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História Rolwse Academy of Magic ( INTERATIVA) - Especial: União


Escrita por: Temomen_Orim

Notas do Autor


É isso. O fim. Feliz natal a todos e um maravilhoso ano novo :3

Capítulo 159 - Especial: União


Chegamos ao fim. Foi uma longa jornada até e estou feliz de finalmente poder estar de fato encerrando essa história.

Falando nisso, eu mesmo irei narrar esse capítulo. Eu mesmo, Alditore (Não é meu nome, mas ok, é assim como vocês me conhecem aqui). O motivo para isso é simples, no geral Aizan não narra especiais, isso ficou bem definido após um tempo. Tendo em mente que os especiais são narrados por outros personagens, apresentando seus pontos de vistas, serei obrigado a dizer (Isso aqui tá uma p…) que não é viável fazer o mesmo aqui, porque são muitos personagens e muitos pontos de vistas, então ficaria estranho a “primeira pessoa”. Então, que narrador colocar? Para manter as coisas parecidas com o habitual, mas sem o Aizan, eu decidi narrar como eu mesmo. E sim, existem diferenças entre mim e o Aizan como narradores, mas deixarei que vocês notem essas diferenças ao longo deste capítulo.

Vamos começar então.

 

Axis; Palácio Real de Dracma; Escritório do Rei;

Então, aqui estamos no escritório do Rei de Dracma. Vocês sabem que é o Isaac. Falando rapidamente sobre o escritório em si, se trata de uma sala não muito grande com uma grande escrivaninha de madeira bem antiga (Daquele tipo de móvel que vocês encontram na casa dos seus avós. Isso se eles forem apegados a mobília) e um grande armário de duas portas, encostado na parede atrás da escrivaninha. Sobre essa escrivaninha ficava um computador que quase sempre permanecia desligado, o resto do espaço era ocupado por documentos, alguns já analisados, outros não.

Mas vamos ao que interessa aqui, é o nome dele é (John Cena) Isaac. Nosso Rei estava fazendo seu trabalho chato de verificar documentos e assiná-los, quando sentia que era necessário. Então alguém quebra o silêncio da sala ao bater na porta.

— Entre — Isaac fala sem desviar os olhos de seu trabalho.

A porta se abre e uma mulher de cabelos loiros, vestida em roupas bem formais (Uma camisa de botões branca e uma calça preta). Seus olhos castanhos encaram o de Isaac e um sorriso natural surge em seu rosto.

— Estou atrapalhando? — Ela pergunta um pouco sem graça. Trazia uma pasta que obviamente significava mais trabalho.

— De maneira alguma Myra. Por favor, sente-se.

Isaac indicou a cadeira para ela sentar-se e assim ela fez. Tenho certeza que alguns não devem lembrar da Myra, mas não temam, eu estou aqui para lhes lembrar. Myra é a filha de Cutter (Ok, agora vocês devem estar se perguntando quem é Cutter), ninguém menos que o homem que matou Aletha Crowley, mãe de Sarah. Cutter teve seu fim trágico por fazer negócios com os seguidores de Attano (O segundo Attano) e Sarah tomou Myra como sua protegida desde então. Não era uma adoção, então Isaac e Sarah não enxergavam Myra como uma filha, nem ela enxergava os dois como pais. Funcionava como uma relação de tios e sobrinha. Myra cresceu e tornou-se escritora de um famoso jornal de Dracma, que por muito tempo foi uma dos grandes aliados de Isaac e Sarah na política. Por muito tempo…

— Olhe isso — Ela disse ao jogar a pasta sobre a mesa — Todas as minhas matérias foram rejeitadas. Eu não tenho nada publico há quase dois meses. Vou acabar sendo demitida.

— Qual o problema? Porquê eles não publicam seus textos?

— Você sabe bem o problema. De repente todos se tornaram contra a monarquia e estão implorando para que Letho, ou pelo menos Axis, se torne como Rorche.

— Já conversamos sobre isso… — Isaac falou com um suspiro cansado. Não queria voltar a esse assunto que já o perseguia há um certo tempo.

— Eu sei. Não estou cobrando isso de você. É só que se torna injustiça quando eles me impedem de trabalhar por causa da minha posição política, que não é nem um pouco ofensiva.

— Talvez suas matérias…

— Não — Myra cortou a fala de Isaac de maneira rude — Elas não falam sobre política ou algo assim. E eu nunca expus minha opinião em algo que eu escrevo para o jornal, sou imparcial, como eles deveriam ser — Ela respirou fundo tentando se acalmar. Levou a mão a sua testa e afastou os cabelos para trás — Me desculpa Isaac, eu sei que você não pode fazer muito sobre isso. Mas é que eu estou com medo. Escrever é o que eu amo fazer e eu sempre fiz isso. Eu estudei para isso.

— Eu sei o quanto você se esforçou. Mas não se preocupe, você é talentosa e se dedica. Mas essa é uma época difícil para você, acontece. Apenas persista e lembre-se, se você precisar deixar Axis, ou até mesmo Letho, para seguir seus sonhos, eu não vou te segurar aqui.

— Estou aqui porque eu quero. E não me fale em “época” difícil — Agora Myra passou a usar uma voz mais calma e atenciosa — Como você está lidando com tudo isso?

— Apenas lidando…

— Você fez tanto por todo mundo e agora eles querem apenas esquecer disso e ficar contra você.

— Não — Isaac riu — Não é que queiram esquecer, eles lembram. Mas toda essa “revolução” vem dos mais jovens. Não posso culpá-los, eles vêem o futuro e não me conhecem. Deve ser entediante para eles pensar que apenas uma família mantém todo o poder sobre um país assim. Pra eles é realmente um sistema ultrapassado.

— Mas isso não justifica os ataques contra você. Você é o melhor rei que já tivemos e uma pessoa maravilhosa. Eu sei disso, eu queria todos pudessem enxergar isso.

— Pessoas que não gostam de mim nunca foram um problema, não pra mim.

— Mas olhe para você. Está visivelmente cansado, com olheiras. A quanto tempo não dorme?

— Bem, acho que eu dormi umas duas horas… nesses três dias…

— Duas horas em três dias?! — Myra levantou-se bruscamente da cadeira — Faltam cinco dias para um dos eventos mais importantes de sua vida e você dormiu duas horas nos últimos três dias?!

— Eu só estou adiantando o trabalho justamente para estar livre….

— Nem pensar! Você vai dormir agora!

— Serio? — Ele a encarou e sorriu. “Ela me trata como uma criança” Pensou.

— Agora.

Myra era realmente uma pessoa doce, a não ser que ela decide algo, quando isso acontece ela não para até conseguir o que quer. Mas isso é a maior qualidade dela e as pessoas que a apoiam sabem disso.

— Tudo bem… — Isaac falou enquanto erguia os braços de modo cômico, simulando que estava se rendendo — Eu irei dormir agora.

— São onze horas da noite.

— Onze horas? Eu pensei que ainda fosse umas cinco.

— Pois é, você não tem mais nem noção do tempo que passa aqui.

— Mas você tem, já que veio me procurar aqui, mesmo sendo onze horas.

— Uma certa pessoa que eu gosto muito mencionou algo sobre outra pessoa que eu gosto muito não está dormindo direito. Então vim ver se era verdade.

— Terei que descobrir quem é essa pessoa.

— Boa sorte com isso. Eu vou indo e você… Já para a cama!

— Não prefere dormir aqui? Já está tarde.

— Não se preocupe comigo. Além disso, os níveis de violência nunca foram tão baixos. Dracma é praticamente um paraíso.

— Nunca é ruim se preocupar um pouco. Ao menos peça para algum dos empregados te deixar em casa, vou me sentir melhor assim.

— Tudo bem. Até logo Tio.

— Até logo Myra.

 

Axis; Palácio Real de Dracma; Aposentos Reais;

Ok, de um local de trabalho para um local de descanso. Agora acompanhemos Sarah. Como foi mostrado vários capítulos atrás (Não me lembro quantos), Sarah é a figura pública do governo, enquanto Isaac trabalha, na maioria das vezes, apenas em seu escritório. Sei que pode parecer estranho, já que Isaac lida melhor com as pessoas do que Sarah, mas imagine o quão cabeça quente ela ficaria se tivesse que passar o dia em uma pequena sala (Não seria bom).

Sarah retirou suas roupas do corpo e as jogou sobre um grande sofá que havia ali. Foi ao grande guarda-roupas de madeira (Tão grande que por muitas vezes suas filhas brincavam ali dentro. Sarah sempre brigava quando isso acontecia, já Isaac apenas achava engraçado) e alcançou um de seus finos vestidos de seda que usava para dormir. Livrou-se do sutiã o jogando sobre as roupas que foram jogadas na cadeira, então vestiu-se para dormir.

Jogou-se de qualquer modo sobre a cama, ocupando o espaço que pertencia a ela e o espaço que pertencia a Isaac. Nas últimas semanas ela quase nunca o via chegar para deitar e dormir, por vezes Sarah tentou esperar, mas caiu no sono. Tornou-se um costume, ela já não se preocupava em deitar-se do modo correto, Isaac sempre dava um jeito de coloca-la em uma posição correta depois e fazia isso sem acorda-la.

Mas nessa noite a porta se abriu.

— Olá — Isaac cumprimentou assim que entrou.

— Meu amor… — Sarah levantou-se de imediato, o encarando como se não o visse há muito tempo.

— Oi… Você está bem? Parece que viu um fantasma.

— Quase isso. É que faz tempo que você não vem dormir tão cedo.

— É… Eu estive ocupado. Mas um certa pessoa que eu gosto muito disse que outra pessoa que eu amo muito mencionou algo sobre mim estar trabalhando excessivamente.

Sarah riu.

— Mal posso imaginar quem foi.

— Aposto que você tem bastante orgulho dela.

— A Myra me lembra que sou capaz de perdoar, pelos menos uma parte de mim. Ela me ensinou muitas coisas.

— Você a ajudou.

— Sim… Mas ela acabou me ajudando indiretamente.

Isaac despiu-se também, ficando apenas com as roupas de baixo. Então ele sentou-se ao lado de Sarah e ela logo foi para trás dele e o abraçou, apoiando a cabeça sobre o ombro dele.

— Sabe que eu sinto sua falta — Sarah disse o apertando um pouco.

— Me desculpe. Você sabe que eu não…

— Eu sei que você não quer me deixar assim, me sentindo sozinha. Mas isso não muda os fatos.

— E o que eu tenho que fazer?

— Primeiro… — Sarah o puxou para baixo, fazendo com que ele se deita-se — Agora você pode me abraçar por trás, você sabe que eu gosto.

Sarah o largou e virou-se para o outro lado. Logo Isaac a abraçou como ela pediu, colocando o corpo ao dela e a beijando de leve no pescoço. Fazia um tempo que os dois não tinham momentos mais íntimos, Sarah se arrepiou com a sensação e murmurou.

— Eu te amo — Ela disse tentando encaixar-se ainda mais ao corpo dele — Já faz um tempo Isaac. Você está afim de… Isaac?

Então Sarah percebeu que ele havia dormido. Por alguns breves segundos ela ficou com raiva, mas a raiva se tornou decepção e logo a decepção tornou-se conpreenção.

— Você está cansado… Como sempre… — Sarah apenas aconchegou-se nele e fechou os olhos enquanto dava um leve suspiro — Boa noite. Você ainda vai ter que me compensar por todas essas noites.

 

Manhã seguinte; Axis; Palácio Real de Dracma; Jardim do Palácio;

O jardim do palácio era tão calmo que nem parecia ser parte de uma cidade grande como Dracma (Claro que ele nem se compara ao jardim do Castelo dos Ligths em Lutheria. Graças a Rainha Helena e seu grande conhecimento em flores). Era por esse motivo que Nyu passava a maior parte de seus dias nele. Ou melhor dizendo, dos dias que ela estava ali em Dracma. E já faziam quase três meses inteiros.

Ela gostava de estar ali, principalmente por causa de Freya e Jodie. Nyu tinha um amor incondicional por suas sobrinhas. Na verdade, por crianças.

— Tia! — Jodie gritou no mesmo momento que agarrou-se as costas de Nyu.

— Oh! Você me assustou.

— Me desculpe.

Nyu a agarrou trazendo-a para seu colo.

— O que está fazendo minha linda?

— Papai disse que ia passar algum tempo comigo, mas acho que ele está trabalhando de novo.

— Isaac nunca muda… Nesse tempo todo que estive aqui só o vi umas duas ou três vezes.

— Você pode ir ao escritório e vê-lo.

— Eu não gosto de atrapalhá-lo.

— Aí está você! — Disse Isaac.

Ele surgiu por trás delas, dando outro susto em Nyu, assim como Jodie tinha acabado de fazer. Ele riu ao notar o que tinha feito, não fora de propósito.

Jodie largou Nyu e saltou para os braços do pai, que a segurou e a ergueu sobre sua cabeça, colocando-a sobre seus ombros sentada.

— Me desculpe Nyu, não queria te assustar. Na verdade, eu nem sabia que você estava aqui.

— Parece que você esteve ocupado o suficiente para não dar atenção para sua própria irmã.

— Não jogue isso em minha cara como se eu estivesse fazendo de propósito. É sempre bom ter uma visita sua. Quando você chegou?

Nyu olhou para Jodie, que também a encarava. Ambas riram uma para a outra, deixando Isaac sem entender bem a situação.

— Eu perdi algo aqui? — Ele perguntou.

— A tia Nyu está aqui já a muito tempo — Jodie disse.

— Então, você está aqui desde daquele dia. Aconteceu algo Nyu? Isso não é normal.

— Bem… -- Nyu baixou a cabeça por um momento — Eu tive uma pequena… desavença com o Frantz. Então eu pensei em ficar aqui e dar a ele um tempo para ele pensar no que ele está fazendo… É isso.

Nyu cruzou os dedos das mãos e tentou não encarar Isaac. Não era a intenção dela correr para lá e esperar que seus problemas fossem resolvidos por outras pessoas, essa era a ultima coisa que ela queria na verdade. Porém ela teve que ser sincera quando Isaac perguntou, não sabia como mentir para ele.

— Você quer conversar sobre isso?

— Sim… e não… Eu não vim aqui pedir ajuda. Eu só queria dar um tempo e ficar com meus sobrinhos. Se eu estiver sendo um incomodo eu posso…

— Não tia! — Jodie esticou os braços para tentar alcançar Nyu — Por favor não vá embora. Pai, ela não está atrapalhando em nada, certo? Ela pode ficar?

— É claro que a Nyu pode ficar — Isaac sorriu e desceu Jodie de seus ombros — Agora você. Sei que prometi que iria passar um tempo com você agora de manhã, mas eu realmente preciso conversar com sua tia.

— Eu não vou atrapalhar vocês dois…

— Jodie, é uma conversa entre adultos.

— Hum… — Ela bufou — Agora você pareceu a mamãe.

Isaac e Nyu riram.

— Porque você não fica com a Freya essa manhã?

— A Freya é chata… Joshua não larga os amigos dele pra brincar comigo. Issis está viajando. E…

— Você esqueceu do Magnus, certo?

— Ele está com uma amiga… Não sei se é uma boa ideia.

— Garanto que ele não vai se importar de ficar com você.

— Ok, então. Irei procurar o Magnus. Mas eu ainda quero passar um tempo com você, pai.

— O que acha de sairmos mais tarde para tomarmos sorvete?

— Podemos?! — Jodie perguntou animada dando uns pulinhos.

— Assim que eu terminar de conversar com sua tia, irei falar com sua mãe e ver se ela está livre, assim vamos todos juntos. Combinado?

— Sim!

Isaac ergueu o punho em direção a Jodie, que logo fez o mesmo socando o punho do pai em cumprimento. Então ela saiu dali, correndo rápido em direção ao Palácio.

— Ela se parece muito como você — Disse Nyu sorrindo — Eu sei que Magnus também se parece com você, mas Jodie. Ela vai ser uma versão feminina sua quando crescer.

— Entre todos ela é a que mais exige minha atenção. Outra com personalidade forte, acho que todos puxaram a Sarah nesse aspecto.

— Magnus e Freya são bem calmos. Issis também.

— Ah, Issis é um doce de pessoa até estar irritada. Quando isso acontece ela pode ser pior do que a Sarah.

— …

— Nyu — Isaac sentou-se ao lado dela e passou a mão sobre seu ombro em um pequeno abraço a puxando para perto de si — Acho que você quer falar agora, irmã.

Nyu o abraçou de volta e os dois ficaram assim por algum tempo, sem falar nada.

— Eu sou mais do que feliz de poder te chamar de irmão — Nyu disse por fim — E por poder chamar a Sarah de irmã. Mais ainda por ter cinco sobrinhos maravilhosos. Enfim… Eu sou feliz por poder fazer parte da sua família. Mas… Eu queria ter a minha própria…

— Você quer dizer… Filhos?

— Sim. Mas Frantz não quer isso… No inicio eu aceitei esse lado dele, mas a medida que eu vi todos os meus amigos tendo filhos, mais ainda quando eu pude segurar Joshua e Issis em meus braços, eu soube que queria ter isso pra mim. Eu queria sentir esse amor. Tentei convencer Frantz tantas vezes… Só fiquei cansada. Cansada de apenas ele ter uma opinião final em tudo que fazemos.

— Isso é… complicado. Eu acho, não é algo que eu deva me intrometer.

— Eu jamais pediria que você fizesse isso. Eu só… queria desabafar…

— Você não falou com Sarah sobre isso?

— Sim. Ela foi… uma pouco mais radical e disse para eu me divorciar.

Isaac não conseguiu conter o riso.

— O que esperar da Sarah? Mas, você já tentou entender os motivos do Frantz?

— Ele tem medo… Frantz perdeu sua namorada antes de me conhecer. Ele disse que depois disso pensou que não valia a pena viver, ele estava esperando sua própria morte por um tempo. Mas Alexia e Alina o encontraram e veio para Letho com elas em busca de vingança.

— Então ele te encontrou.

— Não sei como, mas ele sempre me disse que eu lembrava a pessoa que ele perdeu. Todos nós vamos embora algum dia… Eu queria fazer com que o Frantz entendesse que esse medo dele está o impedindo de viver.

— Você é a única que pode resolver isso com ele — Isaac suspirou — Então é por isso que Frantz nunca foi muito “sociável” com os outros.

— Me desculpe se pareceu que ele tinha algum problema com você.

— Não, eu nunca pensei dessa forma. Tudo o que eu sei é que ele gosta muito de você, isso sempre foi o suficiente para mim. Mas, talvez o problema de Frantz seja exatamente que ele se apegue somente a uma única pessoa. A dor de uma perda sempre será a mesma, mas são justamente as outras pessoas com a qual nos importamos que nos ajudam a seguir em frente.

Nyu o abraçou mais forte ainda.

— Obrigada irmão. Acho que isso é exatamente o que o Frantz precisa ouvir.

 

Axis; Palácio Real de Dracma;

Então, não estou especificando o local exato porque nem mesmo eu pensei nisso. Mas é um grande salão, um que é usado em algumas ocasiões especiais, como festas (Sim, eles tem isso no Palácio). E nesse dia em particular as coisas estavam barulhentas. Guitarras, uma bateria, simplificando: Uma banda (Ou quase isso).

Joshua levou seus amigos para o Palácio. Já fazia algum tempo desde que ele sonhava em ter uma banda.

— Esse lugar é realmente grande. Um dos privilégios de ser filho do Rei, eu acho.

— Cala a boca Bob! — Joshua disse mostrando o dedo do meio para ele — Ninguém escolhe a família na qual nasce.

— Bob não disse nesse sentido. Você é uma vítima desse governo ditatorial tanto quanto todos nós — Disse outro, o qual chamavam de Mite (Esse não era seu nome de verdade).

— Ei, minha irmã tem reclamado a semana toda. Ela fala todo dia sobre uma jornalista que defende a monarquia. Da pra acreditar? Como eles deixam alguém assim escrever? — Bob falou cuspindo as palavras — Acredita nisso Thy?

— Que merda cara… — Thy respondeu (E sim, Thy também não é o nome verdadeiro desse cara).

— Deve ser a Myra — Joshua suspirou.

— Você conhece ela?

— Ela é meio que minha prima.

— Mesmo? — Bob perguntou — Não sabia que o Rei ou a Rainha tinham irmãos.

— Meus pais não tem irmãos. Tem a Nyu, mas, ela não é realmente a irmã do meu pai. Eles apenas se consideram assim e eventualmente ela chama minha mãe de irmã. Já a Myra é só alguém que minha mãe ajudou. O pai da Myra morreu e minha familia cobriu os custos dela até que ela terminasse seus estudos.

— Que porra cara! — Mite exclamou — Então o Rei e a Rainha escolhem que eles vão favorecer? Isso é errado.

— Eles colocam uma vadia dessa para ser jornalista e…

— Ei! Não fale da Myra assim! — Joshua gritou interrompendo Bob — Ela é minha prima!

— Cara, ela não é sua prima de verdade…

— Não importa! Não fale dela assim!

— Ok… Entendi…

De repente a porta do salão se abriu e Isaac entrou. Os amigos de Joshua ficaram um pouco assustados, mas ele largou a guitarra que segurava e foi até seu pai.

— Algum problema pai? — Perguntou de modo desafiador.

— Nenhum. Eu não sabia que estava com seus amigos aqui.

— E dai?

— Eu já disse que não há problemas — Isaac desviou o olhar de Joshua para os amigos dele e então acenou — Oi. Espero que estejam bem.

— Vamos ter que nos ajoelhar ou algo assim? — Mite perguntou.

— Não. De modo algum. Fiquem a vontade…

— Pai! Você já acabou? — Joshua perguntou irritado.

— Porque você está irritado?

— Você está me atrapalhando.

— Jodie queria sorvete. Então eu falei com sua mãe e ela tem um tempo livre. Como nunca estamos todos juntos eu pensei em lhe chamar para ir. Mas vejo que você está…

— Ocupado. Sim, eu não vou. Mesmo que eu não estivesse, o que faz você pensar que eu iria em um programa de família assim?

Isaac encarou Joshua seriamente.

— Conversamos quando eu voltar.

— Sai logo daqui… — Josua praguejou enquanto observava Isaac ir embora — Idiota…

 

Axis; Dracma;

E aqui estamos na sorveteria, mas não acompanhando quem vocês pensam. Em vez de uma grande família feliz, temos algumas mulheres e um único cara (O que não é muito diferente de Isaac… Mas não se trata dele). Acho que vou deixar vocês descobrirem de quem se trata pela frase.

— Eu não estou querendo me gabar. Mas, eu sei fazer um sorvete tão bom quanto isso. Maria pode confirmar. Qualquer dia eu tenho que mostrar para vocês, minhas queridas. Oh! E meu querido, não quis te deixar de fora Antonie.

Preciso dizer que se trata da Merlin? (Ah! Essa mulher maravilhosa). E se tiverem prestado atenção agora sabem que o Antonie também está presente, e onde tem Antonie, tem… Barbara.

— Tenho certeza que ele não se importou com isso — Barbara disse dando uns tapinhas no ombro de Antonie — Mas eu vou querer esse sorvete caseiro! Algun dia.

— Você não vai se arrepender — Garantiu Maria — Desde que entrou no conselho minha mãe usa o tempo livre para aprender várias coisas, como cozinhar. Quando eu e a Gabriela éramos mais jovens ela não tinha tanta habilidade na cozinha.

— Não seja tão rude… — Pediu Merlin um pouco cabisbaixa.

— Vocês duas parecem um pouco sérias demais — Disse Barbara se referindo as outras duas pessoas (Surpresa), que estavam à mesa — Algum problema? Vocês estavam mais animadas na viagem.

Instintivamente Jullie agarrou a mão de Issis antes de falar.

— Eu estou mais do que feliz — Jullie disse — Mas não posso deixar de ficar nervosa. O grande dia se aproxima.

— Tenho certeza que será o dia mais feliz de todos — Disse Issis pousando a cabeça sobre o ombro de Jullie — Não há porque se preocupar.

— Awwwn — Barbara fez apertando suas próprias bochechas com a palma de suas mãos — Essas duas são tão lindas.

Jullie e Issis riram.

— Você é sempre um doce Mestre Barbara — Issis disse — Que bom que nos encontramos em Lutheria. A viagem teria sido bem menos divertida sem todos vocês.

— Ficar sozinha comigo não é divertido? — Jullie perguntou encarando Issis.

— Não começa… Nos conhecemos o marido da Mestre Bárbara, além da Senhora Merlin. Diria que a viagem foi bem melhor do que esperávamos. Mas eu não estou dizendo que seria ruim caso fossemos só nós duas. Estamos acostumadas com isso, não é?

Jullie apenas sorriu em resposta.

Houve uma pequena agitação nas pessoas ao redor, algo bem repentino. Muitas conversas e sussuros que antes não estavam ali.

—  Bom… Isso é inesperado — Disse Isaac — Vocês certamente são as ultimas pessoas que eu esperava encontrar aqui.

— Pai? — Issis disse surpresa, não esperava de modo algum encontrar Isaac ali e esperava ainda menos encontrar… — Mãe? Espera… Magnus… O que está acontecendo aqui?

Jodie correu e jogou sobre a irmã mais velha.

— Parece que tivemos a mesma ideia…. — Sarah fez um leve sinal de cumprimento para todos da mesa. Então voltou-se para Issis com um olhar mais rígido — Exceto sobre avisar que voltaria de viagem. O que você tem na cabeça Issis?

— Eu queria fazer uma surpresa…

— Surpresa? Você deixa Salander com a Jullie e não nos avisam que estão vindo para cá, sequer avisaram que saíram. Vocês duas são princesas, futuras rainhas. O que esperam que eu faça se vocês simplesmente desaparecem do nada e vão a lugares distantes sem avisar? E se algo acontecer?

— Elas estão bem — Disse Isaac — Isso é o que importa.

— Como sempre… Muito permissivo…

— Porque você não espera para conversar com a Issis sobre isso em um momento mais… discreto.

Sarah olhou em volta e notou não só os olhares das pessoas que conhecia, mas também dos estranhos ao redor.

— Me desculpe. Escolherei uma hora mais adequada para isso. Por enquanto vamos nos concentrar em receber nossas visitas e nosso sorvete.

O grupo que acabara de chegar — Composto por: Isaac, Sarah, Nyu, Jodie, Freya, Magnus e Triss (Sim, a filha de Mars está com eles também) — juntou-se ao que já estava ali. Isaac tentou juntar uma outra mesa a qual os outros já estavam usando, porém uma das funcionárias da sorveteria insistiu para fazê-lo. Ele acabou aceitando pois ela estava fazendo um alarde muito grande — Algo relacionado a um Rei não poder mover o mesa —. Com tudo pronto eles puderam sentar e fazer seus pedidos.

Passaram uma tarde agradável conversando sobre alguns dos acontecimentos do passado, muitos deles relacionados a época de escola da Rolwse, tanto dos mais velhos quanto dos mais jovens ( Tanto Issis quanto Joshua e Jullie — Também Zenno, irmão gêmeo de Jullie — já concluíram seus estudos na Rolwse. Nesse ano em questão estão novos alunos como: Triss, Magnus, Vernom —  Filho de Vayshan e Lys — , Albert —  Filho de Wesker e Nora —  e Henry —  Filha de Cécil e Alina). Eles riram juntos quando Freya deu lições de etiqueta para Jodie, e riram ainda mais quando ela fez o mesmo com Issis. Merlin contou sobre como aprendeu magia e ainda soltou alguns episódios vergonhosos de Maria, Gabriela e até de Isaac e Sarah.

Em resumo, foi uma tarde mais que bem vinda para todos, ainda mais para Issis e Jullie. Imaginem o quão tensas elas estão sabendo que vão se casar em alguns dias. (Ops… Falei demais?).

 

Tarde do outro dia; Axis; Palácio Real de Dracma; Jardim do Palácio;

— Sua mãe é realmente rígida…

— Me desculpa Jullie. Eu não esperava que ela fosse reclamar tanto.

— Tudo bem… Acho que nós merecemos essa.

Ambas, Jullie e Issis, ouviram boas lições de Sarah por terem simplesmente saído sem avisar da maneira como fizeram (Ainda que as duas tivessem comunicado a Helena). Sarah também mencionou que iria falar pessoalmente com Helena sobre esse episódio.

— Certamente sim, mas minha mãe exagera um pouco…

— Ela é mais… “direta”. Mas minha mãe também é rígida.

— Sua mãe é um doce.

— Um doce com você. Ela já foi bem rígida comigo em algumas situações, não que ela não tenha seu lado compreensível.

— O que estou dizendo é que sua mãe nunca foi rígida comigo, ao contrario da minha, que não mede palavras pra ninguém.

— Não acho que isso seja um lado ruim da sua mãe. Na verdade pode ser considerado uma qualidade.

— Claro — Issis revirou os olhos — O que você acha desse jardim?

— É lindo.

— Não tão lindo quanto o da sua mãe em Lutheria.

— Ela é especialista em flores, então não tem como competir.

— E você não entende nada sobre flores…

— Não puxei esse gosto da minha mãe. Além disso, desde que despertei o dragão não tive muito tempo para pensar nisso…

— Bom… — Issis sabia que tinha que mudar de assunto bem rapido. Jullie não se sentia muito bem quando tinha que falar sobre o dever de herdar o trono — Sabe o que o jardim me lembra?

Um olhar apaixonado surgiu entre as duas.

— Da primeira vez que você foi me visitar em minha casa?

— Sim…

— Eu te levei para o jardim… Ali sempre foi um lugar para o qual eu ia para escapar do mundo. Meu lugar secreto onde ninguém podia me alcançar… Exceto minha mãe, mas, continua sendo meu lugar secreto. Então… Nesse dia que eu te levei lá, eu disse tudo o que eu sentia e nos beijamos pela primeira vez.

— Sim… Jamais vou esquecer disso.

— Não tem problemas se você esquecer — Jullie empinou o nariz, com uma expressão de orgulho bem forçada no rosto — Estaremos juntas para sempre então eu vou te lembrar todos os dias.

Issis suspirou e juntou as mãos próximo ao seu rosto para esconder suas bochechas que ficaram avermelhadas. Jullie riu da cena.

— Lembra quando você me pediu em namoro oficialmente?

— Claro que sim — Issis sorriu — Não me lembro de quando e onde exatamente, mas eu me lembro do que eu te disse. “Eu quero que você seja minha rainha”.

— E eu respondi…

— “Eu serei já que você é meu sonho”.

As duas juntaram as mãos e então colaram seus lábios em um doce beijo.

— Eu conheço pessoas que pagariam para ver isso — Disse Joshua aparecendo de repente.

Jullie e Issis se afastaram um pouco quando o ouviram falar.

— Claro que você tem que estar aqui enchendo o saco — Issis disse com um olhar furioso sobre ele — Você não tem nenhum amigo idiota pra ficar babando não?

— O que você disse? — Joshua disse em tom de desafio.

— Eu disse — Issis levantou de modo a ficar cara a cara com seu irmão — Por que você não puxar o saco de um de seus amigos retardados?!

Joshua de imediato empurrou sua irmã com força. Issis não caiu com o empurrão, apenas cambaleou para trás e quando recuperou o equilíbrio avançou sobre Joshua com os olhos completamente mergulhados em raiva. Porém Jullie a segurou firmemente pela cintura.

— Não comece — Disse Jullie — Vocês vão acabar queimando o jardim com suas magias.

— Eu não preciso de magia pra derrubar esse imbecil.

Joshua riu.

— Você é tão confiante, não é? Só porque os professores costumavam te elogiar… Não se engana...

— Você é o único que engana a si mesmo aqui!

— O que quer dizer com isso?

— Você passa seus dias andando com esses idiotas que ficam por falando mal da nossa família! Acha que isso é algo para se orgulhar?!

— Eles não falam mal da nossa família! Eles falam mal desse sistema de governo idiota!

— Esse sistema de governo é idiota é o trabalho do nosso avô! É o trabalho pelo qual o papai passa o dia analisando documentos a mão para poder decidir o que melhor para todos! É o motivo da mamãe viajar sempre que é necessário!

— Qualquer idiota pode fazer isso!

— Qualquer idiota menos você! Que deveria ser o herdeiro e preferiu jogar suas responsabilidades nas costas do Magnus!

— Responsabilidades que eu nunca pedi!

— Ninguém nunca pede por responsabilidades! Você é só um garoto mimado! Você e seus amigos! Mas um dia vocês vão ter que crescer e então…

Joshua estava preste a acertar um soco direto no rosto de sua irmã, mas seu punho foi parado por Jullie que o segurou com firmeza.

— Se você bater nela… — Jullie disse encarando Joshua de um jeito bem assustador — é comigo que vai ter que se preocupar.

— Larga minha mão vadia… — Ele disse de maneira tão ameaçadora quanto Jullie tinha acabado de fazer.

A loira apenas fez, largou o punho dele. Joshua se afastou um pouco e riu.

— Vocês duas combinam mesmo… Duas completas idiotas.

— O que está acontecendo aqui? — Perguntou Isaac. Ele se aproximava acompanhado de uma garota de cabelos longos e negros, com as pontas avermelhadas — Vocês… estão bem? — Ele olhava para os três que estavam ali e não podia deixar de notar os olhares de raiva que trocavam — Issis?

— Está tudo bem pai… — Ela disse — Eu só… me desentendi com o meu irmão, de novo…

— Deus… — Isaac praguejou e logo deu um longo suspiro — Vocês dois poderiam evitar essas brigas pelo menos até o casamento? Vamos receber muitos convidados e não é nada agradável ver os dois assim.

— Sim… — Joshua e Issis responderam juntos, virando a cara um para o outro quando perceberam a sincronia entre eles.

— Me desculpe por isso Jullie — Disse Isaac.

— Não tem problemas… Um dia essas brigas irão se resolver — Jullie disse sem tirar os olhos de Joshua.

— Bem… Vocês podem criar um clima mais… amigável? Eu queria apresentar alguém para vocês.

Jullie e Issis logo voltaram ao normal, mas Joshua continua com uma expressão nada feliz e de braços cruzados.

— Essa é Henry — Isaac a apresentou — Ela é filha de um amigo e de uma amiga da minha época na Rolwse. A mãe dela, Alina, é uma grande amiga da Tia de vocês, Celine. Então sejam gentis.

— Vocês são as noivas? — Henry perguntou apontando para Jullie e Issis.

— Sim — Jullie respondeu.

— Meus parabéns. Eu simplesmente fiquei encantada com a história de vocês. É tão… amorzinho.

— Eu agradeço, mas somos apenas um casal como qualquer outro.

— Claro que são — Disse Joshua com desdém.

Jullie apenas o encarou.

— Joshua… — Isaac começou a falar.

— Eu sei pai. Estou indo embora de qualquer maneira, não quero estragar sua recepção. Se precisar de mim estarei ensaiando.

— Ensaiando? — As palavras escapuliram de Henry — Oh, me desculpe… Não é da minha conta…

— Eu tenho uma banda. Não começamos nada oficial ainda, mas… Estamos tentando.

— Eu poderia assistir ao ensaio? Eu gosto desse tipo de coisa… de música…

— Bom… Eu não sei se é uma boa ideia — Disse Issis.

— Hoje sou só eu — Joshua falou dando de ombros — Mamãe em proibiu de trazer meus amigos aqui até que o casamento seja realizado — Ele encarou Isaac.

— Verdade — Isaac disse — Que eu me lembre eu disse que conversaria com você. Bom, vou adiar um pouco mais. Faça a Henry se sentir em casa, não vou atrapalhar isso.

 

Tarde do outro dia; Axis; Palácio Real de Dracma;

Bem… Vocês não esperam que dê nome as corredores do palácio, não é? Bom, agora temos mais pessoas para acompanhar (Tenho certeza de que muitos estão ansiosos para cada personagem que aparece). Bem, dessa vez temos uma maga que tirou um período de ferias para poder acompanhar trazer o filho um pouco mais cedo para Dracma, isso porque seu marido está muito ocupado.

— Você já não veio aqui antes?

— Sim.

— Então porque precisamos ser escoltados?

A criada do castelo que acompanha os dois visitantes sentiu-se um pouco envergonhada por isso.

— Me desculpem — A criada disse — É um procedimento padrão, por insistência da Rainha Sarah.

— Não se preocupe. Eu compreendo perfeitamente — Disse Lys — Me desculpe por o meu filho falar de mais as vezes. Não é mesmo, Vernom?

— Claro… Desculpe…

O garoto suspirou ajeitando seus óculos. Ele possuía a mesma tonalidade dos olhos e cabelos de Lys, mas os fios eram cacheados como o de seu pai, Vayhan. Estava totalmente desinteressado no que acontecia ao seu redor e andava mexendo em seu celular, sem retirar a atenção dele por um segundo.

— Oh, não podemos ir por ali? — Lys perguntou apontando para outro corredor.

— Senhorita, se formos por aqui então chegaremos mais rapidamente.

— Eu sei. Mas indo por aqui encontraremos a Sarah e mais algumas pessoas.

— Como a senhorita poderia saber disso?

— Acredite nela — Disse Vernom — Ela sabe o que está acontecendo do outro lado da cidade.

A criada ficou um tanto assustada, mas concordou com o pedido de Lys. O desviou de caminho que eles fizeram os levou de encontro a Sarah, assim como Lys disse. E acompanhando Sarah estavam Sol e Dylan, e também os três filhos dos dois.

— Oi — Lys cumprimentou.

Em questão de menos de um segundo Lys foi erguida no ar, sentiu seus braços serem forçados contra o seu corpo. Dylan a abraçava fortemente.

— Lys! — Dylan disse com um sorriso aberto.

“Ele não mudou em nada” Lys pensou sorrindo de volta.

— A quanto tempo Dylan.

Logo o abraço tornou-se um pouco mais apertado, ficando até um pouco difícil de respirar. Isso aconteceu porque Sol juntou-se a Dylan e agora ambos abraçavam Lys.

— Por favor, me diga que o Vayshan está aqui também.

— Infelizmente não. Mas ele virá para o casamento e vocês vão poder dar um abraço apertado nele também.

— Vocês… são estranhos… — Disse Juno. Um dos filhos de Sol e Dylan. E ele tinha uma aparência quase idêntica a do pai quando era jovem.

— Juno, você está enorme.

— Olá Lys — Ele a cumprimentou.

Stella, que é a gêmea de Juno, correu para abraçar Lys também.

— Senti saudades — Ela disse.

— Eu também — Lys tentou abraça-la, mas seus braços estavam literalmente imobilizados — Err… Dylan, você pode me pôr no chão?

Dylan o fez. Vernom se aproximou de sua mãe um pouco desconfiado. Mas então Sol o viu e no mesmo instante o puxou para perto de si o abraçando com força.

— Vernom! Olha só pra ele — Sol o afastou um pouco para apertar as bochechas dele.

Lys apenas ria da situação. Ela podia facilmente ler os sentimentos de Vernom e sentir o quanto ele estava se sentindo envergonhado por isso.

— Você devia ser mais amistoso com a Sol — Disse Lys.

— Sol? — Vernom perguntou encarando sua mãe e depois voltando o olhar para a propria Sol que ainda segurava as bochechas dele — Me desculpe… Eu não lembro…

A expressão feliz de Sol se desfez para uma cara de “sem graça” com “decepcionada”.

— Não fique assim Sol. Vernom é completamente desligado do mundo exterior, as vezes eu tenho medo que ele esqueça que eu sou sua mãe — Lys riu, tentando melhorar o humor de Sol.

— Bem… — Disse Sky, a mais nova entre os filhos de Sol e Dylan, ainda que mais nova significasse que ela apenas um ano mais jovem que os gêmeos. Diferente de seus dois irmãos, que tinha os cabelos alaranjados, Sky possuía o mesmo tom de cabelos que sua mãe — É bom vê-lo Vernom…

— Sky? — Vernom a encarou confuso — O que está fazendo aqui?

— Estou acompanhando meus pais.

— Então essa mulher inconveniente é sua mãe?

Mais uma vez Sol recebeu um golpe direto das palavras de Vernom.

— Filho… — Lys o chamou — Você não poderia ser um pouco mais… gentil?

— Ok… Me desculpe… Tia Sol… — Ele forçou-se a dizer.

— Então você conhece minha filha? — Dylan perguntou — Vocês se conheceram na Rolwse?

— Estamos na mesma equipe…

— Isso é maravilhoso! Não acha Lys? Nós éramos da mesma equipe e agora nossos filhos também são.

— Eu sei que isso acontece com frequência.

— Bem… — Disse Sarah interrompendo toda a conversa — É um prazer recebe-la Lys.

— Certamente. Desculpe não ter te cumprimentado antes, eu estava… sendo recebida por outras pessoas.

— Não é um problema — Sarah parou por um momento — Magnus?

No corredor Magnus apareceu, junto dele estava Triss.

— Mãe? Oh! Olá todo mundo — Magnus cumprimentou assim que viu as muitas pessoas ali — Você precisa de mim, mãe?

— Você não quer acompanhar os mais jovens em alguma atividade enquanto eu tomo um tempo para conversar com a Sol, Dylan e a Lys?

— Eu posso tentar.

— Bom.

 

Algum tempo depois;

— Você gosta de música? — Joshua perguntou enquanto testava a afinação de um baixo — Sabe tocar?

— Sim e não… Não sou uma fanática por música, talvez você me ache estranha por isso, mas… Eu gosto realmente de artes marciais. Influência do meu pai. Também gosto de esmaltes — Ela mostrou as unhas, que estavam bem pintadas em um tom de vermelho — e de cozinhar. Essa última veio da minha mãe.

— Claro… — Ele disse meio desinteressado, mas então parou um pouco para pensar no que Henry tinha acabado de dizer — Espere. Eu ouvi errado, ou pela sua fraze você disse que o gosto por esmaltes veio do seu pai?

— Não, está certo. Ele gosta de esmaltes.

— Ok.... Bom, se você não gosta de música, então porque pediu para conhecer esse lugar?

— Bem… — Ela corou um pouco — Suas irmãs devem estar ocupadas por causa do casamento, então eu pensei que seria melhor eu vir com você… Conversar e tals… Pensei que seria legal…

— Você podia ter ficado com meu outro irmão.

— É que ele estava com a namorada dele…

— Namorada? A Triss e o Magnus? — Joshua riu — Não funciona assim.

— Bom, eu não tinha como saber, não é?

— Hum… Acho que já entendi o que você realmente quer.

— Mesmo? — Henry notou que Joshua aproxima a mão de seu rosto. Então ela recuou um pouco — O que você está…

Então a porta do salão abriu de repente, fazendo um grande barulho na sala silenciosa.

— Essa aqui é… Joshua… Esqueci que estava aqui — Disse Magnus — Me desculpe. Eu estava mostrando o palácio para nossos visitantes.

— Henry? — Vernom a encarou — Você também está aqui?

— Ah! Vernom… e Sky. Que bom que estão aqui — Henry sorriu.

— Acho que vocês são da mesma equipe — Disse Triss — Vamos lembrar de nos encontramos  na Rolwse quando voltarmos.

— Então vocês estudam lá também?

— Sim. Eu e o Magnus somos da mesma equipe. Estamos na White Rat.

— Ah! Minha equipe é da Red Snake.

— Eu sei. Estávamos conversando enquanto viemos para cá — O olhar de Triss foi de Henry para Joshua e depois voltou para Henry — O que vocês estavam fazendo?

— Está com ciúmes? — Joshua a provocou.

— Desde quando eu me preocupo com você? Estou preocupada com a garota.

— Nunca recebi reclamações de garotas. Se quiser tentar algum dia eu estou bem aqui esperando.

— Você me da nojo.

— Ok. Por que tentamos não brigar uns com os outros? — Perguntou Magnus — Podemos ir para outro lugar e…

— Fiquem aqui se quiserem. Eu estou indo embora — Joshua se pôs a caminho da saída, quando passou por Triss deu um pequena piscadinha de olho para ela.

— Eu não entendo como vocês dois podem ser irmãos… — Triss bufou de raiva.

 

Escritório do Rei;

Isaac jogou o último papel sobre a pilha e finalmente deu um longo suspiro.

— Terminado — Ele disse — Pode guardar isso para mim, Mary?

— Sim — A criada logo pegou a pilha de papéis e começou a organizá-los.

— Adorável — Disse Nash saindo de uma das paredes.

— Você pode parar de fazer isso? — Isaac reclamou balançando a cabeça negativamente.

— Definitivamente não — Ele riu — Bom, mas tenho algo sério para conversar com você.

— Você só aparece quando tem algo sério para conversar. Só que será que dessa vez não pode esperar? Minha filha logo estará se casando e eu gostaria, de verdade, de aproveitar esse momento.

— É você que sabe.

— Senhor. Quer que eu os deixe sozinhos? — Mary perguntou.

— Por favor, Mary. E poderia trazer um café ou algo assim?

— Trarei.

Assim que Mary abriu a porta para sair deu de cara com uma outra pessoa.

— Oh! Me desculpe… Eu só… Queria ver o Isaac.

— Senhorita Celine. Agora mesmo ele está com…

— Celine? — Isaac levantou-se para olhar sobre Mary.

E lá estava Celine. Ela sorriu assim que viu Isaac. Faziam anos que os dois não se encontravam assim. Mary instintivamente deixou a sala e abriu espaço para que Celine entrasse.

Celine estava pronta para ir até Isaac e abraça-lo, mas então ela notou Nash ali.

— Nash?

— Oi — Ele a cumprimentou.

Ela logo foi até ele e o beijou, fazendo com que Isaac levanta-se uma sobrancelha.

— Desde quando vocês estão juntos? — Isaac perguntou.

— Há muito tempo — Celine largou Nash e então deu um forte abraço em Isaac — Só não é algo oficial, então não há porque fazer alardes. Eu realmente senti sua falta Isaac.

— Eu também. E aposto que Sarah muito mais.

— Sim. Eu vou garantir de passar um bom tempo com ela. Só passei aqui primeiro porque eu sei que quando eu vê-la ela vai monopolizar o meu tempo.

— Isso é verdade.

— Então, sobre o que vocês dois estão conversando?

— Nada sério — Disse Nash.

Isaac não pôde deixar de achar engraçado a contradição nas palavras de Nash.

— Ah, então vocês dois estão de segredinhos? Tudo bem, eu respeito isso. Então, como estão os meus sobrinhos?

— Todos muito bem — Disse Isaac.

— Não posso dizer o mesmo do pai deles. Você está com olheiras Isaac.

— Eu tenho trabalhado um pouco demais…

— Certamente… Você tem dedicado algum tempo para a Sarah? Conhecendo ela, ela deve estar bem brava por conta disso.

— Bem… Ela comentou sobre, mas… Ela não parecia brava.

— Então talvez brava não seja a palavra correta. Ou talvez ela esteja brava mas tenha amadurecido o suficiente para controlar isso. O problema é que ela vai ficar decepcionada cada vez mais se você continuar assim.

— Espera! Você pode ir com calma?

— Ah… Homens… Você é bem lerdo as vezes, me lembra um pouco um Nash.

— Ei! — Nash reclamou.

— Pelo menos você dá conta do recado quando nos vemos — Celine suspirou e voltou-se para Isaac — Sinceramente Isaac. Vocês tem cinco filhos, devia saber do que eu estou falando.

— Agora as coisas estão ainda mais confusas para mim — Ele disse tentando entender o que Celine queria dizer.

— Sexo, Isaac. É sobre isso que estou falando. Se você não tem dormido direito por conta do trabalho então quer dizer que você passa tempo demais trabalhando. Desde que eu conheço você e Sarah eu sei que vocês dois são bem ativos, então é injusto quando uma das partes simplesmente desaparece.

— Eu…

— Não precisa ficar envergonhado. Além disso, não precisa ser exatamente sexo, só passe mais um tempo junto da Sarah. Tenho certeza e que você vai vê-la mais feliz. Talvez você não tenha percebido muito disso agora porque sua filha está se casando, então a Sarah vai estar feliz de uma maneira ou de outra.

— Acho… — Isaac suspirou — Eu vou confiar em você. Você nunca falhou comigo antes.

— E não vou nunca — Ela deu uma piscadinha de olho — Além disso, se a Mary ver vocês dois assim ela vai dizer algo bem pior, então estou sendo legal agora. Agora… Nash, você quer acompanhar sua garota ou ficar ai conversando com o amigo dela?

— Você pergunta como se eu tivesse escolha...

 

Três dias depois; Axis; Palácio Real de Dracma;

Pequeno salto temporal, nada impressionante comparado ao que já demos até aqui, certo? Bom, nesse ponto a grande maioria dos convidados já havia chegado. E eu não falo apenas de personagens conhecidos como Barbara, Antonie, Livia, Mary, Wesker, etc…, enfim, mas há também aqueles de alianças políticas e afins.

Jullie e Issis se sentiam meio estranhas com isso. Afinal de contas era o casamento das duas e muitas pessoas ali não lhe eram familiares. Para Jullie se tornava um pouco mais desconfortável pelo fato de sua própria família não ter chegado. Zack, Helena, Ziggyard, Jonh, seus irmãos, todos eles ainda permaneciam em Salander e só viriam no dia exato do casamento.

A maior parte do tempo de Isaac e Sarah eram gastos dando atenção às pessoas que estavam hospedadas ali. Os amigos mais íntimos entendiam a necessidade e não exigiam essa atenção, tinham muitas coisas para conversarem entre si também, então não era um problema.

— Esses têm sido os piores dias… — Praguejou Joshua.

— Infelizmente tenho que concordar — Disse Issis — Não pensei que um casamento poderia gerar tanta correria. Papai e mãe mal tem tempo para respirarem…

— Não diga isso. É nosso dia — Disse Jullie segurando a mão de Issis — Vai dar tudo certo no final.

De repente alguém se aproximou por trás de Jullie e agarrou de um jeito que apenas Issis estava permitida a fazer.

— Olha para isso! — Chaya exclamou enquanto levemente apertava os seios de Jullie — Aposto que sua mãe tem inveja de você.

Jullie avançou para livrar-se de Chaya, quase caiu no processo pois foi pega de surpresa e fez tudo de uma maneira bem desajeitada. Chaya riu dela.

— Ao menos na personalidade você se parece com ela, em alguns aspectos.

— Porque fez isso?! — Jullie perguntou bastante irritada.

— Relaxa sobrinha, você está muito agitada.

— Você não é minha tia de verdade e eu mal te conheço. Então você não pode ter toda essa intimidade comigo. Ninguém tem.

— Credo… Tão ranzinza e tão jovem… Mas, tem um pouco de verdade no que você diz. Não nos conhecemos o suficiente, o que é um absurdo, já que eu e sua mãe somos melhores amigas.

“Ela sempre diz isso, mas acho difícil de acreditar…” Pensou Jullie. As diferenças entre Chaya e Helena tornavam uma amizade tão próxima como as duas descreviam quase impossível.

— Então, nós vamos nos conhecer. Vamos sair juntas.

— Juntas? — Jullie ficou um pouco confusa.

— Entendi! Você quer levar sua noiva… Ok! — Chaya abraçou Issis — Ela vai também. Vamos nós três. Três garotas, sozinhas, aproveitando a noite na cidade.

— Está de dia…

— Aproveitando o dia na cidade — Chaya corrigiu-se.

— Eu não sei…

— Parece divertido — Disse Issis.

— Você tem certeza Issis?

— Não estamos fazendo nada aqui.

— Isso mesmo — Chaya passou a mão sobre o ombro de Issis e a trouxe mais para perto de si, em um abraço mais amigo — Todo esse pré-casamento é coisa para velhos. Somos jovens, vamos nos divertir.

— Jovens? — Jullie encarou Chaya — Tem certeza?

— O que está insinuando?

— Você é amiga da minha mãe…

— E não é minha culpa se sua mãe ficou gravida muito cedo… Talvez tenha sido… Mas, idade é um estado de espírito. Não fique convencida pois espiritualmente eu posso ser mais jovem até mesmo que você.

 

Outra parte do Palácio;

— Mal posso esperar para voltar para casa… — Praguejou Vernom.

O garoto estava deitado no chão enquanto mexia no seu  celular. Sky estava próxima a ele, tinha passado a maior parte do tempo ali seguindo Vernom.

— O que tem de tão divertido em sua casa? — Ela perguntou curiosa — Eu gostaria de ir lá um dia, se possível.

— Bem… Acho que não tem nada de mais…

— Hum… Deve ter algo.

— Me desculpa… Eu acho que só estou entediado e comecei a falar sem pensar… Não é como se minha casa fosse o lugar mais interessante do mundo.

— Não… Eu entendi… Você quer ficar sozinho… Me desculpa…

— Não! — Vernom jogou o celular de lado e segurou o braço de Sky, que já estava preparada para ir embora dali — Eu não estou dizendo isso. É só que… Não tem realmente nada de interessante lá. Mas se você quiser ir algum dia eu ficaria muito feliz.

— Mesmo?

— Com toda certeza.

Por quase três segundos eles ficaram se encaram, mas então ambos coraram quando perceberam o que faziam e Vernom rapidamente largou o braço de Sky e desviou o olhar.

— Me desculpa…

— Não tem problema — Sky disse.

— Que adorável — Disse Arya.

Os dois garotos se assustaram com a presença repentina ali.

— T-Tia Arya… O que está fazendo aqui?

— O mesmo que você.

— Eu quero dizer, aqui… nesse exato local.

— Oh, eu estava observando você.

— Desde quando?

— Desde o início dessa maravilhosa cena — Arya as mãos sobre as cabeças deles. Ela até tirou o capuz que Sky sempre usava para fazê-lo —Vocês dois são muito adoráveis quando estão juntos.

Sky se afastou um pouco e puxou novamente seu capuz sobre a cabeça.

— O que você quer dizer? — A garota perguntou.

— Isso é algo que vocês vão ter que descobrir sozinhos. Bom, mas eu vim aqui para chamar vocês. Decidimos jogar um jogo e pensei que vocês iriam querer participar.

— Que tipo de jogo? — Vernom perguntou.

Bom, hora de um novo salto temporal, dessa vez de apenas três minutos (Muito tempo, não é mesmo?). Arya levou Vernom e Sky para um dos enormes salões do Palácio, esse era uma quadra — Sim, eles tem uma quadra dentro do Palácio (Nunca se sabe quando se vai precisar de uma). Um quadra de vôlei —. Lucas, Sol, Mary, Thor, Nyu, Barbara e Antonie, além da própria Arya estavam por ali. Quanto a “nova geração”, estavam Oliver (Filho de Arya e Lucas), Triss (Mars e Adriel), Juno (Sol e Dylan) e Henry.

— Encontrei nossos jogadores — Disse Arya.

— Jogar vôlei? Eu não sou boa em esportes… — Disse Sky.

— Nem eu… — Vernom disse também.

— Vamos, vocês dois — Juno os chamou — Vai ser divertido.

— Não dá. O número de pessoas está errado de qualquer maneira…

— Bom, o Oliver não vai jogar — Explicou Arya — Ele ainda é muito jovem.

— Eu fico de fora com ele — Disse Lucas.

— Nem pensar. Vá se divertir jogando. Eu fico com o Oliver — Mary insistiu.

— Tudo bem. Essas são as equipes — Disse Arya sem deixar espaços abertos para quaisquer reclamações — Eu, Lucas, Thor, Antonie, Juno e Triss somos uma equipe. Sky, Vernom, Henry, Barbara, Nyu e Sol são outra equipe.

— Você me separou do Antonie… Que maldade… — Disse Bárbara.

— Ela só colocou as pessoas mais altas no time dela — Explicou Nyu — Vamos lá, podemos ganhar.

Para a primeira rodada Arya começando sacando. Ela passou um tempinho girando a bola entre suas mãos e analisando a quadra. Então ela finalmente ergue a bola no ar e fez um saque saltando. A bola passou entre todos e acertou o chão, marcando o primeiro ponto da partida.

A bola retornou para ela e ela fez a mesma preparação para o segundo saque. Novamente marcou o ponto. Então veio o terceiro saque e mais uma vez Arya marcou.

— Espera! — Nyu praguejou — Isso não é possível! Como você faz isso?!

— É só analisar o melhor lugar para jogar a bola…

— Você está usando seu semblante!

— Sim. É permitido usar qualquer tipo de magia nesse jogo — Arya se preparou para sacar de novo — Aqui vou eu.

Ela fez o saque exatamente como antes, a bola estava prestes a marca um novo ponto, mas desviou brutalmente e foi para fora.

— Opss — Disse Sol sorrindo — Você errou.

— Desviar a bola assim é injusto! — Reclamou Arya.

— “É permitido usar qualquer tipo de magia nesse jogo”.

— Sky, faça o saque — Disse Barbara enquanto jogava a bola para a garota.

— Eu não sou boa nisso…

— Não precisa fazer um saque agressivo como o da Arya, basta jogar a bola para o outro lado.

— Eu… vou tentar…

Ela sacou, mandando uma bola alta e lenta. Ela conseguiu fazer a bola passar sobre a rede, mas a velocidade e altura estavam perfeitas para uma boa recepção de Arya. Arya se preparou para receber a bola e levanta-la para o seu time. No entanto a bola simplesmente passou por ela e caiu no chão.

— O que?! — Arya verificou suas mãos, tinha certeza que iria levantar a bola que seu olhar já estava focado em encontrar a melhor pessoa para ela levantar. Então ela percebeu o que tinha acontecido — Nyu…

— Relaxa Arya… — Disse Antonie — É só um jogo.

— Sim… Mas eu vou vencer esse jogo.

 

Noite; Portão do Palácio;

E aqui está uma cena no mínimo interessante. Sarah vendada sendo guiada por Isaac. Um carro os esperava na entrada do castelo. Isaac ajudou sua esposa a entrar e só então tirou a venda dos olhos dela.

— Isso não é nada comum — Sarah disse fazendo uma expressão de desconfiança (Ainda que fosse apenas por brincadeira).

— Você quer voltar para o Palácio então? — Isaac perguntou a provocando.

— Devo admitir que parte de mim diz que sim. A parte responsável que me lembra dos convidados que temos lá e que amanhã a noite nossa filha irá se casar. Entretanto… Eu sinto uma parte de mim, uma que já faz um tempo que eu não sentia. Essa parte me manda desesperadamente para ir aonde quer que você queira me levar.

— Você deveria ouvi-la então.

— Continuo aqui, então estou ouvindo.

A pequena viajem dos dois prosseguiu. Demorou alguns minutos e logo eles estavam saindo do perímetro urbano da cidade. Após isso foram mais alguns poucos minutos até chegarem ao seu destino. Sarah facilmente reconheceu o lugar. Era uma propriedade média, mas bem aconchegante, um lugar bucólico para quem nasceu em ambientes rurais. A casa tinha um primeiro andar, o telhado era vermelho e a as paredes de uma madeira também avermelhada.

— Porque estamos na casa da Myra? — Sarah perguntou um pouco antes do carro parar.

Não era exatamente a casa onde Myra morava, mas ela tinha comprado essa propriedade para viver mais tranquilamente quando pudesse fazê-lo algum dia.

— Ela não vai usar esse lugar hoje, então eu pedi emprestado.

— Então… Você me tira do Palácio sem me avisar nada para me trazer aqui… Posso saber o porquê?

— Depois de entrarmos.

Os dois saíram do veículo, que logo foi embora. Isaac apressou um pouco o passo para poder abrir a porta para Sarah. Assim que ela entrou na sala principal, Isaac pediu que ela sentasse enquanto ele iria buscar algo para eles beberem. Em um instante ele retornou com duas taças e uma garrafa do vinho favorito de Sarah.

— Você não perde um detalhe, não é?

— O que? O vinho? Como eu poderia esquecer disso — Ele encheu as taças e entregou uma a Sarah — Um brinde?

— Agora não… — Ela repousou sua taça em uma mesinha que estava a sua frente — Quero saber o que é tudo isso.

— Claro… — Isaac deu um longo suspiro — Me desculpa por não ter te dado atenção nessas ultimas semanas. Você sabe que não é proposital.

— Do que está falando? — Sarah riu.

— Estou falando sobre nós dois. Sobre como eu deixo o trabalho me sobrecarregar de um modo que não sobra tempo para você.

— Eu sempre estou sobrecarregada pelo trabalho também. Não é como se você fosse…

— Mas sempre que eu preciso de você, você está lá pra mim. É um pouco injusto que eu não faça o mesmo…

— Meu amor. Você sempre está lá quando eu preciso de você — Sarah disse o encarando com um olhar fixo e gentil.

— Então me deixe mudar a frase. Você sempre está lá quando eu quero… Eu sei que minha ausência e falta de atenção te incomoda, mesmo que você consiga dizer a si mesma que eu estou cansado ou coisa do tipo, ainda vai te incomodar no fundo. E eu não quero que isso se torne uma bola de neve, até porque eu quero estar lá sempre que você me quiser.

— Isaac. Você é, com certeza, uma das melhores coisas que já me aconteceu. Não existe um dia sequer que eu não me sinta orgulhosa por ter lutado para ter você junto de mim. Quando eu vejo nossos filhos esse orgulho, essa certeza, só aumentam. E meu amor por você não diminuiu nem um pouco em todos esses anos. Com certeza eu gosto de receber uma atenção extra de vez em quando, até porque muito de nós vai para nossos filhos e não para nós dois como um casal, porém, eu não preciso disso todo o tempo, basta um olhar seu em um dia ruim e parece que o sol nunca brilhou tão forte.

— Independente disso. Estamos aqui hoje, só nós dois. É nossa noite.

— E eu estou amando isso.

Isaac ergueu sua taça para brindar com Sarah, porém ela pegou a sua e derramou o vinho no chão.

— O que você está fazendo?

— Minha tolerância a qualquer bebida com álcool é tão baixa que você sabe que eu ficaria fora de mim com uma ou duas delas.

— Sim, mas você ama vinho.

— Claro que amo. Mas agora a coisa que eu mais amo aqui é você. Por isso eu quero lembrar de cada segundo, cada palavra, cada beijo, cada toque. Quero lembrar de tudo dessa noite, quero estar consciente.

— Eu entendo…

— Então, acho que já chega de explicações, podemos começar a parte que eu tanto espero?

 

Em algum lugar do Palácio;

Mary estava voltando para o seu quarto acompanha de Thor. (Sim, os dois são praticamente casados. Nunca oficializaram nada, mas estão bem mais “oficializados” do que Celine e Nash). Então ela notou alguém sentado em um dos corredores abertos.

— Thor, poderia ir na frente? — Ela pediu — Eu gostaria de conversar com alguém primeiro e já lhe alcanço.

— Claro. Vou estar lhe esperando.

Eles se despediram com um rápido beijo. Logo Mary sentou-se ao lado da pessoa que viu antes, uma pessoa que ela conhecia bem.

— Olá. Olhando para as estrelas hoje? Não combina com você.

— Só estou pensando — Disse Joshua sem tirar o olhar do céu.

— Não. Você está com algum problema. E nesse momento está amaldiçoando o mundo em seus pensamentos. Eu te conheço, te vi nascer e crescer. Sabe que pode falar comigo.

— Não. Eu não sei com quem eu posso falar. Até porque ninguém me escuta de qualquer maneira.

— Bem, eu estou escutando. Talvez sua mãe fosse um pouco mais rígida, mas ela também lhe escutaria. E tenho certeza de que o Isaac lhe escutaria com toda a paciência do…

— Minha mãe me escutaria? — Joshua levantou-se e apoiou-se na parede — Só pode ser uma brincadeira. Sabe Tia Mary… Acho que esse é meu maior problema por aqui. Todo mundo tem uma opinião muito bem formada sobre os meus pais. Principalmente sobre o meu pai. Porque todos vocês o colocam sobre um pedestal como se ele fosse perfeito?! Isso é perturbador!

— Não é bem assim que acontece…

— Não? Você acaba de chegar aqui e dizer que ele me escutaria. Bom, eu conversei com ele, ou melhor, ele me obrigou a ouvir o que ele tinha a dizer. Um monte de besteira de eu estar sempre contra minha família. Sobre eu tentar impressionar pessoas que eu nem sei se são meus amigos. Ele não entende nada sobre mim. Tudo o que eu falei foi rebatido por o que ele acha correto.

— Sinto dizer que tenho que concordar um pouco com isso.

— Claro… — Joshua bufou e virou o rosto.

— Joshua, eu não estou contra você. Eu só quero entender. Você era um garoto tão doce e apegado tanto a sua mãe como ao seu pai, muito apegado a seu pai. Mas tudo foi mudando quando você foi crescendo. Por que toda essa revolta?

— Quer saber a real? Como eu me sinto de verdade?

— Sim.

— Eu não vou ser como o meu pai. E eu não quero ser. Eu não pedi por nada disso! Por que eu tenho que desistir de tudo que eu quero para ser Rei? Eu nem concordo com o sistema monárquico, justamente porque ele força as pessoas a aceitarem o Rei e força os príncipes a se tornarem Reis! As pessoas deveriam escolher o que querem ser.

— Você escolheu não ser o Rei, não foi? Você teve uma escolha. Agora seu irmão…

— Sim. Eu peguei tudo o que foi jogado sobre mim e joguei sobre o Magnus. Já ouvi isso milhares de vezes. Não me sinto exatamente bem sobre isso, mas porque eu tenho que sacrificar para não jogar o peso disso sobre o Magnus? O que eu ganho com isso?

— Ele é sua família. Seu irmão mais novo. Você não tem nenhum instinto de proteção quanto a ele?

— Tenho… Mas não chega a tanto. Além disso, e se não tivesse o Magnus para assumir? Eu seria obrigado a carregar um fardo que eu não quero?

— Eu sei bem o que é ser cobrada. Eu sei exatamente o que você está sentindo.

— Mesmo? Não parece…

— Quando eu um pouco mais jovem do que você eu tentei colocar um fim a minha vida.

— Hã? Você tentou…

— Suicidio, sim. Minha família era bem conceituada e eu era quase uma inútil que acredita não saber fazer nada. Eu tinha medo, tinha insegurança. Sinceramente, eu pensava que jamais poderia atender as expectativas de alguém. Isso me gerou um grande desconforto que se transformou em uma forte tristeza e posteriormente sofrimento. Eu tentei muitas vezes acabar com tudo, mas eu falhava. Então comecei a pensar que nem para isso eu servia. Pensei que se eu manchasse meu próprio nome então minha família não iria me querer mais. Então eu fui onde pessoas baixas faziam coisas erradas. Me entreguei como se não fosse nada e eles me usaram. Mas chegou em um ponto que tudo se tornou tão horrível que eu nem me sentia mais humana. Eu me sentia como um objeto.

— Eles…

— Sim. Eu já não tinha forças para ir contra isso, mesmo quando eu quis que tudo parasse. Mas então alguém apareceu.

— Meu pai…

— Sim. Ele me salvou daquela situação, mas simplesmente foi embora. Claro que ele não tinha nenhum tipo de dever para comigo, então não posso culpa-lo. Mas eu naquele momento eu não precisava apenas ser salva, eu precisa sentir que eu existia. Após tudo o que aconteceu eu fiquei com vergonha de voltar para casa, eu pensei que sujar meu nome iria fazer com que minha família não me quisesse, mas eu sentia que tinha manchado o nome de todos e não só o meu. Então eu decidi que tudo iria acabar de uma vez. Encontrei um corda e uma árvore, onde ninguém iria me achar. Quando o mundo começou a escurecer ele apareceu outra vez, Isaac. Desta vez ele tinha um amigo, Warlick. Acho que nunca ouvi um discurso tão inspirador quanto o de Warlick. Naquele momento eu vi que alguém sabia que eu existia, mesmo que essa pessoa não me conhecesse.

— Eu sei que você morou com o meu pai… Mas eu não sabia dessa parte da história.

— Tem a parte em que eu morava com o seu pai porque o Warlick o fez fazer isso. Para falar a verdade, Isaac não gostava muito de mim. Bom, eu era um incomodo para ele, disso eu tinha certeza. Além de que ele era bem frustrado em relação a mulheres e eu estava com uma ferida emocional muito grande para responder ao que ele queria.

— Ele deu em cima de você mesmo após tudo aquilo? Que horrivel.

— Bom, ele tinha seus motivos. Eu o vi mudar, se tornar mais atencioso e protetor com o tempo. Eu até acabei me apaixonando por ele. Mas nesse ponto ele me tratava como uma irmã ou coisa do tipo. Mesmo que uma parte dele quisesse, seu senso moral sempre falou mais alto.

— Então ele se tornou essa pessoa perfeita da qual ninguém pode reclamar…

— Ele não é perfeito Joshua. Mas ele tenta fazer o que é melhor para os outros, ele pensa nele mesmo por último.  Não acha que essas são as características de um Rei?

— Mas eu não sou assim…

— Seu pai também não. Sacrifícios não são parte da personalidade de alguém, são coisas que se faz com o tempo. Você não devia tentar se cobrar tanto, ninguém quer que você seja como o Isaac. Joshua, você pode fazer coisas incríveis sendo você mesmo. Mas pra isso você precisa conquistar a confiança das pessoas e não esperar que elas simplesmente aceitam tudo de você. Uma boa maneira de começar é confiar nas pessoas que são próximas de você e que te querem bem. Seu pai e sua mãe seriam as últimas pessoas do mundo a fazer algo com intenção de machucar você.

— Bem… — Joshua voltou a sentar-se ao lado de Mary — Palavras certamente não resolvem tudo. Mas… talvez você tenha me convencido a tentar…

— Eu não esperava mudar o seu gênio forte tão rapidamente. Eu só estava preocupada com você.

— Obrigado tia. De verdade.

— Parece que meu semblante se estende até você também.

— Seu semblante? Eu nunca soube que você tinha um.

— É porque ele é secreto — Ela riu.

 

Manhã seguinte; Wind: House of Soul;

É uma localização confusa, eu sei, mas eu irei explicar. Bom, a Wind: House of Soul, se trata de um enorme centro para as pessoas relaxarem, assim como fazerem tratamentos de beleza. O tipo de lugar que muitos ricos visitam o tempo todo para se livrarem de suas vidas de preocupações, muitas vezes nem tão graves.

O fato é que o local hoje estava completamente reservado para a família real e seus convidados. Falando em família real, todas as pessoas de Salander já estavam presentes.

— Bem vindos a Wind: House of Soul. É uma honra recebê-los aqui —  Uma das funcionárias do local os cumprimentou. Por favor, peço que dividam-se em grupos de três pessoas, nossas sessões são feitas assim. Oh, e lembrem-se que seus grupos devem ser unisex.

— Não deveríamos estar aqui… O casamento é hoje a noite. Deveríamos estar verificando se tudo está bem —  Disse Sarah cruzando os braços. Ela foi contra a ideia de estarem ali desde que a mesma foi mencionada.

—  Meu amor, fique calma. Sharon está cuidando das crianças, além disso já deixamos pessoas prontas para preparar tudo da cerimônia, você não precisa se preocupar, apenas aproveite esse momento.

Além da preocupação de Sarah, haviam outras pessoas preocupadas com alguns outros assuntos.

—  Podem para ai mesmo! —  Disse Chaya se metendo entre Issis e Jullie —  Vocês não estão pensando em ficarem juntas até aqui, não é?

—  Bem… Sim… —  Disse Jullie um pouco confusa.

—  Não mesmo querida. Tradições antigas dizem que dá azar ver a noiva pronta antes do casamento, nesse caso vocês duas ficaram em trios diferentes aqui. Você ficará comigo e a sua mãe. Já a ruiva pode ficar com a mãe.

— Bom…

—  Eu acho justo —  Issis concordou com Chaya —  O que acha mãe? Ficarei com você e a tia Nyu.

—  Nyu? —  Sarah olhou para ela —  Eu estava pensando que talvez a Celine…

—  Está tudo bem por mim —  Disse Nyu — Ficarei bem com a Mary e Myra.

—  Sarah, é sua filha que vai se casar, acho que ela deveria escolher —  Disse Celine.

—  Não, tudo bem tia Celine —  Issis segurou a mão dela —  É uma chance para conversarmos um pouco.

Bom, aqui vamos nós para os grupos formados. Sarah, Celine e Issis. Helena, Chaya e Jullie. Merlin, Maria e Gabriela (É claro…). Arya, Lys e Loi (Para os que não lembram da Loi, ela é uma das irmãs de Lys e atualmente tem sido um contato importante para Adriel e Ignis em relação a Rorche). Sol, Alice e Stella. Natsy, Alina e Sue (Meio óbvio também, já que Sue praticamente não se separa tanto de Argo como de Natsy). Livia, Hanna e Barbara (Por mais que Bárbara quisesse adicionar Mars ao grupo, já que elas se tornaram grande amigas). Mars, Ignis e Laura (Eu sei que todos devem estar se perguntando quem diabos é Laura. Bem, Laura é uma jovem caçadora de apenas dezesseis anos e já demonstra um potencial incrível. Ela é tipo a queridinha de Adriel e Ignis). Triss, Henry e Sky. Miraney, Alanaya e Celin. Kayla, Alexia e Nora (Espero que lembrem da Nora, a esposa de Wesker). Mary, Myra e Nyu. Também temos, para os homens, Isaac, Zack e Warlick. Harvey, Argo e Cecil. Dylan, Vayshan e Juno. Adriel, Antonie e Leo ( Também espero que lembrem de Leo, o irmão de Lys). Lucas, Thor e Ethan. Magnus, Joshua e Rin (Pobre Rin… completamente perdido em suas interações sociais). Ziggyard, Jonh e Zenno (Irmão gêmeo de Jullie). Claro que haviam mais pessoas ali, mas vamos apenas falar dos grupos importantes, ok?

— Querida, você tem idade acima de dezesseis? Me desculpe por perguntar, mas é uma regra do local — A funcionário perguntou para Sky.

— Eu tenho dezessete — Sky respondeu um pouco encolhida.

— Venha com a gente Sky — Henry a chamou.

 

Sauna Feminina 1;

Helena enrolou seu cabelo com uma toalha, de modo a deixar seus ombros livres. Ela sentou-se e relaxou enquanto deixava o calor a fazer transpirar. Jullie, diferente da mãe, apenas prendeu o cabelo o enrolando nele mesmo. Já Chaya deixou seu cabelo solto e livre, também, diferente das outras duas, ela não usava uma toalha em volta do corpo. E isso estava começando a incomodar Jullie um pouco.

— Você é sempre tão… livre… — Disse Jullie.

— Por favor, estamos entre amigas, não tem problema.

— Não é como se você escolhesse muito antes de tirar as roupas — Lembrou Helena.

— Helena, essa época passou. Sou uma mulher casada, você sabe disso.

— Eu não estava insinuando o contrário…

— Não? — Chaya aproximou-se de Helena e a encarou bem de perto, olho no olho — Fazia quanto tempo que não nos víamos assim? Três anos? Quatro?

— Sete.

— Deus! Como eu sinto sua falta. Ser presidente de uma empresa é uma tarefa muito chata. Pessoas estão sempre cobrando de você, eu não posso ser eu mesma, tenho sempre que ser a presidente Chaya.

— Mesmo? — Helena riu — E você acha que minha situação é diferente?

— Bom, estamos sozinhas aqui agora…

Jullie ergueu uma sobrancelha estranhando o modo como Chaya falava.

— Chaya… — Helena a repreendeu — Não comece com suas brincadeiras…

Chaya sentou-se no colo de Helena e a abraçou fortemente.

— Tudo bem. É só que eu realmente sinto saudades. Você é minha melhor amiga afinal de contas.

— Essa situação é um pouco estranha… Mas… Eu sinto sua falta também — Disse Helena a abraçando de volta.

Assim que o abraço acabou Chaya deu um salto para trás, levando a toalha que Helena cobria o corpo junto de si.

— Peguei!

— Chaya! O que está fazendo?!

— Olha para você, tentando se esconder… Patético… Eu já disse, estamos entre amigas, não precisa disso.

— É embaraçoso!

— Porque? Porque sua filha está aqui? Por favor Helena, ela saiu desse lugar que você está tentando esconder. Além disso, você cuidou dela, deu banho nela, a vestiu. Não me diga que foram empregados que fizeram isso? Não, pensando melhor, sei que você não deixaria algo assim acontecer. Bem, mas porque ter vergonha da sua filha? Você não tinha vergonha de sua amigas quando tinha dezesseis anos.

— Eu não tenho mais dezesseis.

— Vamos. Não é porque sua filha gosta de mulheres que ela vai se sentir atraída por você ou por mim.

— O que?! — Helena e Jullie disseram ao mesmo tempo.

Chaya virou-se para Jullie, depois para Helena e repetiu esse processo algumas vezes.

— Hum… Os da sua filha são realmente maiores. Não me diga que é isso que te incomoda.

— É claro que não!

— Jullie, porque você ainda está com essa toalha?

— Bem… Achei que seria adequado — Jullie respondeu.

— Vamos, tira isso.

— Ok…

Ela desenrolou a toalha do corpo e a dobrou deixando-a do seu lado.

— Ual. Você que fez essa garota? Devia estar orgulhosa Helena.

— Não comece com suas piadas! — Reclamou Helena — Você não cresce?

— Eu não cresço? Olha só que está corada depois de passar dos trinta anos!

A afirmação fez Helena ficar mais vermelha ainda.

— É só… É a sauna…

Jullie acabou rindo da expressão de sua mãe somada a desculpa esfarrapada.

— Acho que eu entendo agora — Jullie disse.

— O que você entende? — Perguntou Chaya.

— O motivo de vocês serem melhores amigas. Você é uma pessoa incrível, tia Chaya.

— Sim. Só não me chame de tia Chaya. Apenas Chaya, tia faz parecer que sou velha.

 

Sauna masculina 1;

Rin sentia-se um completo estranho ali, não conseguia nem ao menos relaxar. A verdade é que ele nunca foi uma pessoa de muitos amigos, sempre teve dificuldades nisso. Isso piorava um pouco mais quando se tratava dos amigos de Chaya, todos eles pareciam tão entrosados que era difícil saber com quem conversar.

— Ei, você está bem? — Magnus perguntou — Você parece preocupado.

— Não, eu estou bem. Não se preocupe comigo.

— Me perdoe por perguntar, mas quem é você mesmo? Eu não me lembro.

— Creio que não nos conhecemos. Meu nome é Rin. Sou diretor geral das empresas Haven.

— Ah! Você é o marido da Chaya?

— Sim.

— É um prazer. Eu sou Magnus, filho de…

— Da Rainha Sarah e do Rei Isaac. Eu sei.

— Bem, e esse é meu irmão.

— Não me envolva nisso — Disse Joshua.

— Não ligue para ele.

— Não se preocupe. Se importa de eu perguntar como você sabe conhece minha esposa? Ela não vem aqui em Letho, então…

— Oh. Eu me lembro dela porque minha mãe me levou em uma viagem que ela fez até Ikari.

— Tem razão. Eu me lembro. Mas você era mais jovem

— Nem tanto. Fazem apenas dois anos. Foi ótimo conversar com a Chaya. Ela me ajudou bastante.

— Agora que você mencionou, ela falou sobre conversar com você quando chegasse.

— Sim. Já fizemos isso. Oh, ela me falou sobre um projeto bem estranho no qual estão trabalhando.

— Sim. Bom, ainda é um protótipo, apesar de já termos um produto funcional na nossa própria empresa. É uma IA que se conecta a vários sistema e funciona como uma assistente pessoal.

— Você quer dizer, um robô?

— Não é um robô. É uma programa capaz de aprender. A IA existe em um nuvem limitada, isso quer dizer que você limita até onde ela pode acessar, como por exemplo, os sistemas de dentro do Palácio. A partir daí ela estará em todas as partes que você permitiu e irá lhe ajudar seja lá com o que você pedir.

— Eu gosto de tecnologia, mas… Não há riscos nisso?

— Você pergunta se a IA se voltar contra as pessoas que a possuem?

— Algo assim…

— É por isso que estamos testando, mas até agora não houve nenhum resultado desse tipo com Honey.

— Honey?

— Sim… É o nome que a Chaya deu a nossa IA.

— Bom, pode ser muito útil. Eu adoraria ver o papai um pouco mais longe daquele escritório de vez em quando.

— Até parece… — Praguejou Joshua.

 

Sala de massagem masculina 3;

—  Tem certeza que não quer aproveitar isso? — Perguntou John. Ele estava deitado com o rosto relaxado sobre o travesseiro, enquanto suas costas recebiam a massagem — Está magnifico.

— Não sou exatamente fã dessas coisas — Respondeu Ziggyard, sentando no canto da sala — Além disso, não sabia que jogava nesse time.

John.

— Ah meu amor, não é porque tem um mulher massageando minhas costas que eu estou te deixando.

A funcionária ficou um pouco sem jeito depois de ouvir isso.

— Me desculpe… — Ela disse.

— Não se preocupe meu bem. Pode continuar. Ele costuma reclamar bastante mas é só isso.

— Você devia experimentar Tio — Disse Zenno — Isso é muito bom.

— Posso imaginar porque você está gostando — Respondeu Ziggyard — Por falar nisso Zenno. Eu gostaria de conversar algo com você.

— Pode falar.

— Você nunca desejou ser Rei no lugar da sua irmã?

— Bem… Sim, as vezes. Mas o dragão a escolheu, o que eu posso fazer? É a tradição.

— Pelo menos eu não me lembro de nenhuma briga de vocês dois quanto a isso. Na verdade não me lembro de vocês dois brigando por nada.

— Que motivos eu teria para brigar com a Jullie? Ela sempre me ajudou quando eu precisei, além disso… Ela sempre foi meio distante e nunca deixou ninguém se aproximar muito, então. Não, não tenho motivo algum para brigar com ela seja lá qual for o motivo.

— Não ligue para o seu tio, Zenno — Disse Jonh — Ele só está com medo que uma situação do passado dele se repita.

 

Sauna masculina 2;

— É um pouco estranho olhar para ele, não é? — Perguntou Warlick sacudindo a única parte do braço direito que lhe restava.

— Nem um pouco — Disse Zack — Mas porque tirar o braço mecânico?

— Eu não posso ficar dependente daquela coisa.

— Pensei que fosse por causa do calor.

— Não — Warlick riu — Acredite, aquela coisa é bem resistente, você pode acertá-lo com um raio e talvez ele ainda fique inteiro. Oh, de preferencia quando eu não estiver usando.

Isaac e Zack riram.

— Bem, Zack, tem algumas coisas que eu gostaria de perguntar — Disse Isaac.

— Ok, pode perguntar Isaac.

— Você tem tido problemas com seu governo? Sobre como as pessoas recebem suas decisões.

— Em uma visão geral, não. Mas sempre existem aqueles que estão insatisfeitos, e não são apenas alguns indivíduos, muitas vezes são grupos. É difícil buscar uma solução que agrade a todos, muitas vezes eu tenho que simplesmente bater o pé e decretar que as coisas serão de um jeito. Bom, eu tenho o Ziggyard para me ajudar, acabo ouvindo muita coisa dele, as vezes sinto que ele age como se fosse meu pai — Zack riu — Mas acho que as coisas estão boas do jeito que estão. Então, porque a pergunta?

— Bem… — Isaac suspirou — Tenho tido problemas com a ideia de república.

— Oh!

— É… Os jovens olham para Rorche e veem um país perfeito. A grama do vizinho é sempre mais verde, não é?

— Adriel discordaria de varias coisas sobre Rorche nesse sentido — Disse Warlick — Ele já chegou a falar sobre as partes pobre para vocês.

— Sim. Comparado ao que vejo aqui, essa parte de Rorche parece um verdadeiro inferno. São coisas assim que eu quero evitar. Eu tenho passado cada vez mais horas me dedicando a…

— Você vai ter que parar alguma hora — Zack falou — Se você se importa com seu país então deveria se importar um pouco mais com você mesmo. Como você poderia fazer algo por todas essas pessoas se não está em condições de ficar de pé por causa do cansaço.

— Eu sei… Mas…

— Não tem “mas”. Eu divido meu tempo. Claro que tenho ajuda. Helena, Ziggyard, Jonh, muitas outras pessoas. Isaac, você tem muitas pessoas a sua volta, não é errado pedir ajuda de vez em quando. Pelo o que me parece você apenas pegou toda a parte que a Sarah não gostaria de fazer e ficou para você.

— Não é bem assim…

— Então o que é? Acha que a Sarah gostaria de saber disso? Todos nós fazemos sacrifícios, apenas não escolha o maior para você tentando poupar os outros quando no final você vai atingir a todos da mesma maneira.

— Zack tem razão, Isaac — Warlick colocou a mão sobre o ombro dele — Eu já te disse isso muitas vezes, você não está sozinho. Deixe as pessoas que se importam te ajudarem, você não precisa carregar o peso do mundo inteiro em suas costas.

— Vocês dois estão certos. Obrigado.

 

Sala de massagem feminina 4;

— Ah! Era disso que eu precisava — Exclamou Natsy — Será que podemos repetir ou temos que ir para a próxima sala?

— Eu não me importaria de uma outra massagem — Disse Alina — O trabalho tem me matado.

— Lutar com fantasmas deve ser realmente cansativo.

— Essa uma ideia errada que todos vocês tem. O Inframundo não é um lugar de fantasmas e meu trabalho não envolve apenas enfrentar as criaturas que saem de lá. Nós mantemos o equilíbrio entre esses dois mundos. Em um contexto geral, o Inframundo é como um grande corredor circular com algumas salas e algumas portas que levam a lugares desconhecidos.

— Achei que você soubesse tudo sobre esse lugar.

— Não tudo. Tem lugares dos quais não se pode voltar uma vez que entrar, então simplesmente não tem como saber.

— Se você diz… Oh! — Natsy exclamou quando sentiu algo ser derramado sobre suas costas.

— Fique calma. Sou apenas eu — Disse Sue.

— Sue, o que está fazendo com esse oleo de massagem?

— Vocês duas disseram que queriam mais uma, então acho que posso fazer isso antes de irmos para a próxima sala.

— E desde quando você sabe fazer massagem?

— Bom, eu lutava bastante e isso acaba com seu corpo, é preciso se preparar bem fisicamente. Então eu sei muito sobre técnicas de relaxamento muscular. Confie em mim, eu sou boa nisso.

 

Sala de Hidromassagem feminina 3;

Todo aquele movimento da água começou a incomodar um pouco Triss e então ela levantou-se da banheira. Jogou os cabelos para trás e respirou um pouco. Logo notou o olhar atento sobre si.

— H-Henry? O que foi? — Perguntou corando um pouco.

— Você é tão linda. Sinto um pouco de inveja.

Triss rapidamente escondeu seu corpo embaixo da água com vergonha.

— O-Obriga-da… Mas não sei porque você falou isso. Olhe para você, você tem… Seios maiores e… uma bunda maior e mais redonda…

— E-Eu… — Henry também ficou corada — Você acha que… Acha que eu chamo atenção dos garotos?

— Hã? Que tipo de pergunta é essa? Claro que sim. Não só pelo seu corpo, mas você é muito bonita também. Eu… gosto do seu cabelo… as pontas vermelhas ficam muito bonitas com o tom escuro deles.

— Obrigada. De verdade. As vezes eu acho ele meio estranho… Eu gosto de seu também, o tom acinzentado, platinado, não sei, mas é bem bonito. Eu vi sua mãe, você é tão linda quanto ela.

— Bom. Acho que vi um homem que é seu pai.

— O cabelo… Não tem como não reconhecer.

— Você vai me perdoar por falar assim, mas é ele é muito lindo. As vezes eu gostaria que meu pai se livrasse de todo aquele cabelo e barba. Tenho certeza de que ele ficaria muito mais atraente.

— Seu pai não é o líder da academia de caçadores daqui?

— Sim. Ele é.

— Quem é aquela loira que anda com ele?

— É minha tia Ignis.

— Ela é muito bonita também, mas de um jeito diferente, eu não sei explicar.

— Eu entendo. A tia Ignis tem uma beleza provocativa.

— Sim. Era isso que eu queria dizer.

— E sua mãe, Henry? Eu não a conheço.

— Bem, ela é ruiva, cabelo cacheado. Estava usando um trança e…

— Não brinca! Aquela era sua mãe?!

— Bem… sim…

— Bom, agora sei de onde vem suas curvas — Triss riu. Então voltou-se para Sky — Ei Sky, porque você não fala nada?

— É que… — Sky se encolheu um pouco — Eu não fico muito à vontade assim.

— Nem eu — Disse Henry — É estranho não vestir nada na frente de outras pessoas, mas… Somos todas mulheres e amigas. E acho que nenhuma de nós é como as noivas.

— Bom, tenho certeza que a Sky não é — Triss deu uma piscadinha para ela.

— Do que você está falando? — Sky perguntou corando.

— Vamos, eu vi o jeito que você olha para o Vernom.

— N-Não é nada disso! — Ela disse agitando as mãos — Eu e Vernom… Eu e Vernom…

— Não se preocupe com isso Sky. Seu segredo está a salvo. Eu também tenho uma pessoas da qual eu gosto.

— Mesmo? — Os olhos de Henry brilharam de curiosidade — Me conta!

— Não posso… É meio que um amor impossivel… Se eu me declarar para essa pessoas tenho certeza que ela não poderá me corresponder e além disso, talvez nossa amizade deixe de existir. Então eu prefiro deixar as coisas como estão.

— Você está bem Triss? Você parece meio triste…

— Não posso dizer que fico feliz ao falar nisso… Bom, ao menos vocês duas gostam de pessoas que podem alcançar.

— E-Eu?! — Henry recuou um pouco.

— Por favor Henry, você está caidinha pelo Joshua.

— N-Não…. Eu….

— Pessoalmente eu tenho muita coisa contra o Joshua. Mas eu sou eu e você é você.

— Você não gosta dele?

— Não muito… Talvez porque eu sempre esteja perto para ver as brigas que ele causa com a Issis e o Magnus. Minha proximidade do Magnus me faz ver um Joshua que talvez você não vê agora…

— Triss… a pessoa que você gosta é o…

 

A noite; Salão de eventos; Palácio Real de Dracma;

O enorme salão já estava completamente decorado, tanto para a cerimônia como para a festa. Tudo fora decorado com tons de dourado e vermelho, uma clara referência aos cabelos de Jullie e Issis. Bom, mas claramente essa não era um festa tradicional, afinal de contas muitas regras ainda existiam. Por exemplo, quem seria deixada no altar? O pai sempre acompanhava a noiva até o altar onde o noivo aguardava, mas isso não seria possível aqui.

Sendo assim, quando a musica de entrada tocou foram as duas que estavam sendo levadas ao altar. Zack e Isaac a acompanhavam ao mesmo tempo enquanto passavam pelo grande tapete que levava ao altar. Ah! E o tapete não era completamente vermelho, como eu havia dito, dourado e vermelho.

Jullie e Issis foram deixadas no altar com um pequeno abraço de despedida de seus pais. Zack deixou também um pequeno beijo na bochecha enquanto Isaac deixou um beijo na testa. Após os dois reis deixarem o altar as noivas trocaram olhares. O vestido de Jullie era bem mais longo, decorado com algumas rendas que eram presas por pedras brilhantes. Já Issis usava um vestido um pouco mais ousado para um casamento, com uma abertura na perna e um tomara-que-caia, havia uma faixa vermelha em sua barriga e flores com alguns detalhes de folhas desenhadas em dourado.

— Vamos começar então — Disse Rosalin.

Espero que lembrem de Rosalin, nem faz tanto tempo assim, ela foi acolhida por Alain e tornou-se sua aprendiz.

— Eu sei que o Mestre Alain deveria ser aquele a celebrar essa cerimônia. Infelizmente ele não pôde se fazer presente hoje. Mas isso é uma grande oportunidade para mim. É minha primeira vez celebrando um casamento e fico feliz que seja esse. Vocês duas, Issis Crowley e Jullie Ligths, estão aqui hoje por causa do amor que sentem uma pela outra. O tipo de amor que é puro e que une as pessoas, que forma familias. Espero que todos aqui hoje entendam isso. Essas duas são duas almas que se completam e espero que todos aceitem isso muito bem. Que o amor das duas sirva de exemplo para aqueles que duvidam da simplicidade de uma união, seja ela qual for. Jullie Ligths — Chamou — Eu gostaria agora que dissesse suas juras para Issis. Nunca gostei da ideia de alguém simplesmente repetir o que eu falo nessa parte. Apenas fale o que sente.

— Issis — Jullie segurou as mãos de sua amada — Eu não sabia o que fazer quando descobri que gostava de você. Eu talvez tenha gostado de outras garotas antes, mas quando eu te vi e comecei a conversar com você eu soube que desta vez eu não poderia esconder meus sentimentos por medo. Você era… Você é, tudo que eu sempre sonhei. Você é meu sonho e você sabe disso. Se eu tiver que jurar algo para você, então eu juro que meu amor nunca vai mudar, nunca vai se tornar mais fraco, nunca vai te fazer mal. Vou dar o melhor de mim a você todos os dias de minha vida.

— Issis… — Rosalin chamou enquanto enxugava uma lágrima — Por favor, faça suas juras.

— Certo — Issis largou uma das mãos de Jullie para limpar uma lágrima do rosto dela — Você não precisa chorar de felicidade agora. Teremos toda uma vida para sermos felizes. E só de ter você eu já tenho o seu melhor. Você me completa. Eu sou o seu sonho e você é minha rainha. Sempre vai ser assim. Eu juro que vou te fazer feliz todos os dias, sem exceção. Farei com que todas as suas lágrimas sejam de felicidades e todas terminem com um sorriso. Porque eu te amo e sempre vou te amar.

Enquanto as duas se declararam, Magnus segurava sua mãe em um abraço apertado, já que Sarah não conseguia deixar de chorar de emoção desde que Issis tinha entrado no salão. Helena também despejava algumas lagrimas, mas não chegava nem perto do nível do choro de Sarah.

— Lá se vai a Rainha durona — Comentou Chaya.

— Deixe ela chorar — Disse Helena — Sarah tem todo o direito de fazer isso.

— Ela podia se controlar um pouco mais como você está fazendo. Pelo menos quando os convidados saírem vão comentar que só um lado da família é chorão.

— Nem tanto — Helena sorriu — Dê uma olhada no Jonh.

Chaya virou-se para procurar Jonh e logo o encontrou, chorando tanto quanto Sarah, agarrado ao ombro de Ziggyard, que parecia um pouco irritado com isso.

— Nem eu chorei tanto quando me casei com o Rin…

— Isso porque você quase desmaiou de tão nervosa.

— Não me lembre disso!

— Shh. As alianças estão entrando.

E lá vinha Zoltan, o jovem filho de Ziggyard, carregando as duas alianças e se dirigindo ao altar para entregá-las as noivas. Jullie e Issis pegaram as alianças e Jullie agradeceu a Zoltan lhe dando um rápido beijo na testa. A cerimônia prosseguiu com as noivas trocando alianças e finalmente o momento que todos esperavam.

— O que foi unido aqui hoje, em nome de Deus, que jamais seja separado — Disse Rosalin por fim, antes da grande frase — Pode beijar a no… Podem se beijar.

E assim as duas fizeram, um beijo apaixonado que fez todos se levantarem  e aplaudirem, todos menos Sarah e Jonh que ainda não conseguiam parar de chorar. Isaac deu abraço apertado em Zack o agradecendo por tudo. Em um canto do salão Nyu viu Frantz se aproximar dela, ele estava um pouco tímido, com medo de se aproximar mais, então ela gentilmente foi até ele e segurou sua mão sorrindo.

Após a cerimônia de casamento houve a festa para comemorarem a união. Esse não era só o inicio de uma nova era para os reinos, mas também para todos os personagens que amamos. Futuramente mais uniões viriam, também perdas e batalhas, mas essa noite todos só estavam preocupados em celebrar. Celebrar a união e a vida, acima de tudo, o amor.

Quanto a mim? Bem, é uma pequena despedida e eu achei que não havia envento melhor para fazer isso do que esse. Obrigado por tudo.















































 


Notas Finais


Logo eu posto um jornal agradecendo apropriadamente a cada um ^^


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