1. Spirit Fanfics >
  2. Romeu em crise (Incompleta) >
  3. Quebra-cabeça

História Romeu em crise (Incompleta) - Quebra-cabeça


Escrita por: soturn0

Notas do Autor


● Hey, guys. It's me, depois de tempos. Como estão? Espero que bem!! Peço perdão pela demora para postar, é que ultimamente tenho andando meio para baixo e sem criatividade too, but anyway, aqui estou eu de volta com mais um capítulo o//
Lá vem mais mistérios hihihi
Boa leitura <33

Capítulo 26 - Quebra-cabeça


Quando acordei, minha cabeça latejava de dor e a minha visão estava embaçada. Fiz um esforço para olhar em volta e não reconheci o quarto em que me encontrava. Este continha as paredes pintadas de brancos. Não havia um guarda-roupa, mas tinha duas cômodas e roupas espalhadas pelo chão. Um cheiro másculo e forte emanava pelo ar. Notei que havia alguém dormindo tranquilamente numa outra cama que estava à minha esquerda. Estranho. Aquele não me parecia ser o meu quarto.

Tentei vasculhar no fundo da minha mente lembranças da noite anterior, mas tudo que vinha eram pequenos flashes.

O que aconteceu?

Forcei minha mente a lembrar mais uma vez. Do início de tudo ao fim. Eu estava tendo aulas de violão com o Castiel quando a Katherine chegou nos convidando para irmos a uma boate e assim, fomos. Espera... Kath e eu saindo juntas? Desde quando? Lembro de termos bebido e até dançado. E, depois... Nada. Devo ter bebido demais para não lembrar do que aconteceu.

De repente, uma mão pesada e quente caiu sobre a minha barriga nua, fazendo eu soltar um grito estridente. Logo, percebi que se tratava de uma figura masculina. Céus! Havia um rapaz dormindo na mesma cama que eu estava! O quarto estava pouco iluminado, portanto, mal deu para reconhecer quem era. Porém, o aroma em seus cabelos me lembrava muito o de alguém. Apavorada, saltei da cama com um pulo, e quando me preparei para correr, acabei tropeçando numa pilha de roupas que havia deixadas por ali. Agachei-me para ver melhor e logo me dei conta de que se tratavam das minhas roupas e de outras masculinas.

— O que aconteceu? — o indivíduo perguntou, sentando-se na cama.

Essa voz me era familiar.

— Socorro! — gritei, desesperada, enquanto me cobria com meu vestido. — Não se aproxime de mim!

Quando o rapaz desceu da cama e veio até a minha pessoa, eu saí correndo em direção a saída. Abri a porta com maior urgência e disparei para fora do dormitório. Já fora, acabei trombando em alguém que me fizera cair para trás com a intensidade do tombo.

— Se machucou? — perguntou a pessoa, agachando-se próximo a mim.

Ergui o olhar para vê-lo e percebi em surpresa que era o Lysandre.

— Meg?

— Lysandre.

Seus olhos se arregalaram ao notar o estado em que eu estava.

— Ange? — uma voz soou atrás de mim.

[Anjo]

Antoine.

O rapaz saiu do seu aposento somente de calção e regata. Seus cabelos estavam completamente bagunçados e os olhos quase se fechando de sono. Lysandre soltou minha mão e ficou de pé, enquanto Ant se manteve na mesma altura que a minha.

— Você está bem? — perguntou ele, pousado uma mão nas minhas costas.

Não respondi. Estava nauseada demais para submeter a diálogos com aquele garoto. Olhei para Lys e o vi entreolhar de mim para Antoine, com uma expressão ininteligível no rosto.

— Você saiu desse quarto, Meg? Estava com ele? – questionou Lysandre, com uma sobrancelha arqueada.

Meus olhos marejaram de lágrimas. Eu queria negar que não, mas seria uma mentira cruel, tanto para mim quanto para ele. Havia acontecido alguma coisa entre mim e Antoine depois de eu ter bebidos várias? Eu não sabia, todavia, tinha medo de descobrir e me sentia tão enojada por estar naquele estado vulnerável.

— Eu não sei. Não lembro de nada. Eu só... — hesitei, ao notar que uma lágrima escorria do meu olho.

Antoine colocou uma mecha dos meus cabelos para trás da minha orelha e passou sua mão pela minha bochecha.

— Está tudo bem, ange. Você não é obrigada a contar.

— Tire essa maldita mão de mim! — gritei, sentindo meu peito inchar.

Um grupinho de garotos que passavam por ali nos avistou, mas especificamente a minha pessoa que ainda se encontrava em trajes íntimos, e resolveu vir até onde estávamos dando risadinhas. Eu já tinha passado por várias humilhações, no entanto, aquela era a pior de todas. Quando vi os rapazes se aproximando, quis cavar um buraco no chão e me esconder, ao mesmo tempo quis esganar Antoine por me fazer passar por aquilo. Ele era o culpado de eu estar naquelas condições. Ele era quem sabia o que havia acontecido ou não acontecido. Talvez ele tenha me sequestrado e me trazido para ali, porque era impossível eu ter tido qualquer tipo de relação com aquele garoto, embora estando sob efeito de álcool. Castiel e Katherine não permitiriam que eu saísse do nada com ele. Principalmente Castiel. Faltava uma peça para completar aquele quebra-cabeça.

Lysandre era o único que não me olhava. Seu olhar estava fixado num ponto qualquer. Dava para ver o quão ruborizado ele estava por me ver naquele estado de pudor.

— Calma, mon ange. Só estou tentando te ajudar. — dissera Ant, na defensiva.

[Meu anjo]

— Ora, ora, o que temos aqui. Uma discussão para ver quem leva esse troféu para o quarto ou é só uma atração de lingerie? — questionou um rapaz careca, com os braços cobertos de tatuagens, para os seus três amigos.

— Vocês não têm algo melhor para fazer, não? Vamos, deem o fora daqui! — exclamou Antoine, antes de agarrar meu pulso. — Vem, ange. Você precisa se vestir.

Uma onda de raiva me inflamou, impulsionando a me soltar do seu aperto de forma brusca. Virei-me para ele com o semblante expresso de fúria, ergui a mão e lhe dei uma bofetada.

— Seu cínico! Isso tudo é culpa sua! — vociferei, avançado em cima dele e lhe distribuindo vários tapas.

— Meg, por favor, contenha-se. Não é uma boa hora para partir para arrogância. — aconselhou Lysandre.

— Não é uma boa hora? Por que? Por que não estou em trajes adequados? Você sequer me defende, Lysandre! — bradei para ele, minha voz expandindo aquele corredor quase movimentado.

Por ora, não sentia mais vergonha de alguém me ver daquele jeito. Estava no meu auge da paciência. Houve um momento em que pensei que ia desabar por conta da dor forte que senti na minha cabeça, no entanto, consegui me equilibrar na parede atrás de mim. Levei minha mão até a minha testa, como para amenizar a dor e limpar o suor frio que escorria.

— Ela está passando mal. — um dos garotos do grupo comentou.

— Ange?

— Meg, está tudo bem?

Fiz um gesto para eles se afastarem.

— Ao menos se cubra com isso. — dissera Lys, oferendo seu paletó.

Eu rejeitei. Com um pouco de calma, passei meu vestido pelos meus braços e pela minha cabeça. Depois, o ajustei no meu corpo.

— Pronto. Está bom assim para você, Lysandre? — perguntei e o rapaz, por sua vez, não me respondeu. Voltei-me para o outro rapaz ao meu lado. — E quanto a você, Antoine Pierre, eu me lembro agora do que aconteceu. Eu estava tomando um ar fora da boate quando você chegou por trás e me apagou! Por que fez isso, Antoine? Em troca de quê? O que te motivou a agir dessa maneira? E o que raios você fez comigo enquanto eu estava inconsciente? Anda, responda-me!

— Quer dizer que você apagou a garota para se aproveitar dela, Antoine Pierre? — interferiu o mesmo rapaz de antes. — Sabia que caras como você a gente não tolera?

— Calma, Brad. — pediu o terceiro garoto, que por sinal tinha o mesmo estilo que o do meu amigo Kentin.

— Erick, fica quieto. O Brad tem razão, não toleramos idiotas como esse mauricinho aí. 'Tá achando que tem alguma moral só porque é filho de um professor? — cuspiu o garoto que tinha tatuagens, dando um passo à frente. — Por que não resolvemos isso de homens para moleque?

Antoine ergueu o dedo indicador para eles.

— Não vão querer encostar em mim sabendo do que sei sobre vocês quatros.

— Ah, é? E o que você sabe sobre a gente?

— Imagina se o diretor ou mesmo os pais de vocês descobrissem que: Brad e Charles compram Jingle Jangle nos finais de semanas com os veteranos. Erick tem uma relação íntima com o professor de morfologia e você, Taylor...

— Ok, chega. Esse assunto não nos diz respeito mesmo. — interrompe Taylor. — Vamos, rapazes.

Os três garotos que já tinham os punhos cerrados assentiram a contragosto e foram se distanciando com o líder do grupo.

— De mim você não sabe nada, por isso, aconselho a responder as perguntas dela. Por que a apagou? — fora a vez de Lysandre se manifestar e pelo seu tom de voz, ele não me parecia estar calmo.

— Não tenho nada para dizer para você, ô esquisito.

Inspirei profundamente.

— Antoine, pelos deuses, não me faça perder a paciência. Responda de uma vez por toda!

O rapaz encolheu os ombros e olhou para mim como uma criança que havia acabado de levar uma bronca.

— Eu não sei, ange. Juro para você que não lembro de ter te apagado. Eu seria incapaz de fazer uma atrocidade como essa. Acredite em mim. — pediu ele, apontando para si próprio. — Eu também saí e bebi, mas não lembro de ter encontrado você.

— Não acredito. — falou Lysandre.

— O que diabos você ainda está fazendo aqui? Essa conversa não lhe diz respeito!

Lys franziu o cenho.

— Meg é minha amiga, portanto, o que acontece com ela me diz respeito sim.

Antoine deu uma risada sarcástica.

— Quer pedir para o seu cão de guarda nos deixar a sós?

— Seus insultos não me atingem.

— Ah, não? Vamos ver o que te atinge, então. — provocou Ant, ponderando no que estava preste a dizer. — Vamos fazer de conta de que, sim, eu apaguei a sua "Meg" e a levei para o meu quarto. Não demorou muito para que ela se despertasse e como estávamos embriagados, nos beijamos ardentemente. Ela se deixou levar pelos meus encantos e tirou suas roupas. Fiz o mesmo. E no calor do momento, fizemos sexo e bum, não lembramos mais disso.

Arregalei os olhos para a possível hipótese e senti um aperto no peito. Será que aquela história era a certa? Será que dormimos juntos mesmo? Oh, céus, não!

Como quem tivesse sido despertado por uma fúria irreconhecível, Lysandre empurrou Antoine de maneira bruta, fazendo com que ele colidisse contra a parede e, em seguida, agarrou o colarinho da regata do rapaz.

— O que você fez com ela? Diga-me, o que fez? — exigiu ele, num tom que eu nunca havia presenciado antes. — Eu não vou pedir de novo, rapaz.

O garoto de cabelos negros tentou se livrar de Lysandre, mas miseravelmente falhou, soltando um som de frustração.

— Ok. Eu só fiz uma brincadeira. Não foi nada disso que aconteceu. Eu... — ele olhou para mim com uma expressão de sinceridade. — realmente não sei o que aconteceu, mon ange.

— Deixa ele, Lysandre. Eu já ouvi o suficiente. Vou embora daqui! — exclamei, girando nos calcanhares.

Enquanto eu seguia em frente, a procura da saída, Lysandre me acompanhava.

— Meg, eu preciso falar com você. — dissera ele, atrás de mim.

— Não temos nada para conversar.

Quando passei por um corredor que dava para a biblioteca, ele segurou minha mão e me levou para dentro do local.

— Eu quero saber se você está bem.

— Pareço bem? Aquele... garoto me sequestrou. Eu acordei sem roupas na cama dele e ainda por cima fui alvo de risadinhas! Como pode fazer esse tipo de pergunta?

— Foi o que pensei. — murmurou, mais para si mesmo do que para mim. — Bem, onde você estava na noite anterior?

— É só isso que te interessa? — perguntei e ele encolheu os ombros. Rolei meus olhos. — Estava com o Castiel e a Katherine. Nós saímos para uma boate. Bebemos e tudo mais.

— Você bebeu... — ele sussurrou, parecia surpreso. — Bem, quando as pessoas bebem demais elas fazem coisas que no dia seguinte não se lembram.

— Você acreditou mesmo no que aquele cara disse? Sério?

— Não é bem assim. Eu só estou querendo dizer que...

— Chega! Por hoje já deu! — exclamei, num tom que finalizava aquele assunto. — Se o Antoine pensa que vai se safar dessa, ele está muito enganado. Eu vou contar tudo para o seu pai.

Após dizer isso, fiz tenção que ia embora, porém, Lysandre agarrou o meu pulso.

— Sobre aquela noite, eu queria dizer que...

— Você não precisa se explicar. Ás vezes dizemos coisas da boca para fora mesmo.

— Mas não foi da boca para fora. Meg, eu... — sua mão deslizou para segurar a minha. — Eu gosto de você. Quando vai aceitar isso?

— Quando você parar de brincar com os meus sentimentos, Lysandre! Acha que é só assim? Aparecer do nada e dizer que se apaixonou por mim? E as coisas que você fez as escondidas e não me contou? E quanto ao fato de ter me confundido com a Rosa?

— Eu realmente espero o dia que você irá me perdoar por isso.

— Eu já te perdoei, mas não esqueci! — gritei, pouco me importando para o local em que estávamos.

Não fora necessária uma resposta vinda dele, pois o rapaz preferiu agir plantando um beijo violento em mim. Sua mão passeou pela minha nuca e parou nos meus cabelos cujo quais foram puxados de maneira quase agressiva, enquanto nossos lábios se moviam num ritmo caloroso e selvagem. Com a outra mão, ele me puxou pela cintura, encurtando qualquer milímetro existente entre nós dois. Se eu ainda tinha dúvidas sobre os meus sentimentos pelo Lysandre, elas foram dissipadas naquele beijo e no momento eu não queria mais nada além de deleitar-se mais dele. Parecia que tentávamos provar um para o outro quem sentia mais, quando na verdade eu era a única que sentia demasiadamente. Fora então que eu lembrei que ele podia estar apenas brincando com as minhas feições, que resolvi me distanciar dele. Ele não podia estar apaixonado por mim, assim, de uma hora para outra. Lysandre estava mentindo para mim. Esse cretino!

Eu também não podia esquecer da promessa que havia feito a mim mesma sobre esquecê-lo. Espera... Desde quando você prometeu isso, senhorita Megan?

Se não o fiz, irei fazer valer agora. Eu preciso esquecer o Lysandre. Preciso não, vou esquecê-lo.

— Não pode fazer isso quando bem entender, Lysandre! — dissera eu, ao me afastar dele.

— Você ainda gosta de mim e não foi uma pergunta. — afirmou, com total certeza.

— Como pode ser tão convencido assim? Pegaste as manias do Castiel?

— Então, diz que estou errado. — exigiu, olhando fixamente para mim. — Diz, Meg.

Eu não lhe respondi, pois ele tinha razão. Diabos, como tinha razão. Ficamos alguns instantes em silêncio até que eu resolvi ir embora daquela universidade.

— Meg. — chamou, quando eu já havia me distanciado.

Não me virei, tampouco parei. Segui adiante em passos largos e apressados. Quando cheguei na minha instituição, fui diretamente a procura do professor Lionell para lhe contar sobre o seu filho. Ele não reagiu ao lhe dizer o que ele fizera, como se soubesse de algo mais do que eu, apenas dissera que iria falar com o rapaz, que por sinal, chegou em breves instantes. Ambos decidiram terem uma conversa séria distante dali, e eu entendi o caso, preferindo ficar de fora. Por conta da pequena distância e do fato deles estarem falando em francês, não deu para eu ouvir o que eles diziam.

Em poucos segundos, Antoine surgiu na minha frente.

— Eu te perdoo pela bofetada que você me deu, e quanto a você, acredita em mim?

Fiz um menear de cabeça enquanto mantinha os braços cruzados.

— Era o que eu esperava. Nunca acreditam em mim mesmo. — dito isso, ele foi embora com um ar triste.

— Ele está falando a verdade, senhorita Hale. Meu filho não te raptou. — falou Lionell, chegando de surpresa.

— E como explica o fato de eu ter acordado na cama dele?

— Há coisas que não são o que aparenta ser. Se eu te dissesse a verdade você ficaria confusa, por isso, deixarei para outra ocasião. Além do mais, preciso ter certeza se é mesmo o que estou pensando. Vamos apenas considerar que tudo foi um mal entendido?

Soltei o ar dos meus pulmões. Aquela história não me parecia fazer sentido.

— OK.

— Posso te pedir um favor? — perguntou o professor e eu fiz que sim. — Não o abandone. Ele está passando por problemas delicados e mais do que nunca precisa de alguém como você por perto. Pelas coisas que ele me contou sobre a senhorita, és uma pessoa encantadora e confidente. Antoine tem uma grande admiração por ti e eu espero que seja recíproco.

Meneei a cabeça. Aquelas palavras tocaram suavemente o meu coração. Antoine falava tão bem assim de mim? Que garoto enigmático! Fiquei tão lisonjeada com o que o professor dissera que resolvi tentar esquecer do que aconteceu e aceitar que fora um mal entendido mesmo. Vai ver nós dois nos encontramos e viemos parar ali.

— Eu prometo.

 

►■◄

 

Três dias depois.

 

— Não vai para aula, Rapunzel? — uma voz feminina me interrompeu enquanto eu retocava minha maquiagem no banheiro da instituição.

— Katherine. — murmurei para mim ao perceber que era ela. — Oi para você também. Eu estou pensando um pouco. Será que posso?

— Ei, calma. Você faz o que quiser. Só não esquece que tem aula de composição. — lembrou-me ela. — Tchau, Rapunzel.

— Espera. — pedi, antes dela sair pela porta. — Onde dormiu naquela noite em que saímos juntas com o Castiel? Vi você chegando tarde no outro dia...

— Você também dormiu fora. Eu soube que acordou no quarto do Antoine. – ela arqueou uma sobrancelha. — Está aprendendo rápido demais, Rapunzel. Porém, mirou na pessoa errada.

— Hein? Do que você está insinuando? – questionei, mas ela apenas me deu um sorriso irônico. — Não aconteceu nada, ok? A propósito, o que quer dizer “pessoa errada”? Fala isso por ele ser seu ex?

— Então, ele já falou sobre a vida toda dele? Esperto... Bem, o aviso foi dado. Tchau, "mon ange". — ela pronunciou a maneira que Antoine me chamava de maneira inusitada.

— É Megan e não Rapunzel ou ange! — exclamei, vendo ela cruzar a porta.

Mirou na pessoa errada. O que ela quis dizer com isso?!

Fiquei mais alguns minutinhos no banheiro, ponderando no que a garota ruiva dissera enquanto passava um pó pelo meu rosto. Já pronta, decidi ir para a aula antes que o sinal soasse. Quando girei na maçaneta, a porta estava trancada. Isso só pode ser brincadeira e muito de mal gosto!

Bati várias vezes e gritei por ajuda, mas não adiantou nada. De repente, o sinal tocou, despertando os meus instintos e me fazendo entrar em pânico. Passei a gritar em desespero, na esperança de alguém aparecer e nada. Não havia ninguém para me ajudar.

— Droga, droga, droga! Por que isso só acontece comigo? — resmunguei em voz alta, sentindo meus olhos se encherem de lágrimas.

Passos largos começaram a se aproximar e quando pensei em pedir ajuda novamente, a tal pessoa parou em frente a porta e um bilhete fora passado por baixo da mesma. Meio hesitante, peguei-o e o desdobrei. Havia uma frase escrita em letras de formas e em negrito que dizia o seguinte:

“AFASTE-SE DO LYSANDRE"

Afaste-se do Lysandre? Quem pode ter escrito uma idiotice como essa?

Fiz um cálculo mental de quem poderia ter sido capaz de tamanha idiotice e a única pessoa que me veio em mente fora a Katherine Ducke. Seu comportamento ao conhecer Lysandre fora muito exagerado e atirado. Ela mostrou logo a princípio que tinha interesse pelo rapaz e me declarava como uma ameaça para os seus planos em conquistá-lo. Portanto, conclui que a garota tinha a ver com aquela brincadeira estúpida que acabei caindo.

Que maldita!

Fechei os punhos e me preparei para socar a porta, até que, por fim, ela fora aberta.

— Megan? Ainda está aí?

— Katherine! – bradei ao vê-la novamente. — Foi você quem planejou essa palhaçada toda, não foi? Qual é a droga do seu problema, garota?

Suas sobrancelhas se ergueram.

— Está louca? Do que está falando?

— Não se faça de desentendida! Você quem trancou a porta e me enviou esse bilhete estúpido! — exclamei, entregando o papel para ela.

— Não sei do que você está falando. Eu acabei de chegar aqui. Só vim buscar meu batom que havia esquecido. E eu não mandei bilhete nenhum!

— Além de sonsa é uma cínica mesmo. Fica atenta, garota. Eu não vou me afastar do Lysandre por sua causa.

— Problema seu. Ah, quer saber? Dane-se você e suas esquisitices. Eu que não vou ficar aqui perdendo meu tempo contigo. Tchau!

Após dizer isso, ela foi embora pisando duro, deixando-me ali perdida, sem entender nada. Se não foi ela quem foi, então?


Notas Finais


Quem assiste Riverdale deve ter pegado a referência do "Jingle Jangle" haushauhau
O capítulo ficou confuso? Se sim, era a intenção u-u
Se gostarem, comentem para eu saber. Até breve
#Kisses


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...