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História Ruined Dreams - Break My Fall


Escrita por: WeekendWarrior

Notas do Autor


Desculpem pela demora. Obrigada por todos os comentários e favoritos.
Pessoal, estou apaixonada pela nova capa da fanfic, qual ganhei!♥
Boa leitura.♥

Capítulo 4 - Break My Fall


Fanfic / Fanfiction Ruined Dreams - Break My Fall

 

 

Como assim ele não me reconhece?

Eu queria gritar e fazer a maior cena. Como assim? Será que fui apenas uma vadiazinha oferecida na lista dele? Não, não, não. Ele realmente não pode ter esquecido aquela noite. Guardei aquele dia com tanto carinho… Senti-me uma adolescente boba novamente.

Mantive meu autocontrole e fingi que essa tormenta estúpida não havia me abatido. Fiz de conta que suas palavras não haviam me atingido. Mas realmente era impossível… Ele não se lembrava de mim. Disse isso com tanta convicção.

– É, não nos conhecemos – tentei soar normal.

Michael sorriu e falou:

– Jake, Lizzy. Lizzy, Jake – nos apresentou.

Forcei um sorriso e tentei não lhe encarar firme nos olhos. Jake me estendeu a mão, retribuí o aperto.

– Prazer. Jake. – disse num tom baixo.

Seus olhos estavam firmes em meu rosto. E droga, como ele estava lindo. Eu sempre carreguei aquela antiga imagem dele, um belo garoto, mas agora o que vejo é um homem maduro… incrivelmente atraente.

– Lizzy – proferi num cumprimento.

Aquele toque apenas serviu para trazer de volta todas aquelas antigas lembranças, que pelo meu ver, haviam sido esquecidas por Jake.

– Ela morou aqui há alguns anos – falou um animado Michael que ainda tinha um de seus braços em meus ombros – Nunca se viram? Ela deixou a cidade faz mais ou menos uns nove anos.

Procurei pelos olhos do moreno alto. Sua aparência estava tão diferente, amadurecido. A pele parecia mais clara, os olhos ainda mais brilhantes. A barba o dava um ar de intimidador. Se encaixando perfeitamente em meus moldes de garota apaixonada.

– Não, nunca nos vimos.

Nesse momento uma raivinha boba preencheu meu corpo novamente. Eu aqui, guardando aquela memória com tanto carinho, enquanto o panaca parece não se lembrar de um mísero segundo daquela noite.

Me sinto mais idiota ainda por me ofender com isso. Foi apenas uma noite… Mas algo especial aconteceu lá, eu senti.

Apenas forcei um sorriso para não deixar que palavras idiotas escapassem de minha boca.

– Lizzy voltou de vez, não é mesmo? – assenti sorrindo para o loiro – Ei, Jake – o rapaz colocou o dedo sobre os lábios e pensou um segundo de cenho franzido – Você não estava precisando de uma nova garçonete? – Jake assentiu seriamente, pra falar a verdade, até agora, ele não havia dado um mísero sorriso – Ela está precisando de um emprego e bom…

Dei um empurrãozinho em Michael, qual o fez tirar seu braço de meus ombros.

– Michael… eu não… – balbuciei.

Ele sorriu.

– Estou querendo te ajudar, querida.

Pensei por um segundo, depois olhei para Jake que me olhava com interesse.

– Você quer o emprego? – perguntou-me sério.

Trabalhar para Jake? Calma… Jake? O garoto, agora homem, lindo e delicioso, por qual me apaixonei quando adolescente, que havia me dado meu primeiro orgasmo… Eu? Trabalhar para ele? Meu amado Deus, que brincadeira estúpida é essa que está fazendo comigo?

Não pensei duas vezes antes de responder:

– Quero – falei colocando uma mecha de cabelo pra trás da orelha.

Ele assentiu em silêncio, um meneio leve de cabeça.

– Amanhã às seis da tarde esteja aqui para, digamos, um teste.

Então um sorriso se insinuou naqueles lábios bem-feitos.

– Tudo bem e obrigada pela chance.

Cacete! É isso real mesmo?

– Ótimo! – exclamou Michael – Jake é um ótimo patrão, Lizzy. Garanto que se darão muito bem – não resistindo procurei aqueles olhos azuis pela milionésima vez – Mas agora falando sério, estou morrendo de fome.

Sorri amarelo para os dois, isso estava desconcertante pra mim. Droga! Nem em mil anos esperava por isso, revê-lo e ainda possivelmente poder trabalhar pra ele, porém eu precisava desesperadamente desse emprego, necessito do dinheiro.

– Também estou faminta – falei.

Logo eu e Mike nos afastamos do homem de olhos azuis e sentamos em nossa mesa. Fizemos nossos pedidos e ficamos a conversar, ria das palhaçadas de Mike e dos demais na mesa. Havia tanto tempo desde que ri assim, descontraidamente. Atualmente estive num estado mais apático, situações me levaram a isso.

Era bom sair e se divertir, não ter preocupações e esquecer que sua vida é um caos. Empurrei tais pensamentos para longe, não era o momento. Dei uma olhada ao redor do cheio recinto, no fundo eu procurava por um ser específico, Jake. O maldito estava tão lindo!

Mordi meu lábio inferior e senti-me um pouquinho magoada, meu lado romântico e um tanto infantil fazia-me sentir assim, um tanto traída. Pois mantive aquela noite como a lembrança de um belo passado… Meneei a cabeça.

– Tudo bem, Lizzy? – indagou-me Michael, colocando sua mão sobre a minha, tirei minha mão devagar.

– Tudo ótimo, um pouco cansada só.

O dia foi extremamente puxado pra mim, a imagem de minha cama pairava sobre minha cabeça. Preciso dormir urgentemente, se não corro o risco de cair aqui.

– Não está pensando em já ir, não é?

Dei de ombros.

– Estou morta de cansada – passei os dedos nas têmporas – Melhor que eu vá.

Michael fez uma cara de “não vá”.

– Ainda é cedo, mas você quem sabe.

Fui logo me levantando, tirei algumas notas da carteira e deixei sobre a mesa.

– Tenho mesmo de ir. Já o dei meu número, ligue-me quando puder.

O loiro abriu um enorme sorriso. Levantou-se e me abraçou.

– Quer que eu a acompanhe até o carro?

Neguei com um aceno de cabeça, toquei seu ombro.

– Não precisa, fique aqui – sorri para eles e depois para os demais na mesa – Tchau pessoal, tchau Michael e obrigada.

– Eu que a agradeço por vir – sorriu-me.

Dei um pequeno aceno e parti. Enquanto caminhava para fora do bar, segurava um bocejo. Soltei um suspiro e saí do bar. Lá fora uma leve e gelada brisa abraçou meu corpo, tão bom.

Ia logo me direcionando até meu carro, porém paro quando encaro uma figura, ele estava de costas. Jake. Estava falando no celular, parecia um tanto nervoso.

– Já entendi, Rachel – falava num tom autoritário – Amanhã vemos isso, ok? – ele bufou – Não, tudo bem. Amanhã, então. Eu te ligo, boa noite.

Desligou o aparelho e soltou um suspiro exasperado.

Bom, eu sei que é errado escutar a conversa dos outros, mas fiquei ali, parada, como uma panaca a encarar suas costas. Ele vestia uma camiseta jeans escura de botões e uma calça jeans clara, coturnos nos pés. Eu praticamente fazia uma inspeção em seu corpo.

O homem apoiou um dos braços num carro e ficou parado encarando os pés, do nada virou-se e me viu ali. Juro que fiquei sem reação, estava parecendo uma idiota. Limpei minha garganta e sorri.

– Lizzy – falou num modo de cumprimento.

Soltei o ar de meus pulmões e aproximei-me convicta. Alguns passos e eu já estava próxima a ele. Umedeci os lábios e franzi o cenho antes de falar:

– Bom… Sabe, é meio… é meio impossível…

A face dele transparecia confusão.

– O que é impossível?

Pigarreei e comecei a torcer meus dedos.

– É impossível que você tenha esquecido. – falei um pouquinho desesperada – Aquela noite, lembra? Anos atrás… A festa e depois o bar, bem aqui – apontei pro recinto atrás de mim – Sou eu a garota… – qual você disse ser especial, pensei em dizer, mas não o fiz – dos cigarros cor-de-rosa.

Tentei sorrir em esperança. Sentia-me desconcertada e um tanto idiota.

Jake encarava meu rosto com intensidade, talvez lembrando daquela noite. Ele deu sorriso de canto que logo se tornou um sorriso completo, qual depois sumiu.

– A garota que foi embora sem ao menos me avisar? Sim, eu lembro.

Não sabia se ficava feliz ou triste com isso. Ele apenas visou o lado infeliz dessa história.

– Sim, eu mesma – falei um tanto alegre – E me desculpe por isso, não tive escolha na época.

Ele deu de ombros.

– Foi importante pra mim na época, meu jovem ego ficou ferido – riu descontraído.

Sorri de sua afirmação, porém ele tinha razão. Eramos jovens e com os hormônios falando altíssimo. Sentia-me um pouco mais feliz ao saber que ele me lembrava agora.

– Entendo. Isso tudo é muito doido, porque pensei que nunca mais voltaria, porém voltei.

Olhei pra baixo e depois procurei por seu olhar.

– Até mesmo já tem um relacionamento.

Espantei-me por um segundo.

– O que? Como assim?

Ele riu de minha atitude.

– Você e Michael. Não estão…?

– Não! – o interrompi e balancei a cabeça negativamente – Não mesmo – depois ri.

Poderia jurar que vi algo novo naquele olhar, poderia ser loucura minha, mas vi um tipo de alívio e desejo. Involuntariamente procurei por um anel na mão esquerda de Jake, anelar vazio…

– Ele parece bem interessado em você.

– Não, nada a ver, não mesmo.

Ele sorriu dando de ombros, se movimentou e passou por mim dizendo.

– Então a vejo amanhã às 18:00 horas?

Assenti sorrindo.

– Sim, com certeza. Preciso muito desse emprego – falei pesarosa.

Ele ficou a encarar-me, olhar firme, feição séria. Seus olhos perscrutavam minha face sem pudor, um acanhamento me abateu. Fazia tempo que não me sentia atraída por um homem e com ele foi instantaneamente.

– Você está tão diferente. – sua voz era mansa – Diferente, tipo… muito bonita.

Ri encabulada de sua afirmação um tanto embolada.

– Obrigada. Você também… Bom, não está nada mal.

O homem cruzou os braços e abriu um lindo sorriso. Deus, ele é tão belo quando sorri. Se eu conseguir esse emprego, será o fim de minha sanidade mental, espiritual e sexual! Socorro! Falando em sexo, já faz algum tempo que não prático, devo estar enferrujada.

– Eu não a reconheci no exato momento, sabia que a conhecia de algum lugar. Vocês me pegaram num momento ruim, estou com alguns problemas.

Pisquei os olhos algumas vezes.

– Não, tudo bem, acontece. Espero que resolva os problemas, quaisquer que sejam.

Ele assentiu pensativo.

– Obrigado, mas agora preciso mesmo entrar. Até amanhã, Lizzy.

– Até, Jake.

Deu-me um aceno de cabeça e virou-se em direção ao bar, logo ele sumiu através da porta e não contendo-me sorri. Andei apressada até meu carro.

Ele lembrou-se! Jake me reconheceu, sei que fazem anos, mas… sei lá, foi especial para ambos, pelo menos eu acho isso. Soltei mais um sorriso e dei partida no carro.

Logo um nervosismo me apossou, pois amanhã faria meu teste para o emprego e eu necessito dele! Preciso do dinheiro, preciso virar-me de algum modo e não tenho ninguém para correr, a não ser Mary.

Suspirei pensando na ruiva, sentia tanto a falta dela, a ligaria amanhã mesmo. Agora ela era uma mulher de negócios bem-sucedida, tenho orgulho de minha melhor amiga.

 

Entrei em casa cansadíssima, subi as escadas quase me escorando pelo corrimão de madeira. Adentrei o amplo quarto, comecei a me despir. Fui até o espelho da penteadeira e desabotoei minha gargantilha, abri a caixinha de joias e no exato momento ao encarar uma joia em questão, meu mundo pareceu ficar negro, por um instante imagens vieram em minha mente.

 

– Estamos ricos, Liz! Ricos!

Minhas sobrancelhas se juntaram e um sorriso fez-se em meus lábios.

– Mas como? De onde todo esse dinheiro?

Perguntei me aproximando da mochila sobre a cama.

– Nem importa de onde veio, o que importa é que, de onde veio esse, tem muito mais.

Meu homem sorria enquanto bebericava seu licor. Sorri e meti a mão no dinheiro dentro da mala, era suspeito, porém ao mesmo tempo fascinante. Nunca havia visto tanto dinheiro assim na minha vida.

– Você é louco, Jim – falei e abri um sorriso.

Ele veio até mim e me abraçou por trás.

– Posso comprar o que você quiser, Liz.

Abri um sorriso, qual sumiu na mesma hora. Peguei uma nota de dentro da mochila, a mesma estava encharcada de… Cheirei a nota… Era sangue.

– James, o que é isso? – perguntei o mostrando aquilo.

A alegria de meu rosto havia sumido.

– Caramba, Liz – ele pegou a nota de minha mão e botou na mala novamente, a fechou – Não é nada.

– É sangue… – sussurrei.

Ele ficou a encarar-me, não desmentiu. Saiu apressado do quarto, deixando-me ali, sozinha, com a mente a mil.

– Sangue… – balbuciei e sentei na cama.

 

Peguei o anel dourado, que um dia tanto significou pra mim e agora, significava um enorme nada. Segurei as lágrimas, guardei aquele maldito objeto e fui deitar-me. Embolei-me no lençol e fechei os olhos, mais imagens e lembranças vieram.

Até quando isso irá me perturbar? Me perseguir? Me arruinar?


Notas Finais


Segredos, segredos, segredos! rsrsrs
Obrigada por lerem.
xx♥


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