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História Roqueiros - Os Acordes Da Alma - Private Advisor


Escrita por: FMalluma

Capítulo 3 - Private Advisor


Fanfic / Fanfiction Roqueiros - Os Acordes Da Alma - Private Advisor

HOSEOK

Eu me pergunto até hoje, como as festas do Ravi podem encher tanto. Há tantas pessoas aqui que a probabilidade de você esbarrar em uma pessoa mais de uma vez, é abaixo de zero.

O som está alto em um nível ensurdecedor. Jooheon lidera o caminho, cumprimentando conhecidos ao mesmo tempo em que flerta com os desconhecidos.

Nos encaminhamos para a cozinha onde a primeira coisa que podemos ver, é o Leo discutindo com o Ravi, e eu aposto a minha guitarra favorita que é devido a quantidade de pessoas que ele convidou.

— Vocês nunca dão trégua ? - Jooheon se intromete enquanto caminha até o freezer para pegar duas cervejas. — Eu conheço muito bem isso aí. - Ele sorri travesso antes de me entregar uma garrafa. — Chama-se tesão acumulado.

Leo solta uma fileira de xingamentos para Jooheon antes de arrastar um Ravi entediado para fora da cozinha.

— Não exagere. - Jooheon diz, cortando a vibe engraçada e mesmo que eu não possa ver o seu rosto, sei o quão sério ele está falando. — Você me prometeu que iria pegar leve hoje.

Jooheon não me dá a chance de falar qualquer coisa, ele apenas se afasta, sumindo em meio ao mar de pessoas. Suspiro ao largar a garrafa de cerveja em cima do balcão, indo buscar uma das garrafas de Daniel's disposta na prateleira. Eu prometi ao Honey que tentaria pegar leve com o Daniel's, mas depois do pesadelo de hoje, eu realmente preciso dele para calar todas essas malditas vozes em minha mente.

Voltando para o balcão, dessa vez eu ocupo uma das banquetas e me sirvo da primeira dose enquanto observo o caos causado pelos corpos se movimentando e se chocando na pista de dança. Enquanto a música alta está rolando, eu vou ingerindo dose atrás de dose. Pessoas se aproximam, tentando puxar assunto ou mesmo flertar, mas eu sequer consigo dar a elas um mínimo de atenção; isso foi até ele aparecer.

— Se você continuar a beber assim, sua noite vai terminar antes de sequer começar. - Alguém se aproxima e sua voz é macia como veludo, causando uma leve sensação de formigamento pelo meu corpo. — Como um bom conselheiro que sou, se eu fosse você, parava agora. 

Apesar do sermão que ele estava me dando, eu pude captar a lentidão em sua voz, denunciando uma leve embriaguez.

— E porque exatamente eu deveria parar agora e não depois? - Questiono ainda sem olhar em sua direção. — Dei-me uma resposta que seja convincente ao ponto de me fazer parar.

— Acontece que... se você não parar agora, terá de ser carregado para casa. - Ele se senta na banqueta ao lado da minha e por incrível que pareça, eu posso sentir seu olhar em mim. — Eu estou aqui na melhor das intenções... Não é legal sair carregado de uma festa.

— Eu já estou familiarizado a isso.

— Está aí uma oportunidade para você desfamiliarizar de algo tão... indecoroso!?

— E por que exatamente eu faria...

Minhas palavras se perdem quando meus olhos se voltam na direção do meu "conselheiro particular". A primeira coisa que me chama a atenção, são os fartos lábios  vermelhos que adornam um sorriso exageradamente lindo. Seus olhos são grandes e belos, assim como os longos fios de seu cabelo que aparentam ser muito sedosos.

— O que foi? - Ele pergunta quando não faço nada além de encará-lo. — Meu rosto está sujo? 

— Ah não, e-eu só... - Volto a encarar seus olhos. — Você não é uma miragem ou é!? 

— Claro que não! - Ele exclama um pouco exagerado ao tomar minhas mãos nas suas. — Sou tão real quanto você.

Permaneço encarando seu rosto por longos segundos, antes de permitir que meus olhos façam o caminho até seus pés, reparando no quão esguio ele é, me fazendo deduzir que talvez ele seja modelo.

— Você é lindo.

— Oh! 

A pessoa ao meu lado desvia o olhar, mas ainda assim eu posso ver uma leve coloração rosada tomar conta de seu rosto e pescoço.

— Ei! Não fique com vergonha. - Digo guiando seu rosto para que possa me encarar novamente. — Você é definitivamente perfeito.

Quase que involuntariamente, meu rosto se aproximou do dele, ao ponto de eu sentir sua respiração quente se misturar com a minha.

— V-você está muito perto.

— E isso é ruim senhor conselheiro? - Pergunto antes de descer meus olhos para encarar seus lábios e automaticamente umidecer os meus. — Em qual nível de perigo nós estamos agora?

Nossos lábios estão a um fio de se tocarem e suas pálpebras se encontram tão caídas quanto as minhas.

— Em um nível deliciosamente perigoso.

A pessoa a minha frente tomas as rédeas, unindo nossos lábios. Seu beijo a princípio é calmo, macio e quente, mas quando meus dentes se prendem em seu lábio inferior e ele geme involuntariamente manhoso, eu trato de evoluir o beijo para algo quente, afoito e necessitado. Ele por sua vez, abraçou meu pescoço de modo como se procurasse aprofundar ainda mais o nosso contato. Sentia-me tão envolto em sua aura sexy, que sequer percebi quando comecei a seguir ele para fora da cozinha.

— Para onde você está me levando? 

— Se tivermos sorte, o último quarto do andar de cima ainda pode estar vago. 





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