História Roses for Diana - Two rose

 Ainda depois de dois dias meu rosto doía nessa manha, tentei fazer um outro curativo em minha bochecha,e dessa vez havia ficado bom. Não consegui dormir, minha mente girava com a pergunta de como pagar 20 mil dólares para ele, eu mal estava conseguindo pagar a clinica de minha mãe, e agora que a pouca quantidade que eu havia conseguido para pagar a faculdade iria para o ralo. Oque eu vou fazer? Esperar dois meses e morrer?

Infelizmente eu não podia ficar lamentando na cama, eu precisava trabalhar, meus olhos estavam tão inchados, e meu cabelo não ajudava enquanto eu estava extremamente atrasada.

Enquanto corria pelas ruas até meu trabalho não pude deixar de sorrir ao atravessar a rua em que fui atropelada por Harry Styles, uma boa historia para contar “um dia desses Harry Styles me atropelou” ri dos meus devaneios, mas logo gelei, vendo um dos capangas de Bartelo parado em frente aos fundos do Starbucks, eu o conhecia, infelizmente aquele idiota já havia estudado comigo, e agora se juntou a máfia de santa Monica.

-- oque você está fazendo aqui?—perguntei a ele com raiva, eu podia morrer de medo do Bartelo, mas dele jamais.

-- eu sou seu vigia já há dois dias, o chefe quer ter certeza que você não vai fugir sem pagar ele.

-- vai se foder Justin – me virei para entrar pelos fundos do Starbucks, mas ele segurou fundo em meu braço, ele era muito alto e 2 vezes maior que eu.

-- eu poderia ir com você se quiser – disse em meu ouvido, me afastei dele.

-- não sou uma vadia...

-- então quer dizer que não puxou sua mãe? – ele disse rindo.

Minha mão voou em sua cara antes mesmo de eu perceber.

-- eu só não te bato Diana porque não espanco , e Bartelo deixou bem claro que você é dele.—ele apertou meus pulsos – sabe o capanga que machucou seu rosto? Apanhou até não conseguir andar, nenhum de nós temos permissão para te tocar, você é dele.

-- eu não sou de ninguém! – me soltei dele e entrei no Starbucks o mais rápido possível. Eu não queria demonstrar, mas estava em pânico, completamente em pânico. Bartelo não estava para brincadeiras, ele iria me matar se eu não o pagasse. Vi Marks meu gerente piscar para mim com duvida, entendi que estava atrasada apenas com seu olhar, me vesti, fiz o coque obrigatório e passei o avental pela cintura.

 Troquei de posto com Kate, ela sorriu gentilmente para mim enquanto me dava o lugar para ficar no caixa, e tomava o posto maquinas de café.

Olhei para frente e duas garotas bonitas esperavam para serem atendidas.

--pois não?—perguntei gentilmente.

-- nossa finalmente, eu quero dois capuchinos médios, e vê se não demora, não estou com paciência para você e não quero ficar esperando o dia todo meu café.—ela disse com grosseria.

Olhei no fundo dos olhos dela, essa menina era mais uma das patricinhas ignorantes desse lugar. Que patética.

-- ta olhando oque? eu hen, vai querer me roubar por acaso? – ela riu e sua amiga atrás fez o mesmo – vamos o meu café.

-- primeiro – eu disse irritada – eu não vou rouba-la porque mesmo não sendo podre de rica eu tenho dignidade – ela revirou os olhos me irritando mais ainda—e segundo está aqui seu café.

Peguei na bancada um dos frappuccinos gelados que Kate havia preparado e joguei naquela garota acertando sua amiga atrás. Seus olhos me alcançaram e ela lançou um olhar mortal a mim.

-- você me paga garota!—as poucas pessoas que estavam ali olharam incrédulas para mim, mas algumas riam da cena, a amiga tentava limpar a blusa da outra que gritava comigo.

-- você vai se arrepender disso – ela gritou saindo do Starbucks pela porta da frente – guarde minhas palavras, você vai se arrepender.

-- entra na fila se quiser me matar – sussurrei para mim mesma.

Mal pude olhar para trás e vi Marks olhando seriamente para mim. Ele balançou a cabeça em direção a sua sala. Então vi a burrada que eu tinha feito, se eu perdesse o emprego, ai sim já poderia preparar minha lapide.

A conversa foi bem seria com Marks, mas sua frase “Você esta passando por dificuldades com a sua mãe” e “eu sei que você é uma boa garota” me salvaram. Ele disse que na próxima, não teria desculpa, e que se eu fosse processada, a coisa ficaria feia.

Um processo em mim não faria a menor diferença, fala serio, eu tinha tantos problemas no meio disso tudo ainda estava disponível para mais um. Parabéns Diana Rose, você é uma retardada.

Caminhava pelas ruas de Beverly Hills já noite, não vi Justin então aproveitei para correr e ter certeza que ele não me seguiria. Como era sexta feira estava lotada de gente, vários adolescentes bem arrumados desfilavam com suas maquinas motorizadas como se fosse normal. Isso não era normal. Eles ai gastando dinheiro em bobagens e eu quase sendo morta por 20 mil dólares, mas que merda.

Ao passar na frente de um barzinho perto do meu ponto de ônibus escutei um rangido no escuro, depois tossidas, alguém estava debruçado vomitando das tripas coração, não podia deixar a pessoa ali, eu infelizmente tinha um enorme coração, e bem que merda ser boa as vezes, principalmente que isso me faria perder o ônibus.

Cheguei perto da pessoa e tomei um susto, era Harry Styles. O ajudei a se apoiar em mim e quando ele abriu os olhos parecia mais surpreso que eu.

-- Diana Rose – ele disse rindo feito bêbado. – é o destino... nossa como você tem o cabelo bonito tão comprido haha – ele estava tão embriagado que apenas seu hálito já me deixou grogue por alguns segundos.

-- Harry Styles você está louco, se algum fotografo te pega bêbado assim você esta ferrado – eu disse, massageando suas costas enquanto ele voltava a  vomitar na calçada.

--como você não fica feliz em me ver? Eu sou famoso.

Revirei os olhos, odeio gente bêbada.

-- e aqui é Beverly Hills, eu vejo a Jennifer Lopes todo dia na fila do pão – eu ri de minha própria piada e tomei um susto quando ele me abraçou colocando o seu rosto na curva de meu pescoço, sua respiração em minha orelha, todos os pelinhos do meu corpo se arrepiaram.

-- me leva pra sua casa? – ele pediu todo manhoso, por um leve tempo minha mente sussurrou um sim, mas abri os olhos e me deparei com a bobagem que ele dizia.

-- nada disso, vou te levar pra sua casa—um sorriso malicioso apareceu – para você dormir Styles, e tomar um banho antes que morra aqui.

Ainda abraçado em mim, pedi permissão para pegar sua carteira, abri e vi muito dinheiro e vários cartões, “20 mil dólares” minha mente gritava, mas eu era honesta, jamais o roubaria. Tirei 30 dólares para o taxi. Chamei o taxi  logo ajudei Harry Styles a entrar e entrei junto, eu tinha que o deixar em casa, minha mente não me deixaria em paz se algo acontecesse com ele.

-- destino? – o senhor do taxi perguntou sorridente.

Olhei para ele, Styles soluçou e disse o endereço, logo o carro começou a andar, olhei pela janela e suspirei fundo.

Sinto um peso em meu ombro, Harry havia deitado nele, vi que dormiu, ele não podia dormir, não bêbado.

-- Harry acorde – eu disse levantando sua cabeça.

-- Mas eu estou cansado – ele disse baixinho.

Pensei em algo para mantê-lo acordado.

-- porque não canta até chegarmos lá? – ele me olhou e sorriu.

Front pages are all your pictures

''As primeiras páginas são todas fotos suas''

            They make you look so small

''Elas fazem você parecer tão pequena''

How could someone not miss you at all?

''Como alguém pode não sentir sua falta?''

Meus olhos estavam fissurados em Harry Styles enquanto ele movia a boca e uma linda melodia com sua voz rouca que enchia o taxi.

I never would mistreat ya

''Eu nunca a maltrataria''

           Oh, I'm not a criminal

''Oh, não sou um bandido''

          I speak a different language

''Falo um idioma diferente''

           But I still hear your call

''Mas ainda posso lhe ouvir chamando''

Ele parou de cantar e voltou a deitar em meu ombro, me certifiquei que ele estava acordado passando a mão em frente ao seu rosto, ele segurou rapidamente minha mão não dando tempo de tira-la, começou a brincar com meus dedos, suas mãos eram duas vezes maiores que a minha, mas deixei ele ali, pelo menos enquanto ele mexia e acariciava minha mão eu sabia que estava acordado.

-- eu nunca ouvi essa musica – disse a ele.

-- é nova – sua voz saiu rouca com sono – mas eu não consigo termina-la.

Suas mãos ainda brincavam com as minhas, senti o cheiro de seu cabelo cacheado e por alguns segundos me perdi naquele momento, voltei sentindo o taxi parar.

-- é aqui? – perguntei mais a mim mesma vendo a mansão que havíamos parado. Harry não mexia nas minhas mãos, o cutuquei e vi seus olhos verdes em mim.

-- venha – abri a porta do taxi e Harry se apoiou em mim, paguei o taxista e ele se foi, rapidamente a porta se abre e o garoto moreno sai.

-- Meu Deus oque está acontecendo? – ele perguntou incrédulo vendo o estado de Harry.

-- eu encontrei ele na rua passando mal, isso pegaria bem mal para ele se a mídia descobrisse... – eu disse enquanto ele prestava atenção em cada palavra minha—então pedi um taxi, mas eu sabia que se ele viesse sozinho com certeza mandaria o taxista o levar pra outro lugar.

Ele sorriu para mim em agradecimento, depois olhou feio para Harry que grunhia coisas sem sentido.

-- pode me ajudar a trazer ele para dentro? – fiz que sim com a cabeça e nós entramos, se eu estava chocada com o lado de fora imagina lá dentro, era extremamente lindo, mas tinha um toque de menino, já que coisas estavam jogadas pela casa, e na teve um jogo de futebol passava.

-- vamos colocar ele aqui – colocamos Harry no sofá, logo ele deitou.

-- a que falta de educação essa a minha – ele riu – sou Louis.

Fiz que sim com a cabeça sorrindo, claro que era Louis Tomlinson.

-- Diana – eu disse e ele fez para eu me sentar.

-- não tenho que ir, já é tarde, amanha tenho que trabalhar.

-- não por favor não vai – Harry agarrou minhas pernas ainda sentado falando com a voz toda embolada.

-- Harry! – Louis disse com vergonha tentando tirar os braços dele de mim – me desculpe por isso de verdade, quando Harry bebi ninguém aguenta.

-- Louis o Harry chegou?—ouvimos uma voz vindo do segundo andar, logo o garoto loiro desce e ele ri com aquela cena.

-- está vendo isso Niall, Harry bebeu e agora não quer soltar Diana.

-- eu também não soltaria – Niall disse fazendo minhas bochechas corarem feito tomates.

Ele viu e riu.

-- não precisa ficar com vergonha, sou Niall Horan prazer Diana. – ele disse e logo se abaixou na altura do amigo que ainda agarrava minhas pernas, aquela situação era tão vergonhosa.

-- hey cara, ela não vai embora, que tal você tomar um banho e depois você desce, sabe como são as garotas, elas gostam de homens arrumados. – Niall disse e as suas esmeraldas verdes viraram para mim, Harry me olhou e devagar tirou os braços de mim.

-- mas eu quero vestir a jaqueta preta, as garotas amam aquela jaqueta... – Harry começou a falar enquanto Niall apenas concordava levando para cima.

Eu olhava para o meu tênis tentando esconder a vergonha que sentia.

-- me desculpe por isso – Louis riu.

-- tudo bem, ele deve ter bebido bastante. Foi um prazer te conhecer, mas preciso chamar um taxi.

Peguei meu celular e Louis logo se manifestou.

-- nem pensar, eu te levo.

-- mas...

-- Diana não vamos discutir, eu te levo, é o único meio de te agradecer por isso.

Sorri para ele a assenti, afinal, eu não teria dinheiro para um taxi mesmo.

Antes de sairmos ouvimos Harry gritando.

--não Niall a agua está fria para– Louis e eu rimos alto fechando a porta.

Entrei no carro e Louis fez o mesmo.

-- parece que vocês já se conheciam? – Louis disse ligando o radio que tocava uma musica qualquer.

-- é, ele me atropelou a uns dias atrás – ri da cara que Louis fez.

-- Harry é um ótimo garoto, mas às vezes passa dos limites.

A conversa era boa, eu e Louis éramos muito parecidos e riamos de tudo, ele parou em frente a minha casa depois de 20 minutos de viajem. Meu corpo todo gelou, Justin estava parado bem em frente à porta com mais dois capangas.

Olhei para Louis que parecia ter reparado minha reação.

-- está tudo bem Diana? – ele perguntou com um tom de desconfiança na voz.

-- aaah claro—eu disse, não posso meter Louis nisso, ele precisa ir embora. precisa ir embora antes que algo horrível aconteça com ele. Escuto batidas na janela do carro. Meus músculos contraem de medo, Tarde demais.