História RoomMates - Live the life that you want

Chicago tornou-se na minha nova casa, a minha mais recente aliada, por assim dizer... Enfim, tornou-se em tudo aquilo que nunca senti na minha cidade natal, Konoha. Konoha tinha-me dado a Sakura e a minha mãe, mas em compensação, tinha-me tirado o tapete debaixo dos pés muitas vezes. Sempre me senti deslocado como se não pertencesse ali por algum motivo.

Konoha apresentou-se o meu inimigo número um, o Bullying, quando tinha apenas 13 anos de idade. Ao início, não entendia o porquê de gozarem comigo e tratarem-me como se fosse lixo. Com o passar do tempo, fui me apercebendo de que eles faziam todas aquelas maldades para se sentirem "bem", por outras palavras, para que os outros sentissem a sua infelicidade. Para mim, aquilo era uma tortura, ir à escola era uma tortura. A única pessoa que esteve sempre ao meu lado foi a Sakura com o seu jeito espalhafatoso e único.

Ela mostrou-me que podia confiar nela e contar com ela para qualquer coisa, apesar de nos encontrarmos na mesma situação. Sim, ela também era alvo de chacota por parte das raparigas, por ser magra, ter o cabelo rosa e não ter umas maminhas grandes. Gente parva e sem coração!

Aos 16 anos, decidi contar-lhe sobre gostar de rapazes. Na altura, andava a falar com um rapaz de outra escola, o meu primeiro namorado. Ela apoiou-me imenso que quase chorei e com isso, resolvi contar à minha mãe também. Lembro-me tão bem de chegar a casa, correr até à sala, onde a minha mãe estava e contar-lhe que tinha um namorado.

A minha mãe ficou muito emocionada e feliz por mim, mas de um momento para o outro, o seu rosto ficou apático. Nesse mesmo instante, olhei para trás, vi o meu pai, furioso, a vir na minha direcção e foi aí que levei o meu primeiro estalo. Se já me sentia inseguro e sozinho, a partir daquele momento, senti-me mais ainda. Fui ao fundo do poço com as palavras duras e as bofetadas do meu pai. A minha mãe interveio tantas vezes, acabando por ser igualmente agredida.

Vê-la a sofrer nas mãos daquele filho da mãe, despertou-me a vontade de me inscrever nas aulas de autodefesa juntamente com a Sakura. Foi a melhor coisa que fizemos até hoje. Tinha-se acabado os insultos, as ameaças e as agressões tanto na escola como em casa.

Passámos a viver a nossa vida, invés de sobreviver a mais uma dia, acabámos o secundário, juntos e felizes. A Sakura está na faculdade, no curso de medicina alternativa e eu estou aqui em Chicago, a tentar fazer algo por mim mesmo.

Até agora, Chicago já me deu coisas boas, uma casa boa para morar, um companheiro de casa simpático e jeitoso e um grupo de pessoas maravilhosas que já me consideram da família. Em breve, será um trabalho bom e uma vida diferente. Mal posso esperar!

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Combinei com a Maci irmos ao dito bar que ela me tinha falado para ver se ainda precisavam de uma pessoa para trabalhar como barman. Confesso que nunca tinha trabalhado como bar e que o único trabalho que tive foi tomar contar dos cães da minha vizinha. Estou entusiasmado e curioso para saber como é que será.

Assim que entrámos, fiquei impressionado com a simplicidade e a humildade que aquele lugar transmitia, era diferente de todos os bares que já tinha visto. Esperámos um pouco, até que veio uma rapariga ao nosso encontro. Ela era muito sorridente, isso não havia dúvida, bonita e bem arranjada, num sonho para qualquer momento que goste de mulheres.

— Bem-vindo, o meu nome é Lucy. Em que posso ajudá-lo? — Perguntou-me sorrindo de uma forma simpática. — Olá, Maci! — Saudou a minha nova amiga.

— Bom dia, chamo-me Naruto. A Maci falou-me que estavam a precisar de um barman. — Respondi educadamente.

— Lucy, viemos saber se ainda precisam, porque aqui o meu amigo precisa de trabalho. — Explicou Maci sorrindo.

— Sim, nós ainda estamos à procura. Vem que levo-te ao professor. Não te importas de esperar aqui, Maci? — Disse-me caminhando à minha frente.

— Claro que não! Boa sorte, Naruto! — Gritou a Maci toda entusiasmada.

Professor?! Não seria chefe ou assim? Que estranho... Enfim, vamos lá então conhecer o professor. Fomos até uma pequena sala, onde estava o dito do professor, sentado numa das mesas. Era um homem alto e com um sorriso simpático no rosto. Aproximámo-nos da mesa, onde se encontrava e tremia que nem varas verdes.

— Professor, este é o Naruto. Ele veio por causa do anúncio. — Apresentou-me a Lucy.

— Eu sou o Steven, o dono deste bar. — Apresentou-se. — Rapaz, descontraí... — Pediu-me vendo meu estado de ansiedade. — Senta-te.

— Vou tentar. Já fui a algumas entrevistas, mas esta é a primeira que tenho num bar. — Expliquei ainda tenso.

— Imagino. Diz-me, rapaz, porque queres trabalhar no meu bar? — Questionou-me sem rodeios.

— Porque preciso de trabalhar para me sustentar e para pagar as contas. Vim para Chicago recomeçar a minha vida. — Expliquei.

— Hum, estás aqui para ver se mudas de ares. Muito bem, tens experiência em bar ou já trabalhaste em algum? — Perguntou-me curioso.

— Não, mas estou pronto para aprender. Preciso mesmo deste trabalho! — Respondi em tom sincero.

— Melhor ainda. Eu não procuro ninguém com experiência, porque o meu bar é uma espécie de escola. Quero uma pessoa empenhada, motivada e que goste deste tipo de trabalho. Começas segunda-feira! — Disse-me sorrindo.

— A sério?! Obrigado! Eu não o vou desapontar! — Prometi ainda em choque.

— Eu sei que não vais! Até segunda. — Falou levantando-se.

— Até segunda. — Levantei-me de seguida.

Passei pela rapariga que me tinha atendido, vi um sorriso no seu rosto, sabia que eu tinha passado no teste. A Maci abraçou-me assim que cheguei perto dela.Mal posso esperar para começar na segunda-feira! Obrigado, professor!

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Cheguei a casa, radiante, tinha conseguido o meu primeiro emprego mesmo como aprendiz num bar! Não acredito nisto! Tratei de ligar ao Gaara para contar a novidade.

— Olá, arrombado! Tudo bem? — Atendeu a simpatia em pessoa.

— Olá, fósforo! Estou ótimo e tu? Nem sabes o que me acabou de acontecer! — Respondi completamente eléctrico.

— Também estou fixe! Então o que é que aconteceu para estares nessa histeria toda? — Perguntou-me.

— Consegui o meu primeiro emprego. Adivinha a onde? No bar que a Maci me tinha falado! Começo segunda-feira. — Contei-lhe.

— Boa, arrombado! Fico feliz por ti, mano! E como sinal da minha felicidade pelo que conseguiste, hoje à noite vamos jogar bowling. — Disse-me contente. — Pode ser que consigas assim um par de bolas extra, se é que me entendes.

— Realmente, és um amor de pessoa, Gaara. Eu estou bem como estou. — Respondi super animado.

— Sim, sim! Bem vou desligar! Até logo às 22h. — Despediu-se.

— Até logo! — Despedi-me também. — Estou mesmo on fire!

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Aquele convite, quase ordem, do Gaara veio mesmo em boa altura, afinal podia comemorar a minha primeira conquista e divertir-me com os meus amigos. Seria uma noite memorável!

Por isso, vou à procurar de uma roupa nice para vestir e o resto é conversa. Quero me sentir como aqueles gajos das revistas, sexy e poderoso.

Para começar, fui tomar um belo banho para ficar cheiroso, desfazer a barba de Bin Laden que já tinha e ficar com aquele rosto de bebé. Depois do banho, vi o meu reflexo no espelho, reparei que o meu corpo precisava de uma mudança também. Tenho que deixar de ser preguiçoso e fazer mais exercício físico para parecer um pedaço de mau caminho.  

Vesti-me rapidamente, tentei dar arrumação ao cabelo, mas sem sucesso, já que o meu cabelo tem vida própria e ainda coloquei um pouco de perfume. Estava pronto para conquistar o mundo!

Esperei que a malta chegasse para irmos todos juntos, o Sasuke ia lá ter por causa do trabalho, não havendo necessidade de esperar por ele. Assim que a campainha tocou, fui logo a porta e deparei-me com a malta igualmente bonita.

— Olá, malta! — Cumprimentei sorrindo. — Epah estão todos janotas!

— Olá , Naruto. Tu também não estás nada mal. — Disse a Erin olhando-me de alto a baixo.

— Isso é tudo para irmos ao bowling, arrombado? — Perguntou Gaara rindo-se.

— Estás para aí a falar, mas também estás todo arrumadinho. — Respondi em tom de brincadeira.

 — Toma lá! Perdeste uma excelente oportunidade de estar calado, cabeça de fósforo. — Disse o Nick rindo-se.

— Vamos lá ao bowling! — Disse todo contente, afinal é a primeira vez que vou ao bowling.

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Da minha casa ao bowling eram dois quarteirões de diferença, o pessoal precisava de esticar as pernas e levar uma vida mais saudável, dizia o Nick, o expert no exercício físico e na boa alimentação, ao contrário de mim e do Gaara que pouco ou nada percebíamos do assunto.

Após aquela bela caminhada até ao sítio do bowling, chegámos, o Sasuke já lá estava à espera com a namorada. Entrámos todos juntos, parecíamos um bando de gaiatos quase histéricos para jogar. Fomos levantar o nosso calçado ao balcão, escolhemos duas pistas, pois seria rapazes contra raparigas.

— Prepara-te para chorar, Maci! — Provocou Gaara pegando na bola.

— Quem vai chorar que nem um bebé, vais ser tu. Tens mau perder! — Gritou Maci pegando também na bola.

— Vá, joguem lá! Toda a gente aqui sabe que depois vocês tratam disso entre quatro paredes e nus. — Afirmou Nick. Olha que dessa eu não sabia.

Começaram a jogar, sempre com os dois a provocarem-se mutuamente, mesmo assim era divertido ver. Foi a minha vez contra a Melissa, vi que esta tinha uma expressão sisuda no rosto como se eu fosse um E.T. Tinha reparado que ela e o Sasuke estavam um pouco distantes, mas não tive nada a ver com isso. Cheguei à meia dúzia de dias, moça!

Enfim, após essa desnecessária troca de olhares, o resto do jogo foi bem divertido com a malta toda animada, a Erin foi buscar comida para os esfomeados. E assim se passou a noite na melhor das companhias! Quanto à Melissa e ao Sasuke, ali há qualquer coisa que não joga... Enfim, estou feliz porque tenho amigos de verdade.

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Eram duas e meia da manhã, estava a abrir a porta de casa, cansado mas feliz, Sasuke disse-me que ia passar a noite com a Melissa e resolver algumas coisas sobre eles. Acho que a Melissa ficou um pouco receosa quando soube que eu sou gay, o que é compreensível, mas eu não quero nada com o Sasuke. Ele está comprometido com ela e eu não sou destruidor de lares. Espero que se entendam, é só que eu desejo.

Fui para o meu quarto, tirei os ténis e a roupa, vesti uma camisola de cavas e umas calças de fato de treino e liguei o computador para deixar uma mensagem à Sakura a dizer que estava tudo bem e contar-lhes das novidades. Sei que ela vai ficar muito feliz quando ler a mensagem. Apaguei o computador e fui dormir, porque amanhã há mais!

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