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História Romance Vagabundo! - Cap 22


Escrita por: fujoshisBL

Capítulo 22 - Cap 22


Fanfic / Fanfiction Romance Vagabundo! - Cap 22

Tomura Shigaraki arrancou com o carro numa velocidade absurda, era como se ele estivesse sendo seguido pela polícia.

Me segurei no banco, cravando minhas unhas curtas no estofado. Esse cara era um louco!

- Por que você está correndo tanto? - Gritei, por cima do barulho dos pneus no asfalto.

Ele olhou para mim e sorriu. Seu sorriso parecia macabro.

- Foi mal, coração - dito isso, ele diminuiu a velocidade, fazendo o carro dar um tranco.

Meu coração estava a mil. Comecei a me arrepender de ter aceito sua carona.

- O que foi? Te assustei? - Ele perguntou, ainda com aquele sorriso esquisito.

- É que eu não estou bem... Eu... - respirei fundo. Eu estava com um mau pressentimento. -Você pode me deixar aqui mesmo? Sério, eu me viro sozinho.

- Não -Tomura Shigaraki.Shigaraki. disse, me encarando, sua expressão ficou dura de repente.

Eu o encarei de volta, sentindo a adrenalina e o medo se ponderando no meu ser.

- Vamos passar em um lugar primeiro e nada de querer bancar o espertinho, tentando fugir - ele deu um meio sorriso e voltou a atenção no volante.

- Aonde vamos? - Perguntei, com a voz trêmula.

- Não interessa.

- Você não pode fazer isso! Me deixa sair - eu estava entrando em desespero.

- Gatinho - ele continuou com uma mão no volante e virou meu rosto para eu encará-lo. - Você aceitou minha carona, agora trate de ficar caladinho, ouviu?

Fiquei imóvel, com medo do que poderia acontecer a seguir. Como fui burro. Não sei onde eu estava com a cabeça para aceitar carona de um completo estranho. Comecei a pensar em Todoroki, e se essa fosse a última vez que eu o veria? E minha mãe?

Meu celular vibrou no bolso da jaqueta, me despertando de meus pensamentos. Peguei-o imediatamente, vendo que era uma chamada de Todoroki. Deslizei o dedo na tela para atendê-lo, mas permaneci calado.

- Midoriya? - A voz dele surgiu abafada na ligação. - Onde você está?

- Oi, eu estou indo para casa - falei, escolhendo as palavras. Olhei de soslaio para Tomura Shigaraki. e ele continuava com a atenção no volante.

- Está indo para casa?! Sozinho? Você está bem?

Shigaraki me olhou de repente e um arrepio percorreu minha espinha.

- Sim, eu...

- Guarde isso - ordenou o cara ao lado.

- Mas eu estou falan...

- Eu já disse para guardar - ele me interrompeu e pegou o celular bruscamente da minha mão, jogando-o no painel. - Quem manda agora sou eu, gatinho. Você só obedece.

Fiquei sem reação.

Ainda dava para ouvir Todoroki gritando pelo celular. Comecei a entrar em pânico. Aquele podia ser o meu fim.

- Por favor, me deixa ir embora - falei, segurando as lágrimas que teimavam em descer. - Por favor. O que você quer? Dinheiro?

Ele riu.

- Você é muito engraçado. Não quero dinheiro, coração.

- O que você quer comigo? Por favor, me deixe ir - as lágrimas rolavam sem parar pelo meu rosto.

Tomura continuou calado, com uma expressão carrancuda. Fiquei pedindo a Deus em pensamentos para que não me acontecesse nada de ruim e que ele me ajudasse a sair daquele carro.

Alguns aterrorizantes minutos depois, ele parou o carro numa rua escura, iluminada por apenas um poste.

- Vejamos o que eu posso fazer com você - ele se virou para o meu lado, fazendo meu coração disparar.

- Me deixe ir embora -falei, num fio de voz.

- Depende - ele estendeu o braço até minha nuca, puxando alguns fios de meus cabelos esverdeado. - Você vai dar com a língua nos dentes, não é? - Ele riu. - É claro que vai.

- Não faz nada comigo, por favor - supliquei. - Me deixa sair daqui... eu não vou falar nada para ninguém.

- Não vai? - Ele ergueu uma de suas sobrancelhas e aproximou o rosto. Sua respiração tão próxima a mim me causou repulsa. - Acha que eu sou idiota para cair nessa, coração?

Shigaraki encostou sua boca no meu pescoço e eu recuei, mas sua mão na minha nuca trouxe o meu rosto para perto do dele novamente.

- Calma - seus dedos alisaram o meu rosto e seu sorriso nojento se alargou. - Você chamou minha atenção essa noite - suas mãos começaram a deslizar por minha perna.

- Me solta - falei, fechando os olhos de pavor.

Meu rosto estava banhado de lágrimas enquanto eu sentia os lábios do homem deslizando por meu pescoço. Eu precisava sair dali de um jeito ou de outro. Eu não podia deixar que ele abusasse de mim ou algo assim.

Cerrando os punhos com força, eu reuni todas as minhas forças e empurrei aquele cara para longe de mim, acertando o meu joelho bem no meio de suas pernas. Ele rugiu e imediatamente, tomada por uma força maior, destravei a porta, passando a perna para fora do Jipe. Só que antes de eu pisar os dois pés no chão, Shigaraki agarrou o meu braço, me puxando bruscamente para dentro do carro.

- Você não vai fugir, seu desgraçado! - Rosnou ele.

- Me larga! - Gritei, cravando meus dentes em seu braços, ele gritou mais não me largou.

Puxei o meu braço, tentando escapar de suas mãos, mas ele era mais forte e minhas tentativas se tornavam inúteis.

Retomando minhas forças novamente e impulsionada por uma coragem vinda do além, fui puxando o meu braço de seu aperto. Eu poderia ficar sem o braço, mas minha vontade de sair das garras daquele ser maligno era muito maior. Até que finalmente consegui me soltar e caí de joelhos no asfalto. Me levantei no mesmo instante, correndo como se minha vida dependesse disso. E dependia!

A dor de meus joelhos dificultava de correr mais rápido e acabei tropeçando e me estabacando no asfalto. Apesar das dores, automaticamente olhei para trás e shigaraki corria na minha direção feroz e ágil. Ele estava muito perto.

Levantei-me e não dei nem dois passos quando o cara me agarrou por trás, numa tentativa desesperada de não me deixar escapar, mas por sorte consegui me desvencilhar, correndo o mais rápido que eu conseguia.

- Socorro! - Gritei para o nada.

Meu coração estava descompassado; eu estava arfando e ficando cansado e sem forças. Podia até estar vendo miragens, mas uma luz surgiu lá na frente, em meio à penumbra. Logo, percebi que eram faróis de um carro.

Talvez fosse a minha salvação.

Nem me atrevi a olhar para trás, continuei correndo na direção do carro para pedir socorro.

A distância entre o veículo e eu foi diminuída. Gritei ao perceber que o motorista estava prestes a passar por cima de mim, e então, faltando um triz para eu ser atropelado, o carro freou bruscamente, guinchado os pneus no asfalto, dando uma volta de noventa graus. Se eu não estivesse tão amedrontado e desnorteado, eu diria que aquilo foi uma freada perfeita.

Meu corpo descambou no chão assim que o dono do carro deixou o veículo.

- Midoriya! O que aconteceu?

- Todo? - Perguntei, totalmente desacreditado. Me agarrei a ele como se fosse a minha proteção. - Me tira daqui, por favor - falei, desesperado e sem fôlego.

- Calma, amor. Está tudo bem agora - ele acariciou meu cabelo, tentando me acalmar.

Seus braços me envolveram e me levantaram do chão. Minhas pernas estavam trêmulas.

Todoroki ergueu meu rosto para eu poder vê-lo. Apesar da situação constrangedora, notei compaixão no seu olhar.

- Com quem você estava? - Sua voz parecia calma.

Momentos horríveis passados com shigaraki voltaram à minha mente. Olhei para trás, temendo em vê-lo, mas só se via a escuridão tomando conta da rua.

- Peguei carona com um cara e ele que...

- Tudo bem, chega - ele me interrompeu. - Só me fala: você se lembra de como ele é?

- Sim. Ele estava de regata branca, cabelos meio que albino , e se chama shigaraki...

Todoroki assentiu. Seu rosto endureceu.

- Você sabe quem é? -Perguntei.

- Sim. Ele tocou em você? -Havia ódio na sua voz.

- Não, por pouco eu consegui escapar - apertei-o nos meus braços ao lembrar. - Eu fui burro, não pensei nas consequências e...

- Calma. Eu que não devia ter trago você - ele beijou meu rosto ainda cheio de lágrimas. - Vamos, você precisa descansar.

Entramos no carro e Todoroki deu partida.

- Todo, o que você vai fazer com ele? - Perguntei, enquanto o carro corria pela estrada.

- O que você nem imagina, anjo.

- Mas por favor, não se meta em brigas por minha causa.

- Fica tranqüilo. Confie em mim.

***

Saí do banheiro de Todoroki, vestindo uma de suas camisas com seu cheiro impregnado nelas.

Me sentei em sua cama, me sentindo mais calmo e relaxado. Shouto surgiu no batente da porta e começou a caminhar na minha direção.

- Como você está se sentindo? - Ele perguntou.

- Bem - respondi.

Ele se sentou ao meu lado, verificando o ferimento no meu joelho. Olhei para ele agradecido por ser meu namorado.

- Como você sabia onde eu estava? - Perguntei, de repente.

- Localizei você pelo seu celular. Aliás, baixei um aplicativo bem útil.

Fiquei imaginando Todoroki usando o celular para me encontrar em momentos aterrorizantes.

Me agarrei a ele e fui parar em seu colo.

- Eu abusei da sorte. Me perdoa - falei.

- Está tudo bem, anjo. O pior já passou - ele acariciou meu rosto. - Só não faça isso comigo de novo.

- Jamais, amor.

Ele me beijou lentamente, explorando minha boca com a língua. Aprofundei o beijo, sentindo uma sensação maravilhosa, como uma corrente elétrica passando por meu corpo, fazendo meu coração se acelerar. A sensação ao beijá-lo era quase indescritível.

Todoroki me deitou em sua cama e continuou com seus beijos quentes e arrebatadores, dessa vez, pelo meu pescoço. Eu estava mais que grato por tê-lo em minha vida.



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