

Subaru- Droga, minhas economias estão indo pro ar e não tenho aonde ficar, isso é um problema enorme... 

Aumento a velocidade dos passos para chegar logo na cidade, provavelmente devo encontrar algo barato para comer, talvez eu vá para a venda de ringas, até que não são tão caras. 

‘’Bem agora é cedo, então uma fruta deve já estar de bom tamanho para um café da manhã saudável’’ 

Do nada minha vista fica preta, é como se alguém tivesse tapado meus olhos, só posso sentir o calor das mãos femininas e macias sobre meus olhos, creio que seja uma mulher, mas quem? 

Felix- Advinha quem é Subaru-kyun! 

Subaru- Não me diga, que você é Felix, não é? 

Felix- Sim, acertou Subaru-kyun!! 

Ele me dá um abraço forte pelas costas, isso me deixa um tanto desconfortável, ele aproxima seus lábios de meus ouvidos. 

Felix Argyle- Qual a sensação de ser abraçado assim por um homem? 

Subaru- Ahhh, bem embora você lembre muito uma garota e mesmo assim é um cara bem diria que por esse lado não é das piores coisas, embora no mundo de onde vim é bem comum dois caras ficarem juntos...Não que eu seja do tipo que curte esse tipo de coisa... 

Felix- Ohh, é mesmo...Poxa, hmm posso até dizer que te achei bastante atrativo Subaru-Kyun... 

Subaru- Ei...Ei... 

Felix- Hahaha, era brincadeirinha Subaru-Kyun, tinha que ver a sua cara...Enfim Subaru, peço para que me acompanhe, Crusch-Sama pediu para te encontrar afinal ela quer muito falar contigo. 

Felix pega meu braço e me guia pela cidade, ele parece estar realmente apressado em me levar para onde está a Crusch, não imagino o que deva ser então acompanho para poder saciar minha curiosidade, alguns minutos passam e caminhamos alguns vários metros até chegar na frente de uma mansão muito bonita, Félix me leva para o interior e sem delongas já me leva para onde está Crusch. Chegando ao local onde ela está, parece ser algum tipo de área de jantar ou refeições, ela está com uma taça de suco de laranja na mão, ela me convida para sentar, quando me sento uma empregada me serve uma taça de suco de laranja, aparentemente é um suco natural. 

Crusch- Bem eu fiquei sabendo de algo interessante Subaru, poderia me confirmar se é verídico?  

Aceno positivamente com a cabeça para ela. 

Crusch- Você matou um grupo de membros do culto da bruxa sozinho mesmo? 

Subaru- Ah, claro que sim e nem deram trabalho, eu sou um herói poderoso e posso derrotar qualquer um e ou coisa que vier me enfrentar.  

Ela toma um gole de seu suco e me olha fixamente nos olhos, seu olhar é afiado e desafiador e eu retribuo a olhando profundamente nos olhos, então ela acena positivamente. 

Crusch- Pelo visto algo me diz que posso confiar em ti, enfim Subaru, poderia me ajudar a derrotar a Besta do nevoeiro? Ei receio que seja quase impossível, mas acredito que possa nos ajudar com esse objetivo e claro isso não será de graça, te darei um pagamento ou podemos até mesmo negociar alguma outra coisa que tenha interesse... 

Subaru- Hm, bem eu aceito o seu acordo, combinaremos o pagamento após a missão ser completa Crusch, afinal preciso de um lugar para morar estou no momento tendo que me virar em hotéis e isso realmente é um saco.  

Crusch- Entendo bem Subaru, bem como está nessa situação deixarei que fique aqui até o dia em que formos para derrotar ela, és meu convidado especial Subaru. 

Subaru- Obrigado Crusch é uma honra ser recebido por você.

Felix se aproxima de mim e coloca suas mãos em meio aos meus braços para me fazer cócegas, eu dou algumas risadas e Felix para com o ato então me olha.

Felix- Não precisa ser tão formal, hahaha chega a ser um pouco engraçado.

Crusch- Realmente concordo com o que diz Felix, não é necessário formalidade agora nesse momento em que estamos afinal é um momento mais casual digamos. 

Enquanto isso na biblioteca...

Beatrice segura um espesso livro negro, ela o olha com atenção como se estivesse lendo algo ou algo parecido, seu rosto expressa uma certa amargura e tristeza, ela com suas mãos delicadas aperta suavemente as folhas daquele livro.

Beatrice- Será que ele é ‘’aquela pessoa’’? Bem embora ele pareça um completo idiota eu não devo descartar essa opção, afinal estarei finalmente cumprindo o que me disse não é mesmo mãe? 

Cena extra---

Petelgeuse está de frente para um homem misterioso, ele usa uma roupa negra e seus cabelos são pretos, ele entrega uma caixa pequena e negra ao Petelgeuse.

??- Fique com isto, é o fator da bruxa... Quero que guarde isso com zelo, e nunca deixe que isto saia dai, certo?

Petelgeuse hesitante pega a caixa, ele a olha fixamente, sua mão está bastante tremula, ele olha para o homem e então guarda em seu bolso. Em um gesto de reverência ele baixa sua cabeça e volta a olhar para ele de forma calma e serena, embora tenso devido a grande responsabilidade deixada em suas mãos. 

Petelgeuse- Irei guardar isso com cuidado Flugel-Sama!