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História Rosa Negra - Dor.


Escrita por: Yeahhh

Notas do Autor


Boa leituras amadas e amados.

Capítulo 6 - Dor.


Fanfic / Fanfiction Rosa Negra - Dor.

Fui nadando pelo fundo até chegar perto da costa. Fui até a superfície e avistei muitos soldados e Heitor muito furioso gritando e olhando para o mar e logo os olhos dele pararam em mim, fui nadando dando braçadas até me aproximar mais e ele tirou as botas e foi vindo para o mar, quando dei pé ele me agarrou e me cobriu com a capa dele.

- Você está louca?! Nunca mais entre no mar! Nunca mais - Ele gritou e eu Bufei me soltando dele e saindo totalmente do mar .

- Eu só fui dar um mergulho - Falei dando de ombros.

- Você foi muito longe! Podia se afogar! - Ele gritou e eu gargalhei.

- Você lembra quem eu sou? - Falei nervosa me voltando para ele - Eu sou a garota beijada por uma sereia, logo, eu nado muito bem e não preciso respirar em baixo do mar - Falei nervosa e o mar se agitou.

- Não interessa, não entre no mar nunca mais! - Ele gritou puxando o meu braço para que eu passe de andar e olhasse para ele.

- Não me diga o que fazer - Falei apontando o dedo no rosto dele - E não grita comigo! - Falei indo pegar o meu vestido que estava na areia e quando fui retirar a capa de Heitor, o mesmo me parou me olhando ameaçadoramente.

- Não ouse a ficar apenas de partes de baixo na frente dos soldados - Ele falou todo possessivo. Bufei e peguei o vestido e fui pisando duro para o castelo. Maldito.

- Você está de castigo - Ele gritou vindo atrás de mim.

- Você é o meu marido e não o meu pai! - Gritei nervosa e nem me virei para olhar ele.

- Você tem que me obedecer - Ele gritou e eu gargalhei.

- Você é tão engraçado - Falei marchando e entrei no castelo e encontrei meu irmão falando com Alejandro.

- Anelise! - Ele praticamente rugiu e eu senti o castelos e os seus Habitantes temerem e eu parei e virei para ele.

- Não grita Heitor! Não grita! - Falei um pouco exaltada, só um pouco. OK. Talvez, muito exaltada.

- Você não vai sair daquele quarto durante uma semana Anelise! - Ele falou sério e furioso.

- Você não manda em mim! - Gritei nervosa e ele sorriu.

- Eu mando sim, você é a minha mulher e eu sou o seu rei! -Ele esbravejou e o meu limite extrapolou.

- É mesmo? E se eu fugir? Posso ir para o fundo do mar e não voltar nunca mais, lembra quem eu sou? - Falei debochada e ele ficou me encarando.

- Nunca, você nunca vai deixar de ser minha, eu procuro você até no inferno - Ele falou se aproximando de mim.

- Heitor...- Alejandro falou observando os passos furiosos dele.

- E quando eu te encontrar, irei te dar uma lição - Ele falou e isso está me irritando.

- As sereias são poderosas, existem tritões e muitos monstros que irão me proteger - Falei o desafiando.

- Não conseguiu te proteger de mim, não será agora que alguém vai me parar - Ele falou e eu rosnei furiosa.

- Vai ser preciso - Olhei para o meu irmão e Alejandro que não estenderam. Olhei para Heitor sorrindo com o meu poder - Heitor, você está sendo tão rude comigo,  pede desculpas - Falei sentindo o poder aflorar em mim, está mais forte. Os olhos dele ficaram vidrados em mim.

- Me perdoe meu amor por ser rude com você, eu te garanto que nunca mais irei falar algo que te machuque - Ele falou vidrado nos meus olhos. Sorri.

- Vá buscar uma rosa negra para que eu te perdoe - Não sei porque pedi rosa negra mas ele assentiu e foi indo para a porta mas logo parou balançando a cabeça.

- Anelise! Para com isso! Porra! Bruxa! - Ele gritou mexendo a cabeça e de virando com o capeta no corpo para mim.

- Parar com o que amor? - Falei sorrindo e ele parou e sorriu.

- Com nada, você pode tudo - Ele falou e logo piscou várias vezes - Eu vou te pegar garota! - Ele gritou e eu pisquei três vezes.

- Você vai ficar quietinho sendo um bom garoto - Falei e ele voltou a ficar vidrado.

- Sim, irei ficar quietinho - Ele falou e eu sorri e caminhei até Alejandro e meu irmão que seguravam o riso.

- Você sabe que ele vai te matar né? - Alejandro perguntou e eu dei de ombros.

- Porquê você está toda molhada? - Meu irmão perguntou.

- Eu entrei no mar - Falei sorrindo e dando de ombros.

- Ah, então é por isso que ele está furioso - Alejandro falou olhando para Heitor que estava parado olhando para mim e sorriso igual a um idiota - Isso é muito Ilário, ninguém nunca conseguiu atingir algum feitiço ou poder nele - Sorri e logo senti braços ao meu redor e me assustei.

- Você vem comigo - Heitor falou com a voz carregada de fúria.

- Mas o que?! - Gritei nervosa e tentando me soltar dele.

- Você vem comigo e para de me hipnotizar porra! - Ele falou agarrando o meu braço e eu gritei frustrada pois ele não fica fica hiponotizado para sempre, é apenas por uma pequena faixa de tempo.

- Nicolau! Me ajuda! Eu sou a sua irmã - Gritei me debatendo e eu mordeu os lábios.

- Desculpa irmã, essa bomba aí é sua, mexeu com vara curta - Ele falou sério.

Heitor praticamente me jogou nos ombros dele e me levou para o nossa quarto.

- Eu vou te dar uma lição para você não esquecer quem manda aqui - Ele falou me jogando na cama e eu soltei um gritinho.

- Vai fazer o que? Me bater? -  Perguntei sendo irônica.

- Como acertou? - Ele falou tirando o cinto e eu Arregalei os olhos com pavor.

- Heitor, não! - Gritei saindo da cama e tentando correr para fora do quarto mas ele agarrou a minha cintura e me jogou na cama de novo todo bruto.

- Você vai aprender a não brincar comigo - Ele falou sombrio e rasgou a minha roupa deixando-me nua, literalmente.

- Heitor, não faça isso! - Gritei ficando mais apavorada ao ver ele pegando as duas pontas do cinto e me olhando furioso.

- Se você me bater eu irei te odiar para sempre, nunca terá o meu amor e eu irei fugir - Falei tentando esconder o meu corpo dele que me virou de costas para ele e eu comecei a respirar rapidamente ficando em pânico.

- Eu não vou estragar o seu belo rosto meu amor - Ele falou e eu escutei o cinto chicotear o ar e logo chicoteou a minha pele fazendo um barulho surdo e uma dor, que eu nunca antes senti me apossou e eu gritei. Eu nunca apanhei assim, apenas levei algumas palmadas na bunda.

- Eu te odeio Heitor! - Berrei sentindo a dor cortar os meus sentidos quando e me chicoteou de novo parecendo colocar mais força. Eu me recuso a soltar as lágrimas que quer cair.

Ele gritou furioso e eu acho que as paredes tremeram. Gritei de novo até as minhas cordas vocais doerem.

Agora ele me virou de frente para ele e chicoteou as minhas costas. Gritei amaldiçoando a vida, os deuses. Ele chicoteava as minhas pernas sem parar e logo chicoteou os meus braços, barriga. Gritei não aguentando mais segurar as minhas lágrimas que desceram como se estivesse presas ali a cem anos.

A porta foi aberta e minha mãe entrou correndo e parou ao me ver na posição humilhante apanhando igual a uma escrava nua. Ela colocou a mão na boca e começou a chorar, logo o meu irmão entrou e ficou assustado e veio na direção de Heitor que me deu mais uma chicotada nas minhas pernas e eu não conseguia mais gritar, apenas me agoniava. Nicolau empurrou Heitor que não deu quatro passos e só o olhando, fez Nicolau voar igual a um boneco.

- Meu filho - Minha mãe gritou e eu dei um gemido querendo gritar.

- Para! Para - Gritei o máximo que pude e Tentei segurar o cinto e minha mão ardeu e na outra chicotada, pegou o meu olho fazendo com que eu gritasse.

- Para! Por favor! Ela está sangrando! Para! - Minha mãe gritou chorando e tentando segurar Heitor que ia dar um golpe nela mas eu fiz de tudo e me joguei na frente fazendo o chicote pegar na minha bochecha e acabei caindo e batendo a cabeça no chão.

Fiquei no chão gelado e estou muito fraca. Soltei uma risada fria, morta. Acho que ninguém me acharia perfeita agora, aqui, nesse chão, no fundo da miséria. 

Minha mãe se abaixou e passou a mão nos meus cabelos e ela soluçava.

A minha barriga dói. Muito. Alguém mais entrou no quarto e algo estava descendo de minha vagina. 

- Oh Deuses! - Angela gritou vindo en minha direção e me olhando horrorizada - Ela está tendo um aborto - Ela falou m olhando.

- O que?! - Heitor gritou e eu fechei os olhos sentindo mais dor ainda, uma dor emocional.

- Ela está perdendo a criança - Angela falou começando a chorar e eu não conseguia nem chorar. Apenas fiquei olhando para o nada - Nicolau pegue-a - Ela falou e meu irmão me pegou no colo e eu gemi de dor. Minha mãe jogou uma coberta em cima de mim.

Nicolau correu comigo até a enfermaria do castelo e todos estavam assombrados com a minha aparência, os meus ferimentos.

Não aguentei muito e desmaiei.

[...]

Ouvi a voz de Donna e despertei aos poucos sentindo o meu coro dolorido. Fui abrir os olhos. Abri o direito mas o esquerdo eu estava tendo um pouco de dificuldade para abrir  mas logo consegui abrir a metade.

- Ane, oh minha amiga - Donna falou chorosa olhando para mim.

- Acho que fui pisoteada por milhões de cavalos - Murmurei quase sem voz e senti a minha garganta arder.

- Eu fiquei tão preocupada com você - Ela falou passando a mão carinhosamente em meu rosto - Até assim você é linda - Ela falou dando um pequeno sorriso.

- Dê-me um espelho - Falei e ela exitou mas logo foi me dando um pequeno espelho e eu pude ver o meu rosto. O meu olho esquerdo está roxo, inchado e a minha bochecha direita está roxa também, tem um pequeno corte no canto de minha boca. Dei um pequeno sorriso sem vida.

- Eu vou embora - Falei devagar para não forçar nada.

- Você não vai conseguir minha amiga, todos os locais estão cercados - Ela falou triste.

- Não, o mar não está cercado - Falei e ela abriu a boca e arregalou os olhos.

- Você não está pensando em fugir nadando, não é? - Ela perguntou assustada.

- Eu vi uma sereia ontem - Falei e ela ficou mais assustada ainda - Parecia que o mar estava me chamando, então entrei no mar e fui mergulhando sem saber para onde ir e percebi que não preciso respirar lá em baixo, sou rápida e parece que o mar é parte de mim - Falei e logo decidi parar de falar por causa da dor que estou sentindo.

- Eu quero que você seja feliz e se ao lado dele não vai ser então trilhe o seu caminho minha amiga - Donna falou e eu dei um pequeno sorriso.

- Muito obrigada Donna, nunca irei me esquecer de você, minha melhor amiga, o meu anjinho - Falei e ela sorri pegando a minha mão que tinha alguns vergões roxos e a beijou. A porta se abriu e os meus pelos se arrepiaram.

- Deixe-me sozinho com ela - A voz de Heitor preencheu o silêncio e Donna deu outro beijo em minha mão e olhou para mim transmitindo calma e conforto e logo saiu sem olhar para Heitor e eu também não o olhei, apenas virei o rosto para o outro lado vendo a janela aberta dando paisagem para o mar. Ah, mar.

- Anelise - Heitor me chamou e eu o ignorei - Me perdoa, eu tenho dificuldades para lidar comca minha raiva, faço coisas sem ter consciência, estava tratando isso mas parei - Ele falou e eu ainda continuei olhando o mar - Anelise! Eu tenho problemas mentais! Não tenho controle de mim mesmo! - Ele falou nervoso e eu continuei o ignorando e quando ele foi tocar o meu rosto, eu revirei me encolhendo e ele recuou também - Me perdoa - Ele falou em um fio de voz e eu me surpreendi, nunca achei que veria o grande Heitor assim e como assim problemas mentais? 

- Sai daqui - Falei em um fio de voz e com um pouco de dificuldade.

- Não vou desistir de você, nunca - Ele falou e eu senti os olhos dele penetrados em mim e logo ele saiu porta a fora e eu solucei.

Porque? O que eu fiz para merecer isso em minha vida? Senti as lágrimas descendo e logo levantei as minhas mãos e tentei seca-las mas o meu olho ardeu junto com o meu corpo inteiro. Senti os olhos pesados e dormi.


Notas Finais


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