História Roubada Por Um Anjo - Capitolo Uno - Recomeço

Síndrome de Estocolmo: É o nome dado a um estado psicológico particular em que uma pessoa, submetida a um tempo prolongado de intimidação, passa a ter simpatia e até mesmo sentimento de amor ou amizade perante o seu agressor. A síndrome de Estocolmo parte de uma necessidade, inicialmente inconsciente

Residência da família Carmell; Verona, Itália – 08 de fevereiro de 2009, 23:57 PM.

Ali estava eu, olhando pela última vez, meu quarto, meu refúgio, o local onde por 19 anos, eu me escondia para chorar, ou simplesmente me largar em minha cama, olhando para o teto, mergulhada em pensamentos, ou soltando suspiros apaixonados, como no dia que eu tive o meu primeiro beijo, naquele dia eu não sai do meu quarto. Talvez você saiba como é dar o seu primeiro beijo, com aquele carinha lindo, que você sempre sonhou, do colégio, pois é eu tive essa sorte. Mas as coisas não foram exatamente como eu sempre havia planejado, eu bobinha achava que ele iria me pedir em namoro, ficamos mais umas vezes, mas logo ele apareceu agarrado com a piranha do colégio, e aí eu desencantei de vez.

Minhas malas já estavam prontas, eu estava a caminho de Londres, iria morar com a minha tia Naomi e iria fazer faculdade de arquitetura por lá, esse era o meu sonho dês de pequena, eu tinha fotos e mais fotos da capital da Inglaterra, e quando eu viajei para lá pela primeira vez, para visitarmos minha tia eu fiquei tão encantada, acho que cheguei até a babar, eu não conseguia acreditar que estava ali, naquele momento, eu até esperava que fosse um sonho, e que eu abriria meus olhos e ficaria muito decepcionada por ter sido realmente um sonho.

Mas não era, eu estava ali, foi o dia mais feliz da minha vida, e prometi a mim mesma que faria faculdade em Londres.

Bem me chamo Emma Carmell – sim nome Italiano, meu pai é italiano e minha mãe brasileira – tenho 19 anos, cabelos e olhos castanhos, corpo bonito como muitas das minhas amigas falam, mas eu não acho muito.

Meus pais ficaram meio pé atrás, com a ideia deu fazer faculdade em outro país, estavam com medo que eu não adaptasse, acabasse acontecendo algo comigo como, ser sequestrada, atropelada, exagerado não? Pois é mas é que eu não falei o resto das coisas da lista que eles tinham medo que acontecesse comigo, ainda mais pelo fato de ser filha única então o ciúmes e cuidados são redobrados, eu não duvidava muito que meu pai desse um jeito e colocasse um guarda costas em minha cola, sem eu saber, meu pai e delegado de um dos departamentos de polícia em Verona, mas por ele ser tão bom em seu trabalho era conhecido em outros países também.

Mas ok vamos ver no que daria.

Fui acordada de meus devaneios pela minha mãe me chamando, na verdade gritando do andar de baixo.

- Filha? Precisamos ir seu voo sai em uma hora!

- Já estou indo mãe! – eu estava bastante empolgada pelo fato de começar uma vida nova, ser independente, apesar de estar indo morar com minha tia.

Eu não poderia viver para sempre debaixo da guarda de meus pais, não que eles fossem os pais mais chatos e carrancudos do mundo.

Jamais, eles sempre foram carinhosos comigo, me davam de tudo que eu pedia, mas não ao ponto de me deixarem uma criança chata e mimada, deram o melhor para me educar, nunca suportaram birra, e se eu fizesse e ainda mais na rua, eu apanhava ali mesmo, na frente de todo mundo, mas eu sempre fui uma menina tranquila, brincava com minhas bonecas no meu quarto, e as vezes acho que eles até se esqueciam que tinham uma filha, segundo eles.

Eu também vou rever minha tia Naomi, que eu só havia falado por telefone por aqueles dias sobre a viajem, estava morrendo de saudade dela e também minha melhor amiga, companheira de compras, e de bagunça – bagunça no sentindo filme em casa com direito a guerrinha de pipoca e não bagunça no sentido balada, beber e pegar todos os caras.

Sai do meu quarto, pegando as malas e dando uma última olhada em tudo, e fechei a porta desci as escadas, mas logo meu pai veio me ajudar, e colocou as malas dentro do carro, minha mãe chorava ela tentava se segurar, mas era em vão, fui abraça-la e mencionei.

- Mãe vai dar tudo certo, vou ficar bem a tia vai estar lá para me ajudar no que precisar e vai cuidar de mim, a pesar que já sou bem grandinha! – dei um sorriso ela retribuiu e falou.

- Eu sei meu amor, mas estou com saudades da minha menininha! – sai do abraço e a olhei sorrindo tentando lhe passar segurança.

- Qual quer coisa você já sabe querida... – meu pai começou de novo com aquilo.

- É só eu ir na delegacia mais próxima, e pegar um armário como meu mascote.

- Engraçadinha. – meu pai deu um peteleco em meu nariz.

Sorri e entramos no carro.

Durante a viajem até o aeroporto fiquei lembrando dos momentos felizes e tristes em que passei na Itália, as muitas bagunças que eu fazia com meus amigos quando saímos nos finais de semana, um dia quase que fomos presos, não me entenda mal, não entenda que eu saio com pessoas que não prestam, bom realmente meus amigos não prestam, mas não no sentido de usar drogas e tudo mais, mas no sentido de na maior parte do tempo só falarem idiotices e o assunto principal que a turma gostava de falar era sobre putaria, mas ao mesmo tempo eles eram bem educadinhos.

Aqueles eram os melhores finais de semana. E eu iria sentir tantas saudades dali, assim como estava com saudades da minha melhor amiga Emily, ela havia se mudado para a Califórnia, me deixando sozinha, mas ela me prometeu que iria me visitar.

Éramos amigas de infância, éramos grudadas, uma protegia a outra, e tínhamos ciúmes umas da outra, como quando éramos bem pequenas, 5 anos de idade no máximo, e íamos para o parquinho perto de casa brincar, quando um menino se aproximava de uma, a outra se aproximava brava, mostrava a língua pro menino e saia puxando a outra pelo braço, isso só porque os menininhos só queriam brincar com a gente, nada mais que isso, éramos inocentes de mais, em pensar outras coisas além brincar.

Hoje em dia eu paro e penso em como eu queria voltar a ter a mesma inocência de antes, em não ver maldade em nada, em achar que o mundo inteiro era do bem, que ninguém seria capaz de fazer mal a outra pessoa, viva a inocência das pequenas crianças!

Emily ficou bastante feliz quando falei que ia me mudar pra Londres, assim iria ficar um pouco mais fácil dela me visitar e bem mais perto, minha tia conhecia a Emi um pouco, mas ela falou que gostou muito da Emi, e quando ela fosse me visitar ela ficaria com a gente na casa dela.

Aeroporto di Verona; Verona, Itália – 09 de fevereiro de 2009, 01:00 AM.

Chegamos ao aeroporto, fiz meu check-in esperei a chamada do voou, sentada hora conversando com meus pais, hora pensando, em como poderia ser minha vida dali para frente, muitas coisas poderiam acontecer.

Assim que meu voo foi chamado, me levantei e comecei a me despedir dos meus pais, minha mãe chorava agarrada a mim, despedidas são dolorosas e nada fáceis.

- Filha! Se cuida, se precisar estamos aqui, não esqueça de nós ligar dando notícias. Vou sentir muito sua falta meu amor!

- Também vou sentir sua falta mãe! Te amo muito, se cuidem também! Não é só porque estou me mudando que vocês ficaram saidinhos. – rimos

- Filha nós amamos você! E se arrumar um namorado nos conte de imediato está bem?! – meu pai falava com um sorriso no rosto.

- Para o senhor mandar um policial vasculhar a vida dele de cabo a rabo? – Ele sorriu, assumindo que foi pego. – Mas pode deixar pai, não vou ter tempo de namorar, tenho que focar em meus estudos, trabalho e nada mais – eu acho – tenho que ir beijos amo vocês!

- Também amamos você nossa menininha. – mamãe falou e enquanto eu ia me distanciado eu acenava e eles acenavam de volta, e então embarquei.

Me ajeitei e pensei que não iria conseguir dormir com tanta ansiedade.

Até porque eu não sabia o que Londres me reservava, só esperava que desse tudo certo e com certeza iria ser muito feliz, estando na cidade que eu sempre havia sonhado, estudando o que eu sempre havia sonhado, sentia isso e esperava fazer bastante amizades.

Aeroporto de Londres; Londres, Inglaterra – 09 de fevereiro de 2009, 15:00 PM.

Fui acordada pela aeromoça pedindo para que colocasse o cinto que iriamos pousar, fiz o que ela havia me pedido, me estiquei um pouco sobre a poltrona do avião e comecei a olhar pela janelinha, a visão era incrível Londres é muito lindo fiquei impressionada com tanta beleza, eu finalmente estava em terra inglesa, veremos como seria dali para frente.

Desembarquei do avião e logos vi minha tia, fui ao seu encontro dei-lhe um abraço apertado por conta da saudade e dei-lhe um beijo na bochecha e a mesma falou.

- Minha querida que saudades amor como você está? Fez uma boa viagem? Espero que sim!

- Estou bem sim! A viajem foi ótima, só que dormi o tempo todo e eu tinha prometido a mim mesma que não faria isso quando embarquei! – fiz uma cara triste e ela deu uma risada, não consegui e sorri também em seguida. – Estava morrendo de saudades sua tia!

- Eu também meu amor! Prometo que você vai se diverti muito meu anjo!

- Tomara tia! Até porque em um mês minha faculdade vai começar!

- Mas vai dar tudo certo Em!

Saímos do aeroporto e fomos para casa, no caminho eu olhava para fora da janela e via que a cidade era muito mais bonita, muito perfeita, e que algumas coisas haviam mudado por ali desde a minha última visita.

Assim que chegamos em casa ajudei a tia Naomi a tirar minhas malas do carro, entramos em casa e fui direto para meu quarto, minha tia morava numa casa bem grande num condomínio, e ela redecorou o quarto só para mim, “para que eu realmente me sinta em casa” suas palavras, eu ainda não contei pra vocês mais minha tia tem uma filha chamada Aria ela tem 4 aninhos ela é muito fofa adoro ela e ela me adora, eu não via a hora de ver aquela coisinha fofa e dar um abraço apertado nela, que devia estar na escola àquela hora, minha tia era separada o meu tio ele era muito legal, um tio protetor e bem divertido, mas infelizmente o casamento da Naomi e do George não deu certo. A Aria ia para casa do meia tio George quase todos os finais de semana.

Depois que eu tinha terminado de admirar o quarto fui tomar um banho, e quem sabe assim que eu terminasse de comer alguma coisa – estava faminta – eu arrumasse minhas malas, ou eu arrumaria mais tarde, ou só no dia seguinte, por conta do cansaço a viajem tinha sido muito longa e cansativa, e a preguiça que nunca me abandona. Dei uma olhada no meu reflexo no espelho enorme que tinha ao lado do meu guarda-roupa que era de um tamanho médio e lindo, as portas eram de correr, cama de casal queen size, bem confortável, mas muito grande para uma pessoa só que iria ocupa-la, a cabeceira da cama, era almofadada, e de cada lado da cabeceira, havias uma tira de papel de parede florida, o resto era uma cor bege, de cada lado, e meu banheiro era de tamanho razoável para apena eu e com uma banheira.

Peguei uma toalha me despi e fui rumo ao chuveiro, não iria usar a banheira àquela hora até porque pretendia tomar um banho rápido, coisa que nunca acontecia.

Em relação as contas, água e luz falei para minha tia que a ajudaria a pagar, ela não quis, relutou, eu só tinha o dinheiro que meus depositam na minha conta todo mês, mas tinhas planos de logo começar a trabalhar e dividir a conta da casa com minha tia, coisa que ela não iria deixar, mas eu daria meu jeitinho.

Queria visitar Londres mas iria ter que ficar para o dia seguinte estava muito cansada, mas eu iria aproveitar para ir no Starbucks estava louca para tomar o café de lá novamente, e louca para conhecer outras cafeterias, que através de pesquisas muitas pessoas me recomendaram dizendo ser ótimo.

Terminei meu banho fui me trocar, coloquei um short jeans meio curto e uma regata já que fazia calor – não era aquele calor como no Brasil, estava um clima agradável – sai do meu quarto assim que passei um lápis preto no olho – minha tia estava na sala assistindo alguma coisa na TV, e fui direto para cozinha, onde peguei uma coca de latinha e um pacote de doritos.

Me sentei do lado da minha tia no sofá que era muito confortável – eu esperava muito que ela não tivesse ciúmes dele porque com toda a certeza passarei noites inesquecíveis de muitas besteiras e maratonas de series naquele sofá delicioso – vi que ela estava assistindo um filme que parecia bem legal, ela tomava sorvete e comentou.

- O que pretende fazer hoje? – falava ainda olhando para TV.

- Vou ficar em casa mesmo, estou muito cansada para sair, a viajem foi bem cansativa! – falei colocando doritos na boca.

- É até porque você vai ter muito tempo para aproveitar a cidade! – falou olhando para mim e sorrindo, retribui o sorriso e voltamos a atenção no filme.

Londres; Inglaterra – 09 de fevereiro de 2009, 17:00 PM.

Quando o filme acabou, minha tia foi buscar a Aria na escola enquanto eu ficava passando canal por canal na TV, não tinha nada passando de bom, então a desliguei, e fui para a cozinha preparei um sanduiche de peito de peru e um suco de laranja, e arrumei a cozinha.

Depois da arrumação, voltei para a sala e me deitei no sofá, eu não queria mas acabei pegando no sono.

18:30 PM.

Acordei sentindo uma mãozinha pequena fazendo um carinho gostoso em meu cabelo, sorri e com um pouco de preguiça abri os olhos e me deparei um par de olhinhos azuis, e um sorrisinho lindo, que nos cantos da boca havia chocolate, a pequena Aria estava mexendo no meu cabelo, e conforme ela continuava com o carinho, fui ficando com mais preguiça ainda até que ela falou.

- Oi tia! Como você está? Estava com saudades suas! - ela insistia em me chamar de tia não sei porque, era uma mania dela desde novinha, eu não me importava pelo contrário eu adorava.

 Me levantei e sentei no sofá ela veio e me abraçou tentando me dar um abraço bem apertado.

- Oi meu anjinho, eu estou bem, e também estava morrendo de saudades suas! Não via a hora de te ver!

- Eu também tia!

- E essa sujeirinha no canto da boca hun?

- É calda de chocolate, mamãe me levou a sorveteria depois da escola.

- Você foi a sorveteria sem mim? –fiz uma cara de falsa indignação que a fez rir.

- Mas não fica tite titia, ela touxe pote para você.

- É? Eu vou lá pegar, e enquanto a gente chupa sorvete a gente assiste desenho que tal? – ela ergueu os bracinhos para cima, gritando um “eba”, e eu ri.

Cheguei na cozinha peguei duas colheres, e o pote de sorvete, e então vi minha tia, sentada na bancada também tomando sorvete.

- Tia eu e a Aria, vamos assistir desenho, a senhora está convidada a nos acompanhar. – ela sorriu de lado.

- Não Obrigada, fiquem à vontade, vou ficar aqui mesmo e pensar no rumo que vou tomar na vida.

- Está tudo bem tia?

- Está sim querida. – ela sorriu, tentando passar confiança, sorri de volta e resolvi não perguntar mais nada.

Voltei para a sala, sentei ao lado de Aria, e ficamos lá assistindo e chupando sorvete.

Fiquei um tempão lá sentada no sofá, até que minha tia Naomi avisou que a jantar estava na mesa, levantei do sofá e podia jurar que minha bunda estava quadrada.

Jantamos e conversamos um pouco sobre minha faculdade e como tinha sido o dia da Ari, e naquele dia minha tia estava de folga do trabalho, mas no dia seguinte bem cedo ela estaria de pé para retornar ao trabalho, ela trabalhava como editora em uma revista de Londres, a revista não era tão famosa, como a vogue, mas era conhecida.

Assim que terminamos de comer, e ajudei a tia Naomi a arrumar a mesa, e enquanto ela lavava a louça eu enxugava.

Assim que terminamos de jantar, ficamos um pouco mais sentadas na mesa colocando o papo em dia, logo em seguida ajudei minha tia a tirar a mesa, lavar e seca a louça e quando estava tudo organizado na cozinha, dei boa noite para minha tia, dei um beijo na testa da Aria e subi para meu quarto, me joguei na cama fitei o teto por um tempo, enquanto fazia planos para o dia seguinte, eu iria no London Eye, no Starbucks e no Big Ben, iria aproveitar ao máximo Londres ou pelo menos tentar. E com tantos pensamentos adormeci.

Emma’s POV off

***

Do outro lado da cidade os homens todos estavam reunidos, planejando os últimos detalhes, os mais novo e mais experiente, terminava de se preparar junto com outro rapaz, seria um grande ocorrido que, precisava ocorrer tudo como o planejado, algo errado estavam ferrados, poderiam ser pegos no flagra, poderiam pegar anos e anos de prisão.

Com tudo certo com o restante da equipe espalhados em telhados dos prédios vizinhos e em vans nas ruas próximas, os dois rapazes acenaram em positivo um para o outro que começou a mexer cuidadosamente no vidro do telhado do prédio moderno e luxuoso. Poucos minutos depois o acesso estava livre para entrarem, remover o vidro sem quebrar ou fazer nenhum barulho não foi algo difícil para o mais novo, que já estava acostumado a fazer aquilo ele conseguia fazer até de olhos fechados.

Dentro do local os dois homens avisaram pelo o microfone para os outros comparsas que estavam do lado de fora, que conseguiram entrar com sucesso e então das vans o restante começou a monitorar os movimentos dos amigos e a orientar quando e onde virar e entrar.

Os dois rapazes mandaram o elevador para o segundo andar, e pelo poço do elevador entraram fazendo rapel até o local indicado pelos comparsas do lado de fora, o sistema de vigilância havia sido invadido assim como o sistema de alarme, então aquilo não seria problemas para os dois que estavam dentro do prédio.

Usaram várias ferramentas como pé de cabra para abrir passagens, ferramentas elétricas.

Usaram equipamentos pesados para romper portas fortificadas, para enfim abrir os cofres e encherem três mochilas com pedras preciosas.

No final com todas as mochilas cheias os dois rapazes se olharam sorrindo e fizeram um high Five, e como entraram saíram do prédio a cada vez que faziam aquilo, ficava ainda mais fácil.

***

Londres; Inglaterra – 10 de fevereiro de 2009, 07:10 AM.

Emma’s POV

Acordei no outro dia com meu celular tocando – berrando – e vi que era minha mãe.

- Oi mamãe! – voltei a me deitar na cama e fechar os olhos.

- Oi filha como você está? Como foi a viajem? E sua tia como está?

- Calma mãe uma pergunta de cada vez! Eu estou bem, a viajem foi ótima, e a tia também está bem!

- Que bom filha espero que se divirta, e se precisar e só telefonar ok, e por favor tome cuidado, se algo estranho acontecer siga as instruções de seu pai!

- Ok mãe, pode deixar tomarei, mas a senhora sabe que todos nos tomos riscos todos os dias, mas pode deixar mamãe sei me cuidar.

- Certo, beijos filha te amo!

- Também te amo mamãe!

Aproveitei que já estava acordada fui ao banheiro e fiz minha higiene matinal, aproveitei para tomar um banho, sai do banheiro coloquei um short e uma camiseta, desci e vi que não tinha ninguém em casa, minha tia obviamente já havia saído para o trabalho e a Ari já devia estar na escola, fui para cozinha e vi que tinha um bilhete na bancada.

"Em fui para o trabalho, preparei seu café da manhã antes de sair, mas creio que já possa ter esfriado, mas já sabe o que fazer. Boa sorte e bom proveito. 

Xx Tia Naomi"

Olhei no relógio e vi já era tarde, tomei café, subi para o meu quarto peguei minha carteira e meu celular, e sai de casa para dar umas voltas por Londres, como estava um clima agradável as ruas estavam bastante movimentadas, passei na minha Cafeteria preferida que já mencionei várias vezes, não demorou muito para meu pedido ser entregue e fui a caminho do Big Ben.

É enorme muito lindo pessoalmente, fiquei encantada com o lugar, e olha que não era a primeira vez que eu tinha ido ali mais ok, era muito bom rever aquele local novamente.

Fui no London Eye, mas não cheguei a entrar na roda gigante, pois meu medo de altura me impediu, então apenas fiquei um pouco mais perto admirando a roda gigante e as pessoas que tinham coragem suficiente para entrarem ali, elas ao contrário de mim não deixaram o medo as vence-las.

Fiquei sentada num banco da praça admirando a vista e o movimento por um bom tempo, mas tive que ir embora logo a tia Naomi chegaria em casa e eu não estivesse ela poderia ficar preocupada, mesmo sabendo que eu estava passeando por Londres.

Cheguei em casa vi que minha tia não tinha chegado ainda, fui para a cozinha e comi qualquer coisinha rápida de ser preparada, depois me sentei no sofá com meu notebook e entrei nas redes sociais, até minha tia chegar.

Não demorou muito tempo minha tia chegou, ela veio me abraçar e me deu um beijo na testa, logo em seguida foi a Ari que me deus um abraço e lhe depositei um beijo na bochecha, e ficamos brincando e conversando sobre como foi o dia dela na escola.

Logo depois levantei e fui ao encontro da tia na varanda.

- Tia quer ajuda na limpeza da casa?

- Não meu amor pode deixar provavelmente amanhã a empregada vem arrumar a casa não se preocupe, só vou dar uma organizada, para ela não achar que sou tão inútil. Mas obrigada querida!

- De nada tia, se precisar vou estar na sala brincando com a Ari!

- Ok.

Estava começando a ficar preocupada com a tia Naomi, ela andava muito pensativa, e preocupada.

Eu gostaria de perguntar o que estava a deixando daquela forma, mas não queria ser uma intrusa, quando ela sentir e se sentir à vontade, falaria para mim o que a deixava tão pensativa, ela dividiria comigo aquilo que a preocupava e me daria mais espaço para que eu tentasse a ajudar.

Voltei para a sala e continuei brincando com a Ari, que fez com que o tempo passasse rápido, e já estava na hora do jantar.

Jantamos e voltamos para o sofá ficamos assistindo um pouco de TV até a hora que minha tia foi dormi junto com a Aria, elas tinham que levantar sedo no dia seguinte aproveitei e fui também estava ainda meio cansada, mais ainda bem que consegui dar umas voltas por Londres, deitei na cama fiquei pensando um pouco, e decidi que no dia seguinte eu não iria sair iria ficar em casa. Com todos os pensamentos e saudades dos meus pais eu acabei adormecendo.

Londres; Inglaterra – 11 de março de 2009, 22:44 PM.

Aquele tempo em que eu estava morando em Londres, eram as mesmas coisas de sempre, as mesmas tarefas pela manhã, como tomar café da manhã, as vezes dar uma volta pela cidade e as vezes ficava em casa mesmo.

No dia seguinte começaria minha faculdade, esperava que desse tudo certo, meu estomago estava revirando e estava muito ansiosa, até porque pessoas novas cruzariam meu caminho, professores novos, tudo novo.

Terminei de jantar e fui dormir a partir daquela noite eu teria que começar a levantar cedinho as 06h tinha que estar de pé, estava mais que confiante que iria dar o meu melhor na faculdade. Em meio aos meus devaneios acabei adormecendo, e graças a Deus eu já tinha arrumado minhas coisas para o dia seguinte.

Continua...