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História Roses are RED - Acertos


Escrita por: Hina107

Notas do Autor


Oi, meus amores! Como vocês estão? Voltei com mais um capítulo do ponto de vista do nosso Ita. Espero que gostem, beijinhos!

Capítulo 12 - Acertos


Fanfic / Fanfiction Roses are RED - Acertos

Vislumbrei o interior daquela casa caindo aos pedaços, tudo parecia podre e mal feito. Há alguns anos poderia ser um lugar frequentado pela alta sociedade, mas, agora, era apenas um local para acerto de contas. Faziam quase dez minutos que eu e Kakashi estávamos ali, esperando o homem que entregaria o dinheiro da última luta.

Tínhamos o costume de receber no próprio galpão, mas como o valor havia sido bem mais alto do que o normal, o chefe pediu para irmos ao local, alegando que um subordinado estaria com a quantia dividida em duas malas. A maior era minha e a outra de Kakashi.

- Esse lugar fede. - Disse constatando o óbvio. O chalé ficava próximo a um rio e eu nem queria saber o que provocava aquele cheiro pútrido. Meu amigo riu.

- É para você ver como me sinto quando vem me abraçar depois de uma luta. - Eu amava o senso de humor do mais velho, mas não quando suas piadas eram direcionadas a mim.

- Você está implorando para levar um soco, né? Se quiser, é só pedir, cara. - Ele riu ainda mais e tudo bem, eu me rendi também ao sorriso.

- Vocês falam demais. - A voz no fundo da casa ecoou pelo eco. E a figura a nossa frente começou a tomar mais forma, na medida em que vinha se aproximando.

- E você está atrasado! Trouxe o dinheiro? - Eu respondi, queria sair o quanto antes daquele lugar.

- E em alguma vez o chefe já desapontou vocês? - Respirei fundo, nem sabia quem era o dono do galpão e sequer me importava, estando com meu pagamento em dia, o resto, era resto.

- Passa para cá! - Kakashi disse, estendendo sua mão e pegando uma das malas, enquanto eu fazia o mesmo com a outra.

- Nós não iremos contar as cédulas, mas é bom não estar faltando nada. - Apenas disse como alerta, mas sabia que quanto ao nosso pagamento, tudo era feito de maneira certa, afinal, eu era o melhor lutador da ANBU, o que rendia bastante lucro.

- Fica sossegado, Sharingan! Você luta, ganha e é recompensado por isso, mantenha sempre esse ciclo e nenhum de nós sai perdendo. - Sua frase tinha um leve tom de ameaça, mas pouco me importei, ele era apenas um pau mandado.

- Pode deixar, Kabuto, do meu trabalho, cuido eu! - E lhe mostrando um sorrisinho cínico, caminhei até a porta de saída, sentindo a presença de meu amigo logo atrás de mim.

Os galhos secos quebravam na medida em que pisava sobre eles, fazendo um pequeno estalo, os pássaros cantavam e as árvores balançavam de acordo com a intensidade do vento. Chegamos em meu carro, um belíssimo esportivo azul marinho e liguei o rádio antes de ouvir o ronco do motor, denunciando que estávamos indo embora.

- Esse cara é uma piada, não sei como trabalha para o chefe. - Kakashi disse e eu concordei.

- Deve fazer alguns serviços por fora talvez. Mas me diz aí, quanta grana, cara! - Estava animado, dentro daquelas maletas existiam mais de dez mil dólares.

- Nem me fala, Itachi! Estou doido para contar a novidade para a Rin, vou levar ela para sair, como te disse. - Toquei no ponto certo, pois o platinado se mostrou muito alegre também.

- A Rin sabe sobre as lutas? - Tinha curiosidade para saber o que o mais velho inventava para poder sair de casa.

- É óbvio que não. Eu digo que trabalho em uma multinacional e que, as vezes, precisam de mim durante a noite. - Eu, mais do que ninguém, entendia aquela vida dupla.

- Quanto falta para acabar com sua dívida? - Suspirei, nem eu sabia mais, era como uma bola de neve.

- Não posso te falar o que não sei, eles sempre acrescentam multas e juros, é como se a dívida fosse infinita. - Ele assentiu, aliás, Kakashi sabia o quanto aquele meio poderia ser abusivo.

- Já fazem quatro anos. - Sim, faziam quatro longos anos desde que começei a lutar. Eu nunca quis aquele destino para mim, mas foi preciso, pelo bem de toda a minha família. Por isso, mentia que trabalhava, mentia sobre meu doutorado, mentia sobre quase tudo que me cercava, porque precisava protegê-la. Sakura já era maior de idade, mas era inocente sobre as coisas da vida, pois sempre teve o amparo de todos. O cuidado é importante, mas, quando é em excesso, torna as pessoas dependentes de outras e esse era o caso de minha irmã.

Ela não estava preparada para ver a maldade do mundo e se depende-se de mim, nunca veria. Também não queria estragar a imagem bonita que ela tinha de nosso pai, ele era ótimo, mas errou muito e se agora eu estava naquela situação, a culpa era dele e do seu vício idiota.

Fugaku era viciado em apostas, ele entrava em qualquer jogo que fosse valer uma grana. Não havia mal nenhum jogar, mas ele não tinha sorte, sempre perdia em tudo, o que resultou em empréstimos e dívidas. Dívidas essas que eu assumi, porque meu pai estava sendo ameaçado. O combinado foi lutar na ANBU, porque o dono de lá era o mesmo do cassino que o mais velho frequentava, até a dívida ser toda paga, assim minha família não correria nenhum risco.

Infelizmente, nem tudo acontece como queremos e aquela era minha realidade, não tinha tempo para ficar lamentando, tive que encarar e ponto final. Aliás, não era de todo o mal, sempre descontava minha ira em cima do octógono, era soco atrás de soco e a plateia eletrizada e clamando por mim, era meu combustível.

- Alguém está querendo te ultrapassar. - Pensei que meu amigo estava falando sobre meu novo rival de luta, mas ao olhar pelo retrovisor, percebi que um carro estava me forçando a ir quase para o acostamento.

- Aqui não é pista de corrida, ele que espere. - Não estava em uma velocidade tão baixa, mas resolvi acelerar e mover meu automóvel mais para a direita. Porém, nem isso adiantou.

- Não é melhor encostar? - Não, ele não parecia policial e não estava praticando nenhuma contravenção.

- Com todo esse dinheiro dentro do carro, Kakashi? Só se eu fosse louco. - O motorista de trás acelerou, emparelhando comigo, o vidro, assim como o meu, era isufilmado, não me dando visibilidade de dentro do automóvel. Só sei que, a partir daquele momento, tudo piorou.

Levei uma fechada e meu carro rodopiou, por sorte, era um bom motorista e puxei o freio de mão antes de perder o controle e cair pelo barranco. Passamos por galhos, buracos, até pararmos em uma árvore, onde o capô bateu com força.

O bom era que não capotamos, o ruim era saber que usaria uma parte daquele dinheiro para tirar todos os amassados. Olhei para o platinado e ele parecia distante, assim como eu, pelo susto.

- O que foi isso, Itachi? - Neguei com a cabeça, não fazia ideia, mas algo martelava o fundo da minha mente.

- Quem mais sabia sobre essa grana de hoje? Contou a alguém? - Ele teve a mesma reação que eu, negou.

- Eu não falei nada, nem para o Zabuza. - O citado era um ex lutador da ANBU, que agora era juiz e treinador. Ele era até que bem próximo de nós.

- Não acredito que seja apenas coincidência. - Me chamem de ceticista, mas não acreditava em acasos. Tudo tinha uma motivação e eu descobriria.

- Eles queriam nos matar? - O mais velho disse com os olhos arregalados e eu coloquei uma de minhas mãos em seu ombro, em uma tentativa de acalmá-lo.

- Se quisessem, teriam conseguido. Mas não acho que essa seja a motivação, talvez tenha sido um aviso. - Abri a porta do carro para descer e observar todo aquele estrago. Kakashi fez o mesmo e parou ao lado oposto da lataria.

- Eu prefiro receber avisos por cartas, tudo é melhor quando não coloca minha vida em risco. - Até nesses momentos ele fazia piadas. Eu ri, talvez por estar desesperado. Era bom em disfarçar minhas emoções, mas, naquele momento, estava em choque, nunca vivi nada parecido. - Ligamos para o seguro?

- Não! Deixa que eu vejo essa batida amanhã, temos que ir para a ANBU, preciso treinar. - Ele assentiu e demos mais uma olhada antes de voltar a adentrar o carro. Dei ré, ouvindo o motor chiar um pouco, mas consegui sair dali.

Voltamos para a pista principal da rodovia, observando os arredores com mais cautela. Não havia ninguém, a rua estava vazia e nem sinal do automóvel vermelho que nos causou um acidente.

- Caralho, eu deveria ter pensado em memorizar a placa! - Na hora do susto, ninguém pensava em nada.

- Relaxa, Kakashi! Amanhã vou até o seguro e peço para eles já fazerem a revisão. - Suspirei cansado. Quando resolvia um problema, vinha mais dez.

- Você não me parece muito preocupado com isso. - E realmente não estava, não era tão apegado a bens materiais, só de estar bem e ver meu amigo bem, já ficava mais tranquilo.

- E nem estou. Só consigo pensar nas palavras daquele babaca do Kabuto. - Ele me olhou confuso, perguntando de forma muda o que eu estava querendo dizer. - Ele disse para manter sempre o ciclo de vitórias.

- Sim, isso é óbvio. O que tem demais? - O problema não era essa parte e sim, a posterior.

- "E nenhum de nós sai perdendo", o que seria perder para ele, Kakashi? Ou melhor, o que seria perder para toda essa gente que mantém o galpão? - Ele pareceu entender meu ponto e me olhou com pesar.

- Relaxa, Itachi. Você nunca perdeu nenhuma luta e não vai ser agora que vai começar. Sei que se importa com a sua família, mas vai acabar endoidando se continuar a pensar em tudo. Vive o agora. - Para meu amigo era fácil falar, mas eu sabia como era viver sobre ameaça o tempo todo. As marcas de expressão abaixo de meus olhos eram a prova disso, não conseguia pegar no sono com facilidade e quando acontecia, era um breve cochilo, nunca passava disso.

- Aquele cara é bom. - Falei sobre o meu rival de ontem. Foi diferente, sempre ganhei com muita vantagem sobre meus adversários, mas aquele cujo codinome era Byakugan, estava acima dos outros e, talvez, em pouco tempo poderia ser comparado a mim.

- E você é o melhor, coloque isso na sua cabeça e para de drama. - Bati meus dedos de leve no volante, sabendo que já estava chegando próximo ao galpão.

- Sabe que só ganhei por causa do seu ponto cego. Ataquei pelas costas. - Parei a poucos metros do nosso destino.

- Azar o dele. Você fez sua parte, mas não quero moleza no treinamento de hoje, vamos. - Antes de sairmos do carro, escondemos nossas maletas no assoalho. Ninguém seria louco de roubar um ANBU, mas não queria pagar para ver, aquele dinheiro tinha destino certo. Descemos e Suigetsu já estava nos esperando com a porta aberta, passamos com rapidez e, como na noite anterior, conseguia ouvir a gritaria da multidão lá fora.

- O que estão fazendo aqui? Nem é seu dia de lutar, Sharingan. - Era nosso colega Katsu, aquele não era seu nome de batismo, assim como nós, utilizava um apelido.

- Viemos treinar, preciso manter a forma. - O loiro de cabelos compridos e olhos azuis assentiu, liberando a passagem. Ele seria o próximo a entrar para lutar e já estava se aquecendo. - Boa sorte!

- Valeu! - Eu e Kakashi fomos para a última sala do corredor. Era ampla e bem arejada, diferente do resto do local, escuro e úmido. Aquele lugar era usado para treinamento e me surpreendi ao não ver ninguém. Não estava reclamando, preferia daquele modo, já que marmanjos suados não faziam meu tipo.

- Anda, Sharingan! Começa pagando duzentas flexões. - Tirei minha camisa, lançando uma careta preguiçosa para Kakashi, ele era meu preparador físico e pegamos amizade assim. Porém, não misturávamos as coisas, quando ele mandava eu fazer algum exercício, eu obedecia, pois não entendia nada de condicionamento, apenas lutava e pronto.

Quando o combate se fez presente em minha vida e passei a levar aquilo como profissão, a própria ANBU o contratou para me ajudar. Não porque o chefe era bom, mas porque eu rendia muitos malotes por mês para ele.

Coloquei minhas palmas no chão, sentindo meus dedos esfriarem, forçei meus pés contra o piso, colocando todo o peso de meu corpo em meus braços, subindo e descendo.

Naquele meio, era difícil confiar em alguém, mas não foi assim com Kakashi, ele sempre se mostrou alguém confiável e depois de três anos de amizade, não pensava diferente. Se algum dia eu não pudesse mais proteger minha irmã, gostaria que ele o fizesse, pois o considerava minha família.

- Sem moleza, vamos! - Continuei no mesmo ritmo e ouvi quando ele gritou "cem", mostrando que faltava metade para completar. Aquela tarde seria longa, mas nada melhor do que um treino para me deixar com energia.


××××


Estacionei o carro de qualquer jeito na garagem, sequer fazia diferença mesmo, pois já estava todo amassado. Eu não era de reclamar, mas meu corpo estava moído. Meu pescoço doía mais do que o normal, como consequência do pequeno acidente e do treinamento intensivo de Kakashi, ele pegou pesado hoje. Coloquei a chave na fechadura e destranquei a porta, tendo a visão de um Madara andando de um lado para o outro.

- Está querendo abrir um buraco no chão? Os pisos são novos, sabia? - Ele me fuzilou com o olhar. Certo! Algo havia acontecido e meu tio estava bem puto.

- Não é momento para piadinhas, Itachi. - Depois da morte de meus pais, o mais velho pareceu ficar chato, eu lembrava dele como o tio legal, mas, agora, ele estava pior do que meu pai.

- Vai me contar o que aconteceu? - Deixei as chaves de meu carro sobre a mesinha e me sentei no sofá, vendo a televisão ligada em algum documentário.

- Sua irmã ainda não chegou em casa. Quer dizer, ela saiu sem me avisar quando fui deixar uma colega no aeroporto de volta. Aproveitou minha saída para escapar. - Aquilo não parecia uma atitude de Sakura, ela sempre foi responsável.

- Que estranho! Minha irmã não é de fazer essas coisas. Tentou ligar no celular dela? - Ele me olhou com tédio.

- É claro! Mas, como sempre, cai na caixa postal. Essa garota está testando meus limites. - O Uchiha mais velho parecia possesso, eu estava preocupado, mas ele estava com raiva, tinha muito daquele sentimento em mim, então sabia reconhecer nos outros.

- Já tentou falar com o Naruto? Ela pode estar com ele, são melhores amigos. - Uma chama de esperança acendeu em seus olhos.

- Aquele loiro serelepe? - Confirmei com a cabeça. - Não tinha pensado nele, mas é uma boa ideia! Você tem o número?

- Eu vou ligar. - Peguei meu celular no bolso da calça de moletom e abri o aplicativo de conversas procurando por sua foto. Achei de forma rápida e liguei, na primeira tentativa ele não atendeu, então fiz a chamada mais uma vez.

- Alô? - O Uzumaki atendeu parecendo um pouco receoso.

- Oi, Naruto! Aqui é o Itachi. A Sakura está com você?

- Não, ela não está. Desde o começo da noite estou tentando falar com ela, mas ninguém atende, pensei que estivesse em casa. - Realmente, era para ela estar.

- Ela saiu, aproveitou a ausência de meu tio. Sabe algum possível lugar em que ela possa estar? - Ele pensou por alguns segundos e soltou um som agudo como se lembrasse de algo.

- Hoje tivemos aula com o professor Yamato na faculdade, ele passou um trabalho em dupla, a Saky caiu com o Neji, foi sorteio. - Aquela última parte era óbvia, se eles não estavam juntos, tinha um motivo.

- Quem é esse Neji? - Perguntei querendo saber como poderia achá-lo.

- Neji Hyuga, ele é novo no condado, mas eu tenho ele adicionado no celular. Me passou seu número hoje. - Certo, aquela era uma ótima opção, minha irmã poderia estar na casa do colega, mas por qual motivo ela não avisou? - Você quer o número ou eu ligo?

- Me passa o número! - Não demorou muito para uma nova notificação aparecer em meu aparelho, era a mensagem do loiro com o número de telefone.

- Itachi, me mantenha informado, sabe como me preocupo com a Sakura. Nos últimos dias, ela parece estar no mundo da Lua. - Me senti um péssimo irmão, pois não tinha percebido aquilo, para mim, minha irmã estava normal. Porém, sabia o quanto ela e o Uzumaki eram próximos, então se ele estava dizendo, eu acreditava.

- Eu sei disso, pode deixar, te mando notícias. - Desliguei sem me despedir, estava começando a ficar desesperado. Onde estava aquela garota?

Minha última opção era esse tal colega de classe deles. Copiei e colei o número em meus contatos e logo meu dedo clicou no botãozinho verde. Chamou uma, duas, três vezes, até uma voz feminina atender.

- Oi? - Era uma criança. Por um instante pensei que Naruto me passou o número errado, mas o celular pareceu ter sido trocado de mãos e o tom grave se fez presente.

- Olá?

- Olá! Eu sou Itachi Uchiha, irmão da Sakura Uchiha, ela está matriculada em biologia na faculdade de Konoha e é da sua sala. - Nossa, eu era péssimo falando ao telefone.

- Oh, sim! O que tem ela? A Sakura ficou de me mandar mensagem, mas nem isso. - Não sei porquê, mas sua voz não me era desconhecida. 

- Isso quer dizer que ela não está com você? - Meu coração estava começando a acelerar.

- Não, não nos vemos desde o horário da aula. - Olhei para o sofá e meu tio roía as unhas, olhando para um canto qualquer da sala. - Aconteceu alguma coisa?

Aconteceu? Como poderia responder aquela pergunta se nem eu sabia. Minha irmã estava por aí e o relógio já marcava quase onze horas da noite. Só, nesse momento, fui perceber o quanto estava tarde e em como fui inconveniente.

- Eu não sei, Neji. Ela saiu de tarde e não voltou ainda, consegui seu número com o Naruto, ele pensou que pudessem estar juntos. - Ele esperou por alguns momentos e parecia agitado do outro lado da linha.

- Eu não sei de nada, mas se tiver qualquer notícia, te ligo. Bom, a Sakura não irá procurar a mim, nem se fosse o último homem na Terra. Porém, milagres podem acontecer e entendo sua preocupação de irmão, tenho uma mais nova também, aliás, ela que te atendeu, não é, Hinata? - Todos os amigos de Sakura eram extrovertidos daquele jeito? Em menos de um minuto já sabia o básico sobre sua vida e talvez um problema pessoal entre ele e a rosada.

- Tudo bem, Hyuga! Agradeço por isso. - Quando iria desligar, parei ao escutá-lo novamente.

- Sinto que já ouvi sua voz em algum lugar. - Ele disse por fim.

- Engraçado, eu tive a mesma impressão. - Sem esperar por qualquer outra resposta, desliguei a chamada, pois meu tio já me olhava de forma impassível. - Ninguém sabe de nada, nem o Naruto e nem esse Neji. Onde você se meteu, Sakura?

Me joguei cansado ao lado de Madara no sofá, fitando o teto como se fosse ter alguma resposta divina. Nada me vinha a cabeça, nenhum lugar onde ela poderia estar.

- Não irei ficar de braços cruzados. - O Uchiha mais velho disse antes de se levantar.

- Onde vai? - Estava curioso para ver se meu tio tinha pensado em algo.

- Vou procurá-la, nem que para isso seja preciso virar Konoha de ponta cabeça! - Estava repassando todos os conhecidos da garota em minha mente, até me lembrar de um que encontramos mais cedo.

- E aquele tal de Hashirama? Ele é o novo médico dela, não é? - Ele parou de andar e me fitou em surpresa.

- Como conhece o Hashirama, sobrinho? - Ele cruzou os braços, enquanto seu cenho estava franzido.

- Eu levei a Sakura para almoçar hoje no Ichiraku, ele estava lá também. Foi uma conversa bem rápida, como costumam dizer "visita de médico". - Era para ser engraçado, mas meu tio pouco se importou.

- Sua irmã está perdida e você continua fazendo piadas. - Odiava quando ele falava naquele tom comigo. Madara não era meu pai.

- Eu estou tão preocupado quanto você, mas agir como um inconsequente não ajudará em nada. Ligue para o Hashirama. - Quando dei por mim, já estava de pé na sua frente.

O moreno fez o que eu disse, discou em seu celular o número do amigo, esse, que não atendeu. Ele bufou irritado e pensei que fosse jogar o aparelho longe.

- Ele não atende também, mas, pelo o que conheço do Hashirama, já deve estar dormindo. Sua vida é bem regrada, para não dizer monótona. Afinal de contas, Sakura jamais estaria com ele.

- Tem razão, ela jamais estaria com ele.




 


Notas Finais


Meninas, gostaria de saber se estão gostando a fic. Tem algo que mudariam?


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