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História Rolwse Academy of Magic ( INTERATIVA) - Lobos e Dados


Escrita por: Temomen_Orim

Capítulo 74 - Lobos e Dados


Queridos e queridas, mais uma vez estamos juntos. Isso é ótimo! Só não é melhor porque... Parece que esse sim será um capitulo recheados de cenas românticas... Ao menos temos Mars e Adriel em um encontro não romântico. Não quero enrolar muito, quanto mais rápido passarmos por esse capitulo, mais rápido vou poder narrar lutas.

— Aqui está ela, linda e pronta para seu encontro — Disse Sol abrindo a porta e deixando Lys passar.

 Aqui vamos nós... Lys vestia um vestido branco com apenas uma alça na qual estava um flor. Não usava qualquer calçado mas prendeu um fita branca próxima ao calcanhar direito e uma fita vermelha prendendo o cabelo junto com sua trança. Vayshan vestia uma camisa de tecido verde e calças com um tom forte de azul.

— Parem de se encarar e digam algo — Encorajou Sol dando um empurrãozinho em Lys.

— Eu não estou encarando o Vayshan, eu não posso fazer isso...

— É mesmo, desculpe Lys...

— V-Você está... Linda... — Disse Vayshan com certa dificuldade — P-Podemos ir?

— É claro... — Ela estendeu a mão para que ele a guiasse, corou ao toque dele — Para onde vamos?

— Eu não sei... Para a cidade...

— Vocês podem decidir quando chegarem lá. Apenas vão, eu tenho que me arrumar para o meu encontro também. Boa sorte os dois — Sol novamente deu um pequeno empurrãzinho neles.

Lys e Vayshan estavam saindo, quando abriram a porta e deram de cara com Lucas. O esquisitão vestia um terno azul e usava uma gravata da mesma cor, e é claro seu óculos.

— Hã...

— Saiam da frente da porta — Sol empurrou os dois para fora — Pode entrar, vou chamar a Arya.

— ok...

Sol correu para o quarto para dar a noticia.

— Ele chegou.

 Arya estava distraída olhando seu reflexo no espelho. Ela vestia uma saia justa e preta, com uma camisa de botões branca. Por cima da camisa usava um colete preto com pequenas listras brancas na costura e também seu, agora, inseparável óculos.

— Quem?

— Quem?! Arya, quem você está esperando?

— Lucas... — Ela sentiu um breve momento de insegurança — Meus óculos estão sujos? Eu realmente estou com a roupa errada? Eu...

— Calma. O que aconteceu com a senhora " não preciso fingir ser outra pessoa pra agradar um homem " ?

— E eu não preciso... Mas não significa que eu quero estragar tudo por causa disso...

— Agüenta ai! — Sol a segurou pelo rosto lhe dando dois tapinhas de leve — Você venceu todas as suas lutas no torneio de uma maneira incrivelmente foda. Não venha me dizer que não consegue encarar um garoto em um encontro. Vá lá e se divirta!

— Você está certa... Mas nunca mais faça isso...

— Isso o que?

— Dar tapinhas em meu rosto. Estou falando serio. Agora, me dê licença.

Ela deixou Sol, indo em direção a Lucas e o puxando pelo braço.

— Vamos...

— Arya... V-Você está... Eu trouxe flores...

Ela parou de puxá-lo e o encarou.

— Eu trouxe apenas uma rosa... Não sabia se você gostava ou não, então...

— Eu não gosto... Mas obrigada... Serio, obrigada. Eu não queria dizer que não gosto é só que...

— Aqui... — Ele pegou a flor e quebrou o caule o dobrando e depois a prendendo lado esquerdo do cabelo de Arya — Se não gostar é só...

— Não. Eu gostei... É verdade dessa vez. Obrigada.

 Vamos logo para a White Rat. Quero terminar logo com esse capitulo...

— Ele não vai vir... O que ele disse foi só para não interrompermos aqueles dois...

— Ele vai vir, é só esperar — Disse Mary a encorajando.

 Nyu estava com o mesmo vestido vermelho que usou quando saiu com Isaac.

— Nyu... — Chamou Isaac abrindo a porta — Ele chegou... Mas, como você aceitou sair com um cara tão velho?!

— Não comece Isaac! — Brigou Mary — Ethan é uma boa pessoa, ele é irmão do Dylan, o namorado da Sol.

— Eu sei quem é Dylan... Não significa que eu confie no irmão dele.

— Mas você tem que ao menos confiar na Nyu. Agora, vá lá garota, esqueça os ciúmes idiotas do Isaac.

 Nyu passou pelos dois, indo até a sala, onde encontrou Ethan, ele se vestia como sempre, com roupas de cor preta. Calças, sapatos, camisa e um colete comprido que lhe passava da cintura, todos da mesma cor.

— Ual, nem parece mais uma garota, parece uma mulher. Ou talvez você escolha parecer uma garota para esconder a mulher que você é realmente. Qual a resposta certa?

— E-Eu... — Ela corou. Não sabia como reagir com aquela pergunta de certa forma enigmática.

— Não precisa responder. É bom manter segredos com você, principalmente aqueles que definem quem você é. Podemos ir?

— S-Sim...

 Ele passou o braço pelo dela, a guiando para fora do dormitório.

— Não gostei daquele cara...

— Você vai implicar com qualquer um que ela sair — Mary sorriu — E você não devia estar saindo com a Sarah?

— Estou esperando por ela...

Enquanto esses encontros entediante se desenrolavam, Mars e Adriel já haviam entrado em uma pequena aeronave que fazia uma rota passando pela vila a qual eles queriam chegar.

— Você está calado — Disse ela estranhando a atitude dele.

— Eu estou me preparando...

— Ah, então você tem um tipo de ritual antes de suas caçadas?

— Sim e envolve silencio.

— O que?! Não fale assim comigo! Qual o seu problema?! Você passou um bom tempo me importunando e quando consegue minha atenção me ignora.

— Eu não estou te ignorando. Eu estou falando serio, preciso pensar. Eu disse que caçar é não é algo tão fácil, por isso que fui contra colocar magos para fazer isso!

— Então se trata sobre eu ser uma maga?! Você se acha melhor por conseguir balançar uma espada e disparar com suas armas de fogo em algumas criaturas? Me perdoe senhor superior!

— Eu não me acho especial por causa disso, eu fui treinado para fazer isso. Você não.

— Magos são treinados para qualquer situação...

— Menos para ouvir pelo que parece...

— Sabe, eu achei que você pudesse melhorar. Largar de ser aquele idiota metido a fodão e conquistador para ser alguém com quem eu gostaria de ficar. Parece que eu estava errada...

— Isso não se trata sobre você e eu! Se trata sobre a caçada!

— Mas eu não estou falando sobre essa porcaria de caçada! Estou falando sobre nós!

— Se não se trata sobre a caçada por que você veio?! Eu disse que precisava fazer sozinho!

— Porque eu vim?! — Ela baixou o olhar um momento e seu tom de voz ficou mais baixo — Porque eu queria estar perto de você... Ver o verdadeiro você...

— Ah merda... — Ele suspirou — Desculpe Mars, mas você tem que entender que...

 Adriel parou de falar de repente e passou a encarar a janela da nave.

— Entender o que? — Mars perguntou — Da pra prestar atenção na nossa conversa?!

— Eu encontrei...

— Encontrou o que?

 Sem dizer mais nada Adriel socou a janela quebrando o vidro e saltando para fora.

— Mas que droga! — Praguejou Mars e saltou atrás dele — Eu devia ter verificado a altura antes! DROGA!!!

 Ela caiu, batendo em alguns galhos de arvores no caminho, até finalmente cair nos braços de Adriel.

— Nunca mais faça...!

— Shhh...

— Não faça "Shhh" pra mim...

Ele cobriu a boca dela com a mão.

— Mars, fique calada — Disse ele sussurrando — É serio agora, fique atrás de mim, não faça barulho e se eu te mandar fazer alguma coisa, me obedeça.

 Ela acenou que sim com a cabeça e só então Adriel removeu a mão que a impedia de falar. Por mais que eu adorasse continuar com as coisas por aqui, é hora de voltarmos para a Rolwse. Encontros...

— Estamos saindo — Avisou Cécil antes de deixar o dormitório acompanhado de Alina.

— Pelo menos esses dois tem algo divertido para fazer... — Disse Argo se esticando no sofá.

— Como assim nada para fazer? — Natsy cruzou os braços enquanto o encarava — Eu tenho uma divida com você. Eu disse que te ajudaria com a professora ruiva...

— Esqueça disso Natsy... Você a viu lutar...

— E daí?

— Ela pode ser jovem, mas minhas chances não estão na idade. O poder que ela possui me faz parecer uma criança para ela.

— Garotos são realmente idiotas... Desde quando seu poder mágico tem a ver com romance? Você acha mesmo que tudo se resumo a lutar e ser forte? Eu pensei que você tinha ficado mais inteligente, mas continua do mesmo jeito, apenas músculos.

— Obrigado — Disse ele sarcasticamente — Sua maneira de falar comigo é sempre tão amável...

— Você mereceu... E não pode desistir da Gabriela.

— Eu nem a conheço... É só uma atração tola...

— Mas você tem que tentar novamente... — A voz de Natsy soava preocupada.

— Qual o problema Natsy? Você parece estranha...

— Tem certeza que vai desistir dela?

— Sim, mas porque?

— Eu disse que sempre cumpro minhas promessas não foi?

— Eu não estou entendo...

 Natsy soltou as alças que seguravam sua camisa a deixando cair, em seguida livrou-se de sua saia.

— Ei! Que idéia é essa Natsy?! Se você queria se trocar ou andar só com isso deveria ir para o seu quarto primeiro e não fazer isso em minha frente!

Ela então desprendeu o sutiã, livrando-se da peça também. E quando estava preste a se livrar da ultima parte...

— Ei! Pare! Pare agora! O que você está fazendo?!

— Cumprindo minha promessa...

— O que?!

— Eu disse que te ajudaria com a Gabriela se você desse em cima de uma das garotas do ISCN, e que se eu não consegui-se te arrumar um encontro com a professora você me teria por uma noite.

— Não precisa fazer isso. Não tem sentido algum, foi eu que desisti da Gabriela não você que falhou.

— Eu considero sua desistência uma falha minha, já que eu não consigo nem te fazer tentar...

— Então vamos fazer um novo acordo — Ele levantou-se — Vamos falar com a Gabriela agora mesmo, se eu conseguir está tudo bem, se eu não conseguir não vai acontecer nada também...

 Natsy o empurrou de volta para o sofá, ficando sobre ele para o impedir de levantar.

— Pare de ser um idiota. Não há outro acordo... Apenas vamos fazer isso e ficaremos quites.

— Natsy, eu não quero isso por causa de um divida...

— Então não pense nisso como um divida. Eu já disse antes, você pode ser idiota, mas é muito bonito. Eu tenho certeza que deve ter algumas garotas por ai com uma queda por você. E eu... Eu não te acho tão idiota assim na verdade... Não depois do que você fez por mim...

— Natsy... — Estranhamente ele a via de uma forma diferente agora.

— Apenas fique quieto e aproveite...

Ela aproximou-se do rosto dele e o beijou, passando as mãos para as costas dele e o agarrando com força. Sinto muito, mas teremos que dar o fora daqui antes que chegue em um ponto que eu não possa narrar mais... Jovens... Porque não vamos ver como andam Nyu e Ethan? O casal mais estranho desse capitulo foi até uma sorveteria... Serio?...

— V-Você não vai pedir nada? — Perguntou Nyu.

Apenas ela estava tomando um sorvete, Ethan sentara na mesa e passou o tempo todo olhando para ela.

— Não, eu não gosto disso...

— Então... Porque...

— Porque viemos a uma sorveteria?

 Ela acenou com a cabeça que sim.

— Você gosta de sorvete?

— S-Sim...

— Este é o motivo. Eu te chamei para sair, temos que fazer algo que você gosta. Por exemplo, você já andou de roda gigante?

Nyu corou um pouco — Ah merda! Lá vem a maldita roda gigante de novo! Eu disse que na próxima vez que ela aparecesse eu lhe daria um nome! E vai ser Darth Vader!

— Eu já andei... Mas eu tenho medo...

— E como você superou esse medo para andar nela?

— E-Eu... Eu estava com meu irmão...

— Você tem um irmão? Estranho, até onde sei seu pai só teve dois filhos e apenas você está viva.

— Dois filhos? Espere, como conhece minha família? — Ela ficou assustada, agora que havia notado Ethan era um pouco assustador e começara falar coisas estranhas sobre o passado que nem mesmo ela esperava ouvir algum dia.

— Minha irmã mais nova, que agora está morta, me falou um pouco sobre sua família. E eu sou da família Charppeu. Nossas famílias são duas casa nobres de Salander, é normal conhecermos uns aos outros.

— Entendi... — Não era uma resposta satisfatória para ela, na verdade Nyu queria sair dali, mas tinha medo de fazer isso tão de repente — Eu não tenho um irmão de verdade, é só uma pessoa que eu considero meu irmão...

— Isso é bom. Laços fortes podem ser bastantes úteis em tempo de dificuldade.

— Você falou... Que meus pais tiveram dois filhos... Mas eu sou filha única...

— Então você não sabe? — Ethan suspirou — Acho que falei de mais, talvez eu devesse manter isso em segredo...

— Segredo? — Ela estava cada mais assustada, porem curiosa, havia algo sobre sua família que ela não sabia — Que segredo? O que eu não sei?

— Que você teve um irmão mais velho...

— Um... Irmão...

— Você provavelmente era muito nova para lembrar-se, eu mesmo era só uma criança, mas eu lembro de brincar com ele.

— E o que aconteceu?

— Ele morreu... Afogado em um lago. Acho que você devia ter entre três e dois anos.

— Eu não lembro... Mas... Porque nunca me falaram dele? Nem meu pai, nem minha mãe...

— Sua mãe? — Ethan sorriu, e para Nyu foi um sorriso assustador — Acho que você entendeu uma coisa errada. Eu disse que seu pai teve dois filhos, mas sua mãe deu a luz apenas a você. E agora sua mãe está morta.

 Ela levantou-se da cadeira a derrubando, sem acreditar no que acabara de ouvir. Aquilo era uma brincadeira, uma verdade ou uma ameaça? O rosto de Ethan começara a parecer inexpressivo, mesmo com o constante sorriso que ele carregava, apesar de ser um sorriso um tanto sarcástico e assustador.

— O que está dizendo? Eu vi minha mãe durante o torneio...

— Aquela não era sua mãe — Ele fazia um gesto constante passando dois dedos próximos aos lábios e isso começou a soar um pouco perturbador — Nunca se perguntou porque ela não te olha como uma filha? Porque não te da atenção...

— Ela tinha medo de ... — Ela não quis contar sobre a maldição, não para Ethan — Eu não podia controlar o meu poder... Ela tinha medo...

— Ela simplesmente não gosta de você, porque você não é filha dela. Você nasceu de um caso a parte de seu pai, mas por sorte herdou as características dele e não de sua mãe,  o que facilitou esconder das outra famílias que ele havia cometido uma traição contra sua esposa...

— Pare com isso! — Ela começou a chorar, era muita informação para absorver e para piorar, tudo começava a fazer sentido para ela — Minha mãe...

— Ela morreu pouco depois de seu irmão. No caso dele foi um acidente, mas com ela... Foi a forma que a esposa do seu pai encontrou para vingar-se por ter sido traída. E ela teria feito o mesmo com você, se você não tivesse a congelado por acaso. O medo de seus poderes a afastou, ou melhor, a fez manter você afastada. Mas agora, você está em perigo...

— Pare!!! Pare!!! — Ela levou as mãos a cabeça, tentando cobrir os ouvidos.

— O verdadeiro herdeiro da casa Kishino morreu anos atrás — Ele suspirou, mas não parecia um suspiro de verdade, parecia um gesto estranho — Meu bom amigo, Nash, está morto. Mas você, Nyu Kishino, é uma falsa herdeira...

— Fique longe de mim!!! Fique longe!!!

 Ela saiu correndo, quase tropeçando e caindo sobre uma das mesas ao sair da soverteria.

— Ela correu... Mas não pode fugir de mim...

 Enquanto Nyu corria, chorando e soluçando, em seu caminho de volta para a Rolwse ela passou por Vayshan e Lys.

— É aquela garota... — Notou Vayshan — Ela está chorando...

— Ela está triste... Desesperada e...

— Lys? Você está chorando também. Está tudo bem?

— Ela estava tão mal que ao tentar ler os sentimentos dela eu fiquei mal também...

— Isso é possível?

— Já aconteceu outra vez quando tentei usar meu semblante no príncipe...

— Ziggyard?

— Sim... Vayshan, eu não vou cair, não precisa me segurar...

 Ele a largou, quando viu que Lys chorava tinha jogado seus braços em volta dela instintivamente, mas agora que ela o fez notar isso ele corou um pouco.

— Vayshan... Você está apaixonado por mim... — Ela havia sentido isso quando usou o semblante nele mais cedo — Porque?

— Isso tem explicação?

— Eu acho que não... Mas... Quando isso aconteceu?

— Quando você me chamou para sair. Depois disso eu não consegui para de pensar em você e... Simplesmente aconteceu...

— Isso é engraçado... Mas ao mesmo tempo triste...

— Porque é triste?

— Ethan gosta da Celin. Mas ela não sente o mesmo por ele, porque ela pode ver as pessoas como elas realmente são. Ethan é uma pessoa amargurada e violenta, por mais que não demonstre...

— O que isso tem a ver comigo?

— Celin pode sentir os batimentos cardíacos de um pessoa, então é possível decifrar alguns estados emocionais com isso. Eu posso sentir tudo que uma pessoa sente, é como se os sentimentos dessa pessoa se tornassem meus, fora que eu consigo ter pequenas visões do passado, se houverem momentos que realmente marcaram alguém.

— Continuou não entendo Lys.

— Quando eu enxergava eu pensava que eu podia saber de tudo apenas olhando e aprendendo. Agora que não enxergo, percebo que eu vejo bem melhor do que antes, eu era cega e simplesmente não percebia. Mas aquela antiga cegueira tinha algo de bom... Ela vinha acompanhada do inesperado. Vayshan... Eu sei tudo que as pessoas sentem e isso está me assustando. Não há mais surpresas em minha vida,  tudo é um livro aberto para mim, eu não posso ter um relacionamento com você, eu sei tudo que você sente, não tem como você me decepcionar ou me surpreender. Nada disso é possível, então tudo se torna sem graça... Quando conheci Celin ela foi bastante gentil comigo, apesar de ser rígida em seus treinamentos, na verdade ela era gentil com todo mundo. Mas quando eu senti o que ela sente, percebi que ela era triste por saber tanto sobre todos. Estou começando a ficar da mesma forma...

— Ótimo, o que eu estou sentindo agora?

— Eu não... — Ela sorriu — Eu não estou te vendo... Você está voando. Não é justo.

— Você disse que eu não podia te surpreender, mas eu posso.

— Se eu tocar em você vou poder ler seus sentimentos da mesma forma...

— Eu não me importo Lys. Eu não tenho como saber o quão assustador pode ser o que você acabou de me descrever, mas eu não quero que isso te torne uma pessoa triste. Me dê a sua mão...

— Se eu fizer isso, vou poder ler seus...

— Seu semblante só se ativa ao toque se você quiser, certo?

— Sim...

— Então me dê sua mão...

Ela estendeu para frente, Vayshan a pegou e a colocou em seus braços, começando a subir cada vez mais.

— Eu não vejo nada! Mas eu sinto o vento... Não estamos muito alto?

— Só um pouco... Uns vinte metros...

— Vinte?! Cuidado, não me deixe cair — Ela o abraçou.

— Eu não irei, só queria te trazer aqui. Então, o que você vê agora?

— Nada... Eu só sei que estou abraçando você...

— E como você se sente?

— Eu não sei... Me sinto cega novamente, como eu me sentia antes... Como se qualquer coisa pudesse acontecer a qual...

 Ela foi interrompida pelo encostar de lábios, Vayshan a beijara e Lys retribuiu o beijo. Não havia mais nada para ela, apenas o beijo e seus próprios sentimentos.

— Coisas assim?

— Está se aproveitando de uma garota cega — Ela sorriu — Devia estar envergonhado...

— Lys, toda vez que estiver se sentindo triste por causa dos seus poderes eu farei isso você. E não vai haver nada para te incomodar, nada para ver. Apenas você e eu...

— Eu estava realmente desesperada por causa disso. Mas você conseguiu me dar um pouco de esperança... Obrigada.

Que doce... Mas tínhamos uma garota chorando para acompanhar, por sorte ainda não é tarde. Nyu já havia avistado os portões da Rolwse, tudo que ela queria agora era voltar para o seu quarto e ficar lá, mas algo a segurou pelo braço. Ao olhar para trás ela uma sombra em forma humana, era a sombra que a segurava. Ela desesperou-se, não sabia o que era aquilo ou como era possível uma sombra lhe segurar.

— É rude correr de um encontro... — A sombra deu lugar a Ethan, como se ele saído de dentro dela — Não acha?

— Por favor! Me deixe em paz!

— Eu irei, mas acho que você não entendeu meu aviso. Eu não sou um inimigo, estou te dando um conselho. Não vá para sua casa quando as aulas entrarem em recesso, fique na Rolwse ou próxima de quem pode te proteger.

 Ethan a largou e como Nyu estava forçando pra soltar-se acabou caindo.

— Quem é você? — Ela perguntou entre lagrimas.

— Eu já disse isso querida. Ethan Charppeu, mas como a maioria dos magos de elite eu tenho um titulo. Alguns me chamam de Oblivion. Acho que acabei te assustando, mas acredite, eu não sou tão assustador quanto as coisas que iremos enfrentar daqui pra frente... Você está quase na Rolwse, acho que não preciso mais lhe acompanhar. Obrigado pelo encontro.

 Ele simplesmente desapareceu, e quando o fez foi como se fragmentos de sombra ficassem no lugar dele. Nyu levantou e ficou a encarar o local onde ele estava a alguns segundos. A mente dela agora estava cheia de duvidas e isso era extremamente assustador para ela.

— Estamos andando a alguns minutos...

— Me desculpe... — Disse Lucas um pouco envergonhado — Eu não sei onde posso te levar... Isso é mais difícil do que parece... Está com fome?

— Não.

— Então... O que gosta de fazer no seu tempo livre?

— Treinar.

— Acho que treinar não faria disso um encontro...

— Eu também — Concordou Arya — Mas eu nunca estive em um encontro, como vou saber o que temos que fazer?

— Eu também não sei... Até onde sei, as pessoas saem para comer, ver o pôr ou o nascer do sol, coisas desses tipo...

— Bem, eu não estou com fome, nem quero ficar fora até de manhã. Deve ter outra coisa...

— Er... — Lucas corou um pouco, coçou a cabeça e desviou o olhar para o lado — Geralmente as pessoas se beijam em encontros...

— V-Você quer me beijar? — Arya também corou e passou a encarar o chão.

— Você gaguejou...

— D-Desculpe... Eu acho que...

— Eu quero.

— O que? — Ela o encarou.

— Te beijar...

— Ah... Tudo bem então... Você pode fazer isso...

 Os dois ficaram a olhar fixamente um para o outro por alguns segundos.

— Você vai me beijar ou não? — Ela perguntou desviando o olhar.

— É claro...

Lucas colocou as mãos em volta do rosto dela e começou a aproximar-se. Teve de se curvar um pouco, ele era mais alto que ela.

— Lucas... Se continuar assim você vai bater a testa em mim...

— O que? — Ele parou de aproximar-se.

— Sua cabeça, está muito inclinada para baixo. Você tem que erguer ela mais.

— Você está usando seu semblante?

— Desculpe... Quer saber, fique parado.

 Desta vez foi Arya quem colocou as mãos em volta do rosto dele e aproximou-se enquanto o puxava levemente. Teve de ficar na ponta dos pés, mas conseguiu unir seus lábios aos deles em um beijo,  que não durou muito, mas havia sido um beijo de verdade, o primeiro beijo dos dois.

— Eu espero que não tenha sido ruim...

— Não... — Ele não conseguia parar de olhar para ela — Foi incrível...

— Então... É assim que é um encontro...

— Você não gostou?

— Não... — Ela sorriu — Eu adorei.

 Dois esquisitões... Acho que temos algo muito melhor para ver, como Adriel e Mars em sua caçada. Pois bem, os dois já estavam a alguns minutos andando pela floresta, Adriel sempre atento ao menor ruído, sua mão direita estava sempre no cabo da espada que carregava nas costas. Mars seguia logo atrás, não muito feliz, seu corpo doía por causa da queda e das colisões que teve contra alguns galhos de arvores, isso tudo somado a caminhada a deixou pior, fora o fato de que Adriel a proibira de curar-se com sua magia de água, pois o monstro podia sentir magia.

— Pare... — Sussurrou ele fazendo sinal com a mão — Eu o encontrei... Por aqui...

Eles agora moveram-se um pouco para direita, parando atrás de um tronco caído. Adriel apontou para onde a criatura estava. Por alguns segundos Mars sentiu medo do que viu, era como um enorme lobo, devia ter uns quinze metros, a pelugem era negra e as garras afiadas o suficiente para refletir os raios da lua que chegavam ali.

— Aquele é um Beowollf. Bípede, varia entre doze e quinze metros, garras que podem partir uma pessoa ao meio sem dificuldade, olhos que enxergam perfeitamente, o faro não é tão bom, mas é esperto, pode detectar magia e monta armadilhas e emboscadas. Ele sabe lutar, não duvide.

— É assustador... Mas está dormindo...

— Não tenho certeza. Geralmente eles caçam a noite...

— Mas ele está dormindo, da para ver.

— Eu estou vendo... Só espere um pouco e vamos atacar.

— Ele vai acordar e você vai perder a chance — Mars saiu do esconderijo.

— Mars! — Ele ainda sussurrava, mas usou um tom de voz mais forte — Se abaixe! Não faça isso!

 Ela invocou sua magia, criando quatro lanças de gelo. A criatura imediatamente abriu os olhos vermelhos. Mars estava pronta para atacar, mas Adriel saltou e a agarrou, jogando-a no chão. As garras de outra criatura passaram um pouco acima deles.

— É uma armadilha! Ele estava fingindo estar dormindo, tem mais dois deles...

— Desculpe...

— Não há tempo para isso! Cuidado!

 Um deles atacou Adriel com as garras, o caçador sacou sua espada e bloqueou o golpe, usando sua força para parar o ataque do animal. Mas ao fazer isso ele ouviu o grito de Mars, ao olhar para trás ele a viu ainda no ar, rodando enquanto o sangue lhe escapava de uma enorme ferida na parte esquerda de seu abdômen.

— NÃO!!!

 Ele saltou, girando e caindo sobre o braço da criatura que o atacou, a lamina da sua espada ardeu, ficando com um brilho vermelho, ele então cravou no pulso da criatura e girou, separando a mão do corpo. Depois sacou suas armas de fogo, disparando contra a outra que estava pronta para atacar novamente, um dos tiros acertou o olho da fera e ela recuou. Adriel não pensou duas vezes, guardou as armas, pegou Mars nos braços e começou a fugir.

— A-Adriel...

— Para de falar! Você vai piorar sua situação... — Ele olhou para trás, agora eram cinco Beowollf's lhe seguindo — Droga...

Jogou Mars sobre o ombro, apesar de que assim ela sentia mais dor, era a única forma dele estar com as mãos livres para usar suas armas. Ele sacou a espada novamente e o brilho vermelho ascendeu na lamina, que ele usou para derrubar algumas arvores enquanto corria. Mas os monstros eram grandes e conseguiram saltar os obstáculos, um deles se aproximou de mais. Adriel jogou Mars para frente e virou para enfrentar o monstro, conseguiu desviar do ataque da criatura e ao mesmo tempo levar um de seus dedos no processo, o monstro rugiu de dor, Adriel então saltou partiu uma arvore que caiu em cima do monstro e usou o tronco para pegar impulso e se jogar para frente, alcançando Mars antes dela cair no chão. Assim que ele conseguiu pega-la de volta nos braços ela gritou com a dor.

— Desculpe — Disse ele — Mas era o único jeito... Você não pode fazer nenhuma de sua magias para tirar a gente daqui?

— A dor é muito forte... E-Eu...

— Mars! Não desmaie! Fique acordada! — Ele olhou para trás, as criaturas ainda o seguiam — Droga!

 Novamente ele sacou a espada a jogando para a direita, como uma das shurikens de Chaya, a arma avançou destruindo varias arvores, Adriel foi naquela direção, mas no meio do caminho desviou. As criaturas continuaram a seguir o rastro de destruição. Ele ergueu a mão e a espada voltou para ele, desta vez sem destruir nada. Rapidamente ele buscou um esconderijo, encontrou uma pequena cascata que escondia uma caverna, foi para lá que ele levou Mars.

— Você tem que tirar essa roupa...

— Sem chance...

— Não tudo, só a parte de cima.

— Sem chance...

— Mars, não é hora de discutir! Suas roupas estão cheias de sangue! O faro daqueles criaturas pode não ser seu principal instinto, mas eles vão usá-lo. Venha, eu te ajudo...

 Com dificuldade eles conseguiram tirar o colete que ela usava junto com a camisa, Mars por diversas vezes tentou gritar por causa de dor, mas se segurou. Adriel jogou as roupas no rio que se formava depois da cascata, passou Mars pelo seu ombro e a levou até a pequena queda de água para que ela se lavasse.

— Ainda dói... — Ela praguejou com os dentes cerrados — Tenho que me curar...

— Não, se fizer isso eles irão nos encontrar.

— Eu vou morrer assim...

— Mars, você confia em mim?

 Ela parou um pouco e o encarou. Tudo isso tinha sido culpa dela, mas ele não parecia furioso nem nada, apenas preocupado.

— Sim.

— Ótimo, venha...

Eles voltaram para caverna, onde Adriel pediu para que ela deitasse. Ele sacou sua espada e a lamina se ascendeu.

— Isso não é magia?

— Mas a magia está na lamina, sendo assim os monstros não irão notá-la.

— O que é isso?

— O metal da espada pode se aquecer, é apenas isso. Agora, ponha isso na boca... — Ele entregou uma raiz a ela.

— Não vou fazer isso...

— Você disse que confiava em mim. Apenas faça...

 Mars relutou, mas fez como ele pediu, a raiz tinha um gosto horrível, mas ela não iria comer aquilo, ele tinha pedido apenas para ela morde-la e manter assim.

— Ótimo, agora segure minha mão...

 Ela não entendeu bem, mas o fez.

— OK. Mars, vamos ter que fechar a ferida para evitar sangramento. E o jeito mais rápido de fazer isso — Ele ergueu a espada — É cauterizando... Vai doer... Vai doer muito. Você vai querer gritar, mas não faça, morda essa raiz o mais forte que puder. E aperte minha mão também. Está pronta?

 Ela acenou que sim, apesar de um lagrima já lhe escapar do olho.

— Tudo bem...

 Ele encostou a lamina onde as garras da criatura tinha acertá-lo ela. Mars quase saltou com a primeira pontada de dor, que parecia mais como a sensação de ter uma lamina penetrando seu corpo. Ela fez como ele pediu, mordeu a raiz com tanta força que ela começara a se partir e apertou a mão de Adriel até a sua própria doer. Durou alguns minutos, enquanto ela agonizava e se esperneava de um lado para o outro, até que a ferida foi fechada.

— Desculpe por te fazer passar por isso...

— É meu erro para começar — Disse ela cuspindo os pedaços da casca da raíz — Ainda dói...

— Vai passar... Você foi forte, a maioria desmaia com esse processo — Ele levantou-se — Fique aqui...

— Aonde você vai?

— As garras dele também possuem veneno, mas o efeito demora para agir. Vou procurar uma planta que preciso para o antídoto.

— Mas e se eles voltarem? E se te encontrarem?

— Não se preocupe, eu volto logo. Se eles te encontrarem, feche a caverna com sua magia de gelo e espere pela minha volta. Se eles me encontrarem primeiro... Apenas se recupere até poder lutar e vá embora.

— Eu não vou te deixar...

— Eu sei... Até mais... — Disse ele saindo dali.

 Parece que Mars tem chances de morrer, e Adriel tambem. Seria o final perfeito para o romance deles... Sim, eu disse isso! Esqueçam esses dois por enquanto. Tem outras coisas acontecendo no dormitório da White Rat...

— Não acredito que você não quis sair por causa disso... — Disse Isaac bocejando.

— Fique quieto! É minha vez de jogar! — Sarah sacudiu os dados na mão e os jogou — Doze! Eu jogo de novo!

— É um terceiro doze seguido — Reclamou Chaya — Seus dados estão viciados!

— Besteira, você jogou com os mesmos dados!

— Mas quando chegou em sua mão, não param de sair seis e seis — Disse Celine a encarando desconfiada.

— Não sejam más perdedoras queridas — Sarah riu.

— Também acho isso estranho — Disse Mary — Isaac, você entende de muitas coisas, por acaso não sabe como viciar um dado?

— É só um jogo de tabuleiro — Disse ele bocejando novamente — Nem acredito que a Sarah deixou de sair comigo para ficar em uma festa do pijama...

— Eu também — Chaya cruzou os braços — Por sua causa eu tenho que usar essa camisola, se você não estivesse aqui eu estaria nua...

— Fique a vontade...

— Nem pense nisso! — Reclamou Sarah — Minha vez de jogar de novo... Doze!!!

— Isso já está ridículo — Disse Mary.

— Eu tenho que puxar uma carta nessa casa?

— Exato.

— Deixa eu ver... — Sarah arfou de raiva e jogou a carta no chão — Perdi minha vez!

— Viu, ficar trapaceando não leva a nada — Chaya riu — O próprio jogo te tirou.

— Onde você conseguiu esse jogo Chaya? — Perguntou Mary.

— Eu achei mexendo nas coisas da Helena. Achei que fosse um daqueles jogos eróticos, mas é só um jogo de tabuleiro qualquer...

— Quem dera que fosse... — Disse Isaac pouco antes de levar um tapa de Sarah — Qual seria a diferença, você me faz ficar usando essa venda de qualquer jeito!

— Isso é para você não ficar olhando para outras!

— Celine e Mary? Por favor... — Ele suspirou.

— Tem a Chaya.

— Não se preocupe ruiva, ele já me viu nua mesmo e não fez nada. Bem que eu tentei...

— OQUE?!!!

— CHAYA!!! — Reclamou Isaac — Não cause mal entendidos!

— Desculpe... Mas ele está certo, porque ele tem que usar essa venda? — Perguntou Chaya encarando Sarah — Você não confia no seu namorado mesmo...

— Ótimo! Pode tirar essa coisa.

— Obrigado — Isaac removeu a peça — Espera ai! Porque minha peça está tão atrás! Vocês todas estão roubando por que eu não podia ver!

As quatro garotas riram.

— Engraçado... Me dê os dados, é minha vez agora... Droga! — Ele praguejou assim que Sarah entregou os dados a ele — Porque essas coisas estão quentes! Ah, não... Sarah... Você realmente fez isso...

— Fiz o que? — Ela desviou o olhar.

— Você viciou os dados...

— Que casal de enganadores — Disse Celine.

— Casal? Eu não fiz nada!

— Você sabe viciar um dado, isso prova que é tão trapaceiro quanto a Sarah...

— Olha só que chama os outros de trapaceiros — Chaya sorriu — A garota que usou seu semblante para conseguir uma...

Mary, Celine e Isaac saltaram sobre Chaya para calá-la.

— O que é isso? — Perguntou Sarah assustada — O que Chaya ia dizer?

— Nada — Ela sorriu tentando disfarçar o erro que quase cometeu — Não mude de assunto! Você está trapaceando!

— Prove que eu viciei os dados!

— Seu namorado que disse!

— E quem disse que ele sabe viciar um dado?!

— Eu sei... — Isaac mostrou os dados — Tem duas formas, a primeira é um pouco idiota, basta furar o lado do um e colocar um prego ou um parafuso bem onde o ponto fica. A segunda é mais difícil de se notar, basta colocar a face do um voltada para baixo e aquecer o dado, o material de dentro vai acabar descendo, tornando a face do um mais pesada, isso aumenta a chance dela cair para baixo o que faz o seis cair para cima mais vezes.

— A Sarah estava usando sua magia para aquecer o dado... — Celine a encarou — Que vergonha...

— Não me venha com essa! Você que tem um segredo sobre trapaça... Que eu não seu qual é... Espera ai... Todo mundo sabe menos eu... O que isso significa?!

Nyu entrou no dormitório correndo, mas parou ao ver todos a encarando. Ela apenas caiu de joelhos e começou a chorar novamente. Isaac, Celine, Mary e Chaya correram para abraçá-la.

— Qual o problema? — Perguntou Mary.

— Eu disse que era uma péssima idéia Mary! — Reclamou Isaac.

— Qual é baixinha? — Disse Chaya — Você é linda, seja lá o que aconteceu esse cara tem que ser um idiota.

— E-Eu... Eu sou uma farsa... — Disse ela ainda chorando — Eu nunca fui nada... E nunca vou ser...

— Por favor... — Sarah levantou e aproximou-se de Nyu, afastando todos os outros dela — Você está sempre chorado e correndo, tropeçando... Acha mesmo que algo vai mudar se continuar assim?

— Sarah, não fale assim...

— Quieto Isaac! É minha vez de falar com a Nyu! Vocês todos são muito moles! — Ela voltou-se novamente para a garota — Qual o problema agora? Outro cara que te levou a um encontro e não gostava de você  de verdade?

— Mais do que isso... — Ela respondeu tentando manter-se firme.

— E daí? Você vai ficar chorando ai? Esse é o motivo das pessoas fazerem isso com você, quantos idiotas alem do Isaac já me chamaram para sair?

— Eu estou ouvindo...

— Muitos. E eu sai com eles, e quando eles faziam alguma idiotice era eu quem dava um fora neles e voltava para casa feliz. Sabe por que?

— Não...

— Porque eu sei que eu sabia que eu era melhor que eles. Ninguém nunca me colocou para baixo e nem vai colocar, então é melhor você começar a pensar da mesma forma. Você não precisa desse idiota, seja lá quem for, você tem a gente. Isso não é o suficiente?

— É...

— Então pare de chorar! Não somos seus amigos só para te apoiar quando você se sente mal, está na hora de colocar um sorriso no rosto e compartilha um pouco mais de alegria. Já estou cansada de te ver chorando o tempo todo.

— Sarah... — Nyu a encarou — Obrigada...

— Venha, vamos jogar com a gente!

— Chaya! — Kayla entrou de repente, abrindo a porta com bastante força, tinha lagrimas no rosto.

— Outra?! — praguejou Sarah — Não vou fazer mais nenhum discurso...

— Eu senti... A ligação com o Harvey, mesmo que por um breve momento... Ele está vivo, mas... Não parecia o mesmo Harvey que a gente conheceu...

— O que você viu? — Perguntou Chaya se aproximando dela.

— Uma mascara... Com um rosto triste...



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