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História Rude - Chandelier


Escrita por: mxrmaids

Notas do Autor


Aqui está um novo capítulo, esperamos q gostem.
Boa leitura.

Capítulo 5 - Chandelier


 

Paramos o beijo por falta de ar. Eu queria repetir e dar na cara dele ao mesmo tempo. Minha respiração ainda estava acelerada.

– Você não beija como a garota loira — olhei pra ele incrédula. — o seu é mil vezes melhor — ele disse ao pé do meu ouvido, logo depois me soltando, me deixando sozinha. Tentei recuperar meu fôlego e comecei a andar desnorteada.

A bebida ou a droga, já não sabia mais, ainda estava na minha cabeça e eu só queria esquecer o que tinha acontecido. Eu não iria morar de jeito nenhum um mês com o Gilinsky e um monte de garotos. Me sentei na beira da piscina com as minhas pernas dentro da água.

Tudo a minha volta rodava e eu me sentia prestes a desmaiar. Fechei e reabri meus olhos. 

– Thalia, não é? — Demorei uns segundos para responder, esperando a minha visão entrar em foco para ver o garoto sentado do meu lado, Shawn, eu acho.

– Isso, você é o...

– Shawn.

– Shawn? Sua mãe não tinha um nome pior não? — ele não respondeu nada, só riu.

– Você ta bem?

– Tirando a parte de que eu vou ter que morar um mês com o Gilinsky, sim, eu estou ótima.

Ele cuspiu o líquido que estava na sua boca de volta no copo.

– Me explica isso.

– Vai beber isso ainda? — perguntei ignorando sua pergunta. Ele fez que não com a cabeça, eu peguei o copo de sua mão e virei tudo de uma vez só.

– Eu perdi uma aposta, eu perdi a merda da aposta.

Levantei e o deixei sozinho, ele era chato, onde estava o copo? Eu queria dançar com o copo. Ah copo, você podia me ensinar uns passos de legais. 

Entrei na sala e estava começando a tocar uma música boa que falava sobre se balançar no lustre. Eu subi na mesinha que tinha no meio da sala, derrubando copos no chão, peguei um copo que estava com uma bebida qualquer na mesa e virei a mesma. A música era muito legal e eu tentava me movimentar na batida.

Procurei outra bebida, mas eu tinha derrubado todas no chão, chamei um garoto que estava perto de mim e pedi um pouco do líquido que estava no seu copo, ele me entregou e eu voltei a dançar. 

Beta apareceu fazendo sinais e gritando, mas eu não consegui ouvir o que ela dizia. Puxei ela pra cima da mesinha comigo. Ela parecia estar menos estressada e começou a dançar comigo. A gente balançava no ritmo da música, ou quase isso, eu nunca fui de dançar muito bem. Beta investia em idas até o chão e tentei me lembrar de como a garota a loira dançava, mas quando abaixei acabei caindo, Beta começou a rir e eu também.

Estava cansada demais, fiquei ali cantando alto, deitada no chão, as pessoas quase caiam em cima de mim. Estava de olhos fechados quando sinto alguém me pegando no colo.

– A festa acabou super sereia — Jack disse enquanto me levava para fora da casa.

– Jack... Você me beijou — eu comecei a rir, não tinha um motivo, mas aquilo era engraçado — Quer me beijar de novo? Eu quero te beijar de novo, quero?

– Não.

– EU QUERO BEIJAR O JACK GILIS DE NOVO — eu cantarolava enquanto Jack me colocava no banco de trás do carro do Nash, eu acho.

– Não quero te beijar de novo — ele disse.

– HÃ? VOCÊ É DOIDO? — eu comecei a chorar sem um real motivo, eu soluçava e me debatia no banco de trás do carro, enquanto Jack dava a volta e entrava no banco do motorista.

– Por que raios você ta chorando? Cala a boca — ele deu partida com carro.

– Porque você não quer me beijar de novo.

Ele não me respondeu mais, só bufou e continuou dirigindo.

***

Minha cabeça doía, meu corpo todo parecia ter sido triturado, abri os olhos devagar e me deparei com as paredes pretas do quarto de Jack. Bufei. A ultima noite passava como um filme de terror. A bebida azul. A piscina. O copo dançante. A aposta. O beijo. 

Toquei meus próprios lábios. A esperança de que aquela noite fosse apenas um sonho se foi quando voltei olhar para o quarto.

A Felicidade que eu sentia ontem se esvaía. A vontade de ficar naquela cama para vida toda crescia cada vez que imagens da festa se formavam com mais clareza na minha cabeça. Eu estava sozinha no quarto, levantei devagar, sai do quarto e fui andando na direção do banheiro, meu reflexo era um lixo, meu cabelo estava um trapo, eu estava um trapo.

– Thalia? — Ouvi Jack chamando.

– No banheiro — respondi.

– E aí, super sereia, tudo bem? — ele estava com um copo d'água na mão e um comprimido na outra — toma, você vai precisar — ele estendeu as mãos, eu peguei o remédio e o engoli. 

– Obrigada. Droga, perdi a faculdade.

– E ainda me fez perder aula também.

– Não pedi para você me trazer pra cá. Aliás, não te pedi muitas coisas.

– Ah não, esse papo enrolado não, você nunca disse que eu não podia te beijar.

– Eu nunca disse que podia — Falei enquanto voltava para o quarto.

– Tanto faz. 

– Tanto faz não, tenho que voltar pros dormitórios.

– Amor, está se esquecendo que vai passar um mês comigo?

– Eu preciso ir pegar minhas coisas.

– Ta, eu chamo um taxi pra você.

– Nossa, obrigada - revirei os olhos.

– De nada — ele disse fechando a porta do quarto. Idiota. Queria saber onde eu estava com a cabeça quando apostei com ele? 

Tentei ajeitar meu cabelo prendendo ele em um coque, coloquei minhas sapatilhas e corri meus dedos tentando desamarrotar o vestido de Beta, mas era um caso perdido. 

A fraternidade estava cheia de barulho de vozes masculinas rindo e gritando no andar de baixo. Do banheiro comunitário saía um garoto só de toalha. A cozinha da casa estava lotada de garotos tomando café da manhã e eu me perguntava se algum deles estudava mesmo.

Jack estava me esperando na porta da entrada.

– O taxi já chegou.

Passei por ele, abri a porta sem falar nada, estava com ressaca, minha vida está uma bagunça e tudo por causa de um garoto babaca.

Abri a porta do taxi, mas fui impedida de entrar. Jack segurou meu braço, e se aproximou de mim, soltei minha repiração pesada.

– Espero que cumpra a aposta — Acho que foi a primeira vez que o vi sério.

– Eu vou Jack.

– Posso te perguntar uma coisa?

– Pode — o sorriso voltou no para seu rosto. O motorista do taxi já estava impaciente dentro do carro.

– Por que quer que eu more com você?

– Algum dia eu te respondo — ele piscou e voltou a entrar no casarão e eu entrei no taxi.

– Para NYU, por favor.

Eu realmente não entendia Jack.

Meu celular tocou, era a Beta, eu não estava com paciência pra dar explicações. O taxi parou na entrada dos dormitórios e dei uma nota de vinte pro taxista e desci sem esperar pelo troco.

– Thalia aonde você estava? — Beta abriu a porta depois de eu quase ter arrombado a mesma, eu não tinha a mínima ideia de onde foi parar a minha chave.

– Na Sigma Tau.

– O QUE? THALIA VOCÊ PASSOU A NOITE LÁ?! — Beta andava de um lado para outro, batendo os pés nervosos no chão.

Revirei meus olhos, ela provavelmente estava pensando que eu transei com o Jack.

– Fica calma, eu não transei com o Jack, não que eu me lembre — forcei minha mente, não eu não tinha feito aquilo, me lembrei da aposta — Beta.

– O que?

– Me prometa que não vai gritar.

– Mas... 

– Me prometa.

– Ta, ta.

– Eu perdi uma aposta, eu vou ter que morar um mês na mesma fraternidade do Jack e acompanhar ele em todas as festas — disse o mais rápido possível, quase me embolando com as palavras. A reação de Beta não foi uma das melhores.

– NÃO THALIA, VOCÊ NÃO FEZ.

– Eu fiz. — disse me encolhendo na cama.

– VOCÊ NÃO VAI, NÃO VOU DEIXAR.

Ela foi até a cabeceira e pegou seu celular.

– O que você vai fazer Beta? — perguntei, mas não obtive resposta. Ela só me fez ficar sentada do seu lado ouvindo enquanto ela deixava bem claro para o Jack que ele nunca mais podia sequer pensar em falar comigo ou ela cortaria o pênis dele, doloroso.

Tomei um banho e me joguei na cama, absorta em meus pensamentos, foi assim que fiquei o dia todo.

 

 

Uma batida na porta. Esfreguei meus olhos e liguei meu abajour, fui andando devagar até a porta prendendo meu cabelo. Mais duas batidas na porta. 

– Abre logo essa merda Thalia — reclamou Beta enquanto se remexia na cama.

– Estou tentando encontrar a porcaria da chave — eu disse enquanto remexia a gaveta de Beta, onde ela guardava a chave da porta.

– Achei! — disse levantando a chave no alto e indo em direção a porta. 

Jack entrou com tudo no quarto e tateou a parede até encontrar o interruptor.

– MAS QUE MERDA VOCÊ TA FAZENDO AQUI JACK? — Beta gritou.

– Cala a boca Beta, Thalia, pega suas coisas, vamos.

Ele estava totalmente bêbado e cambaleava tentando ficar no lugar.

– EU JÁ DISSE QUE ELA NÃO VAI A LUGAR NENHUM COM VOCÊ.

– Sabe qual é o seu problema Beta? Você quer ser a rainha, a Thalia vem comigo, não vem Thalia? — ele pegou meu braço e me puxou pra perto dele.

– Jack, eu amo você, você é meu melhor amigo, mas se você não for embora agora e deixar a Thalia em paz, eu juro por tudo que é mais sagrado que eu vou chamar a polícia do campus.

– Não, não precisa Beta — eu disse. Eu tinha começado a aposta, eu tinha que cumprir — Eu vou com você Jack, só me da dois minutos pra recolher as minhas coisas.

– Ta — ele respondeu soltando meu braço.

– O que?! Você não vai fazer isso Thalia, Thalia, Thalia! 

Eu não ouvia o que ela estava dizendo, pegava roupas, livros e colocava tudo dentro de uma mala. Fui até o banheiro, peguei meu secador, minha escova e coloquei dentro de uma frasqueira junto com meus perfumes e cremes.

– Vamos? — perguntei pro Jack, ele fez que sim com a cabeça e pegou minha mala — Depois eu falo com você Beta.

Ela não olhou pra mim, bateu a porta na minha cara.

– Vamos — Jack sorriu.
 


Notas Finais


Então, o q acharam super sereias (vms chamar vcs assim pq somos retardas)? Comentem!!!
Se quiserem falar com a gente no tt: @rudefanfic @putinhaodair e @bundadocam
Até a próxima pessoal.


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