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História Running With The Wolves - 10: Back in Time


Escrita por: greedy4newtmas

Notas do Autor


OI GALEREEE! !!!!
Tutu pom?? Comigo tudo.
Voltei pra mais um capítulo de RWTW.
Esse cap ficou meio grandinho, mas foi importante. Acho que vocês vão amar o final. (Perdoem qualquer erro, eu não revisei hihi)
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E mãos uma vez, muuuuito obrigado pelos coments, favs e views (que cresceram horrores desde a penúltima vez que eu postei capítulo).
Sejam todos muuuuito bem-vindos♡♡
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Leiam as notas finais (é sério)
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Música do capitulo todo:
Under the Water - AURORA

Capítulo 11 - 10: Back in Time


 Avisei a Eva que não voltaria para casa tão cedo, Even havia me chamado pra ir no centro da cidade.

Ele começou a falar coisas aleatórias e sempre mudava de assunto quando eu citava algo sobre a noite do acidente de Philip.

— Even — Dou uma mordida no hambúrguer —, pode, por favor, parar de me enrolar?

— Eu ainda acho que não é a hora certa.

— A hora certa de quê? — Pego minha mochila que estava na cadeira. — De me contar o que, com certeza, eu já sei? Vai se foder, Even.

Sei que ficar aqui discutindo com ele não vai me levar a nada, então apenas saio. Com um peso enorme no coração por ter deixado um lanche, praticamente inteiro, para trás.

xxx

Ao chegar em casa, Eva preparava o almoço. Nos últimos cinco dias almoço significa, sanduíches e sucos.

— Ela foi trabalhar? — Indago pegando um pedaço de pão.

— Não, disse que não estava completamente recuperada.

— Ela nunca está.

— Jonas quer falar com você, ele pediu para olhar seu celular.

— O.k. — Subo as escadas e vou até meu quarto.

Haviam dois registros na caixa de mensagens.

Oi, Isak. A gente tá preocupado com você ultimamente, a Eva me avisou que você não está em casa. Me liga quando chegar. Precisamos conversar.


Bom dia, Isak, aqui quem fala é o doutor Newman, do hospital local. Checamos seus papéis novamente e parece que precisamos de mais uma bateria de exames, desculpe qualquer coisa, é só por precaução. Retorne quando ouvir essa mensagem.


— Eva! — Grito-a do corredor.

— Sim!

— Alguém do hospital ligou aqui?!

— Ah, sim! Eu esqueci de avisar!

A vontade que eu tenho é de jogar meu celular o mais longe que posso, mas não teria dinheiro para comprar outro. Não faz nem uma semana que eu me recuperei de um ambiente hospitalar, eles já querem me internar de novo.

Apenas inspiro, conto até três e vou até o quarto onde minha mãe está em estado de coma, já que a única coisa que ela faz é dormir.

— Mãe?

Nenhuma resposta.

— Mãe.

Ela solta um grunhido.

— Eu preciso que vá ao hospital comigo.

Minha mãe respira alto e senta-se na cama.

— O que houve, Isak?

— Eu não sei muito bem, me avisaram que eu deveria fazer mais uma bateria de exames.

— Me dê cinco minutos.

— Tudo bem. — Deixo-a sozinha e volto para meu quarto.

Ligo para Jonas.

— Olá!

“Oi, cara.”

— Tudo bem, quero dizer, aconteceu alguma coisa?

“Eu é quem te pergunto, você se afastou da gente nesses últimos dias.”

— Estresse. Como eu disse, tem muita coisa acontecendo aqui em casa.

“Então você precisa relaxar? Estou indo aí.”

— Ahn. — Reflito no que ele acabou de falar. — Jonas?

Tarde demais, ele já havia desligado o celular.

Deito na cama e fico encarando o teto, pensando em como minha vida mudou do dia para a noite, quase literalmente.

Eu me tornei algo que eu nem tenho certeza se é mes… eu vou descobrir isso sozinho.

Volto ao banheiro, tiro o espelho da parede e levo para meu quarto. Tranco a porta e fecho as cortinas.

Fico diante do espelho. Faço caretas, poses e nada. Talvez Even estivesse certo, àquilo tudo foi apenas uma ilusão.

Lembranças da minha infância vêm à tona, a noite em que meu pai não comemorou o natal comigo, por estar em processo de divórcio. Uma criança de 8 anos nunca entenderia.

O fato de nunca poder levá-lo a uma apresentação de Dia dos Pais na escola, as piadas que os outros faziam comigo por “não ter um pai”.

Algumas atuais também, como a morte de Philip, o fato de Andrew, meu pai, não ter perguntado por mim na delegacia.

Eu não sei se deu certo, meus olhos estão fechados por conta da forte dor de cabeça que estou sentindo.

Caio de joelhos no chão, gritando de dor, com as mãos atrás da cabeça. Ouço alguém socar a porta. Mas não fala nada, ou eu não posso ouvir por causa dos meus gritos.

Fique acordado, Isak. Fique acordado.

Delírio, hospital, Jonas, consulta, escola, Even. Delírio, hospital, Jonas...

A última coisa que eu vejo é a porta ser quebrada por um chute de Jonas.

xxx

Estou de volta à festa de Chris. No banheiro. Estou com as mesmas roupas que usava naquele dia, a música também é a mesma. Mas há algo de estranho.

Não sei se estou sonhando. Pois sei tudo o que vai acontecer. Mas eu não posso ter dormido esse tempo todo, pois, novamente, eu já sei o que vai acontecer.

Vou lavar as mãos e encontrar Even na porta.

Errado.

Quero dizer, eu acertei a parte em que eu lavaria a mão, mas não sou eu. Sou eu, mas não eu?

Há um outro Isak, ele repete as mesmas coisas que eu naquele dia. Porém ele não nota minha presença aqui.

“Olá, Isak.” Ouço a voz de Even.

E em seguida ele entra no banheiro. Viro-me em direção à parede, prefiro me poupar de ver certas coisas no momento.

Não ouço o barulho que deveria e volto a olhar na direção dele aos poucos.

Even está na pia, seus olhos estão em um tom vivo de amarelo. Há sangue saindo de suas mãos. Não sei se ele pode me ouvir, mas levo minhas mãos à boca, impedindo um suspiro de surpresa.

Even grunhe, posso ver suas presas refletirem no espelho.

A cena em si me choca, ele se machuca pra voltar a ficar bem.

O celular dele toca. O que chama a minha atenção para um detalhe, meu celular não ficou na pia, como Sana havia falado para Eva.

“Pai, está acontecendo!” Posso sentir o desespero na voz dele. “Estou indo.”

Ele guarda o celular sujo de sangue no bolso.

Ele estava de volta ao normal, mas suas mãos ainda estavam sujas de sangue, então ele liga a torneira e as limpa. Em seguida deixa o banheiro.

Eu faço o mesmo, seguindo-o. Não posso deixar ele escapar mais uma vez.

Esbarro nas pessoas, mas é como se eu não estivesse aqui, nenhuma me olha torto, ou derrama bebida e um mim, ou me xinga. Por que eu estou aqui?

Vou para perto de Noora e Even na intenção de ouvir o que ele disse a ela antes de sair.

“Aconteceu, aqui, estou indo para casa. Não deixe o garoto me alcançar.”

Garoto? Quantos anos ele acha que eu tenho? 10?

Noora concorda com a cabeça e Even sai. Novamente sigo-o, essa com certeza é a hora em que ele é atacado.

Ao descer as escadas, a direção que Even toma chama minha atenção. Ele não está indo em direção à floresta, ele vai para o lado oposto.

Subo as escadas correndo, preciso me impedir de voltar para casa.

Mas sou interrompido por uma mulher, ela parece ser um pouco mais velha que todos ali, seus cabelos extremamente lisos e uniformes caem pelos ombros até chegarem nas costas. Não há rugas na pele, o que me faz pensar que ela não é tão velha para ser a mãe de Chris, ou de alguém aqui.

Ao ver o outro Isak, ela segura seu braço e sussurra algo em seu ouvido. Ele dorme.

Eu ainda não entendi o propósito disso tudo, mas seja lá qual for, está completamente estranho.

A mulher continua a sussurrar coisas em seu ouvido, mas logo estala os dedos e ele acorda continuando em direção à saída como se nada tivesse acontecido. Olha para um lado e para outro, pensando ter perdido Even de vista.

— Isak! — Grito em forma de alerta. Sem sucesso. — Isak, me escuta!

Pulo, balanço os braços no ar, tento tocar seu rosto, mas nada adianta. Começo a ir andando em direção.

Mais uma pessoa desce as escadas da casa de Chris, a mulher que me fez dormir. Ela começa a me seguir.

Seus pés não fazem barulho e ela se aproveita das sombras para não ficar à vista.

Começo a seguir os dois, para ver até onde isso vai dar.

Estou quase passando pela floresta. Não ouço nenhum barulho, nenhum grito de socorro, nenhum ataque.

As folhas se quebram e o corpo cai.

Meus olhos quase saem da órbita ao perceber que não era Even coisa alguma que estava no chão pedindo por ajuda.

Ele nem sequer estava machucado.

Meu pai estava ali, diante de mim, pedindo por ajuda, fingindo estar machucado.

“Me ajude.”

“Even” O outro Isak corre para ajudá-lo. “Meu Deus!”

O que eu estou fazendo?

Eu sou uma mistura de choque e confusão.

Meu pai estava usando minha mente. Eu achava estar vendo Even, quando na verdade, era ele. O tempo inteiro.

“Vamos, Even.” Ver tudo isso sem ao menos poder fazer algo me deixa aflito. “Eu vou precisar que faça uma força para tentar andar. Não quero que minha mãe acorde.”

Ele finge tão bem.

A tal mulher observa tudo de longe, ela está escondida em um amontoado de folhas ao lado da escada. Quando percebeu que eu havia subido, ela entra.

E eu faço o mesmo.

Ela se esconde atrás do armário que minha mãe usa para guardar o porcelanato na cozinha.

Segundos depois, o outro Isak desce. E nessa hora Eva chega.

Olho para a porta a todo momento, num ato de esperança. Nada.

A mulher misteriosa sai de trás do armário e começa a caminhar até a porta do porão. E ela esbarra comigo assim que saio.

“Por que o susto, Isak?” Sua voz é fria, assim como sua aparência.

“Na-nada.”

“Tudo bem, vou para o quarto.”

Tudo, absolutamente tudo nessa situação me intriga. Pelo que entendi eu estou numa espécie de hipnose. Eu estou vendo Eva, e Even, mas na verdade não é nada disso.

“Não. Não está nada bem.”

“Do quê…”

“Eva você não pode subir, eu derramei bebida por todo o quarto e estou tentando limpar.”

“Eu preciso conferir isso.”

“Você não vai querer ver.”

“Por quê?” Ela não demonstra nenhuma expressão facial. Minha cabeça estava inventando tudo aquilo.

“Você pode… apenas ficar aqui em baixo. Por um tempo.”

“O.k.Você tem até às três.”

Assim que sumo no andar de cima, não leva nem dez minutos até ouvir-se um ruído vindo do andar de cima.

"Sharon!" A voz rouca e arrastada de Andrew faz meu sangue gelar. "Venha logo, o garoto apagou!"

Como um cão atrás de seu brinquedo, ela não hesita em subir. Provavelmente essa foi a hora em que “Even” me bateu.

Poucos segundos depois a porta do porão torna a abrir. Revelando, tio Philip.

Isso só fica melhor a cada segundo, que passa. Penso ironicamente.

Andrew e Sharon estão, os passos pesados anunciam isso.

Philip volta ao porão, mas deixa apenas uma pequena fresta na porta.

"Para onde o levaremos?" Sharon arfa.

"Floresta, não posso transformá-lo aqui, o sangue sujaria todo o chão."

Os dois chegam ao pé da escada. Andrew segurava meus braços, enquanto Sharon me carregava pelas pernas.

"Coloque-o no chão." Ordena Andrew. "Eu levo ele a partir daqui."

Ela o faz, me largando no chão.

xxx

A floresta estava completamente escura, nenhum dos dois sequer trouxeram uma lanterna. O mais engraçado é que não sinto frio, nem calor.

Andrew espera um pouco até ter certeza que eu não acordaria tão cedo. Ele checa meu pulso, ainda estava vivo.

Sua boca se abre revelando caninos assustadores. Seus olhos vermelhos são as únicas coisas que se destacam no meio da escuridão.

Sharon o observa, apática. Fria.

O que ela ainda está fazendo aqui?

Um galho quebra, fazendo os dois olharem diretamente em direção à minha casa. Andrew estava quase fincando seus dentes no meu braço.

Philip estava parado, acho que ele era o elemento que faltava.

"Philip?" A mulher se assusta com a presença dele. "O que faz aqui?"

Ops! Parece que isso não estava nos planos.

"Vim salvar meu filho."

Isak acorda.

 E meu coração, para.


Notas Finais


E aí galere. O que acharam??? Amo ver as reações de vocês. Real.

Notícia triste:
Esse é o último capítulo do ano. Eu amo muito vocês, mas eu vou usar todo esse tempo fora pra escrever mais capítulo e assim que voltar eu já vou ter pelo menos uns 2 ou 3 caps prontos.

Notícia feliz:
Volto dia em janeiro/fevereiro. Eh isto mores.


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