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História Ring - Transmissão encerrada


Escrita por: Mixyl

Notas do Autor


Juro por Deus que o calor não tá ajudando a escrever

Capítulo 3 - Transmissão encerrada


As notícias haviam corrido como o vento. De um dia para o outro Renjun e Jeno estavam estampados nos jornais, revistas e até mesmo em sites de fofocas. “O novo casal” tinha lidar ainda mais com as pressões exercidas pelas empresas a onde trabalhavam. Renjun podia se considerar o mais abalado por tudo, agindo sempre de forma agressiva para quem reclamava consigo ou qualquer coisa do tipo. A mãe do Huang havia soltado tudo em um post do Instagram e em questão de horas Renjun era um dos artistas e modelos mais falados do momento, juntamente há Jeno. O casal no entanto não se pronunciou de nenhuma maneira, mas pretendiam fazer algo juntos. — Renjun nunca teve o amor da mãe, e mesmo assim sempre tratou a mulher como sua mãe. Agora com aquele desastre, Renjun queria tudo menos olhar na cara daquela mulher que se considerava sua mãe de coração. Se pudesse voltava no tempo e pedia para Deus uma mãe que lhe desse pelo menos um pouco de carinho. Nunca foi o favorito da família, mesmo que sua irmã morasse muito longe da Coréia. Era tão explorado que nem conseguia descrever sua frustração de ser usado por tanto tempo.

Agora se preparando pra uma sessão de fotos, Renjun suspirou e se sentou no chão segurando uma câmera em mãos. Aos poucos os flashes de luz começaram a focar apenas em si. O fato era: Renjun não estava apenas recebendo comentários de ódio, como também comentários de apoio. Os fãs do Huang parabenizaram o “recente” casal, e disseram que Jeno e o Huang faziam um casal bonito. Nessa parte Renjun ficou orgulhoso, mais não dá forma que queria. Não queria que aquela notícia surgisse por sua mãe, e sim por si mesmo.  

Enquanto Renjun tirava fotos para uma revista de moda, Jeno no entanto estava sentado em frente a mesa de seu pai. O Lee mais velho parecia pensar bastante no que ouvia do filho, sentia que podia explodir apenas se raiva.

— Como você acha que eu vou lidar com essa vergonha? Lee Jeno eu sou um empresário, eu tenho que ter a merda de um nome limpo, e se meu filho se assume gay oque você acha que vai acontecer?

— O senhor devia está feliz por mim, feliz por eu finalmente estar namorando alguém. — Jeno disse quase que apreensivo, ouvindo a risada alta do pai.

Jeno sempre teve medo do pai, desde de pequeno quando ainda eram pobres e seu pai bebia muito. Nunca se sentiu bem em questão a aproximação do mais velho quando este lhe colocou no rumo de modelo. A mãe de Jeno não era tão próxima do garoto, e quando o Lee completou os exatos treze anos o divórcio ocorreu de uma maneira assustadora para um criança que não sabia bem das coisas. Era triste uma criança que as vezes não tinha nem mesmo a companhia do pai, muitas vezes voltando sozinho da escola já que não tinha ninguém para o buscar. Tempos difíceis foram os de Busan, a onde Jeno passou uns bons perrengues mais fez umas grandes amizades a onde levaria pra vida toda. Assim que se mudaram para Seul, Jeno conheceu sua tia e sua prima, Minjeong. A garota era fofa, e tinha mania de lhe chamar de melhor primo. Desde pequeno, Jeno presenciou o sonho de Minjeong para apenas se tornar uma modela. Com o tempo o sonho dela se tornou o seu, e entraram juntos na indústria da moda.

O coração de Jeno amou a passarela, mesmo que lá no fundo uma certa pessoa que havia visto nas arquibancadas, havia lhe despertado o interesse. Desde então, Jeno passou a ser mais dedicado no que fazia, muitas vezes nem dormindo para conquistar o próprio sonho. A vontade era ainda mais crescente quando conheceu Renjun e sentiu pela primeira vez como era beijar um homem. Nenhuma garota na face da terra era como Renjun, e não fazia diferença alguma. Jeno não ligava se Renjun não tinha peitos ou uma cintura extremamente fina. Tudo nele era perfeito, do começo ao fim. Não queria envolver sentimentos no começo, mais era inevitável não se apaixonar por aquele garoto, mesmo sabendo o quão cruel ele podia ser.

— Você tem quinze dias pra terminar com o chinês lá, eu não quero saber. — disse após voltar aos seus afazeres.

— Eu amo ele.

— Seu amor por ele não vai apagar o erro que vai ter o meu nome.

— Você só se preocupa consigo mesmo, né? Nunca se importou se estou feliz, ou triste. Sempre foi só você e aquela mulher que você não gosta de lembrar o nome! — se alterou mesmo com o peito subindo e descendo de uma forma avassaladora, estava com medo e talvez um pouco mais confiante. — Eu não vou terminar com ele, nem mesmo pela merda do seu sobrenome.

— Sabe de uma coisa, você devia ser grato por ter um pai. Porque quando você menos esperou a sua mãe foi embora sem mais nem menos sem te dizer um "tchau". Agora você vem aqui me dizer que eu nunca liguei pra você? Por acaso quem te colocou no rumo da fama, foi quem? O único que deu comida e um lar, foi quem? Eu tenho certeza que não foi sua mãe. 

— Agora sei porque ela foi embora, mais quer saber. Obrigado, você só fez oque era nescessário, e eu agradeço. Mas dessa vez eu vou andar com as minhas próprias pernas e vou mostrar pro senhor que não preciso do seu dinheiro pra sobreviver. — disse enquanto andava até a porta do escritório do mais velho. — Quando você achar que é um pai de verdade, eu estarei aqui pra te ouvir. Mas por enquanto, eu espero que você nem ao menos lembre que já teve um filho. 

As palavras não surtiram efeito algum no mais velho. Jeno saiu e como já estava de noite, apenas entrou em seu carro e foi diretamente para seu apartamento. Sabia bem que fazer aquilo estava sendo a pior loucura de sua vida. Se assumir gay, sendo uma figura famosa. Não sabia se as pessoas estavam o apoiando, ou algo do tipo, mas enquanto pensava, também não se deixava parar de se questionar a onde Renjun estaria naquele momento e se ele estaria bem. Minjeong havia lhe alertado sobre tomar cuidado com as coisas, e estava realmente se cuidando muito até para sair na rua. — Assim que chegou em seu apartamento, Jeno retirou a jaqueta preta e camisa, indo para seu quarto e se assustando ao ver Renjun na janela de quarto. O Huang riu baixo ao virar o rosto e topar com Jeno assustado. Se aproximou da cama e logo bagunçou os próprios cabelos antes de sorrir.

— Vá tomar um banho, temos uma transmissão ao vivo para fazer.

Aquilo assustou Jeno, mas apenas assentiu indo até o banheiro. Renjun pegou o notebook do coreano apenas para ir até o Instagram e ficar por lá enquanto o esperava. Sabia que aquela decisão podia mudar muita coisa, e se sentia nervoso ao falar abertamente com tantas pessoas sobre sua sexualidade. Então após uns longos minutos e um Jeno se arrumando, logo os dois estavam sentados juntos na cozinha e com o notebook posicionado nos dois. Renjun iniciou a sessão ao vivo, sorrindo juntamente há Jeno. Era claro que aquela forma não era a exata de se pronunciar, mas depois de dois dias era o máximo que Renjun iria fazer já que a empresa não ligava para nada. Em menos de vinte minutos já tinha mais de cinco mil pessoas, apenas fazendo perguntas enquanto os dois pareciam olhar.

— Bom, eu não sei como começar, mas o primeiro de tudo que eu queria falar é um boa noite pra vocês. — Renjun disse arrumando melhor o notebook. — Vocês devem estar se perguntando oque tá acontecendo, se é verdade ou não, mas digamos que é verdade, tudo ou pelo menos a metade do que está rolando. Jeno e eu estamos felizes em finalmente estarmos nos assumindo para os nossos fãs, e mesmo sabendo que muitos desaprovam, a gente queria deixar claro algumas coisas bem específicas.

— A gente também fica feliz em ver o apoio de vocês. Não esperávamos essa reação de certa forma, eu fico muito agradecido pelo imenso carinho que vocês dão. — dessa vez Jeno se pronunciou, podendo ler os comentários.

— Antes de tudo queríamos dizer que essa transmissão é apenas para esclarecer as coisas. Não vamos responder perguntas ou algo do tipo. Apenas não queríamos deixar dúvidas de que estamos juntos, e que de certa forma não dá pra desfilar nos palcos sendo uma coisa que não é. Estávamos inquietos e muito eufóricos com a reação das mídias. Não era para nada disso ter acontecido dessa forma e a gente pede desculpas pelo constrangimento e pelo oque vocês devem ter pensado. Ficamos muito gratos pelo carinho e apoio, por isso logo, logo estaremos voltando com novidades.

Agora a grande coisa era o simples fato de encerrarem aquela transmissão mais tranquilos. Renjun perdeu a conta de quantas marcas de maquiagem encerraram o patrocínio, e sabia que Jeno havia passado pelo mesmo. Estavam calados, porém mais tranquilos pela calmaria que — talvez — os dois tivessem.

— Fazer isso foi uma loucura. — Jeno comentou, olhando Renjun em seguida. — Me sinto, mais melhor, de alguma forma.

— Eu também... Espero que minha mãe tenha visto essa live apenas pra mostrar pra ela que eu não tô tão mal quanto aparentou estar. — disse animado vendo a expressão de Jeno mudar. — Seu pai não aceitou?

— O meu pai não tem que aceitar nada, não sou uma propriedade dele.

— Você tem razão, mas a gente podia esquecer isso, que tal? — aquela pergunta era muito sugestiva. Jeno se inclinou e deixou um selinho nos lábios rosados do chinês.

— Vai pro meu quarto bebê, já chego lá.

Renjun apenas sorriu em concordância saindo andando em direção aos aposentos do Lee. Jeno foi até a porta de seu apartamento e trancou, desligou as luzes e subiu as escadas, sentindo seu celular vibrar dentro do bolso. Assim que pegou e viu  o nome de Minjeong, Jeno apenas suspirou e deu meia volta para ir até a sala, atendendo a chamada da garota.

“— Amanhã eu quero ver você, vamos conversar.”

— Eu tenho compromisso amanhã Min, não podemos nos ver depois? Sabe que agora mais do que nunca eu preciso cuidar da minha carreira.

“— Pensava bem antes de namorar o problema chamado Huang Renjun. Jeno você sabe mais do ninguém que eu não confio nesse chinês de nenhuma forma, principalmente por ele ser colega daquela tal de Ningning.”

— Se eu disser que passo aí amanhã, você me deixa em paz?

“— Claro que sim, tenha uma boa noite, priminho.”

Jeno suspirou mas se arrepiou ao ouvir o gemido alto e sofrêgo vindo do quarto. Mordeu os lábios largando o celular enquanto subia as escadas podendo enfim entrar em seu quarto e ter o deslumbre de ver Renjun completamente suado, se tocando e melecando os próprios dedinhos. Retirou a camisa grande que usava e se aproximou do chinês, retirando a mão deste do membro ereto, o obrigando a lhe olhar.

— Não autorizei que se tocasse sem mim, bebê. Quer ser punido, é isso meu doce?

— V-Você estava demorando. — falou emburrado, ganhando uma risada alta de Jeno.

— Demorei tanto ao ponto da vadia não se contentar em esperar, não é mesmo, amor? — deslizou a mão grande até às coxas branquinhas do chinês. — Eu poderia facilmente te amarrar nessa calma e te soltar amanhã cheio de manchas no corpo. Mas digamos que eu preciso do meu hyung lindinho sendo um bom menino hoje, ok?

— Eu sempre sou um bom menino. — desse vez Renjun saiu de perto de Jeno, engatinhando até a cabeceira da cama, fazendo questão de expor o bumbum branquinho livre de marcas. — Por isso eu quero mudar os papéis hoje.

— Você sabe muito bem o que ganha se me desobedecer e ser um menino mau.

— Oque está esperando pra pegar logo seu cinto, hum? Hoje você vai deixar de conversinha e vai obedecer o seu hyung.


Notas Finais


Gente qualquer mísero erro perdão viu, pq agora sim que vai vir os espinhos da rosa👀


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