História Rosa dos Ventos - Draco e Hermione - Capitulo 14: Você ainda tem uma família

POV HARRY

No Ministério, duas semanas após o resgate de Hermione

Mais um dia turbulento começava no Ministério, alias como sempre. Após descobrirmos que os registros foram roubados no dia invasão durante a guerra, o Departamento de Nascimento e Linhagem Familiar teve sua segurança reforçada, assim como todos os outros Departamentos, embora saibamos que não existira mais nenhum tipo de ameaça. Rodolfo será executado essa tarde, por todos os crimes que cometeu durante a guerra e por tudo que causou a Hermione e sua família.

Demos novas entrevistas para o Profeta Diário, afinal todos queriam ter a total certeza que o mundo bruxo esta com toda a certeza em paz. Devido a isso, nos e o Ministro Kingsley, decidimos que a execução de Rodolfo, diferente de Lucius, seria assistido por todos que quisessem, seria uma execução aberta.

Nunca mais voltei a casa de Draco, depois que Hermione não quis falar comigo e com o Rony, sentia tanta falta dela. Eu entendo que ainda é tudo muito recente para ela, ela sofreu muitos traumas, tanto físicos, quanto psicológicos, mas eu queria estar por perto. Hoje eu iria visita-la, precisava conversar com ela.

- Como esta Hermione, Draco?

- Esta bem, ainda é tudo muito recente para ela, você sabe. Conversamos um pouco, ao poucos ela me permite entrar no mundo dela, mas muitas vezes ainda a pego em seu esconderijo, ela muitas vezes regride, volta a não querer ver e nem falar com ninguém.

- Será que eu poderia ir vê-la hoje, depois da Execução de Lestrange? Precisava falar com ela.

- sem problemas, alias acho que vai ser bom para ela ver os amigos, ela com certeza deve sentir falta de vocês, do mesmo jeito que eu sei que sentem dela.

- obrigado...

- apenas peço que tome cuidado com o que pode dizer, como disse, ainda é tudo muito recente para ela, não quero que ela se feche novamente.

- não se preocupe... sabe... nunca pensei que iria sobreviver a dois avadas para ver Draco Malfoy se importar tanto com Hermione Granger e ainda que nos daríamos bem – dei uma leve risada.

- Pode acreditar que nem eu... não sei desde quando, mas eu me importo com ela. Ainda não me perdoei por completo por tudo que fiz na guerra, qualquer tentativa de me redimir já me sinto um pouco melhor. Quero que ela fique bem, volte ser apenas a Hermione, a sabe–tudo, a mandona, a certinha... – Enquanto ele falava, eu so ficava o observando atentamente. Ele sentia algo por ela. Embora ainda não tenha descoberto, ele amava Hermione, dava para ver em seus olhos. – até fui a Hogwarts buscar o Bichento para ver, se talvez ele a animasse um pouco, parece que as vezes funciona, porque ao passar pelo quarto dela, escuto ela conversando baixinho com ele. – sorriu de leve ao lembrar. – Harry, você ainda tem a foto que mostrou a Agatha, quando fomos visita-la para descobrir algo sobre Hermione?

- Tenho, por quê? – estranhei aquela pergunta

- Posso ficar com ela?

- Pode... Algum motivo especial? – Lhe entreguei a foto. Agora eu tinha certeza que ele sentia algo por ela.

- não... e não seja curioso.

- ok... Não pergunto mais nada em relação a foto. Posso te fazer uma pergunta? Nunca tive a oportunidade de perguntar antes e estou curioso.

- Fala...

- Como sabia que Hermione estaria naquela floresta? – ele ficou pálido com a pergunta.

- Tive um pesadelo na noite anterior em que fomos até a casa da Agatha. – Mentiu, não queria contar que tinha mais de um pesadelo com Hermione e muito menos do colar. Aquela era coisa dele e iria pertencer somente a ele.

- Um pesadelo? Como era?

- Não me lembro exatamente, faz muito tempo, mas escutava gritos, estava no meio de uma floresta escura e havia uma casa abandonada... Não me lembro. Na verdade nem achei que tivesse algo haver com Hermione, so achei que poderia fazer sentido na verdade, a manchete da Skeeter no Profeta Diário. – Mentiu de novo.

- Entendi, graças a Merlin, acabou tudo bem e agora o Rodolfo será morto em poucas horas. - Bom, pelo menos era o que eu estava achando...

- Com licença... – Disse Cibele entrando na sala. – O senhor Ministro mandou avisa-los que a execução de Lestrange, será adiantada para agora, ele acha que já perdemos tempo demais. Ele pediu para chama-los para descer para a sala de audiência.

- Tudo bem Cibele, obrigado. - Disse me levantando para sair da sala.

~*~

Descemos todos junto até a sala de audiência, será a mesma de Lucius. Ao entrarmos na sala, encontramos com Rony e sentamos todos juntos. Reparei que Draco estava com uma expressão cabisbaixa, provavelmente estava lembrando do pai, mas sua expressão mudou drasticamente quando bateu os olhos em Lestrange, era puro odeio dentro dele.

Rodolfo estava na redoma de vidro, sentado na mesa de concreto. A sala estava cheia, muito mais quando foi a execução de Lucius. Aquelas famílias precisavam se sentir seguras definitivamente. Todos ficaram em silencio quando o Ministro entrou para o pronunciamento da sentença.

- Bom dia a todos, vamos seguir para o pronunciamento da sentença para a Execução de Rodolfo Lestrange.

“Eu Kingsley Shacklebolt, Ministro da Magia da Grã-Bretanha, venho sentenciar Rodolfo Lestrange, a maldição Avada Kedavra, apos permanecer três semana em prisão de segurança máxima em Azkaban. Declaro que a execução será aberta, sendo permito que todos possam acompanha-la. Rodolfo Lestrange esta sendo sentenciado devido a sua intensa participação junto ao Lorde Valdemort e seus seguidores na Segunda Guerra Bruxa. Rodolfo declarou em audiências realizadas que era um dos fieis seguidores de Valdemort, vindo a acompanhar junto a ele, as perseguições, torturas e mortes de qualquer bruxo que não era aliado a seu exercito, inclusive a nascidos- trouxas, afim de cumprir com o proposito de radicalizar os direitos de vivencia no mundo bruxo apenas para cidadãos de sangue – puro. Devo acrescentar, inclusive, como os ultimo fatos, causar danos físicos e psicológicos a Hermione Jean Granger e seus familiares.”

- Isso é tão injusto – escutei Draco resmungar baixo do meu lado. Eu sabia do que ele estava falando. Era injusto Rodoldo não poder ter a mesma morte que seu pai teve. Era injusto ele não receber o beijo do Dementador, uma das mortes mais dolorosas do mundo bruxo, pois não era mais autorizado pelo Ministério. Agora a morte de Rodolfo será rápida, nem iria sentir e o pior de tudo é que ao contrario de Lucius, ele não estava arrependido por tudo o que fez.

- Quer dizer algo Rodolgo? – Perguntou o Ministro e Rodolfo nada disse – então vamos a execução. Os guardas de Azkaban o prenderam na mesa de concreto e lhe lançaram a maldição da morte, levando qualquer ameaça e trazendo o alivio para os corações de todos que estavam presentes naquela sala.

Assim que a execução acabou, o Ministro nos liberou o restante da tarde, então ao sair do Ministério, eu e Draco fomos direto para a sua casa, como havíamos combinado. Ao aparatarmos na sala, fomos recebido por Narcisa.

- Ola Harry, como esta?

- Bem Srª Malfoy e a senhora?

- Estou bem também, obrigada – deu um leve sorriso. Não sei, mas ela parecia preocupada.

- Como esta Hermione, mãe?

Ela ficou uns segundos em silencio – Ela regrediu, filho. Esta trancada no quarto, não quer comer e nem falar com ninguém. Eu tentei e Dobby também, mas ela nem parece prestar atenção.

- Será que eu poderia tentar falar com ela? – Perguntei receoso.

- Pode ser que faça bem a ela a sua visita Harry, pode subir. Fique a vontade, qualquer coisas pode nos chamar. Sorriu – Draco, será que podemos conversar no escritório? Preciso falar algo importante. Draco assentiu e saiu com a mãe a caminho do escritório e eu subi para o quarto de Hermione.

~*~

POV DRACO

- O que aconteceu mãe? – Estava preocupado com o jeito da minha mãe, já não bastava saber que Hermione tinha regredido.

- é Hermione, filho, estou preocupada com ela. Hoje cedo pedi para Dobby recolher as roupas dela e ao voltar ele me disse que a encontrou no banheiro, ela esta chorando e parecia que estava se ferindo.

- Como assim mãe? – Perguntei assustado

- Ele me disse que estava preocupado com a intensidade de seu choro, então aproveitou e olhou pala fresta da porta, ela estava com o braço machucado, como se estivesse arranhando, esfregando. Eu reparei também hoje de manhã, quando fui tentar falar com ela, ela tinha marcar vermelhas no pescoço. – suspirei olhando pela janela – Você precisa ajuda-la filho, você é o único que conseguiu se aproximar dela, depois de tudo.

- Eu vou mãe... Vou fazer o que eu puder. Você se importa de me deixar um pouco sozinho?

- Não... Vou estar na sala se precisar.

Assim que ela saiu, peguei a foto e o colar que estava dentro da minha blusa, fiquei os encarando por alguns minutos. O Sorriso da foto e o colar que ainda brilhava. Como me sentia culpado por tudo que ela estava passando.

~*~

POV HARRY

Fique uns minutos batendo na porta, mas ela não atendeu, já estava ficando preocupado porque o silencio era demais, então resolvi entrar.  A encontrei sentada na cama olhando para a janela com o Bichento no colo. Nem imaginava que ele ainda estivesse vivo depois de todo esse tempo, deu uma leve risada lembrando da época em que o Rony ficava bravo quando Bichento perseguia o Perebas, antes de descobrirmos que ele era o Rabicho.

- Se Rony estivesse aqui, ele estaria com ciúmes do seu gato – sorri, ela me olhou assustada, tinha o rosto vermelho, provavelmente estava chorando. – sentimos a sua falta sabia? Da ultima vez, você não foi nem um pouco receptiva. – Ela nada disse, apenas abaixou a cabeça e ficou acariciando o Bichento. – Se não quer falar tudo bem, mas quero que me escute. – Caminhei devagar até a cama e sentei próximo a ela, ela se encolheu, como se quisesse se afastar. – não estou brincando, quando digo que sinto a sua falta Hermione, sinto falta da minha irmãzinha, da garota que sempre me ajudava a sair das encrencas, acho que se não fui morto a muito tempo a trás, foi graças a você. Você é mais especial do que imagina Mione. – suspirei chateado, era horrível vê-la daquela maneira – Lestrange foi executado hoje mais cedo, recebeu a maldição da morte, na frente de milhares de pessoas, ele esta morto Mione, assim como todos os outros. Estou ajudando os seus tios a recuperarem a memoria, refiz o obliviate, enquanto eles dormiam, na noite em que Draco foi te resgatar com Rony. Eles não se lembram mais o que passaram nas mãos de Rodolfo e Scabior, para eles, aqueles desgraçados nunca existiram. Aos poucos eles estão se lembrando de você. Não sei se um dia ira querer contar que é uma bruxa, mas no momento eles não sabem de nada. – ela se esforçava para não chorar – Eu sei o que é se sentir sozinho Mione, eu sei o que perder as pessoas mais importantes de sua vida. Você mais do que ninguém sabe disso. Não tem ideia de como esta sendo difícil te ver dessa maneira. So quero que saiba que eu te amo muito e sempre vou te amar, independente de qualquer coisa. – levantei, saindo do quarto, quando ela finalmente falou...

- Eu também te amo... Me desculpe por não esta conseguindo ser forte o bastante como estive todo esse tempo – sua voz estava falhada, rouca. – Eu não consigo – suspirou.

Foi em sua direção e a abracei, com toda a força e saudade que estava sentindo, ela não sabia como reagir, mas insisti mesmo assim e sussurrei no seu ouvido.

- Você ainda tem uma família Mione. Os Weasley, eu, seus tios, Draco, Narcisa, Kingsley, todos Mione, todo nos somos a sua família e te amamos muito. Você não esta e nunca estará sozinha. Estamos todos te esperando de braços abertos. Você ainda tem uma família.