Eu estou com medo, Min... Me tira daqui. Me ajuda!
Quem eu sou? Pois bem, isso não é demasiadamente importante. Você descobrirá, e a cada vez que ver um desenho se formando nas vidraças de suas janelas em um dia no qual a nevasca se mostrar extremamente intensa, lembrará que eu existo. Um dia reservado para meros mortais que se prendem sob suas mantas felpudas e quentes, a fim de se proteger do frio tão excessivo que queima.
Engraçado, não é?
Eu não duvido do que seres assim possam pensar a respeito disso, afinal eu nunca os achei interessante.
Por que eu me interessaria por pessoas que sequer podem me ver? Eu passo por elas todos os dias, procuro uma forma de contato, mas nada muda; ignoram-me.
Passei a ser um garoto solitário, acompanhado apenas pelos flocos de neve que me protegem e por isso acabaram se tornando meus amigos, confio neles veemente. Em minhas mãos, carrego uma espécie de cajado mágico. E de fato, ele é meu melhor amigo.
Eu não sou louco.
Meus pés descalços caminham tranquilamente pela neve, absorvendo-a como uma forma de energia que me vigora a cada dia. E nesse mundo sem cor, gelado e solitário, eu estou condenado a viver o resto da minha vida.
Novamente, tal fato acaba se tornando triste, porém se tornou uma espécie de passatempo, onde me dedico à horas e mais horas de momentos nos quais os meus instintos peraltas brincam com a sanidade e a coragem dos mortais.
Nada é mais gratificante do que assistir as facetas expostas pelos humanos ao verem desenhos perturbadores se formando em meio a neve, ou ver o frio ganhando vida própria.
No inverno, eu comando as forças da natureza.
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