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História Romeu em crise (Incompleta) - Verdade ou mentira?


Escrita por: soturn0

Notas do Autor


● A few moments later............................ i know, i know, eu demorei para postar. Primeiro, porque estava sem ânimo e segundo, porque estava com bloqueio de escrita. Butttt, vou compensar essa demora com mais outro capítulo amanhã. Não tenho nada para falar sobre esse, somente digo que as "barbaridades" começaram a partir daqui.
É aquele mesmo dilema de sempre: ignora alguns erros que encontrar e segue o baile haudhauhdua
Ps: a música que a Megan canta é Chasing Cars - Snow Patrol. E a Katherine é Make Me Wanna Die - The Pretty Rekless
ATUALIZADO; PESSOAS, EU POSTEI O RESTO DO CAPÍTULO QUE FALTOU HAUDHUAHAUAH sorry <33
Sem mais delonga, boa leitura <33

Capítulo 22 - Verdade ou mentira?


— Então, Rosalya? Você sentia ou não algo pelo Lysandre? — repeti.

A garota ponderou, talvez não esperava tal pergunta. Ficou alguns instantes olhando para baixo, até que soltou um suspiro e se virou para mim.

— Sim, eu sentia. Foi só uma paixonite passageira. Coisa boba. Depois da minha segunda briga com o Leigh, eu fiquei cada vez mais próxima do seu irmão e a nossa amizade acabou evoluindo de uma maneira mais intensa. Estávamos inseparáveis, sempre perto um do outro. O Lysandre fazia eu me sentir segura e bem. Enfim. Acho que foi isso que me fez confundir tudo. — contou ela. — No entanto, vi que não passou disso; momentos de carência. Eu precisava de atenção e o Lysandre era o único que me dava.

— Quer dizer que você brincou um pouco com os sentimentos do Lysandre, não? Porque ele sempre foi apaixonado por você. — Alexy interviu na discussão.

Rosa assentiu.

— Eu sei que fui uma idiota com você e com ele, Megan. Mas eu estou muito arrependida. Por favor, não me odeie. — pediu, com um tom de súplica.

Ela tentou segurar minha mão, mas eu a afastei.

— Preciso ir dormir. Já está tarde e eu estou muito cansada. Nos falamos depois? — propus, antes de me erguer.

— Tudo bem. Vai lá descansar, lindinha. Nos falamos por mensagem ou você pode ir nos visitar lá na nossa universidade. — sugeriu Lexy, dando-me um abraço.

— Pode deixar. — sorri e fui embora.

Quando cheguei no dormitório, as duas garotas já estavam dormindo. Guardei os meus presentes e me joguei na cama. No dia seguinte, as primeiras aulas foram menos cansativas. Tivemos que se juntar em equipe para fazer análises sobre a história da música. Para mim, fora um tema bastante fácil, tanto é que o grupo em que fiquei fora um dos primeiros a terminar.

Eu pensei que ficar num ambiente cheio de pessoas desconhecidas faria com que a minha ansiedade me sufocasse, portanto, na hora do intervalo, peguei algo para comer na cantina e fui me sentar no meio fio da calçada da biblioteca. Embora estivesse sempre rodeada de rostos aleatórios naquela universidade, esperava ficar ao menos sem a companhia de uma outra pessoa naqueles trinta minutos vago que me restava — e o lugar que encontrei já era próprio para isso. No entanto, se não fosse pela figura masculina que avistei vindo na minha direção, meu plano até teria dado certo.

— Olá, Meg. — saudou Lysandre.

Levantei o olhar para vê-lo, mas um feixe de luz encandeou minha visão. Tapei os olhos com a costa da mão.

— Oi. — respondi, após algum tempo.

O rapaz se sentou ao meu lado.

— Tudo bem com você?

Balancei a cabeça antes de dar uma mordida no meu sanduíche.

— Por que não está na cantina?

— Muita gente. Eu queria ficar sozinha.

— Ah. — ele fizera, assentindo. — Eu estou te atrapalhando no seu momento a sós consigo mesma?

Eu ri, não porque sua pergunta fora idiota, mas, porque havia me lembrado de ter feito essa mesma pergunta para ele, em Sweet Amoris.

— Não, não. — neguei com a cabeça. — O que faz aqui de novo? Te deram permissão para entrar?

— Sim. — ele ergueu a sobrancelha. — A minha presença nessa instituição está te incomodando?

— Não, Lysandre. Foi só uma pergunta. Esquece.

Ele soltou um suspiro.

— O senhor Pierre me pediu um favor e aqui estou eu.

— Entendi. Onde o conheceu? Ele parece gostar muito de você.

— Através do pai da Rosalya. Peter mostrou os trabalhos do Leigh ao Lionell, desde então, ele passou a insistir ao meu irmão para que viesse trabalhar em sua loja aqui, em Paris.

— Ah, espera... Então, ele é o estilista famoso? — interrompi-o.

— Sim. Ele é o mesmo estilista que queria que Leigh viesse morar na casa dele. Bem, no final das contas, o meu irmão acabou aceitando suas propostas.

— Hum... interessante. Não sabia que o senhor Pierre gostava de moda também. E por quanto tempo vocês ficarão na casa dele?

— Atualmente não estamos mais lá. Leigh e eu conseguimos nos mudar para um apartamento que fica próximo da universidade em que estudo. — ele contou. — O senhor Pierre tem dois filhos, inclusive. Um você até já conhece.

Virei-me para ele.

— Conheço? — perguntei, com o cenho franzido. — Quem é?

— Antoine.

Como imaginava. Antoine e Adrien são os filhos do meu professor de composição.

Oras, onde você foi se meter, Megan!

— Meg? — ele me chamou, tirando-me dos meus devaneios. — Por que correspondeu ao beijo do Castiel?

— Não quero falar sobre isso. — dissera eu, antes de me levantar.

Lysandre fizera o mesmo. Ele se colocou na minha frente quando fiz tenção de que ia embora.

— Não me deixe sem uma resposta. Eu... Eu só quero tentar entender.

Meneei negativamente a cabeça e dei um passo para o lado. O rapaz bloqueou minha passagem.

— Não é da sua conta.

— Ele gosta de você. E você, gosta dele?

Abaixei a cabeça. Eu não queria que ele visse nos meus olhos o quanto eu era péssima em mentir.

— Sim. — murmurei, dando um passo para o canto da parede.

Senti suas mãos segurarem os meus ombros com delicadeza e num único movimento, ele me fizera ficar contra a parede e, em seguida, colocou suas mãos lado a lado da minha cabeça.

— Está mentindo para mim, Meg? — questionou, erguendo meu queixo.

Afastei sua mão.

— Lys, eu... — hesitei.

Fiquei fixando meus pés, enquanto percebia que estávamos perto demais um do outro, o que não era nada bom.

— Meg?

Sustive minha respiração quando ele se aproximou mais de mim. Uma mecha dos meus cabelos caiu no meu rosto e Lysandre se opôs a tirá-la da minha visão, colocando-a atrás da minha orelha. Ele se inclinou para baixo para encostar sua testa na minha e soprou o ar.

— E pelo Antoine, você sente algo?

Mordi meu lábio e fechei os olhos para reunir meus pensamentos. O que ele estava fazendo? Um jogo comigo? Estava me testando? E se estivesse, o que eu deveria responder? Se eu fosse sincera só iria deixar claro e evidente que eu ainda gostava dele. E, bem, eu não queria que ele soubesse disso. Ele não merecia saber disso. Eu precisava entrar no jogo dele. Precisava ganhar. Porém, eu estava a um passo atrás no instante em que disse que gostava do Castiel.

Diabos.

— Não posso gostar de duas pessoas ao mesmo tempo, Lysandre.

— Você ainda sente algo por mim?

Não respondi. As palavras simplesmente se perderam no meio do caminho. Eu desejei ter coragem o suficiente para dizer que: “Não, eu não gosto mais de você. Por favor, vá embora da minha vida.” Mas, eu era muito fraca para isso, ainda mais quando esse “isso” não passava de uma mentira. E mentir nunca fora o meu forte.

— Se ainda sente algo por mim, deixe-me saber. — insistiu.

Quando eu abri os olhos, lá estava ele me olhando como se eu fosse seu mundinho particular. Como se eu fosse sua pessoa preferida, seu porto seguro ou sua constelação. Por um instante, eu quis ser isso para ele, mas sabia, lá no fundo que eu estava pensando alto demais. Desejando, talvez, o impossível.

Ele segurou meu maxilar e fechou os olhos.

— Por favor, diz para mim. — sussurrou, friccionando seu nariz no meu.

— E-eu. — gaguejei, enquanto mantinha meus olhos cerrados. — Lys...

— Meg. Minha Meg.

De maneira inesperada, senti seus lábios tocarem levemente os meus. Fora a partir disso que tudo começou: as borboletas no estômago passaram a festejar no meu estômago, como se estivessem comemorando algum evento especial. As pernas tremiam feito bambus e o meu tolo coração batia descompassadamente, não se continha com o que se passava ali.

Por um instante, eu quis eternizar aquele momento tão maravilhoso, quis me embriagar naquele beijo tão doce e inocente. Mas, então, eu lembrei de tudo o que aconteceu e deixou de acontecer entre a gente. Logo, fui engolida por um vazio. Tudo evaporou, deixou de fazer sentido. Eu não sentia mais nada além do oco, do vácuo. Meu interior estava sem cor.

Empurrei Lysandre para longe e saí correndo.

Depois que minhas últimas aulas acabaram, eu regressei ao meu quarto para poder descansar um pouco e esquecer do que ocorreu durante o intervalo. Para a minha sorte não encontrei vestígio das duas inquilinas que dividia espaço. Portanto, fui até o guarda-roupa, peguei meu violão e comecei a pôr em prática o que havia aprendido nas aulas do senhor Pierre.

If I lay here, if I just lay here. Would you lay with me and just forget the world.

[Se eu deitasse aqui, se eu apenas me deitasse aqui. Você deitaria comigo e apenas esqueceria do mundo?]

— Ange? — ouvi uma voz masculina chamar, porém, não dei atenção e continuei tocando.

De repente, a porta fora escancarada.

Hey. — anunciou Antoine, ao entrar.

— Hey. — falei, sem entusiasmo.

— Não seria legal que alguém visse a gente trancado, não é mesmo?! –ressaltou ele, antes de deixar a porta entreaberta e vir até a minha pessoa. — Como você está?

— Na medida do possível e você?

— Melhor agora. — ele sorriu e se sentou ao meu lado.

Pousei meu violão nas minhas pernas.

— Então, já decidiu se vai ou não estudar aqui?

— Sim. Não vou. — murmurou o rapaz, dando uma risadinha. — Só passo aqui para te ver mesmo. Você sabe, música não faz o meu tipo. E, convenhamos que não há nada para eu fazer, pois minhas aulas só começam no próximo mês.

— Hum. — fiz, balançando a cabeça. — Por que não me disse que o seu pai é na verdade o meu professor de composição?

— Queria que você descobrisse sozinha.

Rolei os olhos.

— E ele sabe que você está aqui?

— Claro que sabe. Foi ele quem me obrigou a vir e ainda me fez trazer aquele garoto. Lysandre o nome dele. — contou, como um resmungo e enfatizando com desdém o nome do rapaz. 

— Lysandre? Um que tem cabelos platinados e....

— E heterocromia. — completou. — Conhece-o?

Assenti.

— Sim. O que vieram fazer aqui?

— Trazer alguns instrumentos para as aulas práticas. Inclusive, te aconselho a treinar bastante violão. Soube que irá ter um projeto no pátio e cada representante de um grupo terá que tocar.

— O quê? Droga! Ainda não aprendi o suficiente. Quando vai ser isso? Você sabe de mais coisas?

— Não, eu não sei nada a mais do que isso. Sinto muito, mas meu pai não me conta muito as coisas. Eu soube pelo Lysandre. — comentou Antoine, revirando os olhos ao pronunciar mais uma vez o nome do Lys.

Lembrei-me que no ano novo ele falou de um rapaz que o seu pai bajulava bastante e isso o irritava profundamente. Certamente era o Lys. Logo, entendi, naquele momento, o porquê de tanto desprezo que Antoine sentia ao falar do rapaz. Ele tinha ciúmes. Simples. E era compreensível, até porque não era fácil ver o próprio pai dando tanto valor a um desconhecido.

Passados alguns instantes, Ant reclamou sentir uma dor de cabeça forte e se auto convidou a se deitar na minha cama, enquanto me assistia tocar violão. Ou melhor dizendo; tentando tocar violão.

You make me wanna die. I'll never be good enough. — cantarolava alguém, ao entrar no dormitório.

[Você me faz querer morrer. Eu nunca serei boa o suficiente.]

— Katherine. — resmunguei para mim mesma ao ver que era ela.

— Mas o que está havendo aqui? — indagou a garota, com as duas esmeraldas arregaladas.

— Kath? — Antoine pronunciou, olhando para ela com uma expressão de surpresa.

— Oi.

A garota ficou o fixando com uma expressão neutra no rosto, enquanto um sorriso matreiro se desenhava na face de Antoine.

— Vocês se conhecem? — atrevi-me a interrogá-los.

— Sim. — respondeu o rapaz, dando uma piscadinha discreta para a Kath, que deu de ombros.

— Bem, só passei para buscar uma coisa. Não quero atrapalhar vocês. — dissera ela. — E Megan... Tenta se conter um pouco nas suas relações, OK? Você não precisa trazer um garoto a cada dia para o meu... O nosso quarto.

— Você trouxe mais um garoto para o seu quarto? Quem? — Antoine quis saber, com uma sobrancelha erguida.

— Castiel, o nome dele. Não passa de um ruivo falsificado. — respondeu Katherine, num tom antipático. — Tchau para vocês. O meu Romeu me espera.

Franzi o cenho ao ouvi-la dizer aquele pronome. Lembrava-me muito alguém.

— Romeu? Qual Romeu?

— O Lysandre. Quem mais poderia ser?

Meneei a cabeça.

Claro. O Lysandre.

— Ah! E aqui está o seu diário. Encontrei-o ontem no chão. Eu não resisti e acabei lendo algumas coisas. Desculpa por esse meu atrevimento. — a garota comentou, dando um sorrisinho muito debochado.

Senti uma onda de raiva me aquecer. Eu me levantei na mesma hora.

— O quê? — minha voz subiu uma oitava. — Você leu o meu diário sem a minha permissão?

— Ai, calma! Não precisa se irritar assim. — ela levantou os olhos para o céu. — Eu aprecio muito a literatura e você tem uma ótima escrita. Devia escrever mais coisas... Sem ser sempre relacionada ao Lys, óbvio.

Rangi os dentes ao vê-la saindo desfilando do quarto.

— Você o conhece tão bem assim para escrever sobre ele? — Antoine me questionou, ainda me fixando com uma sobrancelha arqueada.

— A gente estudava juntos no colégio e o Lysan...

— E daí? Tem algum interesse por ele agora, Megan?

— Hein? Por que está falando dessa forma?

— Esquece. Você não me deve satisfações, de qualquer forma. — suspirou. — Ah, sobre a Katherine, aconselho-te a não confiar nela.

— Por que não? Vocês se conhecem bastante?

— Éramos namorados.

Arregalei os olhos.

— Sério?

Ele acenou.

— Sim. Mas, ela terminou comigo.

— Ah... Sinto muito.

— Tudo bem. Eu já superei, mas não é por causa disso que digo para você não confiar nela.

— Qual é o motivo, então?

— Kath não passa de uma manipuladora. Não percebeu ainda? Quer estar sempre por cima. Ela não é tão má como parece ser, pelo contrário, é inofensiva como uma mosca. Às vezes mimada e um tanto que agressiva. Inclusive, sugiro a não irritá-la muito.

— Por que? Ela tem problemas com a raiva? — eu ri, como se aquilo fosse uma piada.

Ele assentiu, sério.

—Quando estávamos juntos, lembro de Kath ter tentado me estrangular por eu ter zombado dela. Inocentemente, é claro. Ainda sinto o apertão que aquela garota me deu. — contou ele, massageando seu pescoço.

— Ela fez mesmo isso? — perguntei, um pouco desconfiada com aquela história. — Foi por isso que vocês terminaram?

— Não. Ela simplesmente me trocou pelo meu irmão, Adrien. Kath se interessou por ele no instante em que o viu tocar em sua banda, acredita? Ela tem fetiche por músicos. Tsc. Entretanto, Adrien a rejeitou, pois já estava namorando uma garota que agora é sua futura esposa. — continuou a falar. — No início, Katherine não aceitou. Ela infernizou muito as nossas vidas, principalmente da namorada do meu irmão. Até que o seu pai a levou de volta para a Alemanha. Você sabia que ela é alemã, não? Por isso seu sobrenome é Ducke.

Eu me sentei na beirada na cama, com a mão levada ao peito.

— Isso é... trágico e ao mesmo tempo espantoso. Nunca me passou pela mente o fato da garota que divido quarto ser tão possessiva assim.

— "Possessiva" não seria a melhor definição para ela. Eu diria que “maníaca”.

— Também. — concordei. — Não me contou o porquê de ela ter tentado te estrangular, Ant.

— Ant? — ele se virou para mim com o cenho franzido. — Tsc. A Kath foi diagnosticada com transtorno explosivo intermitente.

— O quê?

— Sim. É isso mesmo que você está pensando. Ela tem pavio curto. Seus pais só resolveram dar atenção aos seus impulsos agressivos no momento em que ela teve um de seus ataques de fúria na sala de aula. Kath revirou a sala do avesso, tentou agredir um dos colegas de classe e fez insultos verbais. Desde então, passou um tempo fazendo terapia, porém, parou de tomar os remédios quando estávamos juntos. — revelou o rapaz, fazendo minhas desconfianças se dissiparem e darem início ao pavor. — Enfim. Não vamos focar o assunto somente nela. E quanto a você e o Lysandre? O que são ou eram?

— Amigos, apenas amigos. — respondi, ainda processando as informações que havia recebido.

Será que a Kath era mesmo o que Antoine relatou? E se fosse, o que eu deveria fazer agora? Eu iria dividir o quarto com a garota há quatro anos!

— Você gosta dele, não é? Para escrever coisas sobre ele.

Dessa vez, eu não lhe respondi. Não sabia o que dizer. Um simples “não” sairia forçado demais e eu estava cansada de me esforçar para mentir.

— Ele é interessante. — Ant confessou. — O que me irrita mesmo são aqueles trajes que veste.

— O que você disse? — eu quis saber, estupefata com o que tinha acabado de escutar.

Ele era interessante? Fora o Antoine mesmo que falou isso? Ou eu entendi mal?

— O que foi? Disse algo fora do comum?

Dei uma risadinha nervosa.

— Não... É só que há pouco minutos você falava dele com total desprezo e agora diz que ele é “interessante”.

— Você está imaginando coisas, garota. — provocou, bagunçando meus cabelos. — Preciso ir embora. Depois nos falamos melhor, Megan.

 

                                                       

►■◄

              

Conviver com a Katherine tornou-se difícil. Desde a última conversa que tive com Antoine, seu ex-namorado, eu passei a acreditar mais ainda no que ele dissera sobre a garota, principalmente quando ela começou a implicar comigo ocasionalmente. Entretanto, não me deixei levar pelos seus desaforos, pois sabia que não valia a pena se gastar por pouca coisa e também porque não queria provocar uma catástrofe na universidade. Preferi ignorá-la sempre que podia, até mesmo nos momentos em que ela me falava de Lysandre, por pura provocação. Eu agia como se nada relacionado a ele me afetasse e com um tempo essa minha indiferença passou a surtir efeitos positivos. Vê-los juntos não me abalava tanto assim, pelo contrário, me causava uma certa ânsia.

Antoine estava certo ao dizer que o seu pai nos passaria um trabalho que envolveria exposição ao público. Tivemos que formarmos grupos de cinco pessoas para que cada representante tocasse uma música que desejasse no pátio da instituição. Para o meu desespero, eu fui escolhida para representar a minha equipe. Os próximos dias para a minha pessoa foram resumidos somente nisso: aprender a tocar a música da Birdy para apresentação que aconteceria daqui a duas semanas e o processo fora bastante exaustivo. Sem contar com os comentários desmotivadores que a senhorita possessiva fazia, deixando os meus nervos à flor da pele.

— Por que não pede ajuda a alguém que já sabe tocar? — sugeriu Lexy.

— Quem, por exemplo?

— O Castiel. — resmungou Rosalya, do outro lado da linha. — Ele ainda está na cidade, segundo o Lys-fofo.

— Hum... — ponderei, pensando em como não seria fácil pedir esse favor ao garoto. — Vou tentar ver isso. Alguém sabe o número dele?

— Eu tenho o do Lysandre. Provavelmente ele tem o do Castiel.

— Ah, não, Rosalya.

— Você ainda o odeia? — a garota perguntou, como se aquilo não fosse óbvio.

Na verdade, eu não o odiava, até tinha o perdoado. Só não esqueci do que ele havia me feito na festa do dia das bruxas.

— Ela tem motivos, Rosa.

— Eu sei, mas...

— Não tem “mas”. — o meu amigo a cortou. Pude ouvir a garota bufar. — Faz o seguinte: pega o número, pede o endereço de onde o Castiel estar, depois apaga o número do Lysandre.

— Ele vai gravar o dela, de qualquer forma.

— E daí? É só bloqueá-lo, caso ele encha o saco.

— Gente, calma. Eu não me tornei inimiga dele. Só não... Enfim. Passa o número, Rosa. Eu me resolvo aqui.

Anotei o contato e me despedi deles. Antes de ligar para o Lysandre, decidi tomar um banho primeiro. Eu sabia que falar com ele não seria uma tarefa fácil para mim, ainda mais quando sentia meus lábios formigarem ao lembrar do beijo que ele me deu. Todavia, faria um esforço para ignorar esse pormenor e me focar no que me interessava: saber o endereço de Castiel.

— Você quer ir onde ele está hospedado depois de ele ter te beijado? E... Sozinha? — interrogou Lys, num tom de perplexidade.

Pela forma que ele falava parecia que o mundo estava preste a desabar.

— Não começa com isso, Lysandre. É importante. Eu preciso de um favor dele. Poderia me passar o endereço... Por favor?

— Hum... — ele fizera, e ficou em silêncio por algum instante. Até que, por fim, ouvi-o suspirar. — Tudo bem.



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