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História Romanov Riddle - Rendição


Escrita por: bellinha18

Capítulo 31 - Rendição


 Uma série de lembranças de momentos da amizade dela e de Harry invadiram sua mente. Quando ele a salvou do Trasgo no primeiro ano ou como eles dois utilizando o vira-tempo salvaram Sirius no terceiro ano.


 Eram momentos como aqueles de raras amizades como a de Harry que ela prezava. Durante cinco anos ele junto de Ron haviam sidos seus melhores amigos. Seus dois melhores e inseparáveis amigos.


 Mas todos esses momentos deveriam ser esquecidos e essa amizade desfeita apenas pela insistente ambição de Hermione em ser aceita por uma maldita mulher presunçosa e arrogante que Hermione lá no fundo sabia que nunca gostaria dela.


 Porque Hermione não precisava ser aceita por Alexandre, pois ele a amava e Tom e Ariana aparentavam simpatizarem com ela.


 Era dela que Hermione almejava aprovação.


 Anastasia.


 Sempre tão indiferente a sua existência e sempre colocada a cima de Hermione; seja em seus encantos femininos ou seus dons mágicos.


 Hermione precisava mostrar a Anastasia que ela era algo além de uma menina tola com a qual o filho dela iria casar. E ela mostraria, custasse o que custasse.


— E então? — a voz de Tom a fez acordar de seus devaneios.


— Irei atrás de Ha... Potter. — disse sorrindo convicta. — E já até sei como farei isso.


— Esplêndido! - exclamou satisfeito.


— Com licença, irei colocar meu plano em prática nesse momento.


 Hermione correu em disparada escadas acima, tão rápido que quase tropeçara em uma das cobras. Ela bateu fortemente a porta de seu quarto e se dirigiu a escrivaninha.


 Durante minutos ela ficou divagando, pensando na melhor maneira de escrever sua carta e assim o plano foi automaticamente se arquitetando.


 Caro Ron


 Recebi sua carta e assim como você pediu: aqui está minha resposta. Eu proponho um encontro, por favor, leve o Harry, estou preocupada e quero ver se consigo ajudá-lo. Esteja amanhã no Caldeirão Furado no fim da tarde.


 Hermione.


 Após enviar a carta ela resolveu descansar, havia sido um dia cheio. Céus, ela havia matado um homem e não havia sentido remorso. Batidas na porta a fizeram suspirar e preguiçosamente sair do conforto de sua cama.


 Ela mal teve tempo de falar quando após abrir a porta seus lábios foram capturados pelos de Alexandre.


— Você não tem idéia da saudade que eu estava.


— Nós sempre estivemos juntos nos últimos tempos


— Você sabe o tipo de saudade. — disse malicioso.


— Por todas as boas entidades da terra! Você pensa em outra coisa além de transar? — perguntou enquanto ele deitava por cima dela.


— Comer e dormir. — riu. — É tão bom que até dá pra melhorar.


— Aé? Como? Me conta. — disse enquanto suas mãos arrancavam as roupas dele.


— Talvez se eu dormir ao seu lado e te comer. — começou a beijar seu pescoço e queixo. — Também é uma boa.


— Pois então, nessa noite faça os três.


 Hermione acordou no outro dia com um sorriso no rosto. Nem havia se dado conta de como sentiu falta daquele contato. Merlin, Alexandre era maravilhoso. E a partir daquela noite ela passaria a dormir no quarto dele.


 Eles foram para o café e em seguida ela foi para sua aula. Era um assunto chato sobre como segurar corretamente uma xícara de chá a qual ela não prestou muita atenção afinal, todos seus pensamentos estavam em como seria seu encontro com Harry e o que se sucederia após.


 O dia passou rápido e logo após Dimitri aparatou com ela no Beco Diagonal.


— Tome, coloque isso na sua bolsa. — disse lhe estendendo uma máscara preta com detalhes em prata que ela sabia serem de Comensal.


— Eu estou fazendo a coisa certa.


— Se você diz. Eu estarei aqui para te levar de volta. Agora vá, quando voltarmos o Lord e seus Comensais estarão esperando.


 Ela caminhou no beco até o bar. Estava cheio e em uma mesa do canto estavam Harry e Ron, seu coração palpitou em saudade e sua mente a repreendeu pois ela deveria aceitar a verdade.


— Eu senti bastante saudades. — dito isso ela se sentou a frente dos dois.


— Nós também, não é Harry? — Ron lançou a ela um olhar profundo que compravava a ela a veracidade de suas palavras. 


 Mas Harry apenas resmungou algo baixinho, para em seguida abaixar sua cabeça na mesa.


— Está vendo, é como eu te disse, ele está horrível. — e era verdade, Harry estava com uma aparência fria e cansada, seus cabelos e roupas em mais desordem do que o habitual, assim como sua vida e equilíbrio emocional aparentava estar mal.


— To cansado dessa merda. Cansado de ser alvo de olhares, cansado de ser taxado de mentiroso, cansado dessa gente maldita que mente pra mim.


— Eu to cansado disso... — disse com a voz falha.


— Disso o que? — Hermione perguntou.


— De sofrer por ela, de a cada maldito segundo do meu dia ela estar nos meus pensamentos, nos meus sonhos no meu coração. Estou cansado de amá-la, porque isso me dói e muito.


— ... Cho? — Ron tentou trocando um olhar confuso com Hermione.


— Que Cho! Ariana! É ela, Ariana Riddle. Sim, eu Harry Potter " o-menino-que-sobreviveu " estou apaixonado pela filha do Lord das Trevas.


— Oh, isso sim é terrível. — Hermione disse rindo.


— Você não imagina o quanto. — Harry rosnou em resposta.


— Na verdade imagino sim. Meu sogro e meu futuro marido arrancariam a sua cabeça se você tentasse alguma coisa com a preciosa garotinha deles.


 Os dois a encararam confusos.


— Sogro e marido? — o Weasley perguntou.


— Ah, sim, presumo que me esqueci de atualiza-los dos recentes acontecimentos. — Hermione ergueu sua mão exibindo seu anel de noivado. — Estou noiva de Alexandre Riddle, serei nora do Lord das Trevas.


— VOCÊ O QUE? — Muito provavelmente seria Ron que teria berrado mas Harry gritou primeiro atraindo a atenção de todo o Caldeirão.


— Você quer que eu soletre?


— Não acredito que aquele maldito te aceitou como nora e a mim não como genro! 


— Sério que é com isso que você se preocupa? — disse revirando os olhos. — A propósito, Harry, eu tenho que te levar. Serei uma futura Comensal da Morte e para provar meu valor tenho que realizar um grande feito.


— Você enlouqueceu. — Hermione estuporou Ron e fez com que todas as mesas e pessoas fossem lançadas aos cantos das paredes - É, Dimitri lhe ensinou uma ou outra coisa sobre magia avançada - Ela agarrou Harry pela gola que não ofereceu resistência e se deixou levar para fora.


— Sinceramente eu não pensei que seria tão fácil.


— Eu estou aliviando, Granger, acredite se eu quisesse acabar com você já teria feito.


— Faz-me rir. 


— Matei os amigos do meu primo.


 É, realmente aquilo ela não esperava.


— Ontem matei um garoto.


— Sentiu remorso?


— Nenhum.


— Meus parabéns, você é uma pessoa desprezível, mas eu não lhe julgo, eu também sou.


 O Beco estava tão cheio que ninguém notou a situação que os dois se encontravam. Hermione chegou até Dimitri que lhe murmurou algo como " Bom trabalho " e assim eles aparataram.


— Coloque sua máscara e vá para o Salão. — Dimitri orientou enquanto tratava de segurar o Potter. Hermione colocou sua máscara e se cobriu com a capa negra que usava.


— Meus parabéns, você parece com eles. — Hermione deu as costas e começou a se afastar, mas ficou por lá a tempo de escutar.


— Manda um beijo pra Ariana por mim.


 Hermione respirou fundo, em um ato impulsivo ela passava repetitivamente as palmas das mãos no tecido de sua roupa, tentando apagar os vestígios de nervosismo que eram liberados de seu corpo.


 Ela empurrou as grandes portas de madeira, sentiu todos os presentes a olharem, e ela engoliu em seco e começou a andar abrindo espaço naquela multidão de assassinos.


 O Lord e a Lady estavam sentandos lado a lado, em suas grandes cadeiras que assemelhavam-se a tronos. Havia um meio círculo de pessoas a frente deles. Esses eram, o casal Malfoy, o casal Lestrange e o Lestrange solteiro, Severo Snape e Fenrir GreyBack.


— Ah, finalmente! Ai, está você. — Tom saudou. — Estávamos lhe esperando, aproxime-se e fique ao lado de Anastasia.


 Os Comensais abriram espaço para que ela passase, Bellatrix trincou os dentes e quase não permitiu mas Hermione prosseguiu firme.


 Bellatrix possuía uma paixão incandescente por Anastasia. Admirava tanto a Lady das Trevas que quando estava em sua presença esquecia-se até mesmo de seu Lord. E ver alguém ali, desfrutando da proximidade de sua Lady a enchia de ciúmes.


— E nós podemos saber quem tanto esperávamos? — Bellatrix perguntou, fitando friamente Hermione.


— Oh, Bella, não seja impaciente. Tudo que precisam saber é que a nossa querida convidada realizou com exito um assunto pendente.


 E ali estava ele, o menino-que-sobreviveu, trancafiado em uma cela suja e escura, aguardando o momento de sua morte que ele sabia que estava perto.


 Ele morreria e deixaria o mundo bruxo desprotegido, mas não importava, por que importaria? Se ninguém nunca o protegeu. Quando ainda menino foi trancado em um pequeno armário, passando fome, frio, ninguém o protegeu, quando diversas vezes esteve a ponto de morrer ninguém esteve lá para ele. Então deixe que o mundo bruxo se ferre.


 Ele só queria vê-la uma última vez.


— Harry?


 Ah, talvez os céus tivessem atendido seu último pedido.


— Olá. — Ariana se manteve em distância dele, ela parecia desconfortável. — Então é isso. Você veio se despedir.


— É, creio que isso é um adeus.


— Eu só queria saber por que você destruiu o meu coração.


— Você tirou o meu pai de mim.


 Harry riu, amargamente mas riu. 


— Realmente é esse o seu motivo? O seu pai matou os meus! — naquele momento um peso caiu sobre a consciência de Ariana. — Por culpa dele eu fui obrigado a morar com meus tios. Passei fome, frio, fui feito de escravo naquela casa e de saco de pancadas fora dela, pois eu, eu Ariana, nunca tive ninguém que me protegesse. A cada ano eu sofri perseguições e tentativas de assassinato, mas mesmo assim nunca tive vontade de matar o seu pai... 


 Ariana tentou se defender, mas não podia, apenas naquele momento ela percebeu o quão cruel ela havia sido e a culpa começou a invadi-la.

 

— Tenho a sensação de que nunca serei a prioridade de ninguém. — ele se sentou no chão úmido e sujo. — Cá estou com a minha desgraça, fadado ao meu fim, e tendo o meu pior erro como algo tão bom como o amor. Não me arrependo de te amar, Ariana. Me arrependo por não ter vindo atrás de você antes.


— Pare de dizer sandices! 


— Você não admite me amar por amor ao seu pai e ao seu irmão, isso me faz te admirar. Você nunca abre mão daqueles que ama.


— Nunca.


— É por isso que você não vai desistir de mim.


— Foi bom enquanto durou.


— E será melhor ainda enquanto durar mais. - disse se levantando. Ele colou o corpo dela junto ao dele.— Você é forte, Ariana, mas não o suficiente para negar o que sente por mim. — ela se arrepiou. — Seu olhar, seu corpo, nada nega que você... - roçou seus lábios nos dela antes de beijá-la. - Me ama.


— Sim, eu te amo.


 E aquela foi a primeira vez que ela admitiu.


 Tom estava bastante agitado, não conseguia ficar parado na cadeira, a todo hora esticava seu pescoço para o Salão como se procurasse algo, ou melhor, alguém.


— Tom, o que foi? — Anastasia perguntou.


— Meu sentido Ariana está em alerta.


 Anastasia revirou os olhos, em seguida, dirigiu seu olhar para seu filho que também não escondia sua inquietude.


— Pela milésima vez, não existe isso de sentido Ariana.


— Tem alguma coisa errada, eu sei que sim, eu vou atrás dela agora mesmo... - Antes que Tom pudesse terminar, Ariana adentrou o recinto sendo seguida por Rabicho que correu até o Lord.


— Milord, misericórdia. Imploro pela sua compaixão.


— O que está havendo, Rabicho? - Naquela altura a atenção de todos estava voltada para o Lord, os segundos de silêncio eram alvo de especulações. - Diga. - a voz saiu mortalmente fria, fazendo o pequeno verme se encolher.


— Harry Potter fugiu.


Continua...

 



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