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História Royal or Rebel (hiatus) - Eles irão pagar


Escrita por: VitoriaWolf e SulkinPettyfer

Notas do Autor


Vim e vou-me logo, tenho 5 artigos pra ler hj pra amanhã!!
Prometo postar TG até domingooo

Capítulo 13 - Eles irão pagar


Fanfic / Fanfiction Royal or Rebel (hiatus) - Eles irão pagar

 

Pov Arthur

Não sabia exatamente o que acontecera comigo naquele momento. Não devia estar ali, observando-os de longe, mas foi impossível me conter. Merlin já viera me chamar duas vezes para irmos embora e ainda assim eu continuei imóvel. Meus olhos percorriam o salão com rapidez, a procura de qualquer sinal de algo fora do normal, mas infelizmente tudo parecia extremamente normal. Por algum motivo me desapontei, queria um motivo para ficar e não tinha nenhum.

Ninguém me notou no canto, eu era invisível para qualquer um, mais parecia uma estátua de cera do que um ser humano. Pessoas passavam por mim rindo alto e conversando sem me ver, tropeçavam em meus pés como se não os visse e depois reclamavam entre si do estranho ali. Era um forasteiro naquele lugar, flutuando fora de órbita, incapaz de me sentir confortável devido a crescente raiva dentro de mim. Enquanto os via dançar alegremente, amaldiçoei-os mentalmente por sua felicidade. Eles são o futuro da nossa nação, nossos soberanos... não podem estar alegres enquanto mais da metade da população sofre sem ter comida para o dia seguinte.

Eles deveriam ter rugas de preocupação, estressados por procurar uma saída e, mesmo que não encontrem nenhuma no fim, ao menos tentaram. E não vejo nada disso acontecer. Enquanto gastam o dinheiro de impostos altos e exagerados com um baile desnecessário para convidados que já tem o suficiente e riem dentro de sua bolha particular eu tenho de voltar para o inferno. Fecho os punhos sob meus braços cruzados e inspiro fundo antes de encontrar coragem para me mover. Abaixo a cabeça e me descolo da parede para em seguida me deparar com seus olhos e novamente permanecer estático.

Existiam centenas de pessoas entre nós, atrapalhando minha visão e interrompendo o que é que fosse que acabáramos de compartilhar, e, ainda assim, não tinha nada que poderia estragar aquele simples olhar. Não eram as centenas de pessoas ao seu redor, bajulando-a, ou o noivo segurando sua cintura enquanto a rodeava pelo salão, e sim eu, esquecido e fora do campo de visão que ela observava com tamanha intensidade. O medo se apossou do meu coração, apertando-o, porque isso não podia estar acontecendo, eu nunca permitiria. Apertei ainda mais as unhas sob minha pele e quando a senti rasgar pude finalmente sair do transe que me prendia àquele lugar. Lhe dei as costas e saí sem interferência, procurando Merlin no lugar onde pedi que me esperasse.

Ele estava completamente entediado, batucando os dedos um no outro da espera do tempo passar. Ele praticamente gritou de alivio quando notou minha presença e, sem dizer nada, começou a caminhar na minha frente até a saída doa funcionários. Limpei o sangue das mãos na barra da calça e fechei os olhos, regulando minha respiração.

_O que aconteceu? –abro os olhos para vê-lo me observando inquieto. Ignoro sua pergunta e passo por ele, seguindo nosso caminho. Ele corre para poder me alcançar e, segurando meu ombro, me obriga e a virar-me. –O que aconteceu? –pergunta novamente.

_Aqui não. –respondo vago enquanto atravesso a cozinha lotada de funcionários trabalhando nas sombras para não deixar as bandejas no salão se esvaziarem. Não digo nada durante o caminho do palácio até o carro nos esperando do lado de fora do palácio. Merlin me joga a chave e em pouco tempo já estamos no caminho até o aeroporto.

_Sonhei com ela, Merlin. –quebro o silêncio. Ele me observava já fazia vários minutos esperando que eu iniciasse uma conversa e respondesse sua pergunta. Enquanto tentava não me irritar com suas encaradas, me concentrei na movimentação de carros a frente e respirei fundo tentando encontrar as palavras a dizer.

_Claro. –ele responde sem muita convicção. –Agora entendi tudo! –bufo de seu tom de escárnio.

_America. Eu sonhei com America. –não pude dizer exatamente qual fora sua reação já que estava fora do meu campo de visão, mas desejei que ele dissesse algo, qualquer coisa. –Todas as visões estranhas que eu contei antes... eram ela. –termino com um suspiro arrasado.

Ainda não sabia exatamente o que pensar desse detalhe. Eu tinha sonhos com uma mulher casada que em teoria eu deveria matar e que odeio. Suprimi essa informação na esperança de que fosse passar, mas os sonhos continuaram cada vez mais frequentes e quentes por assim dizer, esse desejo no meu subconsciente. Então ela começou a me ignorar e a improbabilidade de que o mesmo possa estar acontecendo com ela passou por minha cabeça. Não tinha ideia do que fazer com isso, não é como se eu ao menos tivesse algum sentimento bom em relação a ela.

_Quero dizer, isso significa alguma coisa? Estou ficando maluco? –pergunto verdadeiramente preocupado. Acho que essa foi a gota d'água, porque Merlin levou a mão à boca e gargalhou. Reviro os olhos tentando entender qual foi mesmo o motivo para resolver lhe contar o que acontecera.

_Me desculpa... –ele diz entre risadas. –Mas isso é hilário!

_Não estou achando engraçado. –retruco frio. Ele toca meu ombro levemente e eu aproveito o engarrafamento para vê-lo rir de mim.

_É normal se sentir louco quando se está apaixonado. –seu tom era de lamento, mesmo escondendo um pequeno sorriso de canto. Foi minha vez de rir dele, talvez um pouco mais forçado e exagerado do que gostaria. Não estava apaixonado, disso tinha completa certeza. E não vai ser Merlin ou qualquer outra pessoa que me fará duvidar disso.

_Não estou apaixonado, idiota. –retruco impaciente.

_Tem certeza? Porque eu acho que está. –ele continua quando não o respondo. –Ta vendo isso? –ele aponta para minha boca. –É chamado sorriso. –bato em sua mão, afastando-a.

_Você é ridículo. –tinha a intensão de parecer aborrecido, mas era impossível permanecer sério ao lado de Merlin.

_Para falar a verdade estou impressionado que você não tenho se apaixonado. Ela é bonita, a princesa. –reflete.

_Sim, ela é. –dou de ombros incapaz de descobrir onde o rumo da conversa dará. Com Merlin tudo é imprevisível, impossível de decifrar.

_O príncipe é sortudo por estar noivo dela. –assinto em silêncio. –Ouvi dizer que é uma boa pessoa. É verdade? –continuo em silêncio. –Você que conviveu com ela, então não posso falar muita coisa, mas...

_Ela é fantástica. –o interrompo. Seu sorriso se alarga imediatamente. –É o que queria ouvir? Que ela é a luz daquele lugar? Que o único motivo para eu não ter surtado lá ainda é porque sua companhia é minimamente suportável?

_Não a parte do minimamente suportável, mas ainda temos uma longa viagem para te fazer mudar de ideia. –ele sorri satisfeito do próprio trabalho.

Liguei o rádio no volume máximo na esperança de que o moreno não me incomodasse novamente. Ele pareceu entender, porque não se dirigiu novamente para mim a não ser para me contar tudo o que estava acontecendo em casa desde que saí ou qualquer informação que eu pudesse considerar útil e importante. Sabia que ele não estava chateado, assim como ele compreendia que a situação só pioraria caso puxasse a barra ainda mais. Dormi no avião durante toda a viagem, dessa vez sem qualquer sonho, apenas a escuridão do meu próprio subconsciente.

_Hora de acordar raios de sol, chegamos. –Retiro a almofada que Merlin jogara em mim e lhe devolvo com a mesma força.

_Porque mesmo você é meu amigo? –resmungo sem querer me levantar.

_Então fui oficialmente promovido a amigo?! Me sinto muito melhor agora. –lhe mostro a língua e ele me joga uma pasta de documentos.

_O que são? –pergunto folheando os documentos e fotos contidos.

_Os guardas que ainda falta corrompermos.

_Não estamos corrompendo-os. –retruco para seu divertimento.

_E como chama o que estamos fazendo? –ignoro sua pergunta para observar a foto solta na pasta.

Precisei de muita atenção para entender as entrelinhas daquela imagem. A ruiva sob o palanque era America, obviamente, segurando o choro, e o jovem correndo por entre a multidão para encontrá-la poderia ser qualquer um. A foto foi mal tirada, estava borrada e horrível para ver qualquer coisa, mas o brilho verde nos olhos do soldado era bem visível.

_Achei que fosse gostar dessa foto especificamente. –Merlin corta o silêncio quando percebe minha expressão de choque e susto.

_O que isso significa? –pergunto, diversas teorias atravessando minha mente. –Ela está traindo o príncipe com o guarda? –seguro a risada. –Se está ela é uma ótima atriz. –constato verdadeiramente impressionado.

_Porque não simplesmente pergunta quando chegar lá?

A pergunta de Merlin queimou minha cabeça durante nosso caminho por Porto Príncipe. Eu poderia perguntar, mas se ela escondeu esse segredo de todo mundo o que a impede de mentir para mim também? Ainda assim não conseguiria conviver ao seu lado sem saber a verdade. Preciso saber de tudo ou no final um mísero detalhe passado despercebido pode fazer a diferença. Ela não trairia Maxon, trairia? Quer dizer, ela o ama, qualquer um que os veja consegue observar o amor transbordando entre os dois.

 

Foi só abrir a porta para poder me esquecer por completo do estresse do trabalho ou a nova descoberta de America. Não havia nem ao menos entrado por completo no cômodo antes que uma criança pulasse sobre mim, abraçando minhas pernas desesperadamente e me impedindo de dar qualquer passo. Gargalhei, verdadeiramente feliz por estar de volta em casa, e o peguei no colo.

Ben não tinha mais do que três anos e é um amor de criança, inocente em relação a vida e a própria mãe, um bebê qua ainda não conheceu a dureza da vida e que se dependesse de mim nunca chegaria a conhecer. Ele passa muito tempo aqui desde que nasceu e eu praticamente o criei para que a mãe pudesse trabalhar.

_Senti sua falta, grandão. –afago seu cabelo e ele resmunga algo inaudível, pulando de volta para o chão e arrumando seus cabelos com uma expressão emburrada. –Cade sua mãe? –ele aponta para a jovem mais a dentro na sala, conversando com uma das cozinheiras.

Elas pareciam extremamente entretidas dentro de si mesmas, não me notaram, mas bastou que Merlin entrasse e começasse a algazarra para que se virassem surpresas. A outra mulher acenou para mim com um sorriso e se afastou quando me aproximei para cumprimenta-las. Violet é uma das mulheres mais bonitas que eu já vira em toda a minha vida, talvez ela estivesse no topo da lista com seus olhos verdes penetrantes e os cabelos negros como a noite, pele bronzeada e sedosa como o veludo. Mas não só por sua beleza exterior óbvia para qualquer um que a observe, e sim, principalmente, por toda a bondade existente em seu coração.

Ela foi um dos motivos para eu ter aceitado seguir dos passos do meu pai quando entrei para os rebeldes, para eu ter aceito me tornar líder. Via a possibilidade de tornar a vida dela, de seu filho e mais de milhares de pessoas como eles, melhor. Alguém que tenha sofrido a vida inteira, que ainda sofra em silêncio e sem desistir em qualquer momento merece um respingo de felicidade. Ela faz uma reverência zombada e logo se levanta quando me aproximo. Ela retira o espaço existente entre nós, colando nossos corpos e observando fundo em meus olhos.

_Meu líder. –sua voz rouca, sensual, doce é sussurrada em meu ouvido e estremeço, logo após ela morde o lóbulo de minha orelha bem lentamente, com toda certeza é capaz de enlouquecer qualquer um, atingindo meus músculos, e meu corpo responde imediatamente, meu olhar está hipnotizado por ela.

Passo meus braços por sua cintura e a puxo para mais perto de mim, selando nossos lábios num beijo ardente, quase selvagem. Sentia falta dela, da sensação de tê-la em meus braços, onde não existe nada nem ninguém me dizendo o que fazer, onde só há nós dois e uma corrente de desejo mútuo. Não é amor, muito longe disso, é algo que não sei descrever e nem sinto como se devesse. Nossas línguas travando uma batalha que nós dois sabemos que ela ganhará facilmente.

_Tem crianças no recinto! –Merlin grita no meu ouvido, nos obrigando a parar o que fazíamos e nos separar. Rimos juntos da atitude infantil do moreno e beijo sua testa antes de me afastar dela.

_Ele está apaixonado, Violet. Já está sabendo? –soco seu ombro, sem me importar com a força, e a garota ergue a sobrancelha duvidosa.

_Não estou apaixonado. –retruco novamente.

_Você vai me explicar isso direito depois. –diz curiosa com um pouco de esperança e assinto. –Ben ficará aqui até amanhã. –ela comenta abraçando o filho. Apesar do sorriso em seu lábio eu entendia o temor pros trás deles.

 _Merlin, leve ele junto aos outros. –ordeno. Ele alterna seu olhar entre nós dois uma última vez antes de levar a criança para tomar café junto às outras. –Você não tem que fazer isso. –seguro suas mãos e a observo atentamente enquanto ela se segura para não chorar. –Já disse que posso te encontrar um trabalho e...

_E eu já falei que não quero sua ajuda. –ela me interrompe fervorosa, há anos atrás foi expulsa de casa por estar grávida por seu tio não querer complicações com a justiça, isso só depois de engravidar, porque e perder a utilidade para aquele monstro idiota. –Obrigado por oferecer, mas eu preciso fazer isso sozinha.

_Vai trabalhar a noite inteira? –ela nega para meu alívio. –Pode passar por aqui depois e...

_E deixar que meu filho me veja naquele estado? Nunca!

_Ele não te verá. –afirmo com convicção. Ela começa a reclamar, mas estava decidido. –Eu te espero acordado. –ela assente cabisbaixa e foge antes que eu possa dizer qualquer outra coisa.

_Tem certeza que não tem sentimentos por essa garota? Porque isso definitivamente pareceu com sentimentos. –me viro, seguindo a voz, para encontrar meu pai ao pé da escada com um sorriso travesso no rosto.

_Quem sabe. –dou de ombros e o abraço.

_Achei que fosse nos abandonar. –ele confessa assim que nos separamos.

_Pensei seriamente em fazer isso. –admito. –Mas aquelas pessoas conseguem ser mais chatas que vocês.

_Sabe que não precisa fazer isso, certo? Esqueça o plano, Arthur, e vá viver sua vida.

_Não. –respondo frio. –Ele precisa pagar pelo o que fez.


Notas Finais


Arthur tem uma amiguinha... Ele é homem neh e sabe como é nehhh, uma amizade colorida é sempre arco-íris kkkkkkkkkk
E ele é um super pai pro Ben assim como foi pro Davi!!
Não julguem a Violet antes de conhecê-la, ela faz tudo pelo filho não importa o que
espero que tenham gostado
nos vemos nos comentários
até a proximaa

ps: peçam a deus pra que eu possa dormir pelo menos uma hora, tô vesga já de tanto texto, livro, artigo pra ler


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