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História Roubada Por Um Anjo - Capitolo Dodici -Libertação ou o começo da verdadeira prisão


Escrita por: BekaHoran

Notas do Autor


Olá, primeiramente peço desculpas pelo tanto tempo que fiquei sem atualizar a fic, mas aconteceram tantas coisas comigo recentemente, que o meu quarto era o que eu mais ficava.
Mas pretendo agora voltar, não estou 100% bem mas pensando em vocês, irei voltar a tentar a atualizar a fic duas vezes por semana ou pelo menos uma vez por semana, mas não desistiam de mim por favor.
Mais uma vez peço desculpas e desejo uma boa leitura. :)

Capítulo 12 - Capitolo Dodici -Libertação ou o começo da verdadeira prisão


Cabana; Londres, Inglaterra – 29 de novembro de 2009, 02:30 AM.

 

Por volta de 02h:30min da manhã de uma certa sexta feira, Niall andava de um lado para o outro na cabana, aquela era uma decisão muito difícil a ser tomada, por uma pessoa que estava com seu coração entrando em meio a corredores de um labirinto onde dificilmente conseguiria achar a saída.

Mas ele não podia mais fazer aquilo, sua consciência pesava demais e nem de noite conseguia dormir, mas estava na hora, ele não podia mais adiar, não adiantaria de nada. Semanas, quase um mês já havia se passado.

Passou em seu quarto sentou em sua cama, foi até o banheiro e mais do nunca ele estava decido e ele sentia que daquela vez ele conseguiria fazer o que tinha que fazer, olhou para seu reflexo no espelho novamente esperando uma resposta o que ele teve, sorriu de lado tomando o restante de coragem, e se encaminhou ao quarto em que Emma estava.

Respirou fundo uma duas vezes, fechando as mãos em punhos e finalmente abriu a porta, e a viu sentada no parapeito da janela, com a cabeça encostada na parede e com os pensamentos longe, parecia até que ela nem havia notado sua presença, mas ela tinha notado sim, o perfume de Niall invadiu as narinas de Emma a fazendo respirar fundo sem que ele percebesse.

Emma sentia muitas saudades de casa, o que a deixava com um aperto no peito, era não saber como eles estavam, ela sabia que – obviamente – seus pais já sabiam do seu desaparecimento, e que com certeza sua mãe havia surtado, o que a preocupava muito, ela desejava muito saber se sua mãe estava bem, ela orava todos os dias desejando que sim, que todos estivessem bem mesmo com o seu desaparecimento.

Mas ao mesmo tempo, tinham um grande conflito interno entre ver sua família e continuar onde estava.

Mas quando o seu racional falava mais alto, o seu emocional falava mais alto ainda.

Então em meio a todos esses conflitos ela, as palavras “Quero ficar” martelava em sua cabeça. Estava sendo egoísta? Sim. Irresponsável? Talvez.

Mas assim como as palavras “Confusão e Medo” também martelavam em sua mente.

Confusão e medo estão aí para lembrar que em algum lugar há algo melhor e algo pelo qual vale a pena lutar.

O que a preocupava também era o que seria de Niall quando ela saísse dali, ainda mais porque com certeza seu pais havia enviado vários policiais e investigadores a sua procura, e ele não sossegaria enquanto não encontrasse Niall e o colocasse em uma cela até que sua morte chegasse. E por mais que Niall tivesse feito aquilo com ela, a feito passar por tanto medo e angustia ela não desejava o mal a ele, bem pelo contrário ela o desejava o bem, e tinha medo que algo de ruim acontecesse com Niall.

Ela foi arrancada de seus pensamentos, com Niall parado a porta dando duas leves batidas na mesma para realmente chamar a atenção da garota, ela percebeu que em seus olhos continha tristeza, culpa e... Saudade?

Mas saudade do que? Saudades daquilo que ele nunca teve e provavelmente nunca teria.

- Se aproxime e vire de costas.

- Por que?

- Apenas faça e não questione...por favor! – aquele “Por Favor” saiu em um sopro baixo, mas ela conseguiu ouvir, o que lhe causou arrepio e certa surpresa, ele tinha pedido “Por favor”, e novamente mais uma enorme bola de confusão estava presente em sua mente, mais uma para sua coleção.

Mesmo um pouco contrariada e com receio do que ele realmente faria, ela não questionou, se fosse poderia ser pior, então devagar ela juntou as mãos em frente ao corpo entrelaçando suas mãos, se aproximou dele, olhando em seus olhos ao qual ela sempre evitava, para evitar aquele tipo de sensações, como arrepio, seus estomago seu estomago revirando – de um forma até que boa e estranha –, respiração entrecortada, e o coração batendo a milhão, com o contato de seus olhos com aqueles olhos azuis tão intensos e cheios de segredos.

Que não continha mais frieza, e sim um certo...arrisco a dizer, carinho.

E quando já estava perto dele era mais difícil ainda respirar, e tentar controlar todas aquelas estranhas sensações que ela pensava poder ser o medo que ela pensava não sentir, mas não era aquilo, era algo completamente diferente. Pedida naquela íris azul assim como ele estava perdido na íris castanho dela.

Ele tinha uma enorme vontade de agarra-la, beija-la, abraça-la e nunca mais solta-la.

Ela tinha uma enorme vontade de agarra-lo, beija-lo, abraça-lo e nunca mais solta-lo.

Mas ambos mesmo já sabendo o que sentiam – em um momento tudo aquilo havia ficado claro como água em suas mentes o fazendo entender em partes o que e o porquê sentiam tudo aquilo, todas aquelas confusões instalas dentro deles – continuavam bloqueado toda aquelas vontades e sensações, para eles aquilo não importava, não fazia o maior sentido, aquilo jamais poderiam acontecer.

Eles sabiam o que queriam mas fugiam do que precisavam.

E como diz a frase que se encaixa perfeitamente para ambos “o maior erro dos seres humanos é tentar tirar da cabeça o que não sai do coração”.

E então ela se virou, fechou os olhos para que o que tivesse tentando se manifestar dentro dela, parasse imediatamente. Foi aí que sentiu algo macio em sua pele, ela abriu os olhos mas viu tudo preto, levou suas mãos até o negócio macio em seus olhos – mas já sabendo do que se tratava – e o tocou até a parte de trás de sua cabeça, ele tinha amarrado um pano em seus olhos.

Niall hesitante, mas precisando fazer aquilo, pegou nos braços de Emma e foi descendo até suas mãos, tentando ignorar aquela vontade absurda de querer toca-la e explora-la mais intimamente e profundamente, e ela tentava controlar aquela vontade absurda de querer tê-lo, senti-lo mais próximo de si, sentir suas mãos grandes percorrer todos as partes de seu corpo.

Ele colocou as mãos de Emma para trás do corpo da mesma, ele tinha um sorriso leve de canto de boca, por ver os pelos do braço de Emma arrepiados, com aquele simples toque.

“Se eu te tocasse, como eu realmente queria, eu só não te deixaria arrepiada como te levaria ao céu, ao inferno, e onde mais você quisesse. ” Niall pensou consigo, mas em seguida dissipou aqueles pensamentos loucos, era difícil só Deus sabia o quão difícil estava sendo para ele manter total controle para não fazer nenhuma besteira.

“Me toque, me leve ao céu, ao inferno, e onde mais você quiser, só...Me toque, deixe-me senti-lo, não me solte, por favor” Emma pensou consigo, mas tratou de dissipar esse tipo de pensamento, que começou a parecer ser um absurdo, mas não era tudo aquilo.

Eram duas pessoas apaixonadas querendo tocar um outro, sentir mais profundamente um ao outro, explorar um ao outro, até se cansarem, o que não aconteceria nem tão cedo se acontecesse

Assim que terminou de amarrar as mãos de Emma, ele a soltou, as sensações ainda eram presentes, mas não tão intenso quando estava a tocando, ele respirou fundo, achando que a tortura já havia acabado, mas foi aí que se lembrou que teria que voltar a segura-la, e a guiar até o carro, porque se não o fizesse, ela trombaria em todas as paredes, e saia rolando escada a baixo, e ele não queria ter que leva-la ao hospital, ele queria que aquilo fosse o mais rápido possível. Era simples toques que para aquelas duas pessoas eram algo grande, ainda mais para ele que a tinha e não tinha em seus braços, não a tinha da forma que desejava.

Os desejos e sentimentos já estavam se tornando incontroláveis e difícil de se esconder ou manipular, estavam praticamente aceitando aquele fato e o absurdo daquilo tudo se tornava ainda menor, quase inexistente.

E sem falar mais nada, retornou a pegar o braço dela, ignorando qualquer sensação, dessa vez ele precisava, já ela tentava, mas estava atordoada, mesmo não sabendo e não sabendo o porquê.

Ele foi a guiando até o carro, ótimo sem acidentes e hospitais, facilitou muito, cuidadosamente a colocou sentada no banco de trás de seu carro, deu a volta e entrou do lado do motorista, olhou pelo retrovisor a vendo ali sentado imóvel, ele não se atreveu em falar nada, muito menos ela.

Que só não estava confusa como também com medo.

“O que ele fara comigo? O porquê da venda e as amarras em minhas mãos? ”.

E tentou se acalmar, e não entrar em pânico, ele não seria capaz daquilo. Seria?

 

Chegando ao destino, ele respirou fundo percorreu o olhar pelo local a sua frente e viu que estava completamente deserta, exceto por um homem que se aventurara a passar por ali àquela hora de bicicleta, e então olhou para o banco do passageiro e viu a bolsa e dentro dela, aquilo que faria ele dar um tempo em tudo, deixar para trás, aquela burrada que havia feito – ou tentar –, e como conseguira havia sido por um milagre.

Respirou fundo pesadamente, bufando baixo em seguida, abriu a porta do carro e saiu, abrindo a porta de trás e com cuidado ajudou Emma a sair de dentro do carro.

Olhou em seu relógio e era 3:00hrs da manhã, o local estava intensamente nublado, o que facilitaria mais ainda aquilo, sentiria, mas não veria mais.

Quando chegaram ao meio daquele lugar, eles param, Emma sentia frio, muito frio, qual seria o próximo passo de Niall?

Ele segurou as mãos amarradas de Emma, se aproximou de seu ouvido e sussurrou, causando nela arrepios da cabeça aos pés.

- Não olhe para trás...não agora. – ela apenas se limitou a concordar com um aceno de cabeça, ela estava impossibilitada de pensar, estava atordoada demais para esse ato.

Ela sentiu a corda afrouxar de suas mãos, em um movimento rápido ela iria tirar a venda e olha-lo, mas ele foi mais rápido segurando sua mão e retornando a sussurrar em seu ouvido.

- Não...eu sei o que você pretendia fazer..., mas não vai ok?! Se não as coisas se tornaram mais difíceis e dolorosas – manteve a voz firme se impondo.

Ela estremeceu, se arrepiando, mas concordou. E sentiu o pano se afrouxando sobre seus olhos, então caindo no chão, ela mantinha os olhos fechados, não queria e não conseguia abri-los.

E se concentrou no som de passos que…se distanciavam.

Ela abriu os olhos e viu toda aquela neblina intensa ao seu redor, impossibilitando um pouco sua visão, mas ela conseguia ver que Niall não estava mais ali, ela deu um giro de 360° procurando por algum sinal dele, mas nada, ele tinha...sumido, ele tinha ido embora.

E percebendo isso, um vazio se instalou dentro de si. Elevou seus olhos para o céu e instantaneamente toda aquela neblina foi se dissipando, dando a ela a visão do rio Tâmisa, ela estava no meio da Tower Bridge.

Ele havia sumido junto com aquela neblina, com a confusão, o vazio e o medo ela começou a andar pelas ruas de Londres.

Era o dia de sua libertação ou o começo da verdadeira prisão.

O corpo estar liberto não significa, que a alma também está. Seu corpo pode estar livre, mas a sua alma pode estar completamente encarcerada.

 

Enquanto Niall se encaminhava ao aeroporto de Londres, rumo ao seu mais novo destino, onde teria paz – pelo menos por um tempo, já que era questão de tempo para que Robert o achasse e acabasse com sua vida – onde ele tentaria deixar para trás, toda aquela confusão, deixar para trás que um dia sequestrou Emma, que algum dia teve algum sentimento por ela, por mínimo que fosse – o que não era.

Quando a deixou ali na Tower Bridge, enquanto se afastava em meio a neblina um vazio se instalou, como se estivesse deixando uma parte dele, o que realmente estava, mas ele acreditava que estava sendo frescurento e gay demais.

Chagando ao aeroporto de Londres, não demorou muito e seu voo para Nova Iorque foi anunciado, ele levantou e a passos firmes, e olhar frio e vazio, se dirigiu ao portão de embarque, onde entrou no avião se sentou perto da janela, e ali ficou o voo inteiro, olhando para a janela, mergulhado em seus pensamentos como se mais nada nem ninguém existisse a não ser seus pensamentos atormentados.


Notas Finais


Espero que tenham gostado, me diga o que acharam nos comentários. Criticas construtivas? são bem vindas.
Desculpem por erros que possam conter na fic.
Beijos e até!!


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