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História Rolwse Academy of Magic ( INTERATIVA) - Adeus Senhor dos Trovões


Escrita por: Temomen_Orim

Notas do Autor


Funny History -> Eu tenho Milhares de musicas no PC ( Milhares mesmo, literalmente) e sempre que estou escrevendo deixo o WMP tocando elas aleatoriamente, eis que quando estou prestes a começar essa capitulo surge uma musica que eu nunca havia escutado ( Isso acontece muito...).

Do or Die, da banda Papa Roach. Eu tenho a discografia dessa banda a muito tempo, mas no geral escuto muito as musicas do álbum Infest. Do or Die foi uma grata surpresa para mim, eu simplesmente parei para escutar a letra com atenção logo que a primeira estrofe da musica surgiu " Today i saw my hero fall apart ". Isso me chamou atenção no mesmo instante e ao ouvir o resto me serviu de inspiração para o capitulo, o sentimento que a musica passa descreveu bem o drama de Zack. Então achei interessante compartilhar com vocês. Deixarei os links nos comentários:

Capítulo 41 - Adeus Senhor dos Trovões


Queridos e queridas, estou de volta. E porque não estaria?  Aviso logo que o capitulo será entediante — Todos são... — Apenas choro pela morte de um personagem que mal aparece... Não entendo essas coisas, Zoltan era tão especial assim? Quer saber, esqueçam minhas opiniões, vamos ao capitulo.

 Zack continuava acordado, sentando em sua cama — Que é bem grande — abraçado a um... — Eu não gosto de ficar interrompendo assim, mas, isso é ridículo — ... Saler-Cat de pelúcia. Imagino que vocês não saibam o que é um Saler-Cat, bom é um gato selvagem e gordo com pelo listrado, que vive apenas em Salander. Ele havia ganhado o brinquedo por volta de seus seis anos, não preciso dizer que seu pai havia dado para ele, também havia dado um para Ziggyard, mas este explodiu seu brinquedo com um relâmpago — Psicopata.

— Zack? — A rainha chamou batendo na porta — Zack, precisamos conversar...

 Ela abriu a porta, o garoto estava tão triste que não percebeu que sua mãe acabar de abrir de abrir uma porta que estava trancada. A Rainha sentou-se ao lado do filho.

— Eu serei o Rei agora? — Ele perguntou.

— Não. Você ainda é jovem e não tem idade — Ela passou pelos cabelos dele — Por enquanto seu avô voltara a assumir o trono com minha ajuda.

— Como ele está? Meu avô?

— Triste, mas no momento está sendo forte. Ele precisa, as pessoas precisam de um Rei.

— Dois anos... Dois anos e eu terei idade suficiente, mas... Eu não me sinto pronto. E sinto que não estarei pronto nesse tempo... Eu não serei forte como meu pai, eu mal consigo acompanhar o Ziggyard...

— Filho...

— Não! Mãe, a senhora não entende. Jullie... — Ele derramou algumas lagrimas — Ela salvou a Helena, deu sua vida por ela. Por acreditar que eu faria Helena rainha... E eu não sei consigo me tornar Rei...

— Tenho certeza que Jullie não salvou Helena por acreditar que ela seria rainha. Aquela garota era muito gentil, ela faria o mesmo por qualquer um que estivesse implorando por ajuda. Ela salvou Helena por que sabia que você a amava...

— Mas... Em seus últimos momentos foi o que ela disse. Agora eu preciso tornar isso verdade ou a morte dela terá sido em vão...

— Não diga isso. Você e Helena podem ficar juntos, isso foi em vão?

— Mãe... — Ele largou o Saler-Cat e a abraçou — Eu não consigo... Não consigo ser mais forte que isso...

— Minha criança, claro que consegue. Todos acreditam em você, seu pai morreu acreditando nisso...

— Mas eu não consigo... Depois de tudo que ele me ensinou, eu muitas vezes joguei tudo fora. Não consigo ser forte como ele, quando eu olho para os Reis do passado nem me vejo como eles... Sou diferente, porque sou diferente?

— Isso te preocupa? — Ela sorriu — Desde quando a cor dos cabelos ou de relâmpagos definem algo? Você é meu filho também, você tem meus cabelos e suas magias espelham esse brilho dourado. Talvez seja um sinal de que você venha a ser o mais poderoso entre todos os Reis...

— Eu não sei... Nem serei...

— Então seu pai estava errado?

— Meu  pai...

— Ele me disse varias vezes, que quando olhava para o Ziggyard via um poderoso guerreiro, mas com você era diferente. Ele via a si mesmo, com capacidade de infinitamente mais poderoso. Varias vezes ele me disse que você seria um dos lendários arqui-magos quando se tornasse mais velho.

— Eu... Porque eu?

— Porque ele acreditava no homem que você pode se tornar. Eu também, todos nesse país, seus amigos. No momento o único que não acredita é você...

A Rainha o largou e levantou, preparando-se para ir embora.

— O funeral será amanhã. Você não pode demonstrar fraqueza lá, as pessoas precisam enxergar esperança em você — Ela começou a chorar, não conseguiu conter a tristeza dentro de si.

— Você vai sentir falta dele também...

— Mais do que qualquer um... — Ela disse limpando as lagrimas — Ziggyard não poderá vir, não temos como adiar a cerimônia para esperar por ele... Talvez ele fique irritado.

— Ele vai ficar...

— Na carta que enviei para a Rolwse eu pedi que não contassem a ele... Quero que você faça isso quando voltar. Seja forte Zack, todos estão contando com você.

 Ela o deixou ali, o príncipe finalmente deitou-se, puxando as cobertas sobre ele. Mas dormir mostrou-se mais difícil do que ele pensava que seria. A noite ainda seria longa, Chaya acabara de descobrir isso, ao ser acordada por alguém batendo em sua porta. Ela levantou, ainda sonolenta e atendeu sua visita inesperada.

— Helena... OQUE?! — O Homem caiu para trás ao notar que Chaya não vestia roupas.

— O pai da Helena... — Chaya reconheceu — Qual o problema?

— Poderia se vestir primeiro?

— Eu estava dormindo... Eu durmo assim... E você me acordou. Agora, o que quer?

— Helena precisa de sua ajuda... Ela não está bem...

— Helena?! Só um minuto...

 Ela fechou a porta novamente, vestiu a primeira coisa que encontrou pela frente e partiu junto ao pai de sua amiga para encontrá-la. Helena optara por dormir em seu antigo quarto e não em um quarto de hospedes dentro do castelo, então foi uma boa caminhada até os Jardins e em seguida o quarto dos empregados. A mãe da garota esperava na porta.

— Ajude ela... — pediu ela — Helena parece confiar muito em você.

— Não se preocupe senhora Mazzaropi. Não há nada que eu não possa resolver — Chaya sorriu entrando no quarto em seguida.

Ela encontrou Helena deitada na cama, tremendo e derramando algumas lagrimas, apesar de não estar chorando de verdade.

— Helena... O que aconteceu?

— Chaya? Não aconteceu nada... Eu só não consigo dormir...

— Você não sabe mentir... Mas se está com dificuldades para dormir, eu vou ajudar.

A garota jogou as roupas de lado e pulou para junto da amiga, cobrindo-se com o mesmo lençol e deitando-se ao lado.

— Agora, me diga qual o problema de verdade...

— Pesadelos... Não consigo dormir...

— Pesadelos? Sobre o que?

— Aquele homem... De cabelos e olhos escuros — Helena virou para Chaya abraçando-a — Ele está sempre sorrindo, um sorriso assustador... Enquanto arrasta aquela foice e... Eu morro, eu sempre morro no pesadelo...

— Helena, é só um sonho ruim. Não pode te machucar de verdade... — Ela passou a acaricias os cabelos da outra — Irei ficar aqui, você pode dormir, nada de errado vai acontecer...

— Esses pesadelos, podem ser um sinal...

— Sinal?

— Eu deveria estar morta... A Jullie...

— Não diga uma besteira dessas. Você está exatamente onde deveria estar, ao meu lado. E muito breve ao lado de seu príncipe.

— Mas, ela se foi em meu lugar... Eu mereço isso?

— Não comece de novo com essa baixa auto-estima, lembra que foi exatamente isso que te  manteve longe do príncipe? Você tem que parar de questionar se é digna ou não do que as pessoas fazem por você. Se elas fazem é porque você é digna, essa garota... Ela mal te conhecia, mas deu a vida por você, para que fosse feliz ao lado do príncipe. Não vou te deixar jogar essa segunda chance fora.

— Obrigada Chaya... Você é a melhor amiga do mundo...

— Agora durma... Ou se estiver interessada, conheço varias brincadeiras...

— Acho que vou dormir agora. Obrigada...

— Você é tão chata — Ela sorriu — Irei fica aqui com você, caso os pesadelos retornem. Boa noite Helena.

— Boa noite Chaya.

Pela manhã todos se preparam para o funeral do Rei. Os outros não viram Zack desde outro dia, mas era compreensível a todos que ele estivesse em uma posição mais difícil, entre suas responsabilidades e suas perdas.

— Eu não tenho nada escuro para vestir, não posso ir com roupas claras para um funeral — Sol mexia em suas malas insatisfeita.

— Sol? Está ai?  — Alice chamou entrando no quarto — Algum problema?

— É um funeral, todos deveriam vestir cores escuras, mas eu não tenho nada assim...

— Posso te emprestar algo... Só não sei se minhas roupas vão servir em você, você é mais alta...

— Alguma tem que servir. Alice, você viu o Zack depois de tudo?

— Não, mas acho que não devíamos procurá-lo agora. O que podemos fazer por enquanto é ir ao funeral e desejar nossos pêsames...

— Você está certa... Você acha que a família do Dylan vai estar presente? Afinal a irmã dele...

— Com certeza vão. Jullie será enterrada junto ao Rei em sinal de heroísmo...

— Ela merece.

As duas partiram em busca de algo para Sol vestir. Enquanto isso Warlick acordava e também se preparava para o dia em frente, quando recebeu uma visita, uma visita bem especial.

— Então, você é o Warlick de quem meu neto fala tanto...

Um velho homem entrara no quarto, vestido em roupas elegantes. Os cabelos brancos lhe batiam na cintura, a barba lhe alcançava o peito e ele movia-se falava com uma calma que de certa forma era transmitida a Warlick.

— Desculpe por não bater na porta. Esse velho está começando a esquecer os bons modos...

— Senhor Zarpss — Warlick curvou-se — É uma honra...

— Meu jovem, não se curve perante mim ou me sentirei na obrigação de fazer a mesma coisa e esses velhos joelhos já me falham.

— Desculpe.

— Não quero incomodá-lo, apenas tenho um pedido.

— Qualquer coisa...

— Meus netos são opostos da mesma moeda, você mesmo já deve ter percebido. Ziggyard esconde sua dor e frustrações com a raiva, já o Zack tenta sempre sorrir... Mas ele tem chorado muito nessas ultimas horas. Ele está realmente destruído, então eu peço que cuidem dele. Você é companheiro de equipe dele, por favor, ajude meu garoto nesse momento difícil.

— Não precisava nem pedir isso... Somos mais que companheiros de equipe, somos amigos. Não vou deixar o Zack assim.

— Vejo que ele encontrou bons amigos... Obrigado meu jovem.

O antigo Rei — Ou já podemos chamá-lo de atual? — fez um gesto de agradecimento e deixou o quarto. Por falar em quarto, acho que tem um quarto bem distante de Salander que podemos dar uma olhada também, precisamente em um hotel localizado em uma montanha em Nassau. Sarah acabava de acordar, com uma dor de cabeça e sem lembra de muita coisa da noite passada desde que ela e Isaac caíram na piscina.

— Minha cabeça... — Ela sentou-se na cama levanto a mão a testa — O que eu andei fazendo?

Ela notou Isaac deitado ao seu lado, ainda dormindo. Mas então ela notou algo mais importante ainda, ela não vestia nada. Por um momento varias teorias se passaram por sua cabeça, mas aos poucos ela juntou as peças, a dor de cabeça seria ressaca por ter bebido de mais e ela estaria nua por... Ela gritou e levantou-se, ficando em pé em cima da cama, com um pulo, chutando Isaac para fora da cama em seguida.

— TARADO!!!

 Ele acordou assim que bateu com a cabeça no chão, sem entender muita coisa ele praguejou e olhou para Sarah, uma visão que ele apreciou.

— Que bela maneira de ser acordado... Se não tivesse me chutado...

Ela jogou os travesseiros nele.

— Como pude ser tão burra! Você se aproveitou de mim enquanto eu estava bêbada! Seu...

— Ei! Espera ai! Você bebeu muito porque quis, eu pedi para você parar!

— Agora eu sou a culpada?! Isso é estupro sabia?!

— Estupro? Do que está falando?! Não aconteceu nada!

— Nada?! Espera que eu acredite nisso! Você vestiu isso para tentar me fazer acreditar nessa historia quando eu acordasse!

Ela referia-se aos calções que ele usava.

— Eu estou sem roupas, com ressaca e do lado do maior pervertido que já conheci! Quer que eu acredite em que?

— Mas tudo foi idéia sua! As roupas estão no banheiro secando, caímos na piscina lembra? Não podíamos dormir molhados...

— E porque estou sem nada?

— Porque você mesma tirou! Eu não fiz nada, até tentei te impedir, mas você não estava em sã consciência!

— É verdade?

— É claro que é. Porque eu mentiria para você?

Sarah começou a rir e jogou de braços abertos de volta para a cama suspirando aliviada. Alguém bateu na porta do quarto, os dois trocaram olhares, Sarah puxou as cobertas para esconder-se e Isaac foi checar que era. Ao abrir a porta viu outro homem, um que ele não conhecia.

— Posso ajudar?

— Não sei o que os dois estão fazendo — Ele olhou para a Sarah por sobre o ombro de Isaac — Mas seja lá o que for, façam em silencio! Me acordaram no quarto ao lado com esse gritos, isso é hotel para pessoas finas, não uma casa de sexo!

Dito isso ele partiu irritado. Isaac fechou a porta e encarou Sarah, os dois começaram a rir.

— As coisas sempre acabam em situações embaraçosas com você — Disse ela ainda rindo.

— Não tive culpa dessa vez...

— Eu tenho que parar com isso... Eu sempre estou ficando sem roupas na sua frente ou quase isso...

— Eu não me importo... — Ele brincou, tendo que desviar de um abajur logo em seguida — Porque jogou isso em mim?

— Eu posso pagar outro... Vamos voltar para a Rolwse antes que comecem a surgir historia exageradas dessa noite...

 Esse casal... Me pergunto porque ainda narro essas coisas. Acredito que alguns de vocês desejam saber como andam as cosas com a Lis, vamos lá então. Novamente ela teve de passar a noite treinando. Desta vez Celin usou um método diferente, Lis já possuía um certo domínio de enxergar através de vibrações, mas agora ela teria de treinar sua audição para complementar sua visão. Agora o treinamento era basicamente o mesmo de antes, com a adição de Alanaya, lançando ataques de vento, ataques que Lis não podia ver, apenas ouvir e sentir. O objetivo continuava o mesmo, parar o golpe físico que Celin iria realizar em algum momento. Demorou a noite toda, mas pela manha ela finalmente conseguiu.

— Muito bem Lis, parte dois concluída — Celin sorriu, já disse que isso não faz sentido.

— Seu treinamento é duro — Comentou Alanaya — Só não entendo porque ela tem de estar despida...

Já perceberam que há muita nudez nessa historia?

— Roupas não fazem diferença para mim — Disse Celin — Eu vejo as pessoas como elas são de verdade. Tudo bem Lis? Precisa de ajuda hoje para voltar ao seu quarto?

— Acho que não... Posso fazer sozinha.

— Tudo bem. Só não esqueça de vestir algo antes. O próximo treinamento será o ultimo, irei lhe ensinar minha magia especial.

— Obrigada mestre.

— Mestres... — Ela repetiu — Nunca pensei que seria chamada assim... Eu que agradeço a oportunidade de treiná-la minha garota. Até mais tarde...

— Aqui estão suas roupas — Entregou Alanaya.

— Obrigada... Mas, como vou saber se estou vestindo para o lado certo?

Alanaya riu.

— Eu te ajudo.

Depois de Lis está vestida a professora despediu-se. E Lis fez seu caminho de volta para o dormitório, encontrou seu quarto e deitou-se. Sentiu a cama mais dura que o de costume, mas devia estar apenas cansada pelo exaustivo treinamento, então apenas concentrou-se em dormir.

— Foi divertido... OQUE?! — Isaac assustou-se ao entrar em seu quarto — Que droga é essa?

— Qual o problema? — Sarah veio verificar, ficando vermelha de fúria ao ver Lis deitada ali — O que essa garota faz ai?

— Quarto errado? — Perguntou Lis acordando com o barulho.

— Como vou saber o que ela faz ai? Eu passei a noite com você...

— Pervertido... — Sarah lhe deu um soco e o deixou ali.

— Porque os outros parecem sempre querer me ferrar de alguma maneira?

— Desculpe... — Pediu Lis — Acho que eu não estou enxergando muito bem depois de treinar tanto...

— Não está enxergando bem?... — Ele notou  o estranho olhar dela — Ei, você é realmente cega? Deve ser a Lis...

— Sim. Mas eu enxergo um pouco agora, através do chão. Só que o cansaço parece prejudicar meu controle sobre essa magia...

— Incrível — Ele estava admirado com aquilo — Você é de qual casa?

— Red Snake.

— Eu te levo até lá. Venha...

— Muito gentil de sua parte. Desculpe os problemas com sua namorada...

— Tudo bem. Ela não está com raiva de verdade...

Quando eu tento falar sobre outra pessoa esse garoto surge de novo... Esqueçam a Rolwse por enquanto, vamos a Salander, esse desgraçado não pode chegar lá tão rápido. O funeral do Rei estava prestes a começar, o local escolhido para a cerimônia foi o centro da cidade, assim ele seria posto junto ao lugar que morreu para proteger. Uma grande caminhada seria feita, o caixão sairia do castelo e quando chegasse a seu destino uma pequena cerimônia seria realizada.

— Todos parecem tão tristes... Mesmo não conhecendo o Rei de verdade — Notou Sol.

— As vezes não precisa conhecer alguém para conhecê-lo... — Disse Warlick.

— Isso é confuso...

— Mas é verdade. Todos gostavam do Rei, mesmo aqueles que jamais o viram. Acho que poucas pessoas podem ser tão queridas assim.

— Está certo Warlick, ele foi um grande homem — Concordou Alice.

— Filha... — Chamou alguém da multidão.

Uma mulher saiu dentre os outros, ninguém podia deixar de notar que ela era, a semelhança com Alice era muito evidente. A maior diferença era o cabelo trançado da mais velha, mas ainda era ruivo e ambas possuíam os mesmo olhos de um castanho tão claro que parecia cinza.

— Mãe... — Alice a abraçou — É você mesma...

— Não esperava te encontrar aqui...

— Nem eu. O que faz aqui?

— Rei Zoltan é um velho amigo, vim dar um ultimo adeus...

— Ele me falou sobre isso...

— Você conversou com ele? Mas porque?

— Estamos visitando o castelo, o príncipe Zack é o líder do time em que estou na Rolwse. Quero que conheça eles, esse é Warlick — Ela apresentou — E essa é Sol, ela é filha de outro conhecido seu, Syrius...

— A filha de Syrius, eu deveria reconhecer essas cabelos em qualquer lugar. Uma linda garota...

— Obrigada — Agradeceu Sol.

— Imagino que o príncipe deva estar resolvendo seus próprios problemas...

— Ele está, gostaria de nos acompanhar? — Perguntou Alice.

— Claro, minha filha...

A caminhada então começou, todos seguiam lentamente, como se cada passo os distanciasse ainda mais do homem que ali governou. A morte de Zoltan fora mais que a morte de um simples Rei, foi a morte de um símbolo para todo aquele pais. Zack e os outros dois membros da família Real presentes seguiam a frente, atrás deles estavam as casas nobres de Salander, e mais atrás o resto das pessoas que decidiram juntar-se para a despedida do Rei. Foram quase uma hora até que chegassem ao centro da cidade, onde os que carregam o caixão com o corpo do rei pararam e o colocaram no chão, uma cova já estava aberta ali esperando por seu conteúdo. A cidade ainda não havia sido reconstruída, então tudo ao redor eram apenas prédios arruinados e ruas destruídas. Diane Ligths assumiu a frente para pronunciar algumas palavras.

— Essas ruínas representam o que sinto agora. Que algo deu errado e que fomos injustamente privados de algo que amamos... Alguém que eu amei muito. Meu amado marido Iran Zoltan II Ligths. Talvez o maior Rei que já governou esse país. Ele deu sua vida por nós nesse ultimo dia que se passou, sacrificando-se para manter todos a salvo. Eu não tenho duvidas que Zoltan podia ter vencido a batalha em um piscar de olhos, mas não era do feitio dele sacrificar a vida de outra por algo, não importava o preço. Estamos todos vivos hoje graças a ele, então é como se a própria vida de Zoltan estivesse dentro de cada um de nós, por isso, eu peço a todos vocês... Vivam por ele, como ele viveu por vocês.

As pessoa aplaudiram durante praticamente dois minutos inteiros. Após os aplausos cessarem Zarpss tomou a frente.

— Você perderam um Rei, mas eu perdi um filho. Conseguem imaginar essa dor? Em minha idade, você pensa que já viveu de mais e a única coisa que espera é partir sabendo que a família que criou está bem. Mas meu único filho foi tirado de mim e agora, sou obrigado a vê-lo partir. Um pai não devia passar por isso... Mas eu sou um Rei também e a partir de hoje governarei em nome de meu filho, até que seus sucessores, meus netos estejam prontos para assumir.

Diane tomou a coroa que Zoltan usava e a colocou na cabeça de seu genro. As pessoas começaram a saldar o antigo Rei que retornava ao poder, mas ele as calou com um gesto.

— Eu já fui coroado uma vez, não há motivos para celebrar. Hoje, o dia pertence ao verdadeiro herói, meu filho, Zoltan. Eu não tirarei o dia dele...

Todos aplaudiram, mas não aplaudiam o Rei Zarpss, mas sim o heroísmo de Zoltan.

— Zack... — Chamou sua mãe — Gostaria de dizer algumas palavras para as pessoas?

— Não...

— Tudo bem, você tem esse direito...

— Na verdade, há algo que eu queria dizer sim... — Ele deu um passo a frente — Não há duvidas que meu pai foi um herói, mas a outra pessoa que merece ser lembrada... Jullie Charppeu. Não esqueçam dela, por favor...

Novas palmas surgiram, primeiramente somente entre a família Carppeu, mas logo espalharam-se por toda a multidão.

— Quer fazer as honras meu neto? — Perguntou Zarpps.

— Eu irei, obrigado vovô.

 Os funerais de família real e de nobres em Salander só podiam ser realizados pelo Rei ou por alguém da família real. Os caixões eram feitos de modo a absorver energia elétrica e incendiar o corpo dentro, pois em Salander apenas cinzas eram enterradas e nunca o corpo. Esse dever agora cabia a Zack, ele deu um passo a frente, invocado sua magia. Dois raios dourados caíram do céu, cada uma atingindo um caixão, o de seu pai e o de Jullie. Essa despedida final e mais honrada que alguém poderia receber segundo as tradições do lugar. Após isso as covas receberam o que foram cavadas para abrigar, e a terra foi jogada para cobrir os que agora podiam finalmente ter seu descanso eterno. A cerimônia estava encerrada, mas ainda uma ultima coisa a ser feita, as pessoas formaram uma enorme fila para falar com os membros da família Real e desejarem seus pêsames.

— Obrigado príncipe — agradeceu o patriarca da família Charppeu, junto de sua esposa — Obrigado por lembrar de nossa filha...

— Nunca irei esquecer o que ela fez por mim.

— Minha irmã teria sido uma grande rainha... — O irmão mais velho pronunciou — Mas você escolheu outra...

— Desculpe...

— Não precisa se desculpar. Ela morreu acreditando em você não é? — Ele limpou as lagrimas que lhe escapavam — Eu acredito no que ela fez... Sinto muito pelo Rei...

— Eu serei Rei — Disse Zack o segurando pelo ombro — Eu irei garantir que Jullie seja lembrada... Eu prometo...

— Obrigado...

Chegou a vez do próprio time de Zack falar com ele. Todos correram e o abraçaram ao mesmo tempo.

— Sentimos muito — Disse Warlick.

— Estamos aqui Zack, para o que você precisar... — Falou Sol.

— Somos um time, confiamos em você, então confie em nós também... — Alice o confortou.

— Obrigado por virem comigo... Sem vocês eu não seria tão forte...

A mãe de Alice passou por eles, indo direto a Rainha.

— Tallita... — Diane a reconheceu.

— Me desculpe Diane... Eu podia ter estado aqui... Talvez eu tivesse ajudado. Sinto muito pela perda de Zoltan. Ele era um bom homem.

As duas se abraçaram.

— Você estava em Salander, porque nunca veio visitá-lo?

— Tive medo de haver alguma magoa entre nós... Besteira minha. Ele nunca faria nada assim, eu é que culpava a mim mesma por tudo. Pelo menos criei minha filha aqui e ela conheceu o grande homem que um dia eu amei...

— Será sempre bem vinda aqui Tallita, você sabe disso.

— Obrigada Diane. Meus pêsames por tudo...

Helena também veio dar suas palavras. Não a Helena de cabelos cerúleos, a Helena da livraria.

— Meu príncipe — Ela cumprimentou — Eu sinto...

Zack notou que ele usava o anel que ele havia lhe dado.

— Obrigado Helena... Parece que gostou do presente...

— Pode parecer besteira... Mas no momento que você o colocou em meu dedo eu me senti um princesa... — Ela corou — Sei que é impossível, mas...

Zack a abraçou.

— Não duvide de si mesma... Obrigado por tudo. Você me fez mais forte...

— Mas... Eu não fiz nada, príncipe.

— Muitas vezes não se precisa fazer nada para se fazer alguma coisa...

— Isso é confuso...

— Tenho um amigo que fala coisas assim, achei que passo tempo demais com ele.

O pai da garota também veio, mas este deixou o príncipe de lado enquanto ele falava com sua filha e foi até a rainha.

— Rainha...

— Joffrey, pode me chamar pelo meu nome...

— Diane... Eu sinto por Zoltan. Naquela época eu fiquei feliz por saber que no fim você estaria com um homem como ele, e cada dia que ele governou eu estivesse mais certo de sua felicidade. Eu conheci seu filho também, um grande garoto, será um Rei tão bom quanto o pai...

— Assim espero. Obrigado por vir Joffrey, significa muito para mim...

— Espero que tudo bem com sua família.

E por fim, mas não menos aguardado, Chaya e Helena, a Helena certa dessa vez.

— Douradinho — Cumprimentou Chaya e o abraçou — Seu pai era um grande homem, sinto muito...

— Obrigado Chaya...

— Obrigado você por proteger a Helena...

— Eu não fiz nada... Eu que devia agradecer, foi sempre você que tentou aproximar ela de mim.

— Ela é minha melhor amiga... O que eu posso fazer?

Chaya cumprimentou a Rainha também, depois foi até o novo Rei.

— A coroa está com você de novo velho... — Ela deu um meio sorriso — Obrigado por tudo, pelos conselhos e tudo mais...

— Você trouxe um sorriso a esse velho momentos antes dele perder seu filho, serei eternamente grato a você, garotinha tarada...

Ela sorriu e o abraçou.

— Não vá encontrar seu filho muito cedo, ainda volto pra te visitar.

— Irei esperar ansioso por nosso próximo chá juntos.

— Não se preocupe, seu neto não terá problemas com a Helena, vou ensinar dar prazer a ele direitinho...

— Devia aprender a ter um pouco mais de juízo com sua amiga — Ele sorriu — Agora vá, a outras pessoas esperando por uma palavra.

— Até outro dia, Rei Zarpss.

Helena estava de frente para Zack, ambos se encaravam, mas nenhum se movia.

— Helena... Obrigado por tudo. Desde que nos conhecemos naquele dia, você me ajudou a entender porque eu tinha de continuar... Três pessoas me ajudaram a me tornar o que sou hoje, meu pai, minha mãe e você...

— Eu?

— Sim. E... eu sempre te amei, mesmo não percebendo isso. Desde o momento que nos encontramos...

— Zack, esse não é momento para isso...

— Não há momento certo... Em meio a toda essa dor, você é a única que vejo com a luz para mim. A única que me faz querer ir adiante... Seja minha Helena. Minha rainha...

— Eu... — Ela sorriu — Eu sempre quis ouvir isso... É claro que serei.

Ele a puxou para perto de si e a beijou. Todos ao redor passaram a observá-los, alguns admirando a cena e até aplaudindo, outros com certo desprezo, seja por se tratar de um funeral ou simplesmente por Helena ser uma plebéia. Mas isso não importa para os dois, que continuaram unidos no beijo por algum tempo até se separarem e olharem um para outro, abraçando-se em seguida e permanecendo assim.

— Safada... Até no funeral — Disse Chaya observando.

— Não é hora de brincadeiras Chaya — Warlick a repreendeu.

— Se acalme — Ela passou a mão pelo ombro dele — Sei que a situação é ruim, mas será pior ainda se não houver algo para as pessoas enxergarem como esperança. Aqueles dois são exatamente isso, um pressagio de mudanças para esse país...

— De onde tirou essas palavras?

— Ei, eu posso fazer frases bonitas sabia? Não sou uma tarada o tempo todo... Está com inveja por que o Douradinho ganhou um beijo?

— Claro que não. Só não acho o momento certo para piadas.

— Pois eu acho que está com inveja... Se quiser um também, eu estou bem aqui.

— Não, obrigado — Ele dispensou.

Chaya porem insistiu, passando o dedo pelos lábios dele.

— Tem certeza? — Perguntou ela de forma provocante.

— Que idéia é essa? — Alice encarava os dois.

— Tudo bem filha? — Tallita estranhou Alice brava.

— Pergunte a esses dois...

— Acalma-se ruiva, porque está brava? Você gosta dele? — Perguntou Chaya.

— Porque não disse que esse garoto era seu namorado?

— Mãe! Ele não é... E eu não gosto do Warlick — Ela corou — Não dessa forma...

— hum... — Chaya começou a desenhar no ar, como se houvesse algo ali, mas na verdade não havia nada — Zack e Helena, confere. Próximo casal para eu unir... Warlick e Alice...

— O que? — Warlick recuou um pouco — Porque está com esse sorriso maléfico no rosto?

— Nada... — Respondeu Chaya ainda sorrindo — Nos iremos voltar em breve para a Rolwse, então irei aprontar minhas malas... Até mais lidinhos...

— A garota é louca... — Disse Alice.

— Ou talvez ela tenha um bom olhar para casais... — Sorriu Tallita.

— Mãe! A senhora também?!



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