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História Roqueiros - O Som Dos Meus Sentimentos - Shit!


Escrita por: FMalluma

Capítulo 5 - Shit!


Fanfic / Fanfiction Roqueiros - O Som Dos Meus Sentimentos - Shit!

ÚLTIMO SHOW...


Eu estou animado com essas férias. Será apenas mais esse ‘show’ e então estaremos livres por pelo menos um mês inteiro nesse verão. Os meninos deixaram sobre minha responsabilidade a escolha entre três casas de praia em Malibu e caramba! É uma mais linda que a outra, mas o preço faz com que eu sinta um terrível aperto em meu estômago. Eu sei que com a quantia que esses meninos ganham em um mês fazendo turnê, esse valor não faz nem cócegas em suas contas bancárias, mas mesmo que eu esteja ciente disso, não faz com que eu me sinta confortável gastando tudo isso.


O último ‘show’ da turnê está rolando e como sempre os meninos estão recebendo toda a atenção dos fãs. Pela graça dos céus, hoje eu finalmente estou me sentindo melhor, mas também depois do tanto que eu dormi ontem, seria impossível não estar. Fecho o notebook optando por fazer a escolha da casa depois, quando eu tiver certeza do que cada um dos meninos desejam. Levanto-me com o intuito de fazer algumas checagens quando sou surpreendido por ninguém menos que J.Seph e Matthew, os irmãos Kim são integrantes da banda Kings Of Hell, junto às irmãs Jeon. Apesar da surpresa agradável, eu me pergunto o que eles vieram fazer aqui.


— Faz um tempo desde a última vez que eu te vi, Kihyun. Como você está? - Matthew que caminhava à frente de seu irmão mais velho, não perde tempo em puxar meu corpo ao encontro do seu, deixando um beijo estalado em meu rosto. — Lindo como sempre.


— Sem essa, BM. - Digo ao me afastar, porém, o mesmo não deixa que eu vá para muito longe ao enroscar minha cintura com um de seus braços. — Olá, Seph. 


— Desculpa, Kihyun, mas tenho que concordar com BM, você está lindo como sempre. - J.Seph que diferente de seu irmão é mais reservado, apenas bagunçou os fios do meu cabelo. — Eu sei que acabei de chegar, Kihyun, mas preciso ir atrás de Jungwoo. Ele me ligou dizendo que se eu estivesse livre era para eu vir, pois precisava falar comigo. Quando essa mala aí ouviu que eu viria para o mesmo lugar que você se encontrava, não pensou duas vezes antes de vir.


J.Seph entregou o irmão e logo depois ele apenas saiu como se não tivesse deixado nós dois envergonhados. Pigarreando, eu me viro de modo a ficar de frente para BM que sorriu timidamente antes de repousar sua testa em meu ombro.


— Desembucha logo. O que você faz aqui? E a turnê dos Kings Of Hell? - Perguntei.


— Sem pressão, Kihyun. Acalme-se, docinho.  - Ele suspira antes de sorrir amplamente para mim. — O que J.Seph disse é verdade. Os Kings Of Hell estão na cidade hoje a noite e quando Jungwoo ligou querendo conversar com J.Seph e eu soube que os meninos do 5 Seconds To Paradise estariam fazendo seu ‘show’ aqui, não pude deixar escapar a oportunidade de ver você.


— Matthew…  


— Relaxa, Kihyun. - Ele aperta mais o domínio de seus braços ao redor da minha cintura. — Eu sei que não tenho você, mas infelizmente eu não mando no meu coração. Então, enquanto você não tem quem deseja e oportunidades de ver você surgir, eu virei, ok!? 


— Hm.


Acenei em sua direção e vi na mesma hora o sorriso de BM se espalhar ainda mais em seu rosto. Matthew pode não ser o alvo dos meus sentimentos, mas eu também não costumo negar que, se não fosse por Changkyun, eu com certeza teria entregado tudo o que eu tenho a esse homem que agora me encara com admiração e um pouco de tristeza. Seus lábios não deixam com que as  palavras sejam ditas, mas o intercalar de seu olhar entre os meus lábios e olhos, já diz o suficiente para eu saber que ele está pedindo permissão para poder me beijar.


— Por que você se tortura dessa forma? - Eu o questiono.


— Porque essa é a única forma de conseguir ao menos um pouco do que eu desejo. - Ele sussurra, sua voz ficando cada vez mais rouca conforme ele aproxima seu rosto do meu, encarando meus lábios com intensidade. — Sabe Kihyun, eu prefiro quando você está todo nervosinho, é muito mais excitante do que esse seu jeito meio cabeça de ser.


— Porra! Você não presta, sabe? Estou falando sério com você. - Digo ao que vou intensificando o aperto de minhas mãos em sua blusa. — Não vale sequer um centavo.


— E você adora isso que eu sei, não é!?


— Na verdade, eu odeio isso mais que qualquer coisa no mundo. 


Consigo dizer antes que seus lábios venham de encontro aos meus. Não há muitos lábios que eu tenha experimentado até hoje, mas admito que nenhum chegou perto dos de Matthew. Seu beijo muda do lento para o áspero e vice versa, enviando sensações de formigamento até as pontas dos meus pés. Seus braços me acolhem para mais perto, me fazendo gemer ao sentir toda a sua rigidez me tocar. Eu admito que sou completamente apaixonado por Changkyun, mas eu também admito que Matthew Kim consegue fazer com que as batidas do meu coração fiquem um pouco desreguladas. O homem é a porra de um fodido pedaço de mal caminho.


Seu beijo é quente, sendo acompanhado por um sabor mentolado e a costumeira nicotina. Eu aprecio a sensação boa que seu toque me causa e quando nos afastamos, estamos os dois ofegantes. Eu suspiro satisfeito pela breve sessão de amassos e Matthew sorri para mim.


— Eu fico triste em não ter sido o primeiro a te conhecer. - Matthew diz antes de depositar um último beijo estalado em meus lábios e se afastar apenas o suficiente para ajeitar suas roupas de modo a esconder o volume bem aparente em seu jeans preto. — Eu com certeza faria seu coração ser meu.


— E isso seria possível, Matthew? -  Sussurrei ficando próximo aos seus lábios, com meus olhos colados aos seus. — Você vive uma vida muito cafajeste para me entregar o seu coração, como eu possivelmente entregaria o meu a você.


— Eu vivo essa vida, pois eu não tenho quem eu mais desejo.


Suspirando, pois não sabia mais o que dizer, eu me afastei de Matthew, dando-lhe as costas, porém eu não esperava encontrar Changkyun parado junto ao batente da porta que dava para a entrada do palco. Seus olhos estão fuzilando Matthew com sentimentos nada amigáveis enquanto lentamente, ele entra nos bastidores, passando diretamente para a porta que o levaria para o camarim. No mesmo instante, sinto todo o alimento que consumi a pouco, querer retroceder. 


Os irmãos Lee geralmente não se importam com quem eu beijo ou deixo de beijar, mas Changkyun e Hyunwoo sempre se mostram meio incomodados com a situação e quando questionados por mim, eles sempre dizem que eu sou muito novo para ficar me agarrando a qualquer um. Essa situação é totalmente injusta, pois eu também sou humano e assim como os dois, eu também tenho minhas necessidades. O que exatamente eles esperam? Que eu fique chupando dedo enquanto eles fodem com pessoas aleatórias todas as noites? Não, isso não é nada justo, mas mesmo assim, no fundo, quando eu vi Changkyun ali, parado, nos observando, eu senti como se eu o tivesse traído.


— Merda!


— Penso que... É melhor você ir falar com ele. - Diz Matthew ao pegar a expressão nada agradável com a qual Changkyun nos olhou. — Ele pode não ter me atacado com socos e pontapés, mas com certeza na mente dele, minha cabeça já havia sido desmembrada do meu corpo. Ele vai acabar com a minha raça se acontecer de surgir uma oportunidade. 


— Isso não vai acontecer, ok!? Daqui. Algumas horas nós vamos estar voando para Malibu, onde todos nós passaremos dias e mais dias procrastinando como nunca fizemos, então, hoje será apenas uma pequena lembrança em meio a muito nada que iremos fazer. - Sorrindo para Matthew, eu me aproximo, porém, antes que eu consiga deixar um beijo em seu rosto, seus lábios sorrateiramente capturam os meus, fazendo-me ofegar na hora. Quando ele me solta, eu me afasto sem encará-lo. — Por agora, eu acho melhor você ir procurar saber se seu irmão já terminou a reunião com Jungwoo para vocês poderem ir embora. Isso aqui não vai ficar nada legal se Changkyun contar para Hyunwoo.


— Tudo bem, baby, eu estou indo, mas isso é só porque você pediu. - Diz Matthew já se movendo para o mesmo corredor que o seu irmão havia se encaminhado a uns minutos atrás. — A gente se esbarra por aí, Kihyun.


Me lançando um último olhar, Matthew desaparece em meio ao corredor mal iluminado. Eu me recomponho e gradualmente, os outros três meninos entram seguindo para o camarim onde Changkyun já se encontrava. Me aproximando da porta, eu me apoio no batente enquanto observo o alvoroço que quatro rockeiros podem causar quando estão juntos.


— Ah! Kihyun!? - Hyunwoo interrompe seus passos, olhando em minha direção enquanto começa a se livrar de suas roupas que estão encharcadas de suor.


— Sim? 


— Você já decidiu em qual casa ficaremos? 


— Não, eu ainda não escolhi, pois, quero saber das preferências e necessidades de cada um de vocês. - Digo em resposta e logo os questiono. — Uma casa próxima ou longe da civilização?


— Eu só quero sossego! - Exclama Changkyun que está evitando olhar para mim desde que eu estacionei aqui, junto a porta. — Quando penso na palavra férias, só consigo conciliá-lá a sossego.


— Por mim tanto faz, se eu tiver que dirigir por uma hora para obter bundas rebolando para mim, eu irei. - Essa frase vem de Jooheon e eu não me surpreendo. O garoto pode até mesmo voar por horas para conseguir algo que esteja ao nível de seu interesse. — Eu não tenho preguiça, você sabe.


— Tendo um lugar para eu dormir e correr, é mais que o suficiente. - Hoseok responde indiferente. — Praias são um ótimo lugar de corrida, então, só resta você arrumar um lugar confortável para eu dormir. 


— Então, Ki, agora só resta você escolher. - Hyunwoo disse antes de sumir no banheiro. — EU SOU A FAVOR DE QUAL FOR SEU VEREDICTO!


— Tudo bem, apenas terminem rápido o que vocês têm que fazer aí, por favor. - Digo, dando as costas a todos. — Eu vou pegar o notebook para podermos ir para o hotel. Eu ia dar um jeito de colocar todos nós em um avião ainda hoje, mas aparentemente vocês estão mais cansados do que eu podia prever. Então, nós sairemos amanhã de manhã.


Terminando de falar, eu lanço um último olhar para Changkyun antes de me retirar do camarim. Eu não sei porque, mas por um momento eu pensei ter visto algo como raiva e mágoa em seu olhar, mas infelizmente eu não posso afirmar, pois, ele desviou o olhar antes que eu tivesse a oportunidade de lê-lo.





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