Quando Jihyun chegou na casa de Hoseok, o clima que estava menos tenso voltou a ficar quase que irrespirável, não se sabia direito o que poderia ser feito, se Jihyun iria simplesmente aceitar ou se iria negar com todas as suas forças.
Mas surpreendendo a todos, convencer a Jihyun que trabalhar com Namjoon era uma boa ideia não foi tão difícil quanto Yoongi pensou que seria, mas ele deveria saber que era porque o Park mais velho possuía um plano por baixo dos panos.
E ele precisava descobrir o mais rápido possível.
Yoongi estava ansioso para o que todos eles estavam planejando juntos. Principalmente porque para que a sua identidade fosse preservada, ele e Namjoon — essencialmente o Kim — precisavam pegar o Kihyun e não permitir que Jihyun tomasse a frente.
Porque eles não podiam imaginar o que Kihyun planejava fazer e talvez entregar a cabeça de Yoongi na bandeja fosse da vontade do Yoo.
— Então, marcamos uma racha e convocamos o Kihyun? — Yoongi perguntou apenas para confirmar.
— Sim, vamos com mais de quatro corredores, incluindo o Kihyun — Hoseok respondeu e antes que alguém pudesse perguntar quais seriam, o mecânico continuou: — Não acho correto falar perto do policial, ele pode aprontar.
— Como se eu não conhecesse todos vocês — Namjoon resmungou e o Jung deu de ombros pouco se importando.
— Quais chances do Ghost participar dessa vez? Seria interessante para ele pegar a cabeça do traidor — Taehyung perguntou jogado no ombro do Jungkook.
— Eu duvido, mas vou tentar, na verdade ele vai adorar conhecer o Yoongi, e pegar o Kihyun, então acho que não vai ser tão difícil assim — Jihyun respondeu pensativo. — Vamos ver, eu falo com vocês.
— Hum, qual horário? — perguntou Namjoon enquanto encarava Yoongi e Jimin que estavam lado a lado de mãos dadas no sofá, com o Park mais novo dormindo tranquilamente no ombro do mais velho.
— Eu não vou te contar, nem o dia e nem a hora, você descobre quando te ligarmos, não vou te dar tempo de armar algo para pegar meus homens. Quem te conhece que te compre Namjoon. — Jihyun deu de ombros quando o detetive o ignorou completamente.
— Sendo assim, eu vou embora — o detetive disse, levantando-se. — E não tente me passar a perna Jihyun, eu conheço bem seus truques. Boa noite!
— Boa noite — Jungkook respondeu sozinho, os outros estavam ocupados demais cochilando ou mexendo no celular. — Jin hyung? — chamou depois de ver Namjoon fechar a porta. — Você está bem?
— Claro que estou, ele me enganou para se aproximar de vocês, nada que um de nós já não tenha vivido antes, o pequeno ali dorminhoco — apontou para Jimin enquanto falava. — É o que mais foi usado nesse mundo, então acho que estou bem, se alguém me acha importante o suficiente para Jihyun nesse ponto, devo me sentir lisonjeado. — Riu.
— Você é Jin hyung, sabe disso — declarou o Park. — Mas realmente me incomoda o fato de que ele não pensou duas vezes antes de usar você, talvez porque Jiminie não estivesse disponível mais, ou porque o Jimin nunca deu brecha para ele tentar.
— E eu dei? — Jin indagou e Jihyun assentiu. — Eu não vou nem me atrever a responder a altura.
— Ele não está errado, mas eu concordo que isso não justifica, mas vamos fazê-lo pagar por isso, não se preocupe — Hoseok disse e Jin concordou. — Igual fizemos com o que se aproximou do Jiminie.
Yoongi engoliu em seco ao ouvir a frase, ele nunca havia pensado o que aconteceria consigo caso Jihyun descobrisse seu esquema, mas agora que Kihyun poderia colocar tudo a perder, o detetive estava começando a achar que fugir após a emboscada era uma ideia.
— E você Yoongi? — Jin questionou encarando o Min que o olhou confuso, como se perguntasse, eu o quê? — O que você acha disso tudo? Tipo, Kihyun é seu primo.
— Bom, eu nem sabia que ele gostava de homens — falou. — Então, acredite em mim, estou tão confuso quanto vocês, mas eu também estou achando que tem algo nessa história que não está batendo. — Suspirou. — Só não consigo acreditar que… — Ele me trairia. Pensou, mas não concluiu.
— Que ele traria a família que o acolheu, entendo bem esse sentimento — Taehyung completou o que achou ser a frase do Min e Yoongi apenas assentiu. — Vejamos, agora podemos ir? Se Jihyun marcar isso para amanhã preciso estar descansado.
— Claro, podem ir, mas lembrem-se, Kihyun não pode saber, vamos fingir que não sabemos de nada, porque ele não pode ser alertado — Jihyun falou calmo e mexendo no celular. — Mas Taehyung cuidado, se quiser, dorme lá em casa hoje, você e o Jungkook!
— Não se preocupe, eu vou dormir em casa mesmo, ele suspeitaria se por acaso mudássemos nossos jeitinhos do nada, mas Gukkie vai comigo, certo? — Olhou para o mais jovem que assentiu. — Então perfeito! Te aviso qualquer coisa. Vamos Gukkie — chamou, pegando sua jaqueta e caminhando até a porta com Jungkook e seus equipamentos o seguindo.
— Yoongi, pode ir também, se você quiser, dorme na casa do Jimin, vai ser mais fácil — Jihyun disse calmamente e Yoongi apenas negou. — Já imaginava. Mas cuidado, você tem em meus braços o ser mais precioso do meu mundo.
— Eu vou cuidar bem dele, eu prometo — disse olhando para o Park mais novo rapidamente. — Jiminie — sussurrou segurando o queixo do rapaz de cabelos rosas e sorriu quando ele resmungou. — Vamos para casa, vamos?
— Jihyun? — Jimin indagou sonolento, enquanto o Min o encarava. Yoongi achou adorável a forma como ele fazia um biquinho e coçava os olhos.
— Acabou de nos expulsar daqui — sussurrou, recebendo como resposta um olhar arregalado do Park. — Acho que ele quer ficar sozinho com os Seoks.
— Não está errado, mas é também porque Jimin vai ficar com dor se dormir no sofá e Hoseok não tem cama extra em casa — Jihyun brincou, claro que ele não estava os expulsando, mas se preocupava com o irmão.
— Vamos lá, Jiminie — chamou mais uma vez e dessa vez o rapaz fez menção de levantar. — Você veio de quê? — perguntou curioso e o mais novo riu.
— Peguei carona!
— Você o quê? — todos exclamaram juntos e Yoongi quase viu os olhos de Jihyun soltarem do seu rosto.
— Peguei carona, já disse — falou pegando a mão de Yoongi. — Me deem esporro amanhã, no momento sonolento demais para me importar.
— Você não deveria pegar carona, Park Jimin — Yoongi disse assim que eles cruzaram a porta.
Porém, ele foi completamente ignorado por Park Jimin que caminhava lentamente na sua frente como se a frase não fosse com ele.
— Você não tem noção do perigo que correu e se — continuou, mas Jimin parou e o encarou, antes de aproximar-se e colocar seu corpo no carro. — O que você tá fazendo? — perguntou, segurando a cintura alheia.
— Calando sua boca, colabore — comunicou antes de encostar seus lábios e iniciar um beijo nada calmo, afinal se queria que o Min se calasse precisava ser quente como o inferno, já conhecia bem o cara que dividia seus dias ultimamente para saber disso.
Por isso não foi surpresa para si quando Yoongi inverteu as posições, colando seu corpo no capô do carro e continuou o ósculo intenso que ambos trocavam. Jimin aproveitou a deixa para adentrar suas mãos dentro da blusa alheia e arranhar a pele do mais velho com suas unhas recém cortadas.
Yoongi gemeu baixinho contra seus lábios e o Park deveria admitir, era um som lindo demais para todos ouvirem, por isso ele fez um esforço para afastar-se do corpo do loiro que quando notou a tentativa do mais novo, afastou-se quase que por completo.
— Tudo bem? — perguntou o Min e Jimin assentiu, sorrindo fraco. — Podemos ir?
— Claro — respondeu sem saber muito o que fazer, nunca havia ficado sem jeito antes e saber que Yoongi o deixava assim, o assustava.
Enquanto ia para o lado do passageiro, Jimin pensou que estava tudo bem e que ele podia lidar com isso, mas ao sentir a mão do mais velho acariciando sua coxa direita, ele percebeu que na verdade, ele podia tudo, menos lidar com Yoongi o tocando.
— Hyung — chamou, atraindo a atenção do outro rapaz que dirigia em silêncio, provavelmente pensando que o Park estava incomodado com algo. — Posso fazer algo?
— O quê? — perguntou curioso, o encarando pela visão periférica. — Eu não posso dizer que sim ou que não se você não me contar o que é.
— Bom, você confia em mim? — questionou de volta, com a sobrancelha erguida e Yoongi concordou. Infelizmente ele confiava. — Então apenas permita-me.
— Como quiser — aceitou por fim, afinal não havia nada, que ele soubesse, que negaria ao Park naquele momento, não quando ele parecia estar aéreo.
Jimin concordou com um aceno e tirou a mão de Yoongi da sua coxa, levando a sua própria mão para a perna do mais velho que não se moveu em nenhum momento, mas quando o Park chegou sua mão mais para o lado, tocando no pênis coberto pela calça, ele notou como o Min engoliu seco.
Yoongi não disse nada porque não sabia se podia dizer, Jimin havia pedido sua permissão e ele havia dado, e não era como se ele queria, porém tinha receio do Park estar o tocando apenas para lhe agradar, quando o Min não queria forçá-lo a nada, por isso ele procurou os olhos de Jimin assim que pararam com o carro num sinal.
— Shiu! Não diga nada — Jimin pediu antes que Yoongi tentasse falar, o que o mais velho com toda certeza faria aquela altura do campeonato ao notar o Park abrir o zíper da sua calça com apenas uma mão. — Somente diga se você não quiser que eu continue.
Era óbvio que ele queria, por isso apenas assentiu, dando a permissão que o mais novo queria para abrir o botão e colocar a mão em seu pau. Yoongi se remexeu quase que imediatamente por conta do toque.
— Desconfortável? — perguntou o Park e Yoongi negou rapidamente. Rápido demais, Jimin diria.
— Apenas que tem muito tempo, digo muito mesmo, desde que te conheci que a única mão que toca aí, é a minha — explicou-se e Jimin achou até adorável a pequena confissão, era como se Yoongi estivesse lhe dizendo que o respeitava mesmo sem eles terem definido nada um com o outro.
— Então eu preciso fazer um bom trabalho aqui — sussurrou o de cabelos rosas e Yoongi apenas gemeu baixinho em resposta, pois o mais novo havia apertado seu falo. — Abre as pernas hyung, levemente.
Yoongi fez o que Jimin havia lhe pedido e acelerou o carro sem querer quando o mais novo começou movimentos de vai e vem em seu pau, causando uma risadinha no Park. O loiro tentava controlar sua respiração, enquanto dirigia para não correr risco de sofrer um acidente, mas estava muito difícil controlar-se quando o mais novo parecia gostar de ver suas reações, até mesmo os gemidos baixinhos e envergonhados que soltava.
— Não pare de dirigir hyung, precisamos chegar em casa — sussurrou o mais novo e Yoongi fechou os olhos rapidamente, antes de assentir. Ele provavelmente estava doido, mas podia jurar que a voz do Park havia soado mais grossa e arrastada, ou era seu desejo por ele o confundindo, mas naquele instante não se importava.
Jimin aproveitando que Yoongi estava concentrado na estrada, e que agora estavam mais perto do apartamento do Min, ele apertou as bolas do mais velho, antes de descer o dedo suavemente pelo períneo notando a forma como Yoongi abriu lentamente as pernas, porém as fechou rapidamente quando Jimin subiu novamente para seu pau.
O Park começou novamente a fazer movimentos suaves e lentos como se testasse a paciência de Yoongi, mas não era como se o detetive estivesse incomodado, na realidade, ele adorava toda aquela calma, porque significava que Jimin não tinha pressa e se ele não tinha, porque Yoongi teria?
Porém, assim que o Min deu seta para estacionar, Jimin retirou sua mão suja de pré-gozo e levou até os lábios, os lambendo imediatamente.
— Nada mal — sussurrou dando um sorriso inocente para Yoongi que revirou os olhos. — Que foi?
— Você vai me matar — declarou jogando a cabeça para trás e passando a mão pelos seus fios loiros.
— Ainda não, podemos terminar no seu apartamento, o que me diz? — Yoongi ouviu a pergunta do Park com os olhos arregalados, o que fez Jimin sorrir fraco. — Só quero te fazer gozar hyung, você vai me permitir?
— Minha perdição é você, definitivamente você — sussurrou o Min e com apenas essa resposta, Jimin soube que a resposta era sim. Por isso ele abriu a porta do carro, esperando que Yoongi fechasse a calça e saísse também.
E enquanto Yoongi fechava suas vestes, encarando Jimin pelo parabrisa, seu telefone tocou.
Kim Namjoon:
Se prepare, essa vai ser a oportunidade perfeita!
Eu não quero saber se você tá apaixonadinho pelo Jimin, eu quero a cabeça do Ghost e vai ser nessa emboscada que você vai me dar.
Independente do que está acontecendo, essa é a sua última chance de me entregar o que preciso. Ou você roda também.
Boa noite.
Yoongi encarou a mensagem de Namjoon e depois olhou para Jimin que o aguardava do lado de fora com um sorriso no rosto. Pela primeira vez na sua vida, ele não soube o que fazer, ele só queria que pudesse parar o tempo.
— Amor? — Jimin o chamou. Yoongi não se recordava se Jimin já havia lhe chamado assim antes, mas preferia que sim, porque naquele instante, seu coração ficou apertado. — Amor, você não vem? Vai dormir no carro? — brincou o mais novo e Yoongi suspirou.
— Estou indo bebê, não seja apressado — disse forçando um sorriso que não pareceu convencer a Jimin, mas ele nada comentou, apenas aceitou a resposta e o aguardou.
Mas será que Jimin iria o aguardar, assim como fazia agora, depois que descobrisse tudo?
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