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História Running With The Wolves - 4: Awake


Escrita por: greedy4newtmas

Notas do Autor


OLÁ XUS!!!
Voltei com mais um capítulo da, modéstia parte, MELHOR FIC DA ATUALIDADE. jakqoqoaoksksksksks
Tô brincando... Talvez.
Mas é isso gente, espero que gostem.
Obg à vocês que estão favoritando a fic. ♡♡♡

×××
Música:
-> This is What it Feels Like - Banks.

Capítulo 5 - 4: Awake


As folhas grudam no meu rosto quando levanto e fico sentado, ele queima.

Sinto um líquido quente escorrer pela bochecha e somente quando alcança minha boca é que posso sentir o gosto metálico. Sangue.

Minhas costas doem quando respiro, meus braços e pernas queimam, minha cabeça lateja, minhas mãos estão molhadas e doem a cada toque. Numa escala de um a dez para toda essa dor, eu escolho quinze.

Eu grito, um grito de socorro, de medo, aflição.

Não consigo ver nada além de árvores e folhas à minha frente. A única iluminação é a que vem da lua, mas não ajuda muito, já que as árvores impedem a passagem completa da luz.

Procuro meu celular no bolso da calça. Vazio.

— Droga. — Minha garganta dói quando falo a única palavra que me vem à cabeça.

Não sei o que fazer, eu só quero sair daqui e encontrar Eva e Jonas.

Tudo me traz de volta à uma semana atrás, mas dessa vez, acho que eu sou a vítima.

Minhas roupas estão sujas e rasgadas. Algumas partes estão até molhadas, acho que pela grande quantidade de sangue que meu corpo liberou e ainda está liberando. Eu vou morrer.

Começo a caminhar para frente, me apoiando nas árvores, minhas pernas doloridas e trêmulas. Estou morrendo.

Meu estômago embrulha e sinto um líquido quente subir por toda minha garganta seguido por um gosto metálico e mais um pouco de sangue é expelido. Limpo a boca com as costas da mão e continuo andando. Não vou durar muito.

Agora já posso ver uma pequena iluminação no fim “do túnel”. Isso me dá mais forças para continuar. Mas eles não me acharam.

Tropeço num galho, meu pé queima e sinto o sangue pulsar, provavelmente sendo jorrado. Decido me arrastar, limpando o chão com os braços.

A luz fica cada vez mais perto e quando finalmente a alcanço, vejo a rua deserta e vazia que leva até minha casa. Talvez eu consiga.

Meu pé esquerdo está inútil no momento, ele lateja a cada passo que tento dar, fazendo todos os meus nervos se ativarem e meus sentidos se bagunçarem, ponho todo o meu peso no direito. Me apoio no chão para ter equilíbrio e me coloco de pé mais uma vez. Agora as lágrimas de dor, que estavam sendo repreendida, se libertam. É uma mistura de dor, medo e esperança. Esperança de haver alguém em casa. Esperança de que eu possa ser ajudado.

Cada vez mais perto. Cada vez mais perto. Não desistir. Não cair. Eu consigo ficar de pé. Pare de chorar. Esses pontos escuros na visão são apenas ilusões de ótica. Não seja tão ridículo. Já estou no pé da escada. Só mais dois degraus.

Me lembro da chave. Sempre a coloco no bolso da calça, que no momento está rasgado.

Minha visão escurece quase que por completo. Eu me deixo cair. Eu falhei.

Começo a me arrastar com o pouco de força que me resta, uso essa força para bater na porta e tentar gritar por minha mãe, que deve estar dormindo.

Mas tudo o que sai é apenas um sussurro.

Eu apago por completo.

***

A única coisa que escuto são vozes, elas estão em desespero.

***

Ouço um ambulância, seguida por trancos e barulhos de ferro.

Mãos encostam no meu corpo, elas me suspedem. Minha cabeça dói. Eu não consigo abrir meus olhos.

***

O barulho do monitor cardíaco me faz acordar. A luz muito clara machuca meus olhos, e demora um pouco até que eles se acostumem. Meu corpo arde, mas não dói tanto quanto ontem. Aquilo estava quase insuportável.

Uma variedade de fios liga me conectar à máquinas que monitoram toda a atividade do meu corpo.

Eva estava sentada ao meu lado. Ela fica surpresa ao me ver abrir os olhos.

— Isak! — Ela pula em mim, fazendo com que eu solte um suspiro de dor. — Desculpe.

Apenas sorrio.

— O que houve? — Pergunto, mas com dificuldade, há alguns tubos ligados à minha garganta.

— Você estava desmaiado na porta de casa. — Eva senta novamente. — Você estava sujo, sangrando muito. O que houve?

— Eu não sei, só me lembro de ter acordado na floresta e…

— Tudo bem, não faça muito esforço.

— Onde está a mamãe?

— Lá fora, uma pilha de nervos.

Aos poucos minha memória volta. Even estava na minha casa, ele me apagou, ele quem me deixou na floresta, ele tentou me matar.

— Para onde o Even me levou?

— Even? — Eva franze o cenho.

— O garoto novo.

— Não sei do que está falando, Isak.

— Ele estava na nossa casa — começo a explicar —, eu o achei ferido na floresta e decidi que deveria cuidar dele, mas ele me bateu até eu apagar. No andar de cima, depois que eu falei com você perto do porão.

— D-Do que você está falando? Nós não nos falamos.

— Eva, nós conversamos ontem. Antes de tudo acontecer. Você chegou da festa, eu tinha acabado de sair do porão.

— Vou pedir para os médicos avaliarem seus exames novamente.

— Por quê?

— Não havia ninguém lá em casa na noite da festa, quando cheguei você já estava caído. — Ela me olha com preocupação. — Even saiu da festa e você saiu logo em seguida, depois disso…

— Não pode ser.

— Isak, você está começando a me preocupar.

Àquilo fez mais uma vítima, eu. Não lembro o que vi, o que ouvi. Mas sei que eu não deveria estar contando essa história. E seja o que for que me atacou, vai fazer de tudo para me ver morto.

— Eva, há quanto tempo estou aqui?

— Uma semana. — Ela faz aquele olhar apático que me leva de volta à Even. — Os médicos fizeram cirurgias em você, fecharam todos os ferimentos e, por sorte, você não quebrou nada.

— Minha cabeça dói.

— Os médicos disseram que foi uma concussão, logo, logo você estará recuperado.

— E a escola?

— Você não vai poder aparecer por lá o resto do mês. Os médicos pediram repouso absoluto.

— O que houve?

— Você foi atacado por algum animal, provavelmente um urso, mas você fez esforço tentando voltar para casa.

Nada do que Eva fala faz sentido, o ataque, o tempo, nada.

Respiro fundo, minhas costas doem um pouco.

— Eu não lembro de nada. — Sussurro. — Parece que nada disso foi real. A festa, Even, eu ser atacado por um urso.

— A última coisa de que me lembro é você saindo da casa da Chris às duas da manhã e…

— Eva, você pode me deixar sozinho?

— Os médicos disseram…

— Foda-se o que eles disseram. — Esbravejo. — Eu quero ficar sozinho.

Ela suspira, se levanta e sai. Ao fechar a porta, vejo sua preocupação ao olhar para os dois lados do corredor.

Minhas mãos estão enfaixadas, há pontos por toda a minha barriga. Meu corpo dói quando me esforço para sentar.

O monitor cardíaco acelera, na porta há alguém que não conheço. Está usando uma blusa preta, sua cabeça está coberta por um capuz da mesma cor. A única coisa que se destaca são seus olhos.

Vermelhos, brilhantes, vivos.


Notas Finais


Gente, comentem o que vocês acharam do capitulo.
E até a próxima♡
-XX


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