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História Romeu e Romeu - Decepção


Escrita por: Pirulitopop

Notas do Autor


Fiquei 5 meses sem postar, por causa de uns probleminhas. Mas não desistirei da história.
Curiosamente, amanhã completo 1 ano da publicação do primeiro capítulo, e só queria dizer: Obrigado! <3

Capítulo 12 - Decepção


Cansada de estudar, Amanda resolveu checar seu celular. Era uma tarde de sábado e ela havia passado o dia inteiro dentro do quarto. Se sentiu um pouco desapontada quando não encontrou o que esperava. Nos últimos dias, Sabrina andava meio distante. Demorava a responder suas mensagens e, quando respondia, parecia pouco interessada. Amanda notou que, desde que tinha sido pedida em namoro, não tinham se visto ou mesmo conversado com frequência.

Lutou contra o ímpeto de enviar uma mensagem, principalmente porque a última tinha sido uma sua, mas não se conteve. Escreveu perguntando o porquê de Sabrina estar sumida e distante. Fechou os olhos, imaginando o quanto seria trouxa por fazer aquilo, e enviou a mensagem.

Logo em seguida, enviou outra mensagem, dessa vez para o seu grupo:

– Oi gente. O que acham de sairmos hoje? Não aguento mais ficar em casa.

– Eu topo – Respondeu, prontamente, Henrique, que a essa altura, já fazia parte do grupo.

– Não sei se posso – Respondeu Felipe – Tenho umas coisas pra fazer.

– E eu tenho que estudar – Escreveu Marcos.

Que estranho, pensou Amanda. Normalmente, os garotos não recusariam um convite desses. Se bem que, ultimamente, andavam estranhos. Não sabia, exatamente, o que estava acontecendo com eles. Só que tinham brigado, mas, pelo que tinha entendido, já haviam feito as pazes. Além do mais, aquela desculpa de Marcos, de ter que estudar, não colava mais, para ela.

– Tudo bem – Respondeu a garota – Estou me sentindo triste e estava contando com a ajuda de meus amigos pra ficar um pouco mais animada, nesse dia tão solitário, mas vejo que tarefas e estudos são mais importantes do que eu – Finalizou com uma carinha triste, e se sentia perversa por fazer tanto drama, embora, realmente, achasse que a presença dos amigos fosse lhe fazer sentir melhor.

– Nossa – Respondeu Felipe – Tudo bem, então. Não quero ser o culpado caso você morra, por causa desse drama todo.

– Agora faz sentido a insistência com o teatro. É um talento nato – Completou Marcos.

– Para onde vocês querem ir? – Perguntou Henrique – Eu topo qualquer coisa, desde que seja fora de casa.

– Que tal aquela pizzaria perto daqui? – Indagou Amanda – Você ainda não deve conhecer, Henrique, mas ela é super legal.

Os garotos concordaram, e a noite não demorou a cair. Amanda quis escolher um look básico, afinal, era apenas uma saída com os melhores amigos. Escolheu uma blusa estampada com o rosto de um pug, short preto e tênis modelo all-star. Pegou dinheiro, o celular e saiu de casa, deixando um bilhete de aviso para a mãe, que, até àquela altura, não havia voltado do plantão.

Amanda foi andando até a pizzaria, e, quando chegou, os amigos já estavam à sua espera. O clima, no entanto, não parecia muito animado. Henrique estava no celular, enquanto Lipe parecia perdido nos pensamentos e Marcos brincava com os palitos de dente e os guardanapos. Até entendia que Henrique era mais calado, e ainda era novo no grupo, mas não sabia o que tinha de errado com Marcos e Felipe.

Esses dois...

– E aí, meninas – disse Amanda, chegando, por fim, à mesa onde os garotos estavam – Que desânimo é esse? Achei que eu quem estivesse mal, mas vocês...

– Oi, Amanda! – Disse Henrique, parecendo animado em ver a amiga.

Os outros dois também a cumprimentaram, e ela logo escolheu o lugar vago à mesa, de frente para Felipe, e sentou.

– E então, o que há? – Perguntou a garota.

Os três garotos se entreolharam.

– Você tinha razão – Disse Henrique, quebrando o silêncio – O lugar é legal.

Não tinha como não gostar do ambiente. A decoração não tinha nada de outro mundo, mas o lugar era simples, confortável e aconchegante, além de ser climatizado e ter uma agradável música ambiente. Somando isso ao fato do lugar ser novo, não era surpresa que a pizzaria estivesse quase lotada.

– Eu disse, querido. Minhas dicas são infalíveis – Completou a garota, dando uma piscadinha.

Sentindo um pouco de dificuldade, Amanda conseguiu quebrar o silêncio e amenizar um pouco o clima estranho que estava sentindo desde que tinha chegado.

– Mas então, Amanda... – Disse Marcos – Qual o motivo do drama todo? Ou era só uma desculpa pra ver a gente? – Completou o garoto, com uma expressão maliciosa.

Amanda estava se preparando para responder quando a viu. Era o motivo.

Sabrina entrou pela porta da pizzaria esbanjando aquele sorriso que Amanda bem conhecia. Curiosamente, usava a mesma roupa que estava vestindo no dia em que pediu Amanda em namoro. Não pode deixar de reparar na garota que a acompanhava, e percebeu que pessoas de outras mesas também. Parecia ter vinte e poucos anos, e era dona de olhos verdes e brilhantes que mais pareciam duas esmeraldas. Usava o cabelo loiro solto e liso, e parecia ter saído de uma revista.

Ela parece um anjo.

– Nada demais, Marco. Nada demais

Então era isso. Ali estava a razão para o distanciamento da namorada. Se é que a podia chamar assim. Amanda não podia concorrer com aquela garota. Perto dela, passaria totalmente despercebida. Sabrina era realmente bonita demais pra ela, então ela nem poderia reclamar. Suas suspeitas apenas se confirmaram quando viu as duas trocando carícias, discretamente, por sobre a mesa onde tinham se sentado. A troca de olhares entre as duas, os toques, o jeito com que conversavam: Não havia dúvidas. Claramente, havia um envolvimento ali.

– Amanda – Chamou Felipe, fazendo a garota despertar da confusão de seus pensamentos – Tá tudo bem? Você ficou calada de repente.

– Tá... Desculpa gente. Eu não posso ficar aqui – Disse a garota, se levantando e andando a passos rápidos em direção à saída.

Os garotos se entreolharam, sem entender nada, mas logo seguiram Amanda, que, a essa altura, já estava fora do estabelecimento.

– Ei – Chamou Felipe, ao abrir a porta – O que houve? Nós nem fizemos o pedido.

Amanda parou, de costas para os três, e virou o rosto molhado de lágrimas.

– Eu só... Preciso ir pra casa, gente. Só isso.

Os três garotos pareciam confusos.

– Primeiro, você precisa nos dizer o que tá acontecendo – Disse Marcos – Segundo, você pode ir pra casa, mas nós vamos junto. Você mora aqui perto, né?

 

A garota assentiu. Alguns minutos depois, já estavam acomodados no quarto de Amanda. Ela, sentada na cama, recostada na parede e abraçando um travesseiro; Henrique e Marcos sentados em ambos os lados da cama, cada um em um puff, e Felipe à frente dela, também na cama.

– Desculpa por isso, gente. Devo ter estragado a noite de vocês.

– Tá tudo bem, Amanda. – Disse Marcos – A gente só quer entender o que aconteceu. Primeiro, você diz que tá triste e precisa sair. Depois aparece, falante como sempre, e, sem mais nem menos, sai correndo e chorando da pizzaria.

– Bom... Não foi exatamente do nada.

Amanda fechou os olhos e se controlou pra não chorar novamente. Odiava parecer frágil na frente dos outros, mesmo que fosse com os amigos. Quando abriu, viu que os garotos a olhavam, atentamente, à espera de uma explicação.

Respirou fundo e começou.

– Lembram quando eu disse que tava namorando?

– Sim – Respondeu Lipe – Qual era o nome dela mesmo? Sabrina?

– Isso – Continuou a garota, explicando sobre como a outra estava parecendo distante e seca nos últimos dias, sem motivo aparente, e sobre o que viu na pizzaria.

– E, basicamente é isso, amigos. Ela me trocou por alguém muito mais bonita e madura, pelo que pude ver. Perto daquela garota eu sou como uma... batata.

Marcos gargalhou.

– Quê? Desculpa, eu não tô rindo de você, mas essa comparação foi engraçada e ridícula. Você nunca vai chegar perto de ser uma “batata”, Amanda.

– Mas é exatamente assim que eu me sinto, gente. Comecei a namorar uma garota mais velha, muito mais bonita e mais madura que eu. Se é que eu pude chamar isso de namoro. Era questão de tempo até ser trocada. Eu sou só uma adolescente, e o mundo dela é outro.

– Amanda, você tá ouvindo o que tá dizendo? – Perguntou Felipe, num tom que denunciava certa revolta – Você é uma das pessoas mais engraçadas que eu conheço. É divertida, inteligente e sabe animar as pessoas como ninguém.

– A gente que o diga – Disse Henrique.

– E eu não vou aceitar você falando assim. Não é culpa sua que aquela garota foi uma imbecil contigo. Você fala tanto que ela é madura, mas você acha que essa é uma atitude de alguém com maturidade? Se for, eu prefiro estar com pessoas imaturas.

– O Lipe tem razão, Amandinha – Disse Marco – Não tem nada de errado com você. A errada da história é ela.

– Tamo contigo – Finalizou Henrique, se esticando e dando um aperto na mão de Amanda.

Amanda balançou a cabeça.

– Vocês são maravilhosos – Disse Amanda, fazendo todos se aproximarem para um abraço coletivo – Não sei o que seria de mim sem você – Completou, chorando novamente.

– Nós é que não sabemos, Amanda – Disse Marcos – Nós é que não sabemos.



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