Ainda se podia ouvir de longe Sam e Clint falando os nomes de Natasha e Steve, mas Nat não queria mesmo os ouvir. Dançaram, conversaram entre eles, beberam vodka (mas só para Natasha), andaram pelos jardins, beijos... Até que voltaram para a festa.
— Desde que quando? – Tony falou encarando Natasha, ele já estava bêbado. – Você me traiu, e eu não te amo mais, Natasha.
— Estou tão feliz por vocês. – Disse Wanda, ela abraçou Steve o parabenizando.
— Não estamos nos casando. Não fiquem tão felizes. – falou Romanoff. Mas logo quando percebeu que Sharon havia se aproximado continuou a falar – Mas espero que o namoro dure... – Falou, ah ela não ia se aguentar, ela precisava falar. Steve a olhou meio surpreso por falar a palavra “namoro”. Nat sabia que ele não queria dizer essa palavrinha com medo de a assustar. Ela sorriu e passou a mão no braço dele. – Não é? – Ele concordou sorrindo. Isso a fazia se sentir bem, mesmo sendo bem falsa naquele momento. “Hahaha, Sharon”.
— Estou feliz por você, Ste. – Ela o abraçou, Natasha até queria ter tido uma reação mas foi cortada por alguém, uma pessoa familiar a puxou delicadamente pelo braço e atirou dali.
— Preciso falar com você. – A ruiva se distanciou do resto do grupo, quando estava longe o bastante o homem que a havia puxado dali, borrifou um spray em seurosto e a puxando pra perto sussurrar em seu ouvido. – Você vai seguir exatamente o que vou te dizer, preciso que se lembre exatamente das minhas palavras... Ao contrário só terá dor e sofrimento, mas em recompensa terá paz e alívio... Me ouça bem, Natalia...
Ele a deu algumas ordens, e estranhamente não Natasha não pode discordar do homem, ele a mandou voltar e ter uma boa festa e que se encontrariam logo. E foi exatamente o que Nat fez, dançou, bebeu e deu risada, beijou Steve muito mais vezes, e ao final da noite ela e o resto da turma voltaram para a base.
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Era já madrugada e apesar de Steve não estar bêbado, Natasha estava. Acabou se esquecendo da promessa que havia feito para James de assistir Star Wars com ele, e eu ela não sabia ainda mas iria se arrepender muito por isso. Era mais ou menos umas 4 horas da manhã; E Natasha estava abraçada em Steve. Porém abriu os olhos quando uma voz ecoou em sua mente. “Outro pesadelo?” pensou ela. Na verdade Natasha já estava acostumada com seus pesadelos, e aquele não era um.
“Chegou a hora, Natalia...”
Ela ainda sentia sentia a respiração de Steve em seu pescoço, seu braço era pesado, e ela não queria sair daquele conforto em que estava.
“Vamos, Natalia...”
Ela então saiu da cama tentando fazer o mínimo de barulho possível, e tentando não fazer Steve acordar, quando viu que tinha se saído bem, foi direto para seu quarto, foi ao banheiro e jogou água em seu rosto.
— O que raios estava acontecendo comigo? — Perguntou ela a seu reflexo no espelho.
“Onde está minha arma? Ela está guardada na 3ª gaveta”.
— Eu não quero pegar minha arma. – falava para seu reflexo.
“Você quer sim, lembre-se... Você tem uma missão, caso contrário só terá dor e sofrimento...”
— Eu não vou pegar minha arma! – Natasha gritou e deu um murro no espelho, os estilhaços cortaram sua mão, mas a ruiva nem ligou para aquela dor, pois naquele momento começou a tremer, e suar frio, uma dor de cabeça terrível e um embrulho no estômago a tomou. Só com tempo de abrir a tampa do vaso e vomitar.
“Você TEM que pegar a arma e completar a missão, caso contrário só terá dor e sofrimento...”
Sua mente ainda dava ordens a ela, ela tentou lutar com aquele pensamento, mas acabou vomitando mais uma vez. Ali estava ela sentada no chão do banheiro desesperada, a dor de cabeça não passava, ela queria gritar mas não conseguia.
“Pegue a arma, Natalia!”.
Ela se levantou com o pior sentimento do mundo e foi procurar sua Glock, e quando a empunhou a dor de cabeça passou e sua mão parou de tremer instantaneamente.
“A recompensa será paz e alívio...”
Ela deu um suspiro fundo e saiu andando se martirizando por estar cedendo aquilo que estava acontecendo... Se encaminhou até a cozinha, ela sempre acordava cedo e ia para cozinha fazer algo para comer, e visto que era sua rotina, ela sabia o horário de todos acordarem ali. Ao entrar na cozinha James estava lá como de costume.
— Você tinha passe livre pra acordar tarde hoje, Nat. – Ele disse enquanto fazia o café.
‘Ah James…’ Como ela estava sofrendo.
“Nem pense em fazer o contrário”. — Repetiu sua mente.
Eu então apontou sua arma para James. — James. – O olhou com o olhar mais frio que tinha, seu olhar de Viúva Negra, ela tentava lutar mas quando somente pensava em largar a arma, sentia um soco em seu estômago, e uma facada em sua cabeça, era horrível. E naquele ponto já não conseguiria lutar com seus pensamentos.
— Nat, o que está fazendo? – Ele olhou para a arma. – Abaixe isso. – Ele se distanciou da cafeteira e ficou mais perto dela. – Anda... Abaixa a arma. – Ela sabia que com mais um passo ele tirava a arma de sua mão.
— Você é a minha missão. – Ela queria chorar, mas não conseguia.
— Natas... – Antes de Bucky terminar de pronunciar seu nome, Natasha atirou em seu estômago, ele a olhou descrente e caiu de joelhos no chão. Natasha ainda em transe chegou mais perto dele e o abracei, logo sussurrando em seu ouvido.
— Seu único erro foi ter achado que poderia se livrar de nós, Soldado.
“Natalia Romanova está sobre nosso controle agora...”
— Natalia Romanova está sobre nosso controle agora... – Natasha repetia as frases que ecoavam em sua mente.
“Seu amiguinho patriota irá sofrer de todas as maneiras possíveis...
— E você é só o início desse sofrimento.
— NATASHA! – Steve gritou ao ver Romanoff com a arma em punho e sangue ao redor de Bucky. Ela se virou rapidamente para vê-lo e ele estava aterrorizado. As únicas palavras que queria gritar eram: Steve! Por favor me salva... Novamente sua cabeça começou a doer, e dessa vez mais forte. E a única coisa que conseguiu foi se virar para Barnes e atirar mais três com a arma encostada em seu peito. Ele caiu no chão, e seus batimentos estavam cessando. Steve rapidamente empurrou Natasha que bateu com tudo em uma parede e foi parar longe de Bucky.
— Buck, fique comigo. Vamos lá, amigo. Espere só um pouco. Natasha! O QUE VOCÊ FEZ!? – Ele gritava repetidamente. Após alguns segundos todos os vingadores chegaram a cozinha, Natasha permanecia no chão encostada na parede, com as mãos e a camisa ensanguentada, e Steve com Bucky nos braços tentando reanima-lo.
— Tasha? – Clint olhou o estado de Natsha e foi até ela, ela por sua vez estava com o olhar parado, ela encarava a cena de Steve e Bucky, mas não conseguia organizar as idéias, não conseguia pensar mais, ela ouvia a voz de Clint, mas não conseguia responder.
– O que você fez? – Ele perguntou e virou seu rosto tentando a fazer olhar pra ele. Ela ainda estava com a arma em punho, ele arrancou da mão dela e jogou a Glock longe. Ele pegou seu braço e colocou em volta de seu pescoço e a tirou dali. Suas últimas imagens foram Visão pegando Bucky no colo e o levando para a ala médica, o olhar de ódio de Steve e o terror de todos os outros... Wanda, Sam, até Maria a olhava assim.
Clint a levou para o banheiro mais próximo dalí.
— Natasha! Fala comigo! Eu não posso te ajudar assim! – Ele pegou sua mão e colocou debaixo da torneira, e esfregava sua mão para limpar o sangue.
— E-Ele está morto? – Disse gaguejando.
— Eu não sei. – Ele a encarou. – Nat... O que houve?
Uma lágrima escorreu de seu rosto, eu algora já não ouvia mais aquela voz ecoando em sua mente e começou a recobrar a consciência. – Eu o matei. –
— Tasha...
— Eu o matei, Clint. Eu... matei Bucky... – Natasha começou a chorar histericamente, gritava de dor, era a pior dor que existia. Sentiu um vazio em dentro dela, era pura culpa. Era horrível aquele sentimento, seu coração estava esmagado, o homem que um dia amou muito, e a libertou de todas as maneiras possíveis, estava morto e ela era assassina. – EU O MATEI CLINT! EU O MATEI! – Clint a abraçou forte enquanto ainda era possível ouvir os gritos dela pelos corredores do complexo.
.... Continua...
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