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História Rich boys in love I - Romance gay (Yaoi) - Pesadelo


Escrita por: observerghost

Notas do Autor


Quero lhes avisar que esse capítulo é bem dramático, digamos. E forte para uma fanfic tão simples como essa.

Capítulo 38 - Pesadelo


Morgan P.O.V.

Valentim não ganhou a corrida, ficou em segundo lugar, mas foi até mais aplaudido que o vencedor.

Quando estávamos prestes a sair do local, Valentim, veio correndo até nós. Jonathan revirou os olhos, já pensando o pior, e eu, tentei não fazer o mesmo. 

- Não vim incomodar, relaxem - Disse - Pensei que seria legal se viessem almoçar comigo. 

- Ah, eu não sei - Olhei para Jonathan, que deu de ombros.

- É, acho que pode ser.

- Maravilha! - O ruivo pareceu animado - Eu saio em meia hora. Me esperem exatamente aqui, ok? Ainda preciso dar umas entrevistas - O mesmo voltou para dentro. 

- Tá. Tudo bem - Balancei a cabeça. 

- Espere aqui! Vou mandar buscarem nosso carro - Avisou Jonathan.

- Ok. Vai lá. 

Sentei-me na escada, e fiquei observando os carros que chegavam - pois ainda tinham outras corridas para acontecer - e os que saíam. Havia todo o tipo de gente ali, e isso me intrigava. 

- Aha! Quando tempo não? - Disse uma voz ébria. 

Olhei em direção e um calor achacoso percorreu por todo o meu corpo no exato momento. 

- Tia Felicity?! - Exclamei, incrédulo.

- Meu sobrinho, aha ha, cresceu em, garoto? - Disse ela, segurando-se num homem gordo ao seu lado. 

- É-É - Minhas pernas começaram a tremer e minhas mãos a suar. 

- Esse é Edgar - A mesma soluçou, apontando para o homem - Edgar Banks, ele é rico, aha, e me ama. Não é querido? - Os dois trocaram carícias e no mesmo instante, sai rápido de perto deles. 

Minha visão ficou turva de repente, e eu tive que parar de correr. Coloquei minhas mãos no joelho e fitei o chão por alguns segundos. Da onde aquela mulher apareceu? Já faz anos que minha família se livrou dela, e do meu tio; o homem que estragou a minha vida. 

- Morgan! - Gritou Jonathan - Eu falei pra você esperar lá. 

Virei-me para ele, desnorteado e bambo. O mesmo me ponderou da cabeça aos pés, com um olhar preocupado. 

- Você está bem? - Perguntou, segurando o meu braço. 

- N-Não, é que e-eu, nada aconteceu - Chacoalhei minha cabeça - Fiquei tonto. Tonto assim do n-nada. Só fiquei assim. 

Ele fitou os meus olhos e franziu o cenho.

- Você tá estranho. Tá com fome? - Questionou, pegando minhas mãos - Mas você comeu hoje de manhã.  

- Ei, não! Nada - Neguei com o dedo indicador - Tá certo. Vamos? 

- Tá... - O mesmo me deu a mão e fomos até o carro já estacionado na entrada. 

Valentim estava com o seu Arash AF10 Hybrid frente ao nosso carro, nos esperando apoiado na lataria. 

- Temos de ir logo. Encontraremos minha irmã lá - Informou. 

- E onde vamos exatamente? - Perguntou Jonathan, nem ouvi nada, me joguei dentro do carro e fechei a porta. 

Abri o espelhinho no teto e me observei. Eu estava pálido, minha boca seca e meus olhos fundos. 

- Esquece isso, esquece isso, esquece isso - Repeti a mim mesmo - Esquece isso! - Barrei com raiva, bem na hora exata que ele entrou no carro.

- Nossa! Tá falando comigo? - Me olhou assustado - Fiz algo? 

- É, não! Você não fez - Falei atrapalhado - Desculpa.

- Tudo bem - O mesmo riu e deu partida no carro, seguindo o de Valentim. 

No caminho, fiquei com as mãos no rosto, dizendo a mim mesmo para não entrar em pânico. 

- Está muito sol? - Indagou ele, me oferecendo o óculos.

- N-Não! Eu tô bem. 

- Mas está com as mãos no...

- Porque não! - Interrompi grosso.

- Hum?! - Arqueou uma sobrancelha.

- Desculpa. Não é o sol, é só um pouco de dor nos olhos. 

- Entendi. 

Chegamos no I'Horizon Deck, um lugar lindo, preenchido pelo sol, num barranco ao lado do mar. 

Uma Mercedes Benz Conversível Bordo, estacionou ao nosso lado, e de dentro dela, sai uma menina ruiva, com o cabelo de comprimento no queixo. Era Virgínia, a irmã mais nova de Valentim. 

- Morgan já a conhece, então, Jonathan, essa é Virgínia. 

- Prazer - Sorriu ele, e a mesma apenas devolveu um sorriso meigo. 

- Jonathan, vem cá, deixa eu bate um papo contigo - Falou Valentim, num tom amigável, então não me preocupei.

Virgínia veio ao meu lado, com um olhar malicioso.

- Se não é que arranjou alguém mais bonito que meu irmão... - Comentou, impressionada - Da onde o menino é?

- La Gange, e não me pergunte onde fica, só sei que é americano como eu - Respondi.

- É, eu também não sei onde fica isso. Mas fica nos Estados Unidos, certo? - Afirmei com a cabeça - Vou pesquisar. 

- Está namorando também? - Indaguei curioso. 

- Sim. Estou namorando uma sueca.

- Sueca?! - Exclamei - Espera aí, você é lésbica?! 

- Sim, mas tem meninos tão lindos... por isso pareço heterossexual - Ok. Isso é nojento. 

Sentamos numa mesa, do lado de fora, no deque. Mesmo que o clima estivesse frio, o sol batia com força naquele lugar. 

- O que vão querer? - Questionou Valentim - Eu convidei, eu pago. 

- É muita gentileza sua - Disse Jonathan - O que vai querer? - Se referiu a mim.

- Eu não sei. Algo leve, bem leve. Não tô muito disposto para comer frutos do mar muito grandes - Falei, massageando minha têmpora.

- Ok, vamos ver... - Pegou o cardápio - Aqui tem uma salada com muita alface americana e pequenos pedaços de camarão. 

- É-É. Essa, vai essa. 

- E o que você quer para beber?

- Pêssego fino.

- Suco de pêssego, certo? 

- Isso - Balancei a cabeça rápido. 

Cada um fez o seu pedido. Nos dias em que estou bem, ficaria com água na boca com toda essa comida, mas hoje, "do nada", fiquei com o estômago embrulhado, quase vomitei ouvindo eles apenas dizendo o nome dos pratos. Sem contar, que pediram bebidas alcoólicas fortíssimas, enquanto eu, pedi um suco de pêssego fino. 

A comida chegou. Valentim e Jonathan se deram bem, e comeram num minuto, só conversando. Os únicos a demorar, fui eu, que não estava bem e Virgínia, que possuí um nojo doentio com comida, não importa o que é ou o local que é feito. 

Eu estava na metade do prato, enfiando um garfo cheio de alfaces na boca, quando meu estômago devolveu tudo, graças a minha força de vontade de não pagar mico em público, consegui segurar. 

Não consegui manter a pose, levantei.

- C-Com licença - Corri ao banheiro, nem sequer olhando a reação deles. 

Entrei numa cabine e me abaixei, mas nada saiu. Prestei atenção em meu corpo. Minhas mãos estavam tendo espasmos fortes, minhas pernas tremiam muito, e meu coração estava acelerado. 

- Ei, Morgan - Falei comigo mesmo, tentando me distrair - O que está acontecendo? 

Meu cérebro sabia a resposta, e a última coisa que eu queria, era lembrar dela. Foi um erro perguntar a mim mesmo. O rosto de Tia Felicity, a ex do homem que usou o meu corpo, relampeou em minha mente. Aquela vadia bêbada me fez voltar ao passado, que seu pudesse, apagaria da minha história. 

- Não, não - Chacoalhei a cabeça - Está tudo bem, você está com seus amigos. Está com seu namorado. 

Eu queria me soltar e chorar, para aquele desespero sair de mim, porém, nem isso conseguia. 

- Ah! Vai, vai - Me pressionei com raiva - Chora, chora - Forcei, mas de nada adiantou, só voltou com a minha vontade de vomitar.

Não pensei duas vezes, enfiei o indicador na garganta e minha barriga se esvaziou. Fechei a tampa, e em cima do vazo sentei. 

- Morgan? - Chamou Jonathan, que acabara de entrar no banheiro - O que está acontecendo?

É incrível, é só aparece alguém, que eu desabo.

- Jonathan, socorro... - Me debulhei em lágrimas - Me ajuda... 


Notas Finais


Esse capítulo está cheio de erros, certeza. Então me avisem, por favor!


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