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História Rolwse Academy of Magic ( INTERATIVA) - Ajuda a caminho


Escrita por: Temomen_Orim

Capítulo 97 - Ajuda a caminho


 Olá meus queridos. Parece que estamos juntos novamente, o que significa que teremos mais um capitulo pela frente. Bem, as coisas andam meio paradas, infelizmente não teremos derramamento de sangue... O que é uma pena. Mas, eu tenho certeza que não vai demorar muito para novos combates surgirem, então vamos logo ao capitulo!

No dormitório do CAAA, Alina ajudava Cécil com o presente que ele recebera de seu irmão, já Natsy pintava suas unhas sozinha, mas no mesmo espaço que os outros dois.

— Por que usar a mesma cor em todas? — Perguntou Cécil observando Natsy — E por que um esmalte tão fraco? Eu posso te emprestar um dos meus.

—Eu não gosto de pintar as unhas com cores fortes. Prefiro deixar essas cores para as roupas, infelizmente o uniforme da Black Crow tem que ser claro... Serio, quem fez isso? Black Crow, deveríamos vestir roupas escuras não brancas!

— Eu acho que tem a ver com o símbolo, um corvo negro sobre um fundo branco. No uniforme dos garotos a camisa de tecido é negra e a que se usa por cima é branca, já no uniforme feminino, a camisa é branca e a saia é negra — Explicou Alina.

— Por não poderia ser o contrario?! — Perguntou Natsy. Ela tinha acabado com as unhas e então jogou-se no sofá, deitando-se e estendeu as mãos para encarar seu trabalho — Perfeito.

— Ainda acho que devia tentar um dos meus esmaltes — Disse Cécil.

 Nesse momento Argo entrou na sala, ele estava descansando em seu quarto, foram dias exaustivos para ele, trabalhando na reconstrução da Rolwse.

— Boa tarde... — Cumprimentou ainda bocejando. Recebeu um "Boa tarde" de Alina e Cécil, Natsy apenas continuou deitada — O que estão fazendo?

— Pintando as unhas. Você devia tentar também — Sugeriu Cécil.

— Nem pensar...

 Argo foi sentar-se no sofá, Natsy teve que recuar as pernas um pouco para dar lugar a ele, ao fazer isso acabou mostrado um pouco de mais, pois estava de saia. No entanto ela não se importava muito, Argo já havia visto muito mais e ele não era do tipo que fazia alarde por isso. Assim que Argo sentou ela alongou as pernas novamente, deixando elas sobre o colo dele.

— Ei Natsy... — Argo a chamou, manteve o olhar não direcionado a ela — Eu venho pensado nisso a alguns dias... Quando estávamos lutando, você... você disse que...

 Natsy corou um pouco. Ela sabia que tinha confessado que sentia algo por Argo, mas agora que tudo havia passo ela já não se sentia tão disposta a isso. Então Anastasya simplesmente forçou uma risada.

— Do que você está falando Argo?

— Natsy... — Ele a encarou. Não estava entendendo o motivo dela estar rindo — Você disse que na noite que tivemos...

— Noite? — Estranhou Alina — Meu Deus! Vocês dois...

— Foi só uma brincadeira saudável — Disse Natsy — Alem disso, quando estávamos lutando eu não falei nada sobre isso.

— Mas eu ouvi você dizer que... — Argo realmente estava confuso com o que se passava.

— Argo, você apanhou feio para aquele cara sem língua. Você deve ter ouvido coisas. Esqueça isso. Já que está aqui, pode massagear meus pés?

— Eu acho que vou voltar a dormir... Eu não descansei o suficiente ainda...

 Ele levantou e voltou para o seu quarto, pela expressão em seu rosto, não estava nada bem. Alina lançou um forte olhar de reprovação para Natsy.

— Por que faz isso com ele?!

— Eu não fiz nada...

— O Argo gosta de você Natsy. Devia ser mais sincera com ele e tratá-lo melhor, ele é uma boa pessoa.

— Eu sei que ele gosta de mim, mas não ele não gosta do jeito que ele pensa gostar. Fizemos um acordo, eu tentei animá-lo quando ele estava triste, então prometi que iria ajudá-lo com a Gabriela e ele não quis aceitar...

— Não foi bem assim — Disse Cécil.

— Sim. Teve a parte da garota de cabelos azuis e tudo mais. O que importa é que o acordo também incluía a mim, caso tudo desse errado para ele. Foi o único jeito de convencê-lo.

— E Argo aceitou?

— Não completamente... Ele ainda tentou me impedir na ultima parte, mas... — Natsy deu um pequeno sorriso ao lembra de tudo. Tinha realmente sido uma noite especial para ela — Ele é tão idiota, qualquer outro garoto teria se aproveitado. Do jeito que aconteceu, parece que fui eu que me aproveitei dele...

— Viu? Você sorri quando fala dele — Disse Alina — Você também gosta do Argo.

— Eu... Eu gosto, mas... Não quero me comprometer com ninguém ainda... Há tanto para viver e descobrir sozinha...

— Às vezes, ao abrir de uma coisa você ganha outra bem melhor. Eu sei disso — Afirmou Cécil.

 Alguém bateu à porta. Como Alina havia sido a única que não pintara as unhas ainda, ela levantou-se e foi ver quem era. Ao abrir a porta encontrou Sarah do outro lado.

— Posso ajudar? — Perguntou Alina. Ela não conhecia Sarah muito, mas bastou alguns segundos para lembrar com quem ela realmente estava falando — Ah! Desculpe princesa...

— Não. Tudo bem. Não precisa me tratar formalmente... Eu... Quero falar com Anastasya.

— Sim, claro. Pode entrar.

 Natsy ficou a encarar a princesa, ela podia ver que Sarah estava bem diferente desde a ultima vez se viram, diferente no sentido emocional, já que sua expressão era bem distante da face orgulhosa que ela antes possuía.

— Eu preciso de sua ajuda Anastasya...

— Pode me chamar de Natsy... — Ela olhou bem para Sarah — Por que precisa de mim?

— Isaac... Ele me deixou... Eu queria que você falasse com ele...

— Pode parar! Como você é ingênua... —Natsy suspirou — Eu e Isaac não somos amigos, não somos nada. Eu só estava dando em cima dele. Que tipo de garota se separa do namorado e vem correndo para a concorrente dizer que o galã está solteiro? Sinceramente... Eu vou te dar uma chance, nem irei falar com o Isaac, por que se eu fizer isso com certeza vou dar em cima dele de novo. Se eu fosse você faria o possível para agarrá-lo de volta, é comum homens procurarem outras para tentar esquecer a ex. Fique esperta. Agora, saia daqui e vá atrás do seu homem.

— Eu entendo... Obrigada por seu tempo...

 Sarah deu as costas a todos e saiu.

— Não custava nada você ir falar com ele e pedir para que ele voltasse com a princesa — Disse Alina — Porque você sempre age assim Natsy?

— Eu só disse a verdade. Alem disso... Eu acho que aqueles dois devem ficar juntos. Eles combinam. Não é todo dia que se encontra alguém assim.

— Você tem razão Natsy — Disse Cécil puxando Alina para perto de si — Não é todo dia que se encontra alguém assim, então... Não perca o Argo.

 Deixemos essa equipe para lá e vamos acompanhar Sarah em sua jornada. Como vimos, ela acabara de sair do dormitório do CAAA e agora se dirigia para o do ZLBH, seu objetivo era falar com Livia. Não precisou nem entrar no dormitório para encontrar quem queria, a garota de cabelos azuis saiu assim que Sarah se aproximava do local.

— Desculpe incomodar. Você é Livia, certo?

 Livia estava acompanhada de Jack e é claro de Yuki. A loba se aproximou de Sarah e começou a cheirar seus pés, a Ruiva ficou um pouco assustada.

— Não se preocupe, ela só tem tamanho — Disse Jack tentando tranqüilizá-la — Yuki, não incomode a princesa.

— Você é a princesa de Axis, é uma honra — Cumprimentou Livia — Em que posso ajudá-la?

— Você conhece o Isaac?

— Isaac? — Livia pensou um pouco — Sim, o garoto que brigou com o Ziggyard. Os dois parecem não se dar bem...

— Não é sobre isso que eu vim falar. É que... Nos estamos juntos e ele... rompeu comigo...

— Isso é triste. Eu sinto muito.

— Livia, você poderia falar com ele? Dizer que ele está cometendo um erro...

— Eu poderia mas... Eu nem conheço ele...

— Não? Mas naquele dia você o beijou...

— Quem você beijou? — Perguntou Jack olhando para Livia.

— Não... — Ela recuou um passo, um pouco envergonhada — Foi antes de eu te conhecer... E não um foi um beijo de verdade. Foi uma aposta com a Barbara e a Hanna, eu perdi e tive que beijar um desconhecido. Eu só escolhi o Isaac por que ele iria brigar com o Ziggyard, então eu achei que ia impedir... Foi isso...

— Então vocês dois nem se conhecem... — Sarah ficou um pouco feliz, mas também um pouco decepcionada, já que agora a palavra de Livia certamente não valeria nada para Isaac — Desculpe por isso, já que vocês não se conhecem, não precisa falar com ele. Até mais vocês dois...

 Sarah estava saindo, quando Yuki rosnou para ela.

— Você não se despediu da Yuki — Disse Jack — Ela fica zangada...

— Claro... Até mais, Yuki.

 Após isso a Loba se acalmou e Sarah pôde ir embora.

— Eu juro Jack. Foi antes de te conhecer e eu nem gosto dele... — Livia ainda tentava se explicar.

— Tudo bem. Não precisa se preocupar com isso.

— Obrigada — Ela o abraçou — Você é sempre tão compreensível. O que vamos fazer hoje?

— Eu não sei. Conversar...

— Na verdade, eu pensei em algo diferente.

— E o que seria isso?

— Venha comigo e você irá descobrir — Livia sorriu e o puxou pelo braço. Ela correu alguns passos, mas então parou um momento e voltou-se para Yuki, que corria atrás dos dois — Ei Yuki, será que hoje você poderia nos deixar a sós?

O animal a olhou torcendo um pouco a cabeça para a esquerda, mas depois com um pequeno latido fez um gesto que parecia dizer que concordava. Jack ficou um pouco admirado com isso.

— Como? Eu sou o único que consegue conversar com a Yuki assim...

— Às vezes, uma garota entende a outra, por isso eu e Yuki conseguimos conversar. Agora vamos!

Voltando para Sarah. Que agora estava na Red Snake, batendo à porta do dormitório da equipe HCHK. Helena abriu a porta para recebê-la.

— Sarah... Quero dizer... Princesa...

— Tudo bem Helena. Pode ser somente Sarah.

— Certo. Entre, eu posso fazer um café ou um chá.

— Não precisa se incomodar com isso... Eu só quero conversar um pouco...

 Sarah entrou, mas assim que o fez notou Chaya espiando um dos quatros pelo buraco da fechadura.

— O que a Chaya está fazendo?

— Espiando a Kayla e o Harvey.... — Helena suspirou — Acredite, isso é comum...

— Harvey... Ele voltou então. Isaac havia me dito que o líder do seu time havia desaparecido.

— Longa historia. O que importa é ele estar de volta.

— Fala serio... Não dá pra ver nada daqui... — Praguejou Chaya — Estava interessante, mas ai os dois pararam antes de rolar algo e começaram a conversar... Que chato... Ei! A ruiva! O que está fazendo aqui?

— Vim falar com vocês duas...

— Com a Chaya também? — Estranhou Helena — Então, o que aconteceu?

— Isaac terminou comigo...

— OQUE?!!! — Gritou Chaya espantada — Não, não, não! Algo está errado! O que aconteceu? Outra vadia o roubou? — Ela empunhou uma espada — Vamos matá-la...

— Calma Chaya, não foi nada disso... — Disse Sarah tentando manter-se um pouco longe de Chaya, já que ela estava armada e parecia fora de controle.

— Então vocês estavam transando e ele te deixou grávida. O safado fugiu das responsabilidades de ser pai... Vamos matá-lo...

— Não foi isso. Eu posso explicar se você deixar...

— Já sei! Ele andou fumando e ficou impotente, por isso se separou, incapaz de aceitar a ferida que isso causaria em sua masculi...

— CHAYA!!!! — Gritou Helena — Deixe a Sarah falar de uma vez!

— Ok. O que você está esperando ruiva, fala logo!

— Obrigada Helena... Parece que meu pai disse algo para ele. Isaac deve estar inseguro quanto a nós dois por causa de minha posição como princesa. Vocês podem falar com ele e convencê-lo de que podemos ficar juntos?

— É claro Sarah... — Helena se aproximou, com a intenção de um abraço, mas parou quando estava bem próxima, não sabia se devia ou não fazer isso. Ela e Sarah não se conheciam bem.

— Você pode fazer. Eu estou precisando de cada abraço...

 Então Helena a abraçou e a ruiva retribuiu.

— Eu farei o possível. Eu já me senti como ele deve estar se sentindo agora. Mas eu superei isso por que eu amo Zack, Isaac vai conseguir também.

— Eu tenho outro plano — Disse Chaya — Eu posso usar meu semblante nele, substituir as memórias do seu pai falando com ele por memórias mais divertidas. Posso até mesmo colocar seu pai o abraçando, jogando cartas juntos e coisas desse tipo.

— Obrigado Chaya, mas... Eu quero que seja verdadeiro...

— Vocês são tão complicados. Se não quiser que eu envolva seu pai, posso fazer o Isaac lembrar de uma noite inesquecível de sexo, ele vai babar tanto com essa memória que vai voltar para você.

— Acho que a situação atual não se resolveria com isso... Mesmo assim, obrigada Chaya. Só preciso que você fale com ele.

— Tudo bem. Vamos fazer do jeito. Mas se não der certo, pode contar comigo para uma pequena manipulação mental.

 Acho que chega de Sarah por hoje. Vamos voltar até Jack e Livia, que agora estavam na torre principal, ou a torre da Merlin. Jack estava confuso, não entendia para onde estavam indo exatamente, mas Livia continuava a puxá-lo escadas acima. Chegaram até um andar que geralmente ficava desabitado, mas agora era onde Mary possuía seu quarto. Os dois foram até uma pequena sacada que tinha ali, ficava voltada para a floresta e dava uma bela visão do lugar, uma pena que o sol estava se pondo do lado contrario e eles não podiam vê-lo.

— Por que você me trouxe aqui? — Perguntou Jack.

— Mary está ajudando com os preparativos do baile, então estamos sozinhos aqui.

— Sim, mas... Por que aqui?

— Você é sempre tão tímido... Eu cansei de esperar por você... Cansei de esperar por isso...

 Livia inclinou-se sobre ele e o beijou. No entanto não demorou para que Jack a afasta-se. Ela ficou a encará-lo, mas ele não olhava diretamente para ela. Livia simplesmente caiu, sentando-se no chão e chorando.

— Livia, eu... — Jack estendeu a mão para ela, mas não conseguiu tocá-la, parou no meio do caminho.

— Eu sou uma idiota... Desde que eu entrei na Rolwse tenho agido como uma idiota, eu não era assim. Primeiro com o Ziggyard, agora com você... O que eu tenho de errado?

— Nada. O problema não é você Livia... É... Sou eu...

— Não é o que parece. Eu pensei que você não tinha me beijado até agora por ser tímido, mas mesmo sozinhos você me recusou... Eu... Eu vou embora...

 Ela levantou-se e estava prestes a deixar Jack ali, mas ele a segurou pelo braço.

— Livia... Eu tenho que te contar algo...

— Vai dizer que é gay também?

— O que? Não... É sobre Eina...

— Eina? Então é isso... Você gosta de outra? Mas o que foi tudo isso que passamos juntos? Se não gostava de mim, então por...

— Livia... Você pode sentar? Por favor... Eu vou contar tudo...

 Ela fez o que ele pediu, sentou-se no chão e Jack fez o mesmo. Então ele explicou toda a historia sobre Eina — Não irei explicar aqui, pois soube que vocês traíram a minha pessoa, lendo essa historia com outro narrador... — Quando ele finalmente terminou de contar tudo, Livia o abraçou.

— Desculpe... Eu... Eu não sabia...

— Tudo bem Livia... Eu gosto de você, de verdade, mas é difícil pra mim... Eu quero ficar com você, mas se eu fizer isso e te perder eu... eu não sei o que faria... Eu tenho medo...

— Jack... Segure a minha mão.

 Ele hesitou um pouco, mas o fez.

— Agora. Eu prometo, eu não vou te deixar, você não vai me perder. Nunca.

— Livia...

— Eu não mentiria para você. Você não vai me perder como perdeu Eina, é uma promessa.

— Esse não é o tipo de coisa que alguém pode controlar, você sabe disso...

— Quem se importa. É uma promessa, estaremos juntos, para sempre. Se você continuar vivendo com medo, vai perder o tempo que tem comigo.

— Você... — Ele a encarou e sorriu — Você está certa...

— A promessa só tem validade se for selada com um beijo. Mas desta vez eu não vou fazer isso, você me beija agora.

— Eu... Não tenho certeza se eu consigo fazer isso direito...

— Traga seus lábios para mim, eu faço o resto.

 Jack aproximou-se lentamente, fez como Livia disse, apenas encostou seus lábios nos dela. Todo o resto do beijo foi guiado pela garota, que até mesmo o derrubou para trás e continuou o beijo ficando sobre ele.

— Então... O que achou? — Ela perguntou quando terminaram.

— Foi... incrível... Eu nunca me senti assim antes... Eu acho que... Eu realmente te amo...

— Você disse... — Ela sorriu — Você disse que amava... Finalmente...

— Obrigado... Por tudo...

— Eu que agradeço... Você é tão gentil e amável comigo. Eu te amo.

 Ela deslizou as mãos pela sua camisa, abrindo os botões.

— Livia... — Jack corou — Eu... Eu acho que não estou pronto para isso... Não agora...

— Não se preocupe. Não vamos fazer nada, apenas nos beijar. É só que... Você é tão tímido, eu não quero que isso te atrapalhe quando chegar a hora... Então, não fique tímido agora.

— E se alguém vier e te ver?

— Você é o único que eu quero me veja...

 Ela o beijou novamente. E agora, nada vai acontecer aqui mesmo, vamos para mais uma cena romântica... — Eu quero sangue... — O sol já estava se pondo e então Arya fez como o planejado, foi até o dormitório do time especial para visitar Lucas. Livia e Jack estava a apenas alguns andares acima. Arya bateu na porta e não demorou para que Adriel abrisse.

— O que você quer? — Perguntou o caçador a encarando.

— Adriel! — Reclamou Mars — Pare com isso e deixe ela entrar. É a namorada do Lucas.

— Essa garota? — Adriel olhou bem para Arya — Quantos anos você tem?

— Dezesseis. Posso entrar agora?

— Sim... — Disse ele cedendo espaço para ela passar.

— Tudo bem com você Arya? — Cumprimentou Mars.

— Sim. E você?

— Estou bem também. Nossa, já faz muito tempo que não conversamos. A  ultima vez foi em... Salander...

— É... Eu era outra pessoa naquela época...

— Com certeza. Mas você está bem mais linda com o cabelo curto e os óculos.

— Obrigada.

— Então... — Disse Adriel sentando ao lado de Mars — Vocês são amigas ou algo assim?

— Nos apenas nos conhecemos. Mas desde que Arya começou a namorar Lucas eu a vejo como uma amiga — Explicou Mars — Por falar nisso... Onde está o Lucas?

— Eu disse que viria...

— Ele falou que precisaria comprar algo e saiu às presas — Disse Adriel — Já faz alguns minutos...

Antes que ele pudesse completar a frase Lucas apareceu, entrou de maneira rápida abrindo a porta com tudo. A primeira coisa que ele viu foi Arya.

— Atrasado de novo... — Ele suspirou — Eu me tornarei irrelevante se continuar assim...

— Você é qualquer coisa, menos irrelevante — Disse Arya.

— Por que você não é assim comigo?! — Mars deu uma pequena cotovelada em Adriel.

— Você quer que eu seja assim? Nem fodendo que eu vou ficar falando irrelevante...

 Arya e Lucas olharam para Adriel, ele acabou falando um pouco alto.

— Acho que estamos atrapalhando — Disse Mars — Vamos para o quarto Adriel.

— Você está mesmo me convidando para o seu quarto?

— Vamos logo, antes que eu mude de idéia... E não pense em coisas erradas!

— Nem passou por minha cabeça...

— Então... — Disse Lucas quando os outros dois deixaram o local — Eu comprei um presente para você... Foi por isso que eu me atrasei... Eu devia ter ido comprar mais cedo, mas eu estava ocupado então...

— Tudo bem. Posso ver?

— Ver o que?

— O presente — Ela riu — Você parece nervoso.

— É claro!O presente. Desculpe... Aqui, espero que você goste.

 Ele entregou uma pequena caixinha para Arya.

— É lindo — Disse ela sorrindo.

— Mas você nem abriu... Semblante... Claro... Acho que não tem como te surpreender...

— Desculpe. Eu não pude evitar...

 Arya abriu a caixa e pegou o colar que havia dentro. Uma fina corrente dourada com um brasão redondo e uma runa talhada nele. Lucas ofereceu-se para ajudá-la a colocar e ela aceitou, entregando o colar  para ele e virando de costas, puxando os cabelos para cima para que ele pudesse ver seu pescoço. Lucas logo colocou a peça em volta do pescoço dela e prendeu a corrente de novo.

— Como ficou? — Ela perguntou virando para ele de novo.

— Ficou lindo em você. A dona da loja na qual eu comprei disse que a runa significava fogo, então eu pensei em comprar porque é o seu signo...

— Eu gostei mas... Isso não significa fogo.

— Não? Como eu sou idiota... Desculpe Arya, eu posso tentar trocar por outro que você goste mais e...

— Não, tudo bem. Eu gostei desse. Acho que a mulher que lhe vendeu apenas confundiu o significado. Essa runa na verdade significa amor, é que o amor é descrito como um chama, por isso as runas para amor e fogo são parecidas.

— Então isso é amor?

— É. Eu adorei. Obrigada.

— Que bom... Por um momento em pensei que tinha estragado tudo — Lucas suspirou aliviado — Arya, eu estou um pouco... sujo... tive um dia cheio e corri para comprar seu presente, então... Eu vou tomar um banho, pode esperar aqui? Eu prometo não demorar.

— Eu não posso esperar em seu quarto?

— S-Sim... Pode...

— Vamos então.

 Os dois entraram no quarto de Lucas, Arya logo notou que o time especial tinha quartos levemente maiores que os normais. Lucas mantinha suas coisas bem organizadas, não haviam muito enfeites ou coisas para embelezar o local, Arya também não tinha coisas assim no seu quarto. Uma coisa que ela notou foi que a cama não ficava com as laterais encostadas nas paredes como nos outros quartos.

— Não gosta de paredes?

— Isso... É que... Eu não sei. Acho que eu não gosto de paredes mesmo... — Ele sorriu — É estranho como você parece me conhecer tão bem.

— Você é como eu. A diferença é que eu costumo dormir com o rosto colado na parede.

— Você quer que eu afaste a cama para a parede? Se você prefere assim eu não me importo...

— Está me convidando para dormir aqui?

— N-Não... Eu só... Não pensei direito... Agora que você falou, é verdade, eu não preciso afastar a cama já que aqui é meu quarto e não o seu. Desculpe se pareceu outra coisa...

— Tudo bem — Ela sentou sobre a cama — Seus quartos são maiores.

— Não são os maiores da Rolwse. Acho que o maior pertence a Merlin, em seguida um quarto um pouco acima desse andar, acho que está com a Mary agora. Depois vem o quartos dos professores e então alguns quartos nas outras torres são maiores, isso é para quando alguém de uma família real vem estudar aqui, mas se não me engano, só o banheiro é maior.

— Você não tem uma foto da equipe? Geralmente cada membro do time recebe.

— Tenho sim. Está li, na segunda gaveta daquela cômoda.

 Arya levantou e foi até lá, abriu a gaveta, que guardava apenas algumas fotografias e um único porta-retrato. Ela pegou todas as fotos e começou a vê-las. A primeira era Marco, bêbado, abraçando Lucas, que parecia não estar gostando muito, ambos estavam mais jovens.

— Você gosta muito do Marco, não é?

— Foi ele que me trouxe para a Rolwse. Ele me salvou e me deu uma casa depois das varias vezes que eu perdi tudo. Sou eternamente grato a ele.

A próxima foto era Luca, Mars e Marco juntos, nessa Marco claramente dava mais atenção a Celin.

— Você e Celin são próximos?

— Mais ou menos. Ambos gostamos muito do Mestre Marco, ele praticamente enxerga nos dois como irmãos e acho que nos mantemos assim também. Celin é uma pessoa impressionante e uma grande maga. Você deveria a ver lutando.

— Então você gosta dela...

— Sim... Eu quero dizer...

— Eu entendi. Não se preocupe, não estou com ciúmes. Eu só quero conhecer as pessoas de quem você gosta. Só isso.

 Agora a foto tinha Lucas e Mars, a garota de braços cruzados e virando o rosto para ele. Arya riu ao ver a imagem.

— Parece que você e Mars não se dão exatamente bem.

— Mars chegou como discípula do Mestre Delsin, acho que uns três anos depois de mim e do Marco termos entrado na Rolwse. Fomos colocados juntos como uma equipe, apesar de sermos só nos dois. Acontece que Mars tem um espírito de liderança natural, então ela quer sempre estar no comando e os Mestres sempre davam essa função para mim. Isso causou muitas brigas, mas nada muito serio.

 Arya estava pronta para perguntar sobre Jack, quando puxou a próxima foto veio exatamente uma com os três juntos, quatro com Yuki.

— E o Jack?

— Não faz tanto tempo assim que ele está com a gente, acho que uns quatro anos. Ele era meio tímido no começo, mas é uma boa pessoa e trata todo mundo bem.

— Você sabe como ele domesticou aquele lobo?

— É uma fêmea. E não, eu não sei. Jack já veio para cá com Yuki, foi Mestre Alanaya quem o trouxe e ela pediu para não perguntamos nada sobre o passado dele. Tudo que eu sei é que a família do Jack é bem rica.

— Eu gostei dessa — Disse Arya observando uma foto que tinha os atuais quatro membros do time especial juntos — Apesar de que a Mars e o Adriel não parecerem muito felizes.

— Foi antes deles estarem juntos. Se bem que os dois ainda costumam discutir bastante. Ei, o que está fazendo?

— Acho que você devia deixar essa no porta-retrato — Disse Arya encaixando a foto e a pondo sobre a cômoda — São seus companheiros afinal.

— Eu o vejo todos os dias, não vejo o porquê disso, mas se você gosta. Agora, eu vou tomar um banho, tem outras fotos na gaveta de baixo, se quiser vê-las — Lucas agarrou uma toalha e algumas roupas e se dirigiu ao banheiro.

— Que tímido — Arya sorriu.

— Como? — Lucas não entendeu bem o que ela quis dizer.

— Você... Levando as roupas para se vestir no banheiro.

— Bem... Eu não quero aparecer só de toalha na sua frente, alem de que não me vestir na sua frente. Seria estranho...

— Tudo bem. Mas não precisa ter vergonha dessas coisas. É só lembrar que eu posso ver o que eu quiser a qualquer hora — Ela ajeitou os óculos e fez seus olhos mudarem, eles sempre assumiam tons diferentes quando ela ativava seu semblante.

— Você nunca...

— Não se preocupe. Eu nunca usei isso em você, eu não faço essas coisas, só estou dizendo que eu posso. Pode tomar seu banho tranqüilo, eu não vou espiar — Arya guardou as primeiras fotos e abriu a segunda gaveta para pegar as outras — Você guarda fotos em todas as suas gavetas?

— Só nessas duas. Eu volto logo.

— Ok.

 Lucas entrou no banheiro e encarou seu reflexo no espelho, respirando fundo.

— Por que eu fico tão nervoso perto dela? É uma preocupação irrelevante, nos não vamos fazer nada. Ela ainda é muito jovem...

 Ele livrou-se de suas roupas e entrou debaixo do chuveiro, era uma sensação estranha, não podia deixar de pensar que Arya podia estar olhando, era quase como ter a Celin por perto novamente, a diferença é que ele gostava de Arya e não queria estragar nada entre os dois. Assim que terminou o banho, secou-se e vestiu novas roupas, fez isso rápido e logo saiu do banheiro, ainda com a toalha sobre a cabeça para secar os cabelos.

— Eu terminei Arya e...

 Quando ele olhou para ela viu que ela dormia. Arya estava deitada na cama, ainda com segurando as fotos, algumas haviam escorregado de sua mão e estavam espalhadas.

— Você viajou durante três dias e não deve ter dormido bem, nem deve ter dormido hoje — Ele sorriu — Você é mesmo especial....

 Ele recolheu as fotos que conseguiu e as guardou novamente. Levantou a cama, o que não era difícil para ele, já que ele podia usar sua magia para ficar mais forte, com cuidado a colocou encostada na parede, lentamente para não acordar Arya. Assim que ele fez isso, a garota rolou e encostou o rosto na parede. Lucas buscou um lençol e jogou sobre ela.

— Durma bem Arya... — Disse ele antes dar um beijo na testa dela.

 Lucas pegou um travesseiro e deitou-se no chão, dormindo ali mesmo. Acho que estamos bem perto de encerrar essa capitulo por hoje, mas antes temos que fazer uma pequena parada em Rorche. O cenário é uma grande fazenda, com grandes plantações de café se estendendo até o longe. Apesar da grandiosidade da plantação, a casa no centro de tudo era relativamente simples, um velho senhor estava sentando em uma cadeira de balanço, tirando um cochilo, mas de repente acordou e avistou duas figuras se aproximando.

— Quem são vocês mal-encarados? — Perguntou o senhor resmungando.

— Bom dia senhor — Cumprimentou um dos homens — Queremos falar com sua filha...

— Eu não conheço vocês! Não tem nada pra falar com minha filha. Vão embora!

— Desculpe, mas teremos que insistir...

— Papai — Chamou Celin saindo de dentro da casa — Não seja assim com meus amigos.

— Amigos? Quem são esses dois?!

— São meus companheiros de equipe. Lembra? Da Rolwse...

— Ah! Eu lembro! O gordinho e o homossexual de pele escura...

— Amável como sempre... — murmurou John.

 John tinha pele escura, seus olhos eram de um verde forte e chamativo, os cabelos eram longos e enrolados em dreads. Vestia-se de maneira elegante e um brinco dourado pendia de sua orelha esquerda.

— Desculpe o meu pai John. Ele não aceitar bem essas coisas... — Desculpo-se Celin.

— Se fosse no meu tempo eu arrancaria esse brinco de sua orelha!

— Pai! — Ela reclamou — Você sabe que o John vem de uma família bem rica na fronteira entre Zeon e Rorche.

— Não me importo... E esse gordo?! Ainda não fez um regime? Como é o seu nome mesmo? Toph?

— É Thor, Senhor. É um prazer revê-lo.

 Thor era alto para o seu corpo. Digamos que ele é gordo, mas também bastante musculoso. Seus cabelos eram bem curtos e castanhos, seus olhos da mesma cor que os cabelos e vestia-se de maneira bem mais simples que Jonh.

— O prazer é todo seu...

— Pai! — Reclamou Celin mais uma vez — Por favor, entrem. Vou pedir para a mamãe servi algo para nós.

— Não tivemos nem tempo de te cumprimentar — Disse John — É uma honra revê-la Celin Cezmark.

— É uma honra para mim também, apensar de eu não puder usar a palavra "revê-lo".

— Você nunca perde o humor — Thor deu uma pequena risada.

Os três entraram, sentaram-se na grande mesa que havia na cozinha. Celin tinha três irmãos mais velhos, mas a muito tempo eles não visitavam os pais, ambos deixaram a família e foram morar nas grandes cidades de Roche, ela não, a garota foi estudar na Rolwse para se tornar uma maga, mas assim que terminou seus estudos voltou para ficar com seus pais, jamais abandonaria os dois. A mãe dela, a Senhora Cezmark cumprimentou amavelmente os dois visitantes, abraçando ambos, e lhes servindo café.

— Os grãos que sua família produz continuam da mais alta qualidade — Disse John após beber um pouco — É divino.

— Obrigada meu menino — Agradeceu a Senhora Cezmark — Mas só conseguimos manter a plantação por causa da Celin e seus poderes. Dois velhos como eu e o Reginald jamais conseguiríamos cuidar de tudo sozinhos.

— Vocês tem uma filha atenciosa. Celin é uma pessoa cuja honra supera a todos. É uma honra chamá-la de companheira de equipe. Apesar do líder de nosso time ser aquele homem desagradável...

— Não devia falar assim do Ethan. Ele é também é gentil.

— Com todo respeito Senhora, mas ele só agiu assim porque queria lhe impressionar para pedir sua filha em casamento. Por sorte Celin é inteligente o suficiente para evitar aquele bajulador.

— Então — Disse Celin — O que trás os dois aqui? Apenas uma visita ou negócios?

— Você já deve ter notado Celin. As coisas em Rorche estão se acalmando. Na verdade toda aquela sensação de que haveria guerra desapareceu — Disse Thor — Sabe o que isso significa?

— Que vencemos?

— Sim e não... Ao menos aqui nos vencemos. Mas nossa vitoria coincidiu com um ataque a Rolwse em Letho.

— Eu soube que foi mais do que um ataque a Rolwse. Os regentes de Axis e Salander também foram atacados, mas felizmente tudo acabou bem e não houve nenhum dano permanente — Completou John.

— Então vocês acham que por algum motivo eles desistiram de Rorche e estão de concentrando em Letho... Pode ser verdade — Celin juntou as mãos cruzando os dedos — O que planejam fazer?

— Ir para Letho e ajudar a Merlin — Disse Thor — Pode não ser nosso país, mas é onde estudamos e aprendemos como lutar para defender nosso lar. Devemos isso a todos de lá.

— O motivo de nossa visita é convidá-la para se juntar a nós — John estendeu a mão para Celin — Então minha linda, você virá conosco? Entendemos se preferir ficar, mas nossa equipe é bem mais poderosa com você.

— Eu não sei... — Celin suspirou — Mãe...

— Eu sei querida. Faça o que precisa fazer, estaremos aqui quando você voltar — Disse a Mãe dela colocando a mão em seu ombro.

— Obrigada mãe. Eu vou ajudar meus amigos — Celin então apertou a mão de John — Vou preparar minhas malas e iremos.

— Maravilhoso minha linda! Estou tão contente que decidiu vir conosco. Eu trouxe minha própria nave particular, você vai se impressionar com o quão rápido chegaremos a Letho.

— Eu não sou fã de naves... Mas, não vamos perder tempo, já volto.

 Assim que Celin preparou suas malas os três partiram. Ela abraçou seu pai e sua mãe antes de ir.

— Celin! — Chamou seu velho pai — É bom me trazer um neto dessa vez! Aqueles imprestáveis de seus irmãos nunca trouxeram meus netos aqui, ao menos você tem que me dar um para eu por nos braços antes de morrer.

 Celin apenas riu e acenou com a  mão se despedindo.

— E lá vai ela de novo. Ela cresceu tanto Reginald... É uma boa garota, escolheu ficar aqui ao nosso lado em vez de viver sua vida. Toda vez que ela precisa partir eu não a impeço, mas fico cheia de saudades.

— Sabe minha velha... Quando a Celin nasceu eu fiquei tão feliz e depois de um tempo percebemos que ela era cega... Eu pensei que ela jamais seria tão independente. Mas desde criança ela vem superando as próprias dificuldades. Agora sou eu que já não enxergo tão bem quando antes e nem posso vê-la direta, apenas uma imagem borrada... Ela deve estar linda não é?

— Sim. Ela está linda.

— Eu sempre a imagino como você quando nos conhecemos. Eu acho que sou o pai mais orgulhoso do mundo. Eu tenho uma filha maravilhosa...



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