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História Romance Vagabundo! - Cap 11


Escrita por: fujoshisBL

Notas do Autor


Oieeeee...

Lembrando que coloquei personagens originais...

Boa leitura 💜💙💛💚♥️

Capítulo 11 - Cap 11


Fanfic / Fanfiction Romance Vagabundo! - Cap 11

     - Todoroki? - A garota de longos cabelos negros perguntou. - Não lembra mais de mim?

     Todoroki olhava para a garota com total surpresa no olhar, seu maxilar estava rígido.

      - Kendall - ele disse, seco.

      Me afastei rapidamente dele quando ele disse esse nome. Será que esta era a Kendall que Bakugou mencionou? Eu não podia acreditar que logo essa garota por quem Todoroki era apaixonado, tinha voltado para a cidade justo quando ele e eu estávamos namorando.

      Os olhos de Todoroki me observaram, duvidosos e, logo, se voltaram para a tal, garota.

      - Vejo que você está bem acompanhado. Isso é bom - disse Kendall.

      - É - Ele concordou. - E você?

      - Estou bem. Cheguei aqui há dois dias e resolvi te procurar. Desculpe atrapalhar, é que eu estava com muita saudade de você e... - ela se interrompeu e se jogou nos braços do meu namorado, o abraçando. - Senti tanto a sua falta - ela enterrou o rosto no pescoço dele.

     Shouto não disse uma palavra, apenas a abraçou por igual.

      Achei que ambos estavam abraçados por muito tempo e resolvi me intervir.

      - Todoroki, eu estou indo - falei, na tentativa de que ele se desgrudasse da garota.

      - Calma - Ele se soltou de Kendall. - Eu vou te levar em casa, Midoriya. — A garota não parecia surpresa quando Todoroki envolveu minha cintura com os braços.

Será que ela sabe que Todoroki gosta de garotos?

      - Eu não sabia que você levava seus ficantes até em casa, Shocchan - se interferiu Kendall chamando ele por um apelido.

Shocchan? Palhaçada.

      Eu estava prestes a me manifestar contra aquela ridícula já que não vou de ficar calado, mas Todoroki disse:

      - Ele é meu namorado.

       Kendall ficou boquiaberta e logo voltou a sua expressão normal, tentando disfarçar o espanto.

      - Ok. Que boa notícia - ela se aproximou de mim e estendeu a mão. - Prazer, sou Kendall.

      -  Midoriya, izuku Midoriya - peguei em sua mão e ela apertou a minha um tanto forte demais. Quando soltamos nossas mãos, Kendall me lançou um sorriso perverso e vitorioso, ignorei sua indireta e dei as costas a ela.

     - Depois nos vemos, Shocchan - ela disse.

Shocchan é o rabinho dela.

     Não sei que tipo de gestos eles fizeram um ao outro e também não ouvi Todoroki respondê-la, só sei que segundos depois, ele já estava ao meu lado, acompanhando os meus passos.

      - Qual é o lance entre vocês dois? E essa apelidinho? - Pergunti ríspido, quebrando o silêncio.—Ela não é do jeito que eu imaginei.— Disse baixinho sem pensar, como se as palavras saíssem da minha boca sem eu perceber.

      - Não sei do que você está falando. - respondeu rápido de mais. - Você está bravo comigo e eu tenho quase certeza que é por causa da Kendall. Você a conhecia ou já ouviu falar dela, por acaso?

      - Não - respondi. Porra ele escutou?

      - Anjo, é melhor não mentir para mim.

      Parei abruptamente. Eu precisava de uma desculpa mais válida para tentar convencê-lo.

     - Não estou mentindo, Todoroki. Sua descrença em mim me espanta, sabia?

      - Só acho que você está agindo de um jeito esquisito. Por que você se afastou de mim quando eu disse o nome dela, naquela hora?

     A boa memória dele me impressionava.

     - O que você queria que eu fizesse? A garota nos atrapalhou e eu fiquei nervoso. E já que tocamos neste assunto: de onde vocês se conhecem?

     - Ela morava aqui, mas se mudou faz um bom tempo.

     - E agora ela voltou para ficar?

     - Não sei, não quero saber, ela não me interessa - ele me agarrou e me prendeu em seus braços de uma forma carinhosa. -Que tal continuarmos de onde paramos? - Seus lábios roçaram em minha bochecha.

     - Não é uma má ideia - sorri em concordância.

  ***

     Dias depois, Todoroki me ligou  dizendo que queria falar urgentemente comigo, em sua casa. Tentei descobrir o que exatamente ele queria, mas ele não me disse nenhuma palavra sobre o assunto no qual queria tratar, apenas disse que não dava para falar por telefone.

     Fiquei cheio de curiosidade e também com um pé atrás. O que será que Todoroki queria falar comigo? Deixei algumas perguntas sem respostas e segui rumo à sua casa.

      - O que você queria falar? - Perguntei, enquanto ficava de pé no tapete da sua sala.

     Shouto não respondeu, ele parecia confuso e irritado.

     - Está tudo bem? - Perguntei pela segunda vez desde que pisei o pé ali naquela sala.

      - Sim - sua voz estava fria e calculada. - Falei para você vir aqui porque... - ele deu uma pausa. - Enfim, vamos logo ao assunto: Bakugou te contou alguma coisa sobre mim, não foi?

     Permaneci calado. Parecia que meu coração iria sair pela boca a qualquer momento. Todoroki tinha me pego desprevenido e eu odiava mentir para ele.

     - Todo... - não consegui terminar a frase.

     - Isso já explica tudo - ele me lançou um olhar revoltado e se virou, passando as mãos pelos cabelos bicolor.

     - Mas o que aconteceu? Eu n...

     - Aconteceu muita coisa - Ele me interrompeu, alterado e se aproximou de mim. - Eu odeio quando falam da minha vida pela costas, Midoriya!

    - Mas por que você está olhando para mim? Eu não sabia de nada!

     - Você devia ter me contado que o Bakugou disse aquilo dos meus pais! Eu planejava que você soubesse por minhas palavras. Eu estava contando os dias para dizer isso a você - ele parecia magoado.

     De repente, me senti culpado. Todoroki tinha razão.

     - Desculpa, eu meio que forcei o Bakugou a me dizer sobre sua família... eu... Me desculpa, Shouto, por favor.

     - Desculpas não adianta, Midoriya - ele se virou de costas novamente. - Não gosto de falar sobre os meus pais, isso me... - ele não terminou a frase e pude ver que suas mãos foram de encontro ao rosto.

     Me aproximei cautelosamente dele e pousei a mão sobre seu ombro mas ele se virou em um movimento bruto, fazendo minha mão cair.

     - É melhor você ir embora - ele disse, seus olhos estavam lacrimejados.

     - Mas quero ficar só um pouquinho com você.

     - Não. Eu quero ficar sozinho. Vai, por favor. Depois a gente se fala - seus olhos estavam indescritíveis, não havia nenhuma emoção neles. - Vou precisar falar de novo?— Sua voz saiu seria dessa vez.

     Me senti um lixo, pois eu estava praticamente sendo expulso da casa do meu próprio namorado. Olhei-o incrédulo, tentando segurar minhas lágrimas de pura raiva. Naquele momento ele parecia outra pessoa, parecia o Todoroki ignorante e estúpido de alguns meses atrás. Dei as costas a ele justo quando uma lágrima teimou em escapar e escorrer pela minha bochecha.

      Quando saí da casa dele, andei sem destino pelas ruas. Estava anoitecendo e uma agonia detestável começou a tomar conta de mim. Parei no meio-fio entre a calçada e a rua e, quando eu estava prestes a atravessar, um barulho de pneus raspando no asfalto invadiu meus ouvidos, seguido de altas buzinadas. De repente, senti um forte baque na região do quadril. Minha visão ficou turva e logo, se escureceu por completo.



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