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História Royals vs Rebels - Fim, mas vai ter bônus.


Escrita por: Yuukizinha_Desu

Notas do Autor


OLAAAAAAAAAAA
PANDINHAAAAAS
Como vocês estão?
Eu disse que ia voltar logo se vcs comentassem bastante né, pois é, eu esperava mais de vocês ksksksks brinks, o importante é que eu voltei e não demorei tanto assim.
Enfim... Finjam que essa tatuagem ai é no quadril e bora ler.

Capítulo 22 - Fim, mas vai ter bônus.


Fanfic / Fanfiction Royals vs Rebels - Fim, mas vai ter bônus.

P.O.V BONNIBEL

 

Quando ouvimos aquele estrondo, a primeira coisa que Marceline fez foi me abraçar apertado e usar seu corpo para me proteger de qualquer coisa que pudesse acabar voando em nossa direção, ou caindo sobre nós. 

_ Olha só que festa bonita. É uma pena que eu não estude mais com vocês, meus caros amigos. - olhamos para cima, de onde aquela voz mais que conhecida vinha. 

_ O que você quer, Finn?! - Fionna gritou para o irmão, que descia voando (não sei como, já que ele não tinha poderes) pelo buraco recém feito no teto. Ele parou no ar mesmo, a alguns metros de nós.

_ Eu só quero me divertir um pouco, irmãzinha. 

_ Você não devia estar naquele colégio interno? - Marshall perguntou, ele estava do outro lado do salão, segurando meu irmão da mesma forma que Marceline me segurava. 

_ Sim, e foi ótimo você ter me lembrado disso. Eu nunca vou esquecer que você e seu bando foram os culpados de eu ter ido parar naquele inferno! - Seu rosto ficou vermelho de raiva. - E Bonnie... - olhou pra mim - Você não quis ficar comigo, me trocou por essa vampira nojenta. Poderia ter poupado seus colegas disso. Mas agora todos vão pagar pelo seu erro! - estendeu a mão e dela saiu uma bola de fogo que vinha rapidamente em nossa direção, mas minha namorada foi mais rápida e a parou segurando uma das mesas que estavam por perto em nossa frente. 

_ Você vai se arrepender de ter só tentado machucar minha garota. - Marceline disse antes de sair voando na direção dele... Ou pelo menos tentar, já que ela mal conseguiu sair do chão antes de cair em pé novamente. - Mas o que...?

_ Ah, Marceline. Eu sabia que você tentaria atrapalhar meus planos, mas eu dei um jeitinho... Não devia aceitar bebidas de estranhos. - deu um sorriso sádico. - Eu vou ser bonzinho e te explicar o que está acontecendo nesse momento aí no seu corpinho. Aquele drink docinho que você bebeu, tinha um componente que está lentamente drenando seus poderes, agora você não consegue voar, logo logo terá a força de um humano comum e não poderá sugar almas, muito menos se curar sozinha. - continuou sorrindo. - Nada de controlar os objetos ao seu redor, nem super força, nem se transformar, nada. Então ele vai começar a absorver sua vida miserável, em pouco tempo você vai ser apenas um corpo, capaz de fazer absolutamente nada enquanto eu levo sua namoradinha comigo. 

_ Eu quero ver você tentar. - ela disse e ele partiu para cima dela, a arrastando pelo chão até que os dois batessem contra a parede do salão. 

_ Marsh! Faz alguma coisa! - gritei para meu cunhado que saiu voando e tirou Finn de cima de sua irmã, mas o loiro segurou firme em seu pescoço e o arremessou para longe. Lelê foi a próxima a ir contra Finn, disparando raios em sua direção, mas que não pareciam afetá-lo tanto quanto normalmente fariam. Os alunos pareceram acordar do transe em que estavam e foram ajudar, lobos, vampiros, bruxas e tudo o que se pode imaginar se uniram contra uma única pessoa, que não se deixava abalar e parecia cada vez mais forte a cada golpe que recebia. Me senti inútil por não poder ajudar em nada, afinal eu e meu irmão somos apenas cientistas, não temos poderes. Corri para perto de minha namorada que estava caída no chão, sangrando e respirando com dificuldade. 

_ Me desculpa, Bon. 

_ Você não tem que se desculpar. Vai ficar tudo bem, meu amor. - acariciei seu rosto e a ajudei a se levantar, ela andava com dificuldade e fomos quase nos arrastando até o cantinho, ficamos escondidas atrás das mesas amontoadas. Ouvimos mais um estrondo, dessa vez Finn jogou um grupo de pessoas contra a parede, abrindo um buraco nela. A força que ele tinha não podia ser desse mundo, dezenas de pessoas lutavam contra ele mas não conseguiam derrubá-lo. Então um flash veio a minha cabeça, como aquelas lâmpadas que se acendem nos desenhos quando alguém tem uma ideia, eu sabia o que ele queria, e não podia deixar meus amigos sofrerem as consequências. - Ele me quer, não é? - falei comigo mesma. 

_ O quê? Você não vai... NÃO! Não mesmo! - Marceline me olhou com os olhos arregalados

_ Finn! - gritei e me levantei, o fazendo parar e me fitar. - Eu vou com você, só deixa eles em paz. 

_ Bonnie, não faz isso. - Marshall gritou. 

_ Eu preciso. 

_ Ótimo. - Finn sorriu maldosamente e veio em minha direção. - Sempre gostei do quanto você é inteligente. 

_ Mas você só vai levá-la por cima do meu cadáver. - Marceline se levantou e fechou os punhos, suas veias saltaram e seus olhos verdes ficaram num tom brilhante de vermelho, então ela começou a crescer e crescer, seu corpo se modificando e assumindo a forma de um monstro gigante. Eu só havia visto minha namorada naquela forma uma vez, quando tínhamos quinze anos. Tínhamos ido passar as férias em Nightosphere, um vampiro nada amigável não sabia quem eu era e tentou me machucar, ela se transformou e o destroçou em segundos. Ela levou semanas para se recuperar e, quando o fez, morria de medo de que tivesse me assustado o suficiente para me afastar dela, e prometeu nunca fazê-lo novamente. Mas situações desesperadoras pedem medidas desesperadas. - Se afasta dela. - sua voz também estava mudada, ainda parecia a dela, mas dezenas de vezes mais grave. 

_ Como você...? Ah, esquece. Você não é a única que tem truques na manga. - ele disse e também se transformou em um monstro enorme, assim eles lutariam de igual pra igual. Marceline foi a primeira a atacar, suas garras acertaram o rosto dele, que ficou marcado e começou a sangrar, ele rosnou e tentou socar seu rosto, mas errou e ela segurou seu punho, o acertando com a outra mão. Vários golpes foram trocados e nenhum dos dois parecia querer se render, então eles continuaram brigando, até que Luna parou ao meu lado, de olhos fechados, parecia estar concentrada ao máximo. Ela esticou os braços e quando seus olhos se abriram eles estavam completamente brancos e brilhando. De suas mãos saíram rajadas de algo que eu não sabia o que era, mas acertou Finn em cheio, enquanto Marceline o derrubava no chão. Lelê aproveitou para disparar uma descarga elétrica nele, dessa vez mais forte, então logo várias pessoas começaram a disparar contra ele, fogo, gelo, magia e tudo que eles pudessem contra ele enquanto minha namorada o enforcava e os dois começaram a diminuir, voltando a suas formas normais, até que Finn parou de se debater, o brilho de seus olhos sumiu e seus braços caíram dos lados de seu corpo. 

Ele estava morto. 

_ Marcy! - gritei quando minha namorada caiu no chão, ao lado do corpo de Finn. Corri em sua direção e me joguei no chão, a segurando em meu colo. - Marcy, fala comigo. Por favor. - escorria sangue de sua boca, de seus dedos e de sua cabeça. 

_ Você viu, amor? Eu consegui te proteger. - ela disse com a voz fraquinha, tossindo em seguida. 

_ Eu vi, minha vida. Você foi incrível. - sorri pra ela enquanto lágrimas escorriam de meus olhos. 

_ Bon... Eu preciso... Preciso que você me prometa uma coisa, amor. - segurou minha mão. 

_ O que, baby? - tirei sua franja de seu rosto com a mão livre. 

_ Me promete que... Se eu não sobreviver, você vai continuar vivendo. Por nós duas, ok? E que você vai se cuidar, comer direitinho e não dormir tarde.

_ Não, eu não vou prometer nada. Você vai sobreviver. Não diz uma coisa dessas. 

_ Eu não sei, amor... Ele tirou meus poderes lembra? Tudo dói... E dói tanto... Eu mal estou conseguindo enxergar seu rostinho, princesa. 

_ Não, Marcy. Eu não sou nada sem você, baby. Por favor, não me deixa. - eu já chorava compulsivamente a esse ponto. 

_ Não, amor. Você é incrível e vai ser uma grande rainha um dia, com ou sem mim. Eu acredito em você. 

_ Eu não quero viver num mundo onde você não existe. Nós vamos conseguir, tá? Vai ficar tudo bem e nós vamos passar o resto de nossas vidas juntinhas. - a apertei contra mim e beijei sua testa. 

_ Eu te amo tanto... - ela sussurrou.

_ Eu também te amo, minha vida. - dessa vez beijei sua boca delicadamente. Sua mão se ergueu com dificuldade e acariciou meu rosto enquanto eu a beijava. Mas de repente sua boca parou de se mover contra a minha e sua mão caiu ao lado de seu corpo. - Marcy... Marcy?! MARCELINE ACORDA! - Gritei e aproximei nossos rostos novamente. Ela ainda estava respirando, mas era tão fraco que eu quase não sentia. - GUMMY! - Chamei meu irmão que veio correndo. - Nós precisamos levar a Marcy pro reino doce. Ela não vai sobreviver aqui. 

 

***

 

Foi um longo caminho até conseguirmos estabilizar minha namorada. Chegamos no Reino doce fazendo um grande estardalhaço, assustamos minha mãe e provavelmente muitas outras pessoas também. Levamos Marceline direto para a ala médica, a tecnologia lá era milhares de vezes mais avançada, o que nos permitiu identificar a substância que Finn deu um jeito de colocar no organismo dela. Por acaso mordomo Menta tinha um antídoto, mas disse que ela ficou tempo demais com aquilo correndo em suas veias, então não sabíamos se ela realmente conseguiria os poderes de volta. O importante é que ela já estava fora de perigo, mas ela não acordou. Nem naquele dia, nem naquela semana, nem naquele mês, nem nos quatro meses que passaram. 

Acordei sem muito ânimo, agora todos os dias eram iguais. Levantei, vesti um conjunto de moletom qualquer, fiz minha higiene matinal e desci para o café da manhã. Encontrei minha família já comendo e lhes dei um bom dia sem emoção, me sentei e comi sem prestar atenção em nada ao meu redor, quando terminei me levantei sem falar nada e segui para a ala médica, onde minha namorada ainda estava em coma. Me deitei na cama dela e abracei sua cintura delicadamente com meu braço esquerdo, com o direito entrelacei nossos dedos. 

_ Oi, meu amor. - beijei sua bochecha gelada. - Espero que tenha dormido bem. Quer assistir televisão? Não? Ok... Eu senti sua falta essa noite... De novo. - suspirei. - Dormir sem você continua chato, não importa quanto tempo passe. Quando você vai voltar pra mim? - meus olhos lacrimejaram e eu apertei meu braço ao seu redor. - Tudo fica sem graça sem você por perto... Me desculpa por chorar de novo, mas você podia voltar logo, não é? Volta pra mim, baby... Por favor. Eu não aguento mais ficar sem você. 

_ Bonnie? - ouvi a voz de meu irmão e enxuguei as lágrimas rapidamente. 

_ Oi. - olhei para a porta do quarto dela, Gumball estava parado lá com Olivia e Arthur. 

_ Você não quer sair? O dia tá lindo, podemos ir naquela confeitaria que você gosta. - Olivia sorriu fraco. 

_ Obrigada pelo convite, Liv. Mas eu não quero sair. Eu quero estar aqui quando a Marcy acordar. 

_ Eu sei que quer, mas você precisa se distrair um pouco. - Gummy disse dessa vez. 

_ Não, eu preciso que minha namorada acorde. 

_ Bonnie, você não pode deixar sua vida parar desse jeito. Ela está assim há quatro meses, quem garante que ela vai mesmo acordar? - Erick entrou no quarto também. 

_ Que merda você está dizendo? É claro que ela vai acordar! - falei sentindo lágrimas escorrendo em meu rosto novamente. 

_ E se não?

_ Por que você tá falando isso? Ela vai acordar sim! - resmunguei me apertando mais ainda contra ela. 

_ Você não tem como saber. - ele disse.

_ Para com isso, Erick. Você não tá ajudando. - Olivia disse o empurrando pra fora. - Sai daqui. 

_ Vocês podem me deixar sozinha com ela, por favor? - pedi. 

_ Mas, Bonnie... - meu irmão tentou argumentar. 

_ Por favor, Gummy... 

_ Certo... - disse e saiu de cabeça baixa, Olivia foi com ele e fechou a porta. 

Foram mais algumas semanas sem fazer nada além de deitar ao lado dela e fazer poucas refeições (que eu era obrigada, porque nem fome eu sentia), até que um dia eu adormeci deitada junto com ela, e acordei sentindo um carinho mais do que lento em minha cabeça. Levantei a cabeça assustada, e foi aí que eu vi aqueles olhos verdes brilhantes, me olhando apaixonadamente. 

_ Oi, bê. - ela disse baixinho, sua voz extremamente rouca. 

_ Marcy! - a abracei apertado e seus braços rodearam minha cintura. - Eu senti tanta saudade, amor... - lá estava eu chorando novamente, dessa vez de alívio em saber que ela estava viva e acordada. 

_ Quanto tempo passou?

_ Seis meses... - sussurrei. 

_ Nossa, foi um bom tempo... 

_ Eu nem acredito que você acordou. - sorri entre as lágrimas e acariciei seu rosto. - Eu achei... Achei que tinha perdido você, baby. 

_ Ah, garota. Você não achou que fosse se livrar de mim tão fácil, achou? - sorriu e beijou meu rosto. - Ainda vai ter que me aguentar por muito tempo, meu bem. 

_ Te aguentar é a coisa mais fácil que já fiz em toda a minha vida. - lhe dei um selinho longo - Vou chamar o médico do castelo pra dar uma olhada em você. Já volto. 

_ Eu não vou sair daqui. - sorriu e eu me levantei. 

Meu coração parecia bater dez vezes mais rápido e eu não conseguia tirar o sorriso do rosto, depois de avisar o médico que ela tinha acordado e ele precisava vê-la, saí correndo pelo castelo, avisando a todos que eu encontrava que minha namorada tinha saído do coma. Fui o mais rápido que consegui até o quarto onde Marshall estava, ele havia se trancado lá uma semana depois que chegamos, não saía pra nada. Se eu estava abalada com a situação de Marceline, Marshall estava o dobro. 

_ Marsh. - chamei e bati na porta. 

_ O que é?

_ Marsh, você precisa vir. É a Marcy. - falei e a porta se abriu rapidamente. 

_ Aconteceu alguma coisa com ela? Não me diga que... - seus olhos lacrimejaram, ele tinha olheiras profundas embaixo dos olhos, vestia uma camiseta amassada e uma calça de moletom velha. 

_ Não, não! Nada aconteceu. Quer dizer, aconteceu mas não foi nada de ruim. 

_ O que foi, então?

_ Ela acordou. - sorri. 

_ Você não está brincando, não é? Não faz isso comigo. 

_ Claro que não, Marsh. Vamos logo. 

_ Vamos! - ele me pegou no colo e saiu voando o mais rápido que podia, quando chegamos no quarto onde ela estava, dessa vez sentada na cama e com todo mundo lá para vê-la, ele me colocou no chão e se jogou em cima da irmã. - Marcy! Me desculpa, me perdoa por não te proteger. - ele chorou agarrado nela. 

_ Está tudo bem, Marsh. O importante é que nós conseguimos. - ela o abraçou de volta. - Você está cheirando a Cheetos e energético, quanto tempo tem que você não toma um banho? - ela resmungou e riu. 

_ Cala a boca, eu tava sofrendo. - ele levantou. - Vem, Gummy. Vou tomar um banho. 

Aos poucos todos foram saindo do quarto, deixando apenas nós duas. 

_ Você não comeu direito durante esses meses, não é? Dá pra ver que você tá bem mais magra. 

_ Eu não conseguia comer nem dormir direito, dormir sem você é frio e desconfortável. E era você quem me mantinha na linha quanto às refeições. - me aproximei da cama e me sentei ao lado dela. 

_ Baby... O que eu disse sobre se cuidar? - passou o braço ao meu redor e eu me aconcheguei em seu corpo. 

_ Eu sei, mas... Eu simplesmente não conseguia. 

_ Tudo bem... Agora eu estou aqui pra cuidar de você direitinho. - beijou o topo de minha cabeça e apenas ficamos ali sem falar nada por alguns minutos, até que ela resolveu quebrar o silêncio. - O médico disse que eu posso continuar sem meus poderes... - suspirou - Então, já que eu sou apenas uma humana comum, teoricamente, eu vou me recuperar aos poucos, o que significa ter que fazer sessões de fisioterapia pra andar, minhas pernas ficaram paradas por muito tempo então talvez não funcionem direito de primeira. - soltou uma risada triste. - Se meu avô já me achava inútil antes, imagine agora. - olhei em seu rosto e seus olhos estavam marejados.  

_ Baby, não chora... Eu tenho certeza que tudo vai ficar bem e você vai conseguir seus poderes de volta... Fica calma, ok? - beijei seu rosto e enxuguei suas lágrimas.

_ Desculpa...

_ Não precisa se desculpar, minha vida. Está tudo bem. - lhe dei um selinho longo e ela me abraçou. - Como você conseguiu se transformar mesmo depois que o Finn tirou seus poderes? 

_ Quando eu vi que você ia se entregar eu só conseguia pensar que eu precisava fazer alguma coisa, então eu pedi pra qualquer coisa que estivesse me ouvindo que eu pudesse te proteger, nem que fosse a última coisa que eu fizesse. Mas eu não sei se eu conseguiria alguma coisa sem a ajuda de todo mundo.

_ O importante é que já passou e você está aqui, viva.

Alguns dias se passaram e ela finalmente saiu da ala médica. Em poucas semanas ela conseguiu voltar a andar normalmente, mas evitava correr. Ela também fazia exercícios regulares, fazia caminhadas de manhã e aos poucos tudo estava voltando ao seu lugar. 

 

***

 

Estava voltando para meu quarto depois de passar o dia inteiro com minha mãe, ela veio buscar Gumball e eu depois do café da manhã e disse que tínhamos que nos ocupar já que resolvemos adiar nossa entrada na faculdade, então passamos o dia inteiro de um lado para o outro com ela. Quando entrei no quarto, Marceline não estava lá, então apenas peguei uma camiseta rosa larga e uma calcinha branca rendada e fui para o banheiro. Tomei um banho demorado e saí do banheiro já vestida, mas para minha surpresa, minha namorada estava me esperando no quarto, toda linda vestindo uma camisa social branca, calça jeans preta apertada, cinto da mesma cor e seu all star de couro preto, havia uma mesa com duas cadeiras no canto, posta para o jantar, meu quarto era bem grande e eu não tinha muitas coisas então ainda sobrava espaço. 

_ Oi. - falei e sorri pra ela. 

_ Oi, Bon.

_ Não sabia que íamos sair pra jantar hoje. - brinquei enquanto me aproximava e ela riu.

_ Eu quis te fazer uma surpresa. 

_ Você tá toda arrumada, espera eu me trocar. - ela me segurou antes que eu pudesse sair correndo pro closet.

_ Você está linda assim, não precisa se trocar. - pegou minha mão e fomos até a mesa, puxou uma das cadeiras e esperou que eu me sentasse antes de ir para a cadeira em minha frente.  - Como foi seu dia? - perguntou e começamos a comer, era macarrão com camarão ao molho branco, acompanhado de salada e vinho, 

_ Cansativo, mamãe só nos deixou parar para o almoço. E o seu? 

_ Foi legal, eu fui com o Marsh pra academia de manhã, depois do almoço nós saímos, comemos, fizemos compras... Ah, eu comprei uma coisa pra você. - se levantou e foi até o closet, voltou rapidamente com uma pequena sacola e me entregou, dentro dela tinha uma pequena caixa com um pulseira de ouro fina e delicada, era linda.

_ Obrigada, amor. - sorri e me levantei para lhe dar um selinho. - E fico feliz que tenha se divertido. - voltamos a nos sentar e terminamos o jantar sob aquele clima agradável, ainda ficamos conversando por um tempinho, até que ela se levantou, pegou o celular, colocou "A Thousand Years" pra tocar e deixou o aparelho sob a mesa. - O que está fazendo, baby? - perguntei quando ela se levantou e estendeu a mão pra mim.

_ Nós não tivemos a chance de dançar coladinhas no baile. - peguei sua mão e ela abraçou minha cintura com o braço direito, sua mão esquerda continuou segurando a minha, apoiei minha cabeça em seu ombro e ficamos ali, dançando juntinhas. - Bê... - chamou.

_ Hmn? 

_ Obrigada, por me esperar... 
_ Não precisa me agradecer, eu nunca desistiria de te esperar. Você é a minha vida e eu amo você mais que qualquer outra coisa. - parei de me mover e a abracei apertado, sentindo seu rosto se escondendo na curva de meu pescoço.

_ Mesmo que eu continue sem poderes? 

_ Essa é a menor das minhas preocupações, o que importa é que você está viva e saudável.

_ Olha... Eu não queria te mostrar porque eu não sei se vai evoluir ou se é tudo que eu vou ser capaz de fazer mas... - apertou os braços em minha cintura e senti meus pés saindo do chão, foi pouca coisa mas já foi o suficiente pra me fazer querer gritar de alegria.

_ Quando isso aconteceu? - perguntei sorrindo e olhei seu rosto enquanto ela me colocava no chão.

_ No começo da semana, eu acordei e saí flutuando pro banheiro, só percebi quando já estava no meio do banho. - riu. 

_ Eu estou tão feliz por você, amor. Isso merece uma comemoração. - sorri maliciosamente e ela mordeu o lábio.

_ E como você pretende comemorar? - foi dando passos pra frente até chegarmos em minha cama. 

_ Você vai descobrir logo logo. - me joguei no colchão e ela ficou por cima de mim, beijando minha boca com paixão. - Eu fiquei morrendo de saudade dos seus beijos durante esses meses, sabia? - sussurrei e voltei a beijá-la.

_ Ah, é? - murmurou entre o beijo e segurou em minha nuca.

_ Uhum. - entrelacei meus dedos da mão direita em seu cabelo enquanto ela descia os beijos para meu pescoço. 

_ Você está me devendo uma noite inteira fazendo amor devagarinho. - ela sussurrou perto de minha orelha, antes de mordê-la.

_ Essa dívida que faço questão de pagar. - respondi e ela voltou a beijar minha boca enquanto sua mão subia por minha coxa esquerda, fazendo o caminho até minha cintura, por baixo da camiseta que eu vestia, o contato de sua mão gelada com minha pele quente fez com que eu me arrepiasse inteira. Levei minhas mãos até os botões de sua camisa, mas ela segurou meus pulsos e separou nossos lábios.

_ Deixa que eu faço isso. - levantou enquanto eu me arrastava sobre a cama para poder admirá-la, me escorei nos travesseiros e ela tirou os sapatos com os pés, retirando as meias em seguida, abriu o cinto de couro preto e o puxou lentamente até que se soltasse, o jogou em qualquer canto do quarto antes de começar a abrir o botão e o zíper de sua calça, que foi a próxima peça a ser tirada de seu corpo, eu só conseguia olhar para suas belas coxas torneadas quando ela começou a abrir os botões de sua camisa, mas meus olhos foram parar novamente em seu rosto assim que ela deixou o sutiã e a camisa caírem no chão, voltou pra cima de mim engatinhando no colchão, ela tinha um expressão divertida no rosto e voltou a me beijar com carinho. 

_ Você é tão linda... - sussurrei segurando em sua nuca.

_ Agradeço o elogio... Mas você é muito mais. - sorriu e puxou minha camiseta, levantei os braços para ajudá-la a retirar aquele pedaço de pano que no momento só atrapalhava, então ela desceu beijando minha mandíbula e pescoço, beijou meu ombro e clavícula e desceu até meu seio direito, que ela também beijou, assim como o esquerdo, então passando para meu abdômen, que ela encheu de mordidas e beijos também. 

_ Baby... A porta... Tranca a porta. - pedi entre suspiros enquanto ela descia mais um pouco, para minhas coxas, ela estava tão concentrada que apenas estendeu a mão na direção da porta e eu pude ouvi-la trancando, acho que ela nem notou que estava usando seus poderes, e eu estava muito ocupada sentindo sua boca em minha pele para avisá-la naquele momento, então apenas fechei meus olhos e sorri quando senti suas mãos puxando minha calcinha por minhas pernas, segurou firme em minhas coxas, as afastando, então colou sua boca em minha intimidade mais do que molhada, chupando meu clitóris lentamente, as vezes descendo sua língua até a entrada e subindo novamente, eu segurava em seu cabelo com a mão direita e gemia seu nome baixinho, deixou sua língua fazendo movimentos lentos em meu clitóris enquanto colocava dois de seus dedos dentro de mim, rápido e forte, do jeito que ela sabe que eu gosto. - Isso, amor... Não para. - pedi enquanto ela subia para me beijar, abafando meus gemidos contra sua boca. 

_ Bê... Goza bem gostoso nos meus dedos, vai. - sussurrou em minha orelha, antes de mordê-la e adicionar mais um dedo dentro de mim. Depois disso foi difícil aguentar seus dedos entrando e saindo rapidamente, em conjunto com seus sussurros falando besteira no meu ouvido. Soltei um gemido arrastado e ela beijou minha boca novamente enquanto eu gozava deliciosamente em seus dedos. 

_ Deus... - murmurei respirando fundo. 

_ Não, Marceline Abadeer. - disse e sorriu, descendo beijos carinhosos por meu pescoço. - Cansou? - deitou ao meu lado e me fitou de pertinho. 

_ Ainda não... - me virei em sua direção e a beijei mais uma vez, segurando em sua nuca, perdendo meus dedos entre seus fios negros novamente, eu nunca vou cansar de mexer no cabelo dela, é tão macio e cheiroso... 

Ela se ajeitou na cama, se escorando nos travesseiros, sua mão foi parar em minha cintura e eu me sentei sobre o volume em sua cueca, ela franziu o cenho quando ri entre o beijo. 

_ Que foi? 

_ Tem alguém animadinho aqui. - rebolei em seu colo lentamente e mordi seu lábio. 

_ Mas é claro, você não tem noção do que você me causa... Seu corpo, seus beijos, seus gemidos... - voltou a beijar meu pescoço. 

_ Então... Já que fui eu quem te deixou assim... Eu tenho que ajudar a resolver, não é? 

_ É sim. Você vai me ajudar, baby? 

_ Mas é claro que eu vou. - desci minha mão por seu abdômen, até colocá-la dentro de sua cueca, sentindo seu membro duro e quente. Me arrastei um pouco para trás e ela abaixou a cueca até o meio de suas coxas, para que eu tivesse liberdade em meus movimentos. Minha mão subia e descia a apertando suavemente enquanto ela se preocupava apenas em gemer contra minha boca, sua mão direita estava apertando minha coxa enquanto a esquerda apertava o lençol. 

_ Bon... 

_ Hmm? 

_ Mais rápido... - pediu levando sua mão até a minha, me ajudando a fazer do jeito que ela queria. 

_ Tá gostoso, amor? Diz pra mim... 

_ Tá... Continua. 

_ Ok... - falei e passei a beijar seu pescoço e orelha esquerda. 

_ Ah! Bonnie... Eu vou gozar... - falou antes de morder meu ombro, abafando seus gemidos. Olhei pra baixo e vi que ela tinha sujado minha mão e sua barriga, me abaixei e me ocupei em lamber todo o seu gozo de seu abdômen sarado. 

_ Eu vou ao banheiro e já volto. - lhe dei um selinho e me levantei, fui até o banheiro rapidamente, lavei minha mão e aproveitei para ver meu estado no espelho, meu pescoço estava todo marcado, minha boca vermelha e inchada e meu cabelo levemente bagunçado. 

_ Amor... - Marcy me chamou e entrou no banheiro, me abraçando por trás, novamente vestindo sua cueca cinza. - Vamos voltar pra cama logo. 

_ Vamos, meu bebê. - abracei seu pescoço e beijei aquela boca linda novamente, eu só queria beijá-la sem parar. - Eu te amo. - sussurrei e ela sorriu. 

_ Também te amo, mô. - me deu um selinho e me pegou no colo, caminhando de volta para minha cama, onde me colocou delicadamente antes de se arrumar entre minhas pernas. - Tem camisinhas aqui? - perguntou olhando nos meus olhos. 

_ Eu acho que deixamos algumas guardadas no closet nas férias do ano passado. - respondi e ela riu. - O quê?

_ É tão estranho dizer "ano passado". Pra mim ainda parece que foram só alguns meses. Nós vamos fazer um ano de namoro mês que vem e eu perdi metade desse tempo... Eu prometo que vou te compensar por esses meses, tá?

_ Não precisa se preocupar com isso, amor. Não foi sua culpa. - lhe dei um selinho longo e mordi seu lábio antes de sorrir maliciosamente. - Você não queria as camisinhas? Vai lá pegar. 

_ Ok. - saiu da cama e entrou no closet, saindo de lá alguns minutos depois com um pacote de preservativos e um vidrinho nas mãos. - Eu achei esse óleo, quer uma massagem? 

_ Eu nunca vou rejeitar uma massagem sua. - respondi e ela sorriu. 

_ Então vira. 

 

P.O.V MARCELINE  

 

Subi no colchão novamente e me sentei sobre as coxas grossas de minha namorada. Derramei um pouco do óleo sobre suas costas e deixei o frasco junto com o pacote de camisinhas sobre a cômoda. Comecei a espalhar o óleo sobre sua pele, massageando suas costas lenta e suavemente, ela fechou os olhos e eu me perdi nos belos detalhes da minha princesa, sua pele clarinha, as pintinhas em suas costas, principalmente uma em formato de coração que ela tem na lombar e eu fiz questão de beijar, desci minhas mãos até seu bumbum redondinho e macio e apertei. 

_ Ei, e essa mão boba aí? - brincou e eu ri. 

_ Você gosta que eu sei. - continuei descendo por suas coxas e panturrilhas, quando terminei saí de cima dela. - Vira, Bon. - falei e ela o fez, ainda de olhos fechados, voltei a me sentar sobre ela, peguei mais um pouco de óleo e espalhei por seu abdômen, subindo para seus ombros e passando por seus seios durinhos, desci por seus braços e ela suspirou quando desci novamente para suas coxas. 

_ Baby, você esqueceu um lugar. 

_ Onde, minha vida? 

_ Aqui... - olhou pra baixo e afastou levemente suas pernas, ela tinha um sorriso safado no rosto. 

_ Você não vale nada, mulher. - respondi e ela riu. - Você quer que eu faça massagem aqui, bebê? - levei minha mão direita para entre suas pernas e ela já estava toda molhada. 

_ Quero... - respondeu e eu esfreguei meus dedos lentamente em seu clitóris, mas não continuei por muito tempo. - Ei, não para... 

_ Calma, amor. - pedi e levantei para retirar minha cueca, peguei um dos preservativos e o coloquei, me arrumei novamente entre suas pernas e posicionei meu membro em sua entrada, deslizei todo o comprimento para dentro dela devagarinho ouvindo seu gemido baixo. - Me avisa se eu te machucar, ou se você quiser parar. - pedi e ela assentiu, apoiei meus braços no colchão, dos lados dos ombros dela, comecei com estocadas lentas porém firmes, ela apoiou as mãos em minhas costas e dobrou o joelho direito, deixando sua perna na altura de minha cintura. Em pouco tempo eu mal conseguia pensar, aquela garota quase é demais pra mim... Tão linda, cheirosa... Quente... E apertada. Meu rosto estava enterrado em seu pescoço enquanto ela arranhava minhas costas e gemia perto de meu ouvido. 

_ Hmn... Marcy... Continua, amor. Eu tô... Perto. - ela disse entre gemidos e eu aumentei a velocidade das investidas de meu quadril, a fazer gemer alto. - Isso, vai... Não para. - mordi seu pescoço e apertei sua coxa que agora envolvia meu quadril. Senti ela me apertando e não aguentei mais, gozei junto com ela... E foi muito bom. - Eu senti tanta falta disso... - ela disse me abraçando apertado. 

_ Você é uma delícia, garota. - falei lhe dando um selinho longo. 

_ Você que é... - beijou minha bochecha. - Acho que chega por hoje, né?

_ Com certeza, tô acabada. - respondi e ela riu. - Quer tomar um banho comigo?  - tirei sua franja de seu rosto delicadamente. 

_ Quero... - abraçou meu pescoço e me deu um beijo carinhoso. - Me carrega. 

_ Você abusa de mim. - respondi e me levantei, saindo de dentro dela e lhe arrancando um sorriso e um gemido manhoso. A peguei no colo e a levei pro chuveiro, durante o banho ela ficou animada de novo, e me retribuiu o oral que eu havia feito nela, com certeza foi uma delícia. Ela é incrível em tudo que faz. 

 

Acordei na manhã seguinte sentindo minha namorada se virando em meus braços, ficando de frente pra mim, ela deixou o rostinho perto de meu pescoço e sua mão esquerda acariciando minhas tatuagens. 

_ Bom dia, meu amor. - falei e a abracei apertado. 

_ Bom dia. - beijou meu pescoço e olhou em meus olhos. - Estou feliz. - sorriu. 

_ Eu também. Sempre fico feliz em acordar do seu lado, minha vida. - beijei sua testa e tentei me levantar, mas a bonita me segurou. 

_ Fica aqui comigo, só mais um pouquinho. - pediu abraçando minha cintura. 

_ Ok... - me virei de frente pra ela e fiquei ali apenas observando seu rostinho por longos minutos, até que ela caiu no sono novamente e eu me levantei de vez, fui até o closet e peguei uma camiseta azul claro, uma cueca branca com a borda cinza, sutiã preto e uma bermuda preta. Levei as roupas para o banheiro e tomei um banho rápido, eu havia lavado o cabelo no dia anterior então não precisaria lavá-lo de novo, me sequei, me vesti e saí do quarto flutuando para não fazer barulho e acordar minha princesa, carregando uma bandeja com os pratos e talheres que usamos na noite anterior. Seria mentira se eu dissesse que não estava feliz por meus poderes estarem voltando, era ótimo sentir que eu estava voltando a ser eu mesma, mesmo que aos pouquinhos. Levei tudo para a cozinha e voltei o mais rápido possível para o quarto de Bonnie, agora com o café da manhã mais caprichado possível mesma bandeja, deixei tudo sobre a cômoda ao lado da cama e subi no colchão novamente. - Bon... - chamei e ela abriu os olhinhos. - Eu trouxe o café da manhã, bê. 

_ Eu dormi de novo, né? - sorriu fraco e sentou na cama. 

_ Dormiu. - respondi com um sorriso no rosto. 

_ Vou escovar os dentes. - levantou ainda sonolenta e foi para o banheiro, voltou poucos minutos depois e se sentou ao meu lado, encostada na cabeceira, peguei a bandeja e deixei em meu colo, ela se inclinou em minha direção e beijou minha boca. - Bom dia, de novo. 

_ Bom dia. - a beijei mais uma vez e ela sorriu. 

_ Que mulher cheirosa eu arrumei. - cheirou meu pescoço. - E prestativa também. - olhou para aquele monte de comida em meu colo. 

_ Você merece. - respondi e começamos a tomar café. 

Os dias em Candy's eram quase sempre iguais, eu passava parte da manhã com a Bon, ia pra academia e ficava com o Marsh enquanto minha namorada e cunhado faziam algo com a mãe, já que meu sogro estava na escola. As vezes o dia era mais tranquilo e eu podia passar mais tempo com minha namorada, então nós saíamos, fazíamos compras, íamos ao cinema e outras coisas. 

Um dia, estava com o Marsh, o Gummy e a Bon no jardim do castelo, depois de contar para os meninos que meus poderes estavam voltando. Marshall ficou empolgado e passou dias tentando achar um jeito de fazê-los voltar de uma vez. 

_ Eu acho que dessa vez vai dar certo. - ele disse animado, sem se deixar abalar pelas várias tentativas que falharam. 

_ Eu não sei se quero continuar tentando. - falei colocando as mãos nos bolsos da bermuda de moletom que eu usava, Bonnie estava me abraçando por trás. - Eu não fiz nada pros meus poderes começarem a voltar, então deve ser só esperar que eles voltam. 

_ Não custa nada tentar, baby. - ela disse e beijou meu ombro, suspirei, o que eu não faço por essa garota?

_ O que você tem em mente? - perguntei já me arrependendo em seguida. 

_ Bom... Talvez você não tenha recebido incentivo suficiente, você disse que só conseguiu se transformar no baile porque queria salvar a Bonnie. 

_ E daí?

_ Talvez se ela precisar ser salva de novo, você consiga. 

_ Eu não vou colocar a Bonnie em perigo só pra você testar sua teoria idiota. - cruzei os braços. 

_ Mas e se ele estiver certo, amor? - minha namorada perguntou. 

_ Você não tá falando sério, né? Só pode ser brincadeira você achar que eu vou concordar com isso. Eu posso viver sem os meus poderes, ou com eles pela metade, que seja, mas não vou fazer você se arriscar por um plano que nós nem sabemos se vai dar certo. 

_ Mas eu sei o quanto você sente falta de ser... Você mesma. Eu sei que você fica frustrada por não conseguir mais me agarrar e sair voando por aí comigo no colo, ou só de poder voar o mais alto que você conseguir, tanto que as pessoas começam a parecer formiguinhas andando na terra, de poder se transformar no morceguinho mais fofo que eu já vi... - sorriu - Você é uma vampira com poderes incríveis, nunca vai se contentar em não ser. - terminou de falar e meus olhos lacrimejaram.

_ Mas e se eu não conseguir...?

_ Então nós vamos continuar tentando. - me abraçou e me deu um selinho. 

_ Eu sinto que vou me arrepender disso... - suspirei - Qual o plano? 

_ Você vai ver. - Meu irmão respondeu e passou por mim rápido como um raio, levando minha namorada com ele e voando tão alto que eu mal conseguia vê-los. 

_ Ele não vai fazer o que eu tô pensando, vai? - resmunguei para Gumball. 

_ Eu acho que ele vai... - ele respondeu e nós só ouvimos o grito agudo que ela soltou quando começou a cair. Fiz o máximo de esforço que eu podia pra voar até ela, mas eu não conseguia passar de poucos metros do chão, e ela continuava caindo de muito alto, com toda certeza ela não sobreviveria ao impacto, foi como se algo dentro de mim que estava trancado fosse aberto, então eu voei o mais rápido possível até ela e a peguei no colo. 

_ Peguei. - sorri e ela me abraçou apertado, ela estava ofegante e suando um pouco, seu coração batia rápido como um louco. - Eu vou matar o Marshall. - resmunguei indo deixá-la no chão novamente. 

_ Você conseguiu, maninha! - Marshall veio todo sorridente  para perto de mim e eu lhe dei um chute o estômago que o fez voar para vários metros longe de nós, rachando a parede em que ele bateu. - Por que fez isso?! - ele gritou passando a mão sobre a barriga e voltou para perto de nós. 

_ Pra você nunca mais fazer nada que possa machucar minha princesa. - a abracei pela cintura e ela riu. 

_ Pelo menos a sua força voltou também. - Gumball disse rindo. 

_ Temos que testar as outras coisas. - Marsh falou. - Tenta se transformar em alguma coisa, pode ser um morcego mesmo, é um dos mais fáceis. - assenti e fiz o que ele pediu, mas curiosamente eu não conseguia voar. 

_ Você tentou se transformar em que? - Bonnie perguntou. 

_ Um morcego, ué. - respondi com minha voz incrivelmente aguda, era o que acontecia quando eu me transformava em coisas pequenas, eles começaram a rir descontroladamente. 

_ Certo, acho que você precisa praticar um pouco mais, gatinha. - Bonnie disse e me pegou no colo, me mostrando como eu estava com a câmera frontal de seu celular. 

_ Pelo menos eu virei uma gata linda. - falei e ela riu. 

_ Você é linda sempre. - me abraçou apertado e eu esfreguei o nariz em sua bochecha. - Ai, amor. Que nariz gelado. - ela riu e eu pulei de seu colo, me transformando de volta para minha forma normal. 

_ Certo, pelo menos você consegue se transformar em alguma coisa. - Marshall riu e eu movi minha mão em sua direção, atirando nele uma pedra que estava por ali. - O que que foi agora? - fez uma cara indignada. 

_ Nada, só quis testar. - ri e ele revirou os olhos. - Vamos ver se eu consigo sugar sua alma... 

_ Sai daqui, doida. - ele disse apavorado e eu ri mais ainda. 

_ Falta ver se ela consegue se curar. - Gumball lembrou. 

_ Isso eu posso descobrir mais tarde quando eu for te encher de marquinhas. - Bonnie sussurrou em meu ouvido e beijou meu pescoço. 

_ Ah, eu vou amar. - respondi e ela sorriu. 

_ Nojentas. - Marshall falou e eu o encarei séria. 

_ Quer apanhar?

_ Bruta. 

 

***

 

ALGUNS ANOS DEPOIS...

 

_ Se curvem perante o rei e a rainha de Candy's. - todos se levantaram e se curvaram em respeito. 

Finalmente Bonnie e Gumball foram coroados, eu não podia estar mais orgulhosa do meu bebê e do meu melhor amigo, foi um longo caminho até eles se sentirem preparados para reinar. Meus sogros agora iriam tirar longas férias viajando por aí, eles sabiam que o Reino doce estaria em boas mãos. 

_ Você conseguiu, amor. - falei quando entramos em nosso quarto, afinal agora nós moramos todos juntos no castelo. 

_ Eu mal posso acreditar que eu sou uma rainha de verdade. - sorriu e eu fui ajudá-la a retirar a coroa e o vestido enorme e cheio de babados que ela usava. - Obrigada por estar sempre comigo. - ela disse quando terminamos de tirar aquele monte de tecido de cima dela, vestiu apenas um pijama de cetim rosa claro. 

_ Você não precisa me agradecer por nada. - coloquei uma mecha de seu cabelo atrás de sua orelha. - Você é o amor da minha vida, eu sempre estarei com você. - a abracei e beijei sua testa. - Mas tem uma coisa que eu quero te perguntar. 

_ O que, baby? - a soltei e me afastei poucos passos. 

_ Eu não sei direito o que dizer... Nunca fui muito boa em dizer o que eu sinto, mas por você eu prometo tentar. - sorri - Eu sou muito feliz por ter tido a sorte de encontrar alguém que fosse tudo pra mim, você foi e é minha melhor amiga, meu primeiro amor, minha namorada, a garota que me fez e ainda faz ter borboletas no estômago. Toda vez que você está comigo meu coração começa a bater mais forte, acho que ele percebe que a dona dele está por perto. - disse e ela riu - Você é tudo pra mim, é o meu mundo e... Eu queria perguntar se você... - me coloquei de joelhos e os olhos dela lacrimejaram, peguei a pequena caixa preta em meu bolso e a abri. - Se você aceita se casar comigo. Aceita ficar ao meu lado pelo resto de nossas vidas? 

_ É claro que eu aceito, baby. - respondeu e me abraçou apertado, logo nós duas estávamos chorando, mas de felicidade. Coloquei o anel dela em seu dedo e ela colocou o meu em meu dedo, guardamos as alianças de namoro na caixinha, não queríamos nos desfazer delas. - Esse é o melhor dia da minha vida, até agora. - sorriu e me beijou apaixonadamente, abraçando meu pescoço enquanto eu segurava em sua cintura.  

_ Espera, amor. - pedi quando ela começou a me puxar em direção a cama. 

_ O que foi? 

_ Eu quero te mostrar minha tatuagem nova. - falei e ela deu um sorriso malicioso. 

_ Eu vou adorar procurar sua tatuagem nova, baby... Eu conheço cada pedacinho do seu corpo. - beijou meu pescoço enquanto puxava minha gravata, desfazendo o nó nela, começou a desabotoar minha camisa, a tirando do meu corpo em seguida, ficou atrás de mim, passando as mãos por meu abdômen enquanto beijava meus ombros, retirou também meu sutiã. - Ela não está na parte de cima, então... - voltou para minha frente e abriu meu cinto. - Só nos resta a parte de baixo... - beijou minha boca e eu abracei sua cintura, passei a beijar seu pescoço enquanto ela abria o botão e o zíper de minha calça. Se ajoelhou e me ajudou a tirar os sapatos e as meias, puxou minha calça para fora de meu corpo e começou a beijar meu abdômen, com suas mãos segurando minhas coxas, deslizou sua mão direita até a barra de minha cueca e a puxou levemente para baixo. - Ah, achei. - sorriu e beijou a tatuagem em meu quadril esquerdo, que antes estava escondida pela cueca cinza. 

_ Gostou? 

_ É linda, amor. Mas você já tem um "B" no braço... 

_ Eu sei, aquele é de "Bubblegum", esse aqui é só seu, minha rainha. Vem cá. - a puxei para cima e praticamente ataquei sua boca, segurei em suas coxas e a peguei no colo, a carregando até a cama. - O que você acha de fazer alguma tatuagem? - perguntei quando já estávamos na cama, eu em cima dela, beijando seu rosto e pescoço. 

_ E o que você acha que eu deveria tatuar?

_ Eu não sei, bê. Algo que você goste muito. 

_ Vou pensar nisso, mas não agora. - Nos virou na cama e tirou a parte de cima de seu pijama. - Agora eu só quero pensar em todas formas possíveis de te dar prazer. 

 

***

 

Os dias em Candy's eram calmos, todos amavam o rei e a rainha, o que não era difícil de acontecer. Bonnie e Gumball governavam com justiça e sabedoria, pensando sempre no bem maior. Ao fim do dia, as vezes nos reuníamos para conversar, assistir e comer, como fazíamos na adolescência. Eu e Bonnie nos casamos cerca de quatro meses depois que fiz o pedido, foi uma cerimônia linda e emocionante. Depois de três anos tivemos nosso primeiro bebê, uma linda menininha, saudável, com os cabelos cor-de-rosa de minha esposa e meus olhos verdes. Mas não fiquem tristes por perder os detalhes, vemos vocês no bônus. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Tchauzinho. 

 

 


Notas Finais


E então?
Curtiram?
Espero sinceramente que sim.
Obrigada por acompanharem essa história desde o começo, vocês são guerreiros hein KSKSKSKSK
Amo vocês, pandinhas.
Comentem bastante pra deixar a tia feliz.
Até o bônus, mas tenho outras coisas pra postar antes, inclusive a fic nova, fiquem ligados e me sigam.
Kisses ❤️😉


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