História Robin - Caçado

Eu peguei o Redbird, dirigi cinco milhas e agora eu estou rendido por um policial com uma espingarda.
- Abaixe essa arma e eu vou explicar tudo - eu disse
- A arma fica onde eu quiser que fique - indaga Carabina Jones, o policial que me rendeu - Agora me conte a sua história, Speedboy.
- Em primeiro lugar, eu não sou um Speedboy.
- Então quem você é?
- Eu sou Robin.
- Robin? Robin o quê?
- Você sabe, Robin. De Batman e Robin.
- Batman? - diz ele levantando a arma - Eu já li sobre ele nos jornais, e eu acho que você é o garoto que ajuda ele.
- Exatamente. E eu estava indo atrás dos Speedboyz também, por minha conta, só que você me jogou pra fora da pista.
- E logo depois disso nós iremos comer leite com biscoitos - ele debochou
- Ei! Eu te contei quem eu sou.
- E você pode contar mais uma vez na delegacia.
Só tem uma maneira de escapar, e essa maneira é o gás regurgitador do meu cinto de utilidades. Não vai machuca-lo, mas ele vai rever o jantar. É agora ou nunca, eu lanço o gás nele e entro em meu carro.
- Seu filho da... - diz ele antes de vomitar
Eu logo volto para a estrada. Não é como se eu não pudesse correr o risco de ser interrogado. Tem tantas coisas que eu odeio em usar essa máscara, a máscara te liberta de várias coisas, mas também te priva de outras, ela faz você mentir para todos que ama, como meu pai, onde quer que ele esteja. Não pense sobre isso, Bruce disse que iria encontra-lo, e ele vai, pelo menos eu prefiro acreditar que sim. Eu tenho que acreditar que tudo está certo no mundo.
...
Em casa eu estou em uma ligação com Ariana.
- Houve uma feira ucraniana no Parque Gateway hoje, eu ajudei o meu tio. Foi bom mesmo você não ter vindo, estávamos muito ocupados e nós não teríamos um tempo só nosso. Eu vou te ver hoje à noite, Tim? Podemos ver aquele filme que você queria em Chinatow... - ela diz
- Eu receio que não, Ari. Eu preciso fazer algumas coisas em casa.
- Tipo o quê?
- Uma coisa que eu devia fazer ontem, mas eu não pude devido ao nosso passeio. Ari, eu tenho outra ligação, você pode esperar?
É o Alfred, talvez tenha notícias do meu pai.
- Ari, eu tenho que ir, é importante. Eu te ligo amanhã, tudo bem?
- Claro, tchau - ela se despede
- Alfred! - eu digo atendendo a ligação - Ai cara, é ótimo ouvir sua voz de novo. Onde você está?
- Inglaterra - responde o mordomo
- Como você está? Como está Bruce?
- Como você deve estar pensando, ele está exagerando, e eu estou preocupado. Agora ressuscitando suas esperanças, seu pai ainda está vivo, e eu suponho que estejamos bem próximos de encontra-lo.
- Ótimo!
- E como vão as coisas aí em Gotham?
- Bem, muito boas, eu acho.
- Pelo seu jeito não está falando a verdade, mestre Tim. Agora como estão as coisas por aí?
- Péssimas, Jean Paul está levando tudo a sério de mais, eu fui banido da caverna e ele está cortando a noite como papel!
-  Você precisa da gente de volta?
- Não, não se preocupe. Eu tenho que ir agora, você sabe, coisas pra fazer.
- Tome cuidado.
- Vocês também, e por favor... encontrem meu pai - eu falo desligando o telefone
Eu saio de casa e parto para o celeiro, para pegar o Redbird. Nenhuma palavra real do meu pai. Alfred está tentando ser encorajador, mas não há emoção em sua voz. Eu não estou me sentindo muito bem com essa carreira solo, eu devia fazer parte de um time, não ser mantido em uma prateleira. O plano não está funcionando. Só ficar dirigindo e procurando os ladrões de carro não vai funcionar. Os Speedboyz não estão brincando, eles estão em negócios. O real lucro em roubar carros, é vender suas partes. O que significa que eles tem um lugar para vender as peças perto de um píer em algum lugar. E um lugar onde ninguém perceba os carros por muito tempo. Como o terminal de óleo Luxor, um estudo sobre impactos ambientais fechou ele a dez anos. Chegando lá luzes acesas, barulho de martelos. O Menino-Prodígio faz isso de novo. Eu vou terminar isso rápido e ir logo pra casa, amanhã eu tenho aula, e eu não quero perder o ônibus de manhã. Quando entro no terminal, parece Detroit em marcha ré. Alarme de carro, alguém está mexendo no Redbird, mas eu não devo me preocupar, ele pode se cuidar sozinho. Então o alarme para e eu ouço um grito, é ele se cuidou e provavelmente deu um choque em quem estava mexendo nele. Eu estou mais preocupado em ficar na detenção.
- O que foi isso? - diz um dos assaltantes claramente ouvindo os gritos de quem estava mexendo no carro
- Veio lá de fora - diz outro
Todos foram pra perto do carro, isso vai ser divertido. Eu pego o controle remoto do carro e faço ele se mexer, eles com certeza não se chamam Speedboyz porquê pensam rápido. Esses caras são muito exaltados para mim. Vou ver o que eu posso encontrar e depois chamar os policiais. Pelas pilhas de pneus eu vejo que os negócios vão bem. Vou até o computador procurar registros de compras. Muito bom, eles fazem negócios com várias partes do mundo. Eu já vi muito por hoje. Então de repente alguém me puxa, o cara é gigante! Como eu não pude ver ele se aproximando? O grandão me arremessa em uma pilha de pneus. Da próxima vez vou procurar alguém do meu tamanho. Ele pega uma chave inglesa. Isso tá ficando sério, Tim. Esse cara vai me matar! Ele tenta me acertar.
- Parece que o grandalhão não trata muito bem os visitantes - eu brinco - o que acha de um pouco de óleo? - eu jogo uma lata de óleo em sua cara
Eu subo pela pilha de pneus, quanto tempo será que eles aguentam? Com o grandão aqui, não muito! Então eu me lembro que eu não estou sozinho, eu vou chamar meu companheiro de quatro rodas, o Redbird! Assim que ele chega o grandão vai ao chão. Eu nunca vou conseguir tirar as marcas do carro. Agora eu pego o Redbird e saio antes que os Speedboyz chegue... Tarde de mais, eles chegaram! Muitos caras, todos armados, eu uso minha rapidez e meu bastão como vantagem, pois como eu disse eles são bem exaltados, ninguém iria esperar que um garoto de 14 anos estragasse seus planos, mas é como Bruce sempre diz, não importa quantos anos você tem, e sim como você os usa! Depois de derrubar esses caras o Xerife do condado de Gotham pode cuidar disso. Essa é juridição deles. Agora eu tenho algumas horas de sono até o despertador tocar.