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História Romance - Exposição de Amor


Escrita por: beautyremains

Notas do Autor


Gente, aqui a perspectiva da Lili em um dia na vida dela com Germano. Aqui não é dia dos namorados. Prometo que em breve postarei Andança, pra quem acompanha.
Espero que vocês gostem.

Capítulo 2 - Exposição de Amor


Fanfic / Fanfiction Romance - Exposição de Amor

Acordei com a luz do sol no olhos e um pouco de frio, me espreguicei passando meu braço esquerdo pelo seu lado da cama, que estava vazio. Abri o olho e me virei pensando em reclamar, afinal já tinha me acostumado em acordar com seus braços envolvendo minha cintura e seu corpo me aquecendo, mas assim que me virei a vi. Uma rosa no seu travesseiro. Uma rosa vermelha.  Que eu, imitando os clichês, amava. E um bilhete pedindo desculpas por não estar aqui pra tomar café comigo, dizendo que eu estava tão linda dormindo que você não quis me acordar e explicando que teve que resolver uns problemas urgentes na Bastille. Peguei a rosa, cheirei e sorri pensando no seu gesto carinhoso. Rapidamente peguei meu celular, te enviei uma mensagem agradecendo  e fui respondida com um convite para almoçar que foi imediatamente aceito. Tomei café com meu filho e fui para minha editora onde trabalhei até uma da tarde. Combinamos de nos encontrarmos no restaurante pra não perdemos tempo. Eu cheguei primeiro, escolhi uma mesa que me agradasse, com vista pro mar, e fiquei te esperando enquanto respondia uns emails pelo celular. Uns vinte minutos depois comecei a escutar algumas mulheres, que estavam na mesa atrás de mim, cochichando, comentando sobre aparentemente um homem, foi quando levantei minha cabeça e vi que era de você que elas falavam. Você, que vinha com seu terno preto, óculos escuro e gravata torta sorrindo pra mim. Lindo! Você que ainda fazia sentir um frio na barriga e meu coração acelerar. Você chega até mim e me dá um beijo na bochecha, mas eu pego seu rosto e te dou um beijo na boca só pra mostrar pra todo mundo que você meu. Você se surpreende, ri no meu beijo e eu te beijo mais uma vez só porque eu posso. Você senta na minha frente, tira os óculos e coloca sua a mão virada pra cima na mesa pra que eu possa colocar a minha sobre a sua e quando eu coloco, acho que você nem percebe, mas começa automaticamente a fazer carinho na minha mão enquanto escolhe o que vai comer e eu sorrio. Você escolhe um prato que nós dois gostamos e, mesmo amando, pede pra tirar as azeitonas porque sabe que eu odeio e toda vez que você faz isso eu tenho certeza de que é amor pra sempre. Você divide comigo os problemas da Bastille , me pergunta sobre os eventos da editora e eu te lembro que hoje a noite temos uma exposição de um potencial cliente para irmos. Você assente e diz que vai chegar em casa por volta das dezoito horas. Nosso prato chega e nós comemos conversando sobre as pequenas e grandes coisas em um almoço agradabilíssimo. Assim que acabamos de comer, sem eu pedir, você pede o cardápio de sobremesa porque sabe o quanto amo um doce depois do almoço e eu agradeço por você me conhecer tão bem. Peço um petit gateau e duas colheres porque sei que mesmo dizendo que não quer agora, você vai ficar olhando para o meu doce com cara de pidão, eu vou revirar meus olhos e dividir com você. A sobremesa chega e no meio dela você começa a sorrir me olhando, eu pergunto o que foi e você estende seu guardanapo para limpar a minha boca suja de chocolate. Eu fico um pouco envergonhada, te agradeço e volto a saborear meu doce. Eu digo que você pode pegar o último pedaço e você, sabendo que isso é uma prova de amor, divide o pequeno pedaço em menores ainda e diz que dá pros dois. E nesse momento você reafirma o porque de ser o pai dos meus filhos e de eu te amar tanto mesmo depois de mais de duas décadas. Terminamos a sobremesa, você paga a conta, se levanta e fica parado me esperando chegar do seu lado pra entrelaçarmos as mãos e irmos embora. Eu deito minha cabeça no seu ombro enquanto caminhamos de mãos dadas parecendo um casal de adolescentes apaixonados.  Você se oferece pra me deixar na editora só pra ficarmos mais alguns minutos juntos e eu aceito. Durante todo o caminho eu fico com a mão na sua nuca fazendo carinho no seu cabelo e você com a mão na minha coxa esquerda enquanto conversamos sobre os assuntos mais aleatórios. Você me conta uma história que aconteceu com a dona Mirtes e eu fico sem ar de tanto rir. Quando finalmente consigo parar, fico te olhando do banco do passageiro com um meio sorriso no rosto pensando como é bom ter alguém do meu lado que me faça chorar de rir. Você entra na garagem da editora e eu, confusa, te pergunto porque não me deixou na porta, já que era mais fácil de você seguir pra Bastille, mas antes de eu terminar de falar você tira nossos cintos e me puxa pra um beijo. Eu me assusto, mas prontamente correspondo. No meio do beijo você diz que estava com saudade e eu sorrio porque você me beijou assim ontem a noite. Damos uns amassos no carro durante alguns minutos e eu me lembro da época do nosso namoro quando não perdíamos a oportunidade de ficar sozinhos e aproveitavamos tudo o que podíamos, no laboratório, no carro.. em qualquer lugar. Você passa a mão por todo o meu corpo e eu sussurro pra você não começar o que não pode terminar agora, você, irresignado, descola sua boca da minha e sussurra no meu ouvido que vai terminar mais tarde, morde meu lóbulo, me dá um beijo na bochecha e um selinho demorado na boca me dando frio na barriga diante da promessa. Eu digo que tenho que ir e relembro sobre a exposição. Nos despedimos, agora mais rápido, e eu saio do carro em direção a uma longa tarde de trabalho. A tarde passa rápido com a surpresa de um bouquet de flores no trabalho que fez com que todos na editora sentissem inveja de mim e da cara de apaixonada que eu com certeza fiz quando li o cartão. O recado era simples, uma citação de Mario Quintana, romântico como você, às vezes até cafona, mas que eu amava. Cheguei em casa com meu bouquet e logo o dei para Dona Euzébia que perguntou quem havia me dado, eu respondi você e ela sorriu. Até hoje acho engraçado ver o quanto dona Euzébia te adora. Ela vai atrás de um vaso para colocá-las e eu subo pra tomar um banho e me arrumar pra exposição. Quando você chega, deixando sua pasta no sofá do nosso quarto e afrouxando a gravata, eu estou passando meus cremes corporais. Sua cara de cansado é rapidamente substituída quando me vê e eu logo peço pra você parar porque não vai dar tempo. Você se aproxima de mim, cheira o meu pescoço e deposita um beijo ali mesmo fazendo com que eu me arrepie. Me virei, te dei um beijo e te empurrei para tomar banho te apressando. Você  se virou, me agarrou pela cintura, encheu minha face de beijos e virou novamente em direção ao chuveiro reclamando  de forma bem humorada o que me fez revirar os olhos e te da um tapa na bunda. Você sai do banho e eu estou de lingerie em frente ao espelho me maquiando, você argumenta que vai impossível sair hoje porque eu simplesmente não colaboro. Eu dou risada e mando você trocar de roupa logo. Termino de me maquiar, coloco minhas jóias e visto meu vestido bordô. Me viro, você já está de terno, e me aproximo para ajeitar a sua gravata que está, como sempre, torta. Você me elogia, diz que eu estou deslumbrante, e coloca seu nariz no meu pescoço cheirando meu perfume, eu automaticamente inclino minha cabeça para o lado oposto para te dar melhor acesso. Eu peço pra você parar de me tentar e ir tirando o carro.  Você me dá um selinho e aperta meu bumbum, eu começo a rir e digo o quanto você é bobo, limpo meu batom da sua boca e você sai.  Nós chegamos ao evento do meu possível cliente e eu vejo pela sua cara que você não está entendendo nada e eu acho bonitinho ver que você se esforça pra gostar de algo só porque eu gosto mesmo depois de tanto tempo. A verdade é que você não entende nada de arte, nunca foi uma área de interesse seu e eu, que sempre fui uma amante incurável da arte em toda sua forma, mesmo te reprimindo quando faz alguma piada acerca do que é ou deixa de ser arte, aprecio que você sempre me acompanha nos meus programas, os torna mais divertidos e ainda escuta sobre meus comentários entusiasmados sobre algo que você nem entende. Sua máxima, quando se trata disso e muitas outras coisas pra falar a verdade, é que arte não é pra se entender, é pra se sentir e que se eu gosto, você também gosta. Se fosse qualquer outra pessoa eu acharia uma falta de personalidade sem tamanho e a coisa mais podre do mundo, mas com você falando eu secretamente gosto, ainda que revire meu olho e abra minha boca em forma de protesto. Eu te deixo um pouco de lado e vou fazer meu papel de editora conversando com outros profissionais e tentando trazer o autor da exposição pra minha editora e você por em nenhum momento parece incomodado. Pra falar a verdade, quando te olho e sorrio pra você, como uma forma de te assegurar, de te dizer que eu ainda lembro que você está no ambiente, você tá me olhando com admiração e orgulho o que mexeu comigo de uma forma maravilhosa. Depois de umas boas duas horas, você está sentado admirando uma fotografia e eu te chamo pra ir embora, mas você, pra minha surpresa, quer ficar mais um pouco e me leva para  um canto onde não têm ninguém. Eu começo a protestar dizendo que provavelmente não deveríamos estar ali, mas você diz que tudo bem, que falou com o zelador e ninguém vai nos perturbar. Eu pergunto se você está louco e digo que absolutamente não irei transar em uma exposição de arte onde pessoas podem entrar aqui a qualquer momento, você ri de mim e diz que sabe disso, mas que quer me mostrar uma coisa. Nós chegamos em uma porta e você pede pra eu abrir. Eu digo que não vou abrir de jeito nenhum e ameaço voltar, mas você me chama de teimosa, abre a porta pra mim e me conduz para dentro da sala. Você liga a luz e sussurra “feliz aniversário de casamento” no meu ouvido. Eu, muda e surpresa, ando até o centro da sala de tamanho médio e te olho com lágrimas nos olhos. Você pegou fotos da minha vida e fotos tiradas por mim e fez uma mini-exposição com minhas foto emolduradas. Tinha foto minha bebê, minha com meus pais, nossa primeira foto juntos, foto do nosso casamento, da minha gravidez da Sofia e do Fabinho, deles recém-nascidos, de nós quatro juntos, fotos de algumas de nossas viagens que eu havia tirado. Fui olhando uma a uma, maravilhada com aquilo, toquei nas minhas fotos com Sofia. Que saudade que eu tinha da minha menina! De repente me deparei com uma moldura particularmente vazia, te olhei questionando e você me entregou um envelope. Eram duas passagens para o Deserto do Atacama. Antes que eu pudesse formular qualquer pensamento você me explica que quer voltar lá para que eu possa tirar a foto do pôr do sol mais frio do ano que não consegui tirar da última vez que fomos e a minha única reação é pular no seu pescoço e te beijar. Meu Deus, como eu te amo nesse momento. Não aguento e começo a afrouxar sua gravata e tirar seu terno ali mesmo, você joga na minha cara bem humorado que eu disse que não iriamos transar ali, mas acontece que eu não consigo expressar o meu amor por você de outra forma que não essa nesse instante. Assim, meio desajeitados, nossos corpos se unem e se separam num ritmo de desejo e necessidade. Nós atingimos o ápice, eu te abraço, beijo sua bochecha, olho nos seus olhos, faço carinho na sua barba e digo que te amo muito da forma mais intensa que consigo e você brinca dizendo que só assim pra eu dizer. Eu dou um tapinha no seu ombro e te abraço forte mais uma vez. É bem verdade que você é o mais romântico da relação e é quem sempre diz “eu te amo”, o meu romantismo é diferente do seu, está em outros detalhes e  não sinto a necessidade de dizer as setes letras, por isso eu digo raramente. Mas eu sei que você sabe que eu te amo, não sabe o quanto e talvez nunca saberá, mas sabe que é amor e isso basta pra nós. Você diz que vai me deixar sozinha aqui para eu apreciar as fotos o quanto eu queira, mas eu te puxo e digo que você pode ficar, que as coisas têm mais graça quando você tá por perto. Você me abraça por trás e eu admiro todas as fotos pelo que parecem horas. Depois de um tempo eu digo que podemos ir e você me dá a chave da porta dizendo que vai ficar aqui por quanto tempo eu quiser. Voltamos pra casa, você tagarelando sem parar e eu ainda atônita. Nós subimos, eu pego o presente que comprei pra você, que agora parece pequeno diante do meu, e te entrego. Você abre um sorriso largo quando vê o que é, me abraça e me enche de beijos e eu acho adorável você ficar feliz assim por conta de um bico de bunsen portátil. Você deixa seu presente de lado, se aproxima de mim despertando borboletas no meu estômago e diz que me ama e o quanto eu te faço feliz. Sorrio e te beijo. Em vez de dizer eu te amo, eu mais uma vez, agora com mais calma, te mostro o quanto te amo. E o sexo de agora é completamente diferente do da exposição. Não há urgência, necessidade, afobamento. Há carinho, cuidado, zelo, cumplicidade, companheirismo e amor. Muito amor. A noite termina comigo deitada no seu peito fazendo carinho nos seus pelos já grisalhos e eu lembro de como no começo eu achava que não iria dar certo, mas fui ficando. E venho ficando. E quero continuar ficando sem nenhuma pretensão de ir embora. Você dorme primeiro e eu, que nunca pensei que um ronco pudesse ser romântico, sou embalada pelo seu, que me nina há mais de 20 anos e espero que o faça por muitos anos mais. Antes de dormir penso que não tem como melhorar, mas todos os dias você me prova o contrário. Posso falar? Com você eu topo e quero tudo! Finalmente tenho com o homem da minha vida o amor que ambos merecemos.  


Notas Finais


É isso. Espero que esteja de acordo com a personagem.. lembrando que não necessariamente ela fala o que pensa. Sempre achei a Lili, quando o assunto era romântico, muito fechada. Mas achava também que ela sentia muito.


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