Shawn me fez dirigir de volta até Golden Meadow, mais especificamente o bosque onde eles costumavam acampar quando crianças.
— Shawn, você pode me explicar o que está acontecendo? — pergunto.
Ele então se ajoelha ao lado de uma árvore e começa a encarar o chão.
— Você se lembra de quando tínhamos nove anos de idade e viemos acampar aqui? — ele parecia estar revivendo o momento, o que me fez o mesmo. — Fizemos uma promessa naquela noite, de nunca abandonar um ao outro. — uma lágrima escorreu por sua bochecha.
— Shawn, eu... — queria saber o que dizer.
— Você se lembra que fizemos uma carta para o outro e prometemos só abrir depois que um de nós morresse. — ele estava na borda. — Por toda a minha vida eu planejei um futuro pra nós dois, sonhei em ter um beijo, depois um anel, uma casa, um cachorro e filhos, mas parece que o destino decidiu que não seria assim.
— Shawn. — eu toquei sua mão.
— Jacquie, todo esse tempo, tudo o que precisava ser dito era "eu te amo". Por todo esse tempo, e eu te amei mas fui covarde demais pra dizer. E agora tudo o que precisa ser feito é me responder. — ele acariciou meu rosto. — Você me ama?
— Se eu disser isso você vai ter que partir, não vai? — pergunto em meio a lágrimas.
Ele assentiu e sorriu. Notei naquele momento que era tudo o que precisávamos, deixar ir. O amor é um pássaro que não pode ser preso a uma gaiola como nosso desejo, ele tem de ser livre pra ir e voltar quando quiser, e dessa vez ele presiva partir de vez.
Eu puxei seu rosto para perto do meu e o beijei, embora eu não pudesse o tocar o ato foi libertador.
— Eu te amo, Shawn. — e fechei meus olhos.
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