1. Spirit Fanfics >
  2. Runaway >
  3. E, sobretudo, seu jeito único pelo qual eu me apaixonei.

História Runaway - E, sobretudo, seu jeito único pelo qual eu me apaixonei.


Escrita por: maybelikeastar

Notas do Autor


OIII COISINHAS <3
Tudo de boa?

Demorei pacas né? Eu sei... Mas tá aí capítulo novo.
MAS ANTES, tenho mias umas coisinhas para falar.

1) Eu não me baseio na real personalidade deles, diferente de BGC. Eu criei os personagens, lembrem-se disso. Não quero ninguém comentando "o Rafael não faria isso", porque foda-se. O Rafael da minha fic faria e fez. Entendido?

2) A SASA NÃO É A VILÃ. NÃO. ENTENDERAM? N Ã O. Eu amo a Sayu, ela é maravilhosa, eu sou inscrita no canal dela e sigo no Twitter e essas coisas. Por favor, não confundam as coisas. Em qualquer fic minha a Sasa nunca (N E V E R) vai ser a vilã. Ela é fofa demais.

3) A história é apenas inspirada em Cidades De Papel e na fic da minha amiga (<3). Não é igual. Não é plágio. Os personagens são diferentes e a história também. São só algumas semelhanças mínimas.

4) Se você tiver ideia de uma fanfic a partir da minha, POR FAVOR, me fala. Eu não vou ficar brava tá?

5) Eu já tô com alguns capítulos prontos mas minhas aulas já voltaram e eu mudei de escola, ainda estou me adaptando. Desculpa pela falta de capítulos em ambas fanfics. Ah e vão ter algumas reviravoltas no decorrer da história. Não se assustem, eu sei (ou não) o que estou fazendo.

6) Eu amo vocês.

BOA LEITURA ^-^ E bem-vindo se você é novo.

Capítulo 2 - E, sobretudo, seu jeito único pelo qual eu me apaixonei.


P.O.V Tink

Os poucos raios de sol que entravam pelas aberturas mínimas do edifício me acordaram.

Esfreguei os olhos e deixei um bocejo escapar. Mais um dia começa.

Levanto-me do colchão empoeirado e espirro algumas vezes — por conta da poeira. Não vejo a hora de sair daqui. 

Entre tantos lugares e mesmo com bastante dinheiro no bolso — fruto do que meus pais me mandam toda semana —, sempre acabo escolhendo ficar em algum prédio abandonado. Gosto de míseras aventuras.

Passo a mão pela roupa em meu corpo para tirar a poeira dela. Prendo o cabelo contendo as mechas rebeldes e começo a arrumar minhas coisas.

Reviro os olhos ao me lembrar da garota deitada em um colchonete — que ela mesma havia tido o trabalho de trazer já que eu julguei como desperdício de tempo.

— Acorda logo Sarah. — balancei o corpo da garota mais uma vez.

— Só mais cinco minutinhos, mãe. — a garota se revirou no colchão.

— Não tenho paciência para isso Sarah. Pare de graça.

— Já vi que seu humor está péssimo. — a garota se sentou e ficou me olhando.

— Arrume suas coisas logo. Vou te levar para casa.

— Quem disse que eu quero ir?

— Quem disse que eu perguntei? — ela bufou — Vou te levar para casa e ponto final.

— Não. Eu quero viajar com você. — ela se levantou e bateu o pé.

— Você parece aquelas crianças que se jogam no chão do mercado. Ou seja, está ridícula agindo assim.

— Nossa. Obrigada pelo choque de realidade.

— Por nada. — termino de guardar minhas coisas na mochila e espero a garota fazer o mesmo.

— Adoro sua personalidade. Você consegue ser chata de um jeito bom. Mesmo sendo assim tão sarcástica e mal-humorada. — ela coloca algumas coisas dentro de uma mochila e volta a me olhar pelo canto do olho. — E não podemos esquecer o quanto você é misteriosa...

— Não sou misteriosa, Sarah. Só não saio por aí falando da minha vida. — jogo a mochila sobre o ombro e volto meu olhar a ela.

— É, mas não custa nada falar para mim. — ela fecha a mochila e a deixa no colchão mesmo.

— Não gosto de falar sobre o passado, só vai me puxar para baixo. Como uma âncora.

— Gosto de âncoras. — reviro os olhos com um sorriso sarcástico nos lábios.

— Não disse que não gosto. Disse no sentido figurado.

— Ah, claro. Eu sabia. — dei risada dela. — Mas por que não me diz nadinha sobre você?

— Porque você já sabe o suficiente.

— Só sei que seu nome é Tink. O que nem é um nome de verdade, é apenas um apelido. Está vendo? Nem seu real nome eu sei.

— Se você não sabe, é porque não precisa. Agora pare de questionar tudo. Vamos logo sair daqui. — peguei a mochila e entreguei à ela, que apenas ficou me olhando com cara de tédio. Segurei sua mão e a puxei até a saída, mas ela se soltou.

— Só saio daqui quando responder minhas perguntas.

— Sarah, eu estou tentando te ajudar. Só quero te levar para casa em segurança e depois ir resolver minhas coisas. É tão difícil fazer isso sem reclamar? Eu poderia muito bem te deixar aqui, mas estou tendo a boa vontade de te levar mesmo estando com um péssimo humor. Poderia, por favor, colaborar? — disse aumentando o tom de voz. Ela assentiu. — Ótimo. — abri a porta e saí. Fiquei na parte de fora esperando a garota.

— Me desculpe. — ela disse parando ao meu lado.

— Sem problemas. Apenas pare com isso.

— Ok. — assenti levemente em seguida e seguimos juntas até o ponto de ônibus.

P.O.V Rafael Lange

— Rafael? — escutei a voz fina da garota e me virei.

— Sayu? O que faz aqui? — sorri e caminhei até ela.

— Vim te ver, não é óbvio? — ela riu e me beijou.

— É ótimo te ver. Mas estou surpreso. Por que não avisou que vinha?

— Porque queria que ficasse assim, surpreso. — ela segurou minha mão — Onde estava indo?

— Minha mãe finalmente encontrou a chave reserva da casa de Tink. Estava indo até lá ver se descubro algo.

— Que legal Rafa. — voltamos a caminhar, ainda de mãos dadas.

— Posso te fazer uma pergunta? Mas deve ser sincera.

— Claro amor. Diga. — notei seu olhar fitando meu rosto.

— Você acha que algum dia vamos vê-la de novo ou encontrá-la? — levantei meu olhar até ela.

— Sinceramente não. Mas eu gostaria. — disse pensativa.

— Por que não?

— Porque ela não quer ser encontrada. Se ela não quer, acredito eu, que não tenha deixado pista alguma para trás.

— Faz sentido, mas eu devo discordar. Acho que ela, lá no fundo, quer sim ser encontrada. Acho que se não fosse o caso, ela não avisaria que estava indo embora. — comecei a encarar meus próprios pés.

— Bom, Rafa, você perguntou minha opinião e eu fui sincera.

— Sei que sim, Sasa. Obrigado. — parei em frente a casa da garota — É aqui.

— Está preparado para isso? — ela olhou em meus olhos.

— Sinceramente? — ela assentiu — Nem um pouco. — voltei a olhar para a casa e respirei fundo.

P.O.V Tink

Passei pela catraca e caminhei pelo ônibus vazio. Sentei-me em um dos bancos e vi Sarah fazer o mesmo.

A garota ficou apenas me olhando durante um tempo. Se ela iria ficar fazendo isso o trajeto inteiro, — que não era curto — era melhor eu arranjar algo para impedi-la, pois estava me assustando.

— Não vou responder nenhuma pergunta.

— Você lê pensamentos por acaso? — ela dá risada e eu abro um pequeno sorriso — Vamos garota, sorria mais. Não vai custar nenhum centavo.

— Pare de ser insuportável. — solto uma risada leve.

— Eu gosto de passar o tempo com você. É divertido. Você me faz rir e parece tudo mais emocionante quando você está por perto. Pena que não pode ser assim pra sempre.

— Fico lisonjeada. Mas realmente não pode ser assim. Tenho que encontrar meu próprio caminho, trilhar minha trajetória, e, infelizmente, não é aqui. — de todos os lugares que fui depois de sair de Carazinho, não havia ficado tanto tempo quanto aqui no Amapá. Nem sei ao certo por que escolhi esse lugar, acho que sempre quis vir aqui, gosto da sonoridade da palavra, mas o que realmente me prendeu nesse lugar foi Sarah. Porém ela não precisava saber.

— É realmente uma pena. — ela voltou a olhar para frente — Eu vou te ver de novo?

— Não sei. — disse um pouco baixo. — Apenas estou cansada de dizer adeus.

— Como assim? — ela se virou para mim.

— É sobre meu passado, não quero falar muito sobre isso. Mas eu já falei adeus para muitas pessoas. Estou cansada de tudo isso, estou cansada de fugir.

— E por que não volta?

— Não posso. Não tenho coragem. Nem sei mais como os outros vivem sem mim. Tenho medo de voltar e estragar tudo mais uma vez.

— Você não estraga as coisas. Você é uma pessoa maravilhosa.

— O problema é que nem todo mundo pensa assim. — suspirei — Apenas esqueça isso. Quando eu te deixar em casa, você vai me esquecer, ok? Não é saudável para você ficar alimentando esperanças de que irei voltar. Não posso prometer uma coisa dessas.

— Não, Tink. Não vou te esquecer. É impossível. Você é praticamente minha melhor amiga, não posso fazer isso, não consigo.

— Pare com isso Sarah. Apenas me prometa que vai tentar.

— Não. — ela aumentou o tom de voz, fazendo alguns passageiros olhar em nossa direção — Me desculpe mas eu não vou prometer isso.

P.O.V Rafael Lange

— Está tudo exatamente igual.

— Deve ser porque ninguém entrou aqui desde que ela foi embora, esperto. — ela riu.

— Pare de rir de mim. Você é minha namorada. Nem você me respeita? — ri depois de completar a frase.

— Chegou a Drama Queen.

— Meu título maravilhoso. — joguei meu cabelo imaginário para trás do ombro — Agora vamos até o quarto dela, fuçar um pouco. — segurei o braço dela e a puxei escada acima.

— Tem certeza? — perguntou parada em frente a porta do quarto de Tink.

— Já disse que não, mas tenho que fazer isso. Tink é minha melhor amiga, tenho que encontrá-la.

— Fofo. — ela disse sem demonstrar um sentimento a mais e abriu a porta.

— Ok. Hora de... — ela me interrompeu antes que eu pudesse completar a frase.

— Aventura! — gritou com o braço levantado.

— Engraçadona. — dei uma risada falsa e ela riu da minha reação — Vamos logo com isso. — disse rindo.

P.O.V Tink

— Tem mesmo que ir? — notei algumas lágrimas nos olhos da garota.

— Você não sabe o quanto.

— Não pode me levar? — arrumou a franja que caía sobre seu olho.

— Pode ser perigoso. Duas garotas vagando sem rumo... Não sei Sarah. Melhor não.

— Pelo menos prometa que não vamos perder contato. Por favor.

— Eu não quero passar por isso de novo. Não quero! — coloquei as mãos na cabeça e em seguida as passei pelo rosto.

— De novo? — ignorei a pergunta.

— Não posso prometer nada. Me desculpe Sarah. Não queria que fosse assim, nem quero te fazer sofrer. Apenas me esqueça. — a abracei, pela primeira vez em dois meses de amizade, senti uma de suas lágrimas molharem meu ombro.

— Eu te amo e vou sentir sua falta. — ela sussurrou em meu ouvido.

— Eu também. — não especifiquei o que. Se também a amava ou também sentiria saudade. Achei que ela entenderia que eu realmente me referia aos dois. Tenho o grande problema de me apegar rápido as pessoas.

(...)

Caminhei debaixo do sol escaldante do Amapá. Céus, como vim parar aqui?

Essa chega a ser uma pergunta bastante interessante. Afinal, minha vida era toda programada. Quem mudou isso foi... Ele.

Desde pequena já tinha toda minha vida planejada. Estudaria na escola de Carazinho e quando acabasse me mudaria para os Estados Unidos com meus pais para fazer uma boa faculdade de cinema. Me formaria e antes de procurar um emprego viria até o Brasil para visitar, matar a saudade.

Mas as coisas não aconteceram assim. Aquele garoto entrou na minha vida pouco antes de eu completar a escola. Viramos amigos facilmente e logo éramos inseparáveis. No dia da minha viagem, simplesmente não consegui ir. Viver sem meu melhor amigo/paixão platônica? Não, não era opção.

Então, meus pais foram sem mim e eu fiquei sob os cuidados de Deya, mãe do garoto, até meus 16 anos. Que foi quando eu me tornei "independente" ao olhar de meus pais que passaram a me mandar dinheiro uma vez por semana. Nessa mesma época, eu explodi. Desisti de seguir os padrões, desisti de me forçar a ficar perto do loiro — já que eu havia percebido que ele não se importava mais tanto em passar seu precioso tempo comigo — e fugi.

No começo, eu achei impossível conseguir, mas estava convencida a tentar. 

Depois, se tornou uma aventura e tanto, mas a magia acabou. 
Eu já não tinha para onde ir não tinha o que fazer, não tinha com quem conversar. Por meses, não falei uma sequer palavra. 

O encanto de fugir havia acabado e eu cheguei a querer desistir. Foi quando conheci Sarah. Por algum motivo, eu decidi seguir em frente.

Acho que por sempre seguir tudo nos padrões corretos, por querer fazer o meu futuro ser programado, eu imaginei que nada iria atrapalhar isso. Me sentia preparada para qualquer imprevisto que tentasse me impedir de realizar meu sonho. Mas eu estava completamente enganada. Eu até estava preparada para muita coisa, mas não para uma delas. A única que eu não imaginei. Rafael Lange. 

De todas as coisas que eu imaginei, indo de notas baixas até tornados, eu não cheguei a imaginar uma pessoa como ele. Claro, pensei em paixões, mas em nada como o que sentia por ele.

Era mais que tudo aquilo. Ele era meu amigo acima de tudo. Mas ele me tratava com tanto carinho, ele fazia eu me sentir realmente especial mesmo sendo só mais uma pessoa nesse barquinho de papel chamado mundo. 

Mas é claro que tudo tinha que dar errado. Minha parte do barco tinha mesmo que se desfazer e eu tinha que afundar. Sempre foi assim pra mim, sempre vai ser.

Eu podia ter ido para os Estados Unidos, mas eu já não queria aquele planejamento. Queria algo novo. Algo como o que Rafael me proporcionava, algo que me fizesse sentir como quando estava com ele.

Mas eu errei. Errei em acreditar que acharia alguma coisa como aquela coisa. Errei ao pensar que esqueceria Rafael e encontraria algo igual, ou melhor. Errei ao cogitar a ideia de substitui-lo em minha mente.

Rafael é único. E só agora eu percebo isso. Seu jeito único de me divertir. Seu jeito único de me acalmar. Seu jeito único de me fazer sorrir. E, sobretudo, seu jeito único pelo qual eu me apaixonei.


Notas Finais


E aí? Gostaram? Espero que sim.

Não tenho muito o que dizer então vou agradecer. Obrigada pelo apoio que vocês sempre me dão.

Se gostou comenta. Comenta vai, eu vou amar ler seu comentário. E não esqueça de favoritar se for sua primeira vez aqui.

Link da outra fic: https://socialspirit.com.br/fanfics/historia/fanfiction-rafael-cellbit-lange-big-girls-cry-4650141

Um beijo, um queijo e até o próximo capítulo.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...